Incorporação de Tecnologia em Hospitais Uma abordagem a partir das ferramentas Tecnovigilância e Engenharia Clínica Wayne Brod Beskow Unidade de Tecnovigilância – UTVIG - ANVISA [email protected] Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br Roteiro da Apresentação PARTE I: Visão Geral da Avaliação de Tecnologia em Saúde A Incorporação Tecnológica e seus desdobramentos PARTE II: Processos Hospitalares - a Participação da Tecnologia Exemplificação a partir do Diagnóstico Médico PARTE III: Tecnovigilância Engenharia Clínica PARTE IV Sistema Nacional de Vigilância Sanitária: garantia e promoção de segurança e efetividade em produtos e serviços para a saúde Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br O Hospital é uma Tecnologia em Saúde !!! Antunes, José Leopoldo Ferreira São Paulo: Editora Letras & Letras, 1991. Agência Nacional de Vigilância Sanitária PARTE I www.anvisa.gov.br Tecnologias em Saúde Equipamentos, medicamentos, insumos e procedimentos utilizados na prestação de serviços de saúde bem como as técnicas que dispõem sobre a infra-estrutura desses serviços e sua organização. Avaliação de Tecnologias em Saúde (ATS) Exercício de pesquisa e produção de informação com base em critérios de efetividade, custo risco ou impacto de seu uso e critérios éticos e de segurança, visando a seleção, aquisição, distribuição ou uso apropriado de tecnologia, incluindo avaliação de sua necessidade. Agência Nacional de Vigilância Sanitária Sistematizado por MS/SPS/DECIT PARTE I www.anvisa.gov.br Modelo Básico Comum (Nível Internacional) 1. Estrutura Central: • • • • • Processos de ATS Núcleo médico-epidemiologista; Núcleo de informação em saúde; Núcleo econômico e social; Núcleo de metodologias em pesquisa; Núcleo de Engenharia Clinica e Física Médica. 2. Linhas de Produção: • • • • • Relatórios Técnicos para profissionais de saúde, gestores e público; Relatórios Internos; Consultorias; Divulgação e promoção da cultura de avaliação; Acessória e formação de pesquisadores para avaliação. Agência Nacional de Vigilância Sanitária Sistematizado por MS/SPS/DECIT* PARTE I www.anvisa.gov.br Modelo Básico Comum (Nível Internacional) 3. Âmbito da Ação: • • Processos de ATS • • Apoio para regulação (cobertura); Apoio para planejamento e definição de critérios para serviços; Apoio para utilização apropriada; Apoio para orientação de pesquisas. Subsídios para Planejamento e Tomada de Decisão Agência Nacional de Vigilância Sanitária Sistematizado por MS/SPS/DECIT PARTE I www.anvisa.gov.br Nível Internacional Referências em ATS Canadá: EUA: www.ccohta.ca www.hcfa.gov Espanha: www.isciii.es/aets Inglaterra: www.hta.nhsweb.nhs.uk Inglaterra: www.nice.org.uk Suécia: www.sbu.se França: www.anaes.fr Noruega: www.oslo.sintef.no/smm Agência Nacional de Vigilância Sanitária PARTE I www.anvisa.gov.br Ciclo de Vida Tecnológico Desenvolvimento Desenvolvimento Básico Protótipo Disponibilidade Utilização Obsolescência Utilização Máxima Incorporação Difusão Descarte Inovação Agência Nacional de Vigilância Sanitária Sistematizado por GARCIA, 2001 PARTE I www.anvisa.gov.br Para a Incorporação de Tecnologia em Saúde é necessário conhