Os pré-socráticos: início da sistematização do conhecimento Temas de uma filosofia do conhecimento - Pré-socráticos: como se compõem a realidade? Sofista: como se transmite a realidade conhecida? Sócrates: como se conhece a verdade das coisas? Platão: A verdade das coisas é abstrata? Aristóteles: Como organizar a verdade das coisas em si mesmo? - Agostinho e Tomás: Como relacionar conhecimento e crença em Deus? - Bacon: o conhecimento verdadeiro é o da experiência. - Descartes: O conhecimento verdadeiro é o da razão. Uma gênese educacional na Filosofia Busca do conhecimento da realidade a partir dos elementos isolados ou organizados entre si; - Tentativa de uma explicação fora da mitologia; - Processo de organização da explicação da realidade concreta; - Dois grandes grupos: a) Monistas: Determinam um elemento básico constituinte da realidade; b) Pluralistas: Determinam que o mundo é composto por vários elementos; Escola Jônica (Século VI e V a. C) - Discursam sobre a natureza; - Cosmologistas: explicar a natureza da matéria; - Principais filósofos • 1. Thales de Mileto (640-550 a.C): tudo é composto por água; • 2. Anaxímenes de Mileto: o ar era a raiz de todas as coisas; • 3. Empédocles de Clazômenas (495-430 a. C): Os 4 elementos da natureza • 4. Heráclito de Éfeso (535-475 a.C): o fogo compõem todas as coisas (Phanta rei) Escola Eleática - Conhecimento sensível e racional - Epistemologia: explica a realidade a partir da razão. Principais filósofos: • 1. Parmênides de Eleia (530-460 a.C): A mudança é ilusória. O ser é imutável e constante (ser/não ser) • 2. Anaximandro (610-574 a. C): “apeíron”: Força/energia Escola Itálica - Explicação do mundo a partir de formas e medidas. - Principal filósofo • 1. Pitágoras: • - O mundo é explicado através de números e fórmulas matemáticas e físicas; Escola Atomista • - Explicação do mundo a partir da divisão da realidade em pequenas partes • Principais filósofos: • 1. Leucipo de Mileto (480-420) e Democrito de Abdeia (460-370) - Átomos: elementos invisíveis e constituintes de todas as matérias; • 2. Anaxágoras (500-428 a. C) - Todas as coisas possuíam todos os elementos e um espírito de ordem e constância Os Sofistas -A palavra sofista (em grego sophistes) deriva de sophia (sabedoria), e designa genericamente todo o homem que possui conhecimentos consideráveis em qualquer ramo do saber. - Final do século V a.C: Sentido depreciativo. A palavra passa então a ser utilizada no sentido de ladrão, charlatão ou mentiroso, significado que acaba por ir ao encontro do seu sentido atual. - Os sofistas recebiam dinheiro pelos ensinamentos que ministravam, o que era alvo da censura dos atenienses. - Porém, há que reconhecer que, ao receberem pelos ensinamentos ministrados, os sofistas forçaram o reconhecimento do caráter profissional do trabalho de professor. Essa é uma dívida que a institucionalização da escola tem para com eles. - Situado no coração da polis, o homem quer vencer na vida política, quer fazer valer os seus interesses ou convicções, quer ganhar um lugar de destaque, quer ser eleito para cargos públicos, quer ser governante e aceder ao poder. - Falar bem, encantar o auditório, construir discursos persuasivos, formular os argumentos: é neste contexto que se compreende ter surgido uma nova estirpe de "educadores" que, a troco de dinheiro, oferecem o ensino da areté (virtude) política ou a techné (técnica) política, como lhe chamam os sofistas. Principais sofistas 1.Protágoras (490-420 a.C) - A verdade, segundo Protágoras, depende de cada um, depende de como cada coisa aparece para cada um em seu juízo. O que pode ser verdade para um, pode não o ser para outro. Com esse relativismo moral, ele rejeita toda verdade universal. - Pragmatismo imediatista: afirmava que se você nada pode saber dos deuses, eles não servem para nada e, assim, você pode ser indiferente a eles. Esse foi um dos motivos pelos quais ele foi acusado de impiedade. 2. Górgias (485-350 a.C) - Descarta qualquer noção de moral ou virtude, ele determinou a persuasão como algo essencial ao homem. - Tratado do “Não Ser”: Para ele, nada existe de real; e se nada existe, o homem não pode conhecer verdadeiramente nada; e mesmo que algo exista e possa a ser conhecido, seria impossível comunicar aos outros este conhecimento. - Impossibilidade de um conhecimento definitivo e propiciando um ambiente em que o mundo só tem o valor daquilo que o homem confere, consciente de sua efemeridade. 3. Isócrates (436-338 a.C) - Condenava o orador sem convicção profunda e apenas interessado em exibir sua habilidade de eloqüência; - Discurso político e epidícitico: a valorização da cultura intelectual face à cultura atlética. - Os Gregos deviam tomar consciência do valor inestimável da sua cultura, compreender que ela era, acima de tudo, uma comunidade de valores e de vida. - Promover a unidade política da Grécia; Enfim, -Busca da organização metodológica de um conhecimento empírico e racional sobre o mundo; -Explicação natural da realidade. - Abertura para os sofistas: o conhecimento da verdade que pode ser explicado. - A valorização de um conhecimento que pode ser oferecido as gerações como parte da prática política e de construção do ser no mundo (cidadania).