PARÂMETROS
CURRICULARES
NACIONAIS
Educação infantil
Creche e pré escolas
O QUE É?
Os Parâmetros Curriculares Nacionais - PCN - são
referências de qualidade para os Ensinos Fundamental
e Médio do país, elaboradas pelo Governo Federal
Propiciar subsídios à elaboração e reelaboração
do currículo, tendo em vista um projeto
pedagógico em função da cidadania do aluno e
uma escola em que se aprende mais e melhor.
Os PCN, como uma proposta inovadora e
abrangente, expressam o empenho em
criar novos laços entre ensino e sociedade
e apresentar idéias do "que se quer
ensinar", "como se quer ensinar" e "para
que se quer ensinar". Os PCN não são
uma coleção de regras e sim, um pilar
para a transformação de objetivos,
conteúdo e didática do ensino.
PCNS ESCOLA INFANTIL
Princípios:
• o respeito à dignidade e aos direitos das crianças,
consideradas nas suas diferenças individuais, sociais,
econômicas, culturais, étnicas, religiosas etc.;
• o direito das crianças a brincar, como forma particular de
expressão, pensamento, interação e comunicação
infantil;
• o acesso das crianças aos bens socioculturais
disponíveis, ampliando o desenvolvimento das
capacidades relativas expressão, à comunicação, à
interação social, ao pensamento, à ética e à estética;
• a socialização das crianças por meio de sua participação
e inserção nas mais diversificadas práticas sociais, sem
discriminação de espécie alguma;
• o atendimento aos cuidados essenciais associados à
sobrevivência e ao desenvolvimento de sua identidade.
EDUCAR
A instituição de educação infantil deve tornar acessível a
todas
as
crianças
que
a
freqüentam,
indiscriminadamente, elementos da cultura que
enriquecem o seu desenvolvimento e inserção social.
A escola tem papel socializador, propiciando o
desenvolvimento da identidade das crianças, por meio
de aprendizagens diversificadas, realizadas em
situações de interação.
Na instituição de educação infantil, pode-se oferecer às
crianças condições para as aprendizagens que ocorrem
nas brincadeiras e aquelas advindas de situações
pedagógicas intencionais ou aprendizagens orientadas
pelos adultos.
É
importante
ressaltar,
porém,
que
essas
aprendizagens, de natureza diversa, ocorrem de
maneira integrada no processo de desenvolvimento
infantil.
EDUCAR
Propiciar situações de cuidados, brincadeiras e
aprendizagens orientadas de forma integrada e que
possam contribuir para o desenvolvimento das
capacidades infantis de relação interpessoal, de ser e
estar com os outros em uma atitude básica de
aceitação, respeito e confiança, e o acesso, pelas
crianças, aos conhecimentos mais amplos da realidade
social e cultural.
Auxilia
desenvolvimento das capacidades de
apropriação e conhecimento das potencialidades
corporais, afetivas, emocionais, estéticas e éticas, na
perspectiva de contribuir para a formação de crianças
felizes e saudáveis.
CUIDAR
Contemplar o cuidado na esfera da instituição da
educação infantil significa compreendê-lo como parte
integrante da educação, embora possa exigir
conhecimentos, habilidades e instrumentos que
extrapolam a dimensão pedagógica.
Cuidar de uma criança em um contexto educativo
demanda a integração de vários campos de
conhecimentos e a cooperação de profissionais de
diferentes áreas.
A base do cuidado humano é compreender como ajudar
o outro a se desenvolver como ser humano.
Cuidar significa valorizar e ajudar a desenvolver
capacidades.
O cuidado é um ato em relação ao outro e a si próprio
que possui uma dimensão expressiva e implica em
procedimentos específicos.
O cuidado precisa considerar, principalmente, as
necessidades das crianças, que quando observadas,
ouvidas e respeitadas, podem dar pistas importantes
sobre a qualidade do que estão recebendo.
Os procedimentos de cuidado também precisam seguir
os princípios de promoção à saúde.
