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Resenha
Resenha
Gerenciamento de
Recursos Produtivos
Gerenciamento de
Recursos Produtivos
Productive Resources Management
Productive Resources Management
Administração da Produção e Operações
Administração da Produção e Operações
de Norman Gaither & Greg Frazier
de Norman Gaither & Greg Frazier
a
São Paulo: Thomson Pioneira, 8.a ed., 2004, 598p. ISBN 8522102376
Trad.: José Carlos Barbosa Santos
Rev. téc.: Petrônio Garcia Martins
São Paulo: Thomson Pioneira, 8. ed., 2004, 598p. ISBN 8522102376
Trad.: José Carlos Barbosa Santos
Rev. téc.: Petrônio Garcia Martins
NELSON CARVALHO MAESTRELLI
NELSON CARVALHO MAESTRELLI
UNIMEP/SP
[email protected]
UNIMEP/SP
[email protected]
A área de Administração da Produção e Operações (APO), ou Production and Operations Management, constitui um dos principais campos de atuação profissional para engenheiros de produção e administradores de empresas. Desde a década de 1980, sabe-se que o desempenho de uma organização produtiva
está intrinsecamente ligado a agilidade, rapidez e flexibilidade de seu sistema de manufatura. Portanto, gerenciar os recursos produtivos de forma “enxuta” e otimizada é um dos caminhos para garantir a competitividade de uma empresa e, por conseguinte, a sua sobrevivência no mercado. Como conseqüência, nos últimos
anos vários livros têm sido lançados, procurando enfocar os tópicos principais sobre gestão da produção.
Administração da Produção e Operações, publicado inicialmente em 1999, atingiu sua oitava edição
três anos mais tarde. No Brasil, a publicação em português surgiu em 2002 (tradução da oitava edição) e, em
2004, ocorreu a sua primeira re-impressão. Em relação às primeiras edições, tem-se como principais mudanças a introdução de capítulos que tratam especificamente de Gestão da Cadeia de Suprimentos (Supply Chain
Management) e da aplicação de conceitos de APO à área de prestação de serviços. Além disso, o livro passou
a conta com um co-autor, Greg Frazier, professor da Universidade do Texas (EUA). Ainda outra novidade é a
introdução de novos estudos de caso e de tarefas propostas, utilizando recursos da internet, afora as sugestões
de sites para consulta dos leitores.
O conteúdo está dividido em quatro núcleos principais: “Introdução e Visão Geral”, “Decisões Estratégicas”, “Decisões Operacionais” e “Decisões quanto a Controle”, cada um deles subdivido em capítulos, num
total de 18.
“Introdução e Visão Geral” apresenta, em seu primeiro capítulo, um histórico da evolução da APO e
seus fatores de influência; o capítulo seguinte traz noções de planejamento estratégico, incluindo dados e análises sobre as principais empresas do mundo e seu desempenho; e, no capítulo 3, fechando a primeira parte,
são apresentados os principais modelos para planejamento de atividades produtivas.
A área de Administração da Produção e Operações (APO), ou Production and Operations Management, constitui um dos principais campos de atuação profissional para engenheiros de produção e administradores de empresas. Desde a década de 1980, sabe-se que o desempenho de uma organização produtiva
está intrinsecamente ligado a agilidade, rapidez e flexibilidade de seu sistema de manufatura. Portanto, gerenciar os recursos produtivos de forma “enxuta” e otimizada é um dos caminhos para garantir a competitividade de uma empresa e, por conseguinte, a sua sobrevivência no mercado. Como conseqüência, nos últimos
anos vários livros têm sido lançados, procurando enfocar os tópicos principais sobre gestão da produção.
Administração da Produção e Operações, publicado inicialmente em 1999, atingiu sua oitava edição
três anos mais tarde. No Brasil, a publicação em português surgiu em 2002 (tradução da oitava edição) e, em
2004, ocorreu a sua primeira re-impressão. Em relação às primeiras edições, tem-se como principais mudanças a introdução de capítulos que tratam especificamente de Gestão da Cadeia de Suprimentos (Supply Chain
Management) e da aplicação de conceitos de APO à área de prestação de serviços. Além disso, o livro passou
a conta com um co-autor, Greg Frazier, professor da Universidade do Texas (EUA). Ainda outra novidade é a
introdução de novos estudos de caso e de tarefas propostas, utilizando recursos da internet, afora as sugestões
de sites para consulta dos leitores.
O conteúdo está dividido em quatro núcleos principais: “Introdução e Visão Geral”, “Decisões Estratégicas”, “Decisões Operacionais” e “Decisões quanto a Controle”, cada um deles subdivido em capítulos, num
total de 18.
“Introdução e Visão Geral” apresenta, em seu primeiro capítulo, um histórico da evolução da APO e
seus fatores de influência; o capítulo seguinte traz noções de planejamento estratégico, incluindo dados e análises sobre as principais empresas do mundo e seu desempenho; e, no capítulo 3, fechando a primeira parte,
são apresentados os principais modelos para planejamento de atividades produtivas.
REVISTA DE CIÊNCIA & TECNOLOGIA • V. 12, Nº 24 – pp. 75-76
REVISTA DE CIÊNCIA & TECNOLOGIA • V. 12, Nº 24 – pp. 75-76
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O segmento “Decisões Estratégicas” concentra-se no planejamento de recursos produtivos: produtos e
processos de fabricação para bens e serviços. As diferentes metodologias de projeto são tratadas no capítulo
4; princípios de automação estão incluídos no 5, que trata da escolha da tecnologia de produção mais adequada a cada ambiente produtivo; o capítulo 6 apresenta técnicas para planejamento de capacidade produtiva e escolha de localização de instalações; já o seguinte, e último da parte II, discute os tipos de layout e suas
aplicações, com um tópico específico para prestadores de serviços.