Para se atingir os objetivos dos cuidados com a
preservação da vida e com o desenvolvimento das
capacidades humanas, é necessário que as atitudes e
procedimentos estejam baseados em conhecimentos
específicos sobre o desenvolvimento biológico,
emocional, e intelectual das crianças, levando em
consideração as diferentes realidades socioculturais.
Para cuidar é preciso antes de tudo estar comprometido
com o outro, com sua singularidade, ser solidário com
suas necessidades, confiando em suas capacidades.
Disso depende a construção de um vínculo entre quem
cuida e quem é cuidado.
BRINCAR
Para desenvolver a criatividade da criança é preciso oferecer ricas
experiências entre elas as brincadeiras.
A brincadeira é uma linguagem infantil que mantém um vínculo
essencial com aquilo que é o “não-brincar”.
Se a brincadeira é uma ação que ocorre no plano da imaginação
isto implica que aquele que brinca tenha o domínio da linguagem
simbólica.
É preciso haver consciência da diferença existente entre a
brincadeira e a realidade imediata que lhe forneceu conteúdo para
realizar-se.
A brincadeira favorece a auto-estima das crianças, auxiliando-as a
superar progressivamente suas aquisições de forma criativa.
Brincar contribui, para a interiorização de determinados modelos de
adulto, no âmbito de grupos sociais diversos.
As significações atribuídas ao brincar transformam-no em um
espaço singular de constituição infantil.
As brincadeiras de faz-de-conta, os jogos de construção
e aqueles que possuem regras, como os jogos de
sociedade (também chamados de jogos de tabuleiro),
jogos tradicionais, didáticos, corporais etc., propiciam a
ampliação dos conhecimentos infantis por meio da
atividade lúdica.
É o adulto, na figura do professor, portanto, que, na
instituição infantil, ajuda a estruturar o campo das
brincadeiras na vida das crianças.
Por meio das brincadeiras os professores podem
observar e constituir uma visão dos processos de
desenvolvimento das crianças em conjunto e de cada
uma em particular, registrando suas capacidades de uso
das linguagens, assim como de suas capacidades
sociais e dos recursos afetivos e emocionais que
dispõem.
Aprender em situações
orientadas
Para que as aprendizagens infantis ocorram com sucesso, é
preciso que o professor considere, na organização do trabalho
educativo:
1. A interação com crianças da mesma idade e de idades diferente
sem situações diversas como fator de promoção da aprendizagem
e do desenvolvimento e da capacidade de relacionar-se;
2. Os conhecimentos prévios de qualquer natureza, que as crianças já
possuem sobre o assunto, já que elas aprendem por meio de uma
construção interna ao relacionar suas idéias com as novas
informações de que dispõem e com as interações que estabelece;
3. A individualidade e a diversidade;
4. O grau de desafio que as atividades apresentam e o fato de que
devam ser significativas e apresentadas de maneira integrada para
as crianças e o mais próximas possíveis das práticas sociais reais;
5. A resolução de problemas como forma de aprendizagem.
Pontos importantes a serem
considerados
INTERAÇÃO
DIVERSIDADE E INDIVIDUALIDADE
APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA E
CONHECIMENTOS PRÉVIOS
RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS
PROXIMIDADE COM AS PRÁTICAS
SOCIAIS REAIS
EDUCAR CRIANÇAS COM
NECESSIDADES ESPECIAIS
O PROFESSOR DE EDUCAÇÃO
INFANTIL
LDB dispõe, no título VI, art. 62 que: “A formação de
docentes para atuar na educação básica far-se-á em
nível superior, em curso de licenciatura, de graduação
plena, em universidades e institutos superiores de
educação, admitida, como formação mínima para o
exercício do magistério na educação infantil e nas
quatro primeiras séries do ensino fundamental, a
oferecida em nível médio, na modalidade Normal”.
Em consonância com a LDB, este Referencial utiliza a
denominação “professor de educação infantil”9 para
designar todos os/as profissionais responsáveis pela
educação direta das crianças de zero a seis anos,
tenham eles/elas uma formação especializada ou não.