“Decisões Operacionais” pode ser considerada uma obra à parte, na qual são enfatizados os principais
conceitos, ferramentas e técnicas sobre sistemas de planejamento, programação e controle da produção. Por
tratar da APO como um todo, esse trecho poderia ser reduzido, de modo a sintetizar os conceitos principais e a
reduzir a sua extensão, demasiada para um livro de caráter introdutório. Nessa parte, há um capítulo tratando
particularmente dos sistemas just in time (cap. 13) e outro sobre gestão da cadeia de suprimentos (cap. 14).
“Decisões quanto ao Controle”, ao contrário dos núcleos anteriores, focados em um determinado
aspecto da APO, apresenta uma miscelânea de assuntos, envolvendo desde fundamentos do estudo de tempos e métodos (cap. 15), tópicos sobre gestão e controle da qualidade (cap. 16 e 17) e planejamento e controle de projetos (cap. 18). É o “ponto fraco” do livro, pois os assuntos aqui não demonstram o necessário
aprofundamento, carecendo do rigor conceitual que uma obra desse nível ensejaria. Além disso, não há uma
seqüência lógica de abordagem dos diferentes tópicos, como ocorre nas partes antecedentes.
Apesar de ser um trabalho muito extenso, inexistem em Administração da Produção e Operações
referências a Formas de Representação de Atividades Produtivas, Programas de Melhorias, Indicadores e
Padrões de Desempenho (alguns são tratados ao longo de outros capítulos, como o benchmarking ou o conceito de produtividade). Tais tópicos formam uma base fundamental para a APO e deveriam receber tratamento diferenciado, em capítulos especialmente a eles dedicados. Outra questão identificável são alguns
problemas na tradução de termos técnicos, mas que não chegam a comprometer a qualidade da obra como
um todo.
Apesar disso, para estudantes de graduação em engenharia de produção e administração de empresas,
ou para estudiosos de outras áreas que precisem aprofundar conhecimentos no campo da gestão da produção, trata-se de uma publicação bastante útil. De maneira geral, contribui significativamente para facilitar o
ensino básico em engenharia de produção, por apresentar conceitos fundamentais de modo simplificado e
preciso, ainda que os problemas apontados dificultem sua adoção como livro texto em disciplinas introdutórias da área, direcionando sua utilização como mais adequada à complementação de conhecimentos.
O segmento “Decisões Estratégicas” concentra-se no planejamento de recursos produtivos: produtos e
processos de fabricação para bens e serviços. As diferentes metodologias de projeto são tratadas no capítulo
4; princípios de automação estão incluídos no 5, que trata da escolha da tecnologia de produção mais adequada a cada ambiente produtivo; o capítulo 6 apresenta técnicas para planejamento de capacidade produtiva e escolha de localização de instalações; já o seguinte, e último da parte II, discute os tipos de layout e suas
aplicações, com um tópico específico para prestadores de serviços.
“Decisões Operacionais” pode ser considerada uma obra à parte, na qual são enfatizados os principais
conceitos, ferramentas e técnicas sobre sistemas de planejamento, programação e controle da produção. Por
tratar da APO como um todo, esse trecho poderia ser reduzido, de modo a sintetizar os conceitos principais e a
reduzir a sua extensão, demasiada para um livro de caráter introdutório. Nessa parte, há um capítulo tratando
particularmente dos sistemas just in time (cap. 13) e outro sobre gestão da cadeia de suprimentos (cap. 14).
“Decisões quanto ao Controle”, ao contrário dos núcleos anteriores, focados em um determinado
aspecto da APO, apresenta uma miscelânea de assuntos, envolvendo desde fundamentos do estudo de tempos e métodos (cap. 15), tópicos sobre gestão e controle da qualidade (cap. 16 e 17) e planejamento e controle de projetos (cap. 18). É o “ponto fraco” do livro, pois os assuntos aqui não demonstram o necessário
aprofundamento, carecendo do rigor conceitual que uma obra desse nível ensejaria. Além disso, não há uma
seqüência lógica de abordagem dos diferentes tópicos, como ocorre nas partes antecedentes.
Apesar de ser um trabalho muito extenso, inexistem em Administração da Produção e Operações
referências a Formas de Representação de Atividades Produtivas, Programas de Melhorias, Indicadores e
Padrões de Desempenho (alguns são tratados ao longo de outros capítulos, como o benchmarking ou o conceito de produtividade). Tais tópicos formam uma base fundamental para a APO e deveriam receber tratamento diferenciado, em capítulos especialmente a eles dedicados. Outra questão identificável são alguns
problemas na tradução de termos técnicos, mas que não chegam a comprometer a qualidade da obra como
um todo.
Apesar disso, para estudantes de graduação em engenharia de produção e administração de empresas,
ou para estudiosos de outras áreas que precisem aprofundar conhecimentos no campo da gestão da produção, trata-se de uma publicação bastante útil. De maneira geral, contribui significativamente para facilitar o
ensino básico em engenharia de produção, por apresentar conceitos fundamentais de modo simplificado e
preciso, ainda que os problemas apontados dificultem sua adoção como livro texto em disciplinas introdutórias da área, direcionando sua utilização como mais adequada à complementação de conhecimentos.
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jul./dez. • 2004
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