PERFIL DO PROFISSIONAL
Competência polivalente -trabalhar com
conteúdos de natureza diversa
Comprometidos com a prática profissional
e com o projeto educativo
Capacidade de diálogo com a família,
criança e demais profissionais
ORGANIZAÇÃO DO REFERENCIAL
CURRICULAR NACIONAL PARA A
EDUCAÇÃO INFANTIL
Organização por idade:
1- A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional de 1996, explicita
no art. 30, capítulo II, seção II que: “A educação infantil será
oferecida em: I - creches ou entidades equivalentes para crianças
de até três anos de idade; II - pré-escolas, para as crianças de
quatro a seis anos”.
2-A opção pela organização dos objetivos, conteúdos e orientações
didáticas por faixas etárias e não pela designação institucional —
creche e pré-escola — pretendeu também considerar a variação de
faixas etárias encontradas nos vários programas de atendimento
nas diferentes regiões do país, não identificadas com as
determinações da LDB.
Organização em âmbitos e eixos
Frente ao mundo sociocultural e natural que se apresenta de
maneira diversa e polissêmica optou-se por um recorte curricular
que visa a instrumentalizar a ação do professor, destacando os
âmbitos de experiências essenciais que devem servir de referência
para a prática educativa.
Esta organização visa a abranger diversos e múltiplos espaços de
elaboração de conhecimentos e de diferentes linguagens, a
construção da identidade, os processos de socialização e o
desenvolvimento da autonomia das crianças que propiciam, por sua
vez, as aprendizagens consideradas essenciais.
A organização do Referencial curricular se dá: Formação Pessoal e
Social e Conhecimento de Mundo.
O âmbito de Formação Pessoal e
Social
Refere-se
às
experiências
que
favorecem,
prioritariamente, a construção do sujeito. Está
organizado de forma a explicitar as complexas questões
que envolvem o desenvolvimento de capacidades de
natureza global e afetiva das crianças, seus esquemas
simbólicos de interação com os outros e com o meio,
assim como a relação consigo mesmas. O trabalho com
este âmbito pretende que as instituições possam
oferecer condições para que as crianças aprendam a
conviver, a ser e a estar com os outros e consigo
mesmas em uma atitude básica de aceitação, de
respeito e de confiança. Este âmbito abarca um eixo de
trabalho denominado Identidade e autonomia.
O âmbito de Conhecimento de
Mundo
Refere se à construção das diferentes
linguagens pelas crianças e às relações
que estabelecem com os objetos de
conhecimento. Este âmbito traz uma
ênfase na relação das crianças com
alguns aspectos da cultura.
OBJETIVOS GERAIS DA EDUCAÇÃO
INFANTIL
desenvolver uma imagem positiva de si, atuando de forma cada vez mais
independente, com confiança em suas capacidades e
percepção de suas limitações;
• descobrir e conhecer progressivamente seu próprio
corpo, suas
potencialidades e seus limites, desenvolvendo e
valorizando hábitos de cuidado com a própria saúde e
bem-estar;
• estabelecer vínculos afetivos e de troca com adultos e
crianças, fortalecendo sua auto-estima e ampliando
gradativamente suas possibilidades de comunicação e
interação social;
• estabelecer e ampliar cada vez mais as relações sociais,
aprendendo aos poucos a articular seus interesses e
pontos de vista com os demais, respeitando a
diversidade e desenvolvendo atitudes de ajuda e
colaboração;
observar e explorar o ambiente com atitude de
curiosidade, percebendo-se cada vez mais como
integrante, dependente e agente transformador do meio
ambiente e valorizando atitudes que contribuam para
sua conservação;
•
brincar,
expressando
emoções,
sentimentos,
pensamentos, desejos e necessidades;
• utilizar as diferentes linguagens (corporal, musical,
plástica, oral e escrita) ajustadas às diferentes intenções
e situações de comunicação, de forma a compreender e
ser compreendido,
expressar suas idéias, sentimentos, necessidades e
desejos e avançar no seu processo de construção de
significados, enriquecendo cada vez mais sua
capacidade expressiva;
•
conhecer
algumas
manifestações
culturais,
demonstrando atitudes de interesse, respeito e
participação frente a elas e valorizando a diversidade.
ESTRUTURA DO REFERENCIAL CURRICULAR NACIONAL PARA A EDUCAÇÃO
INFANTIL
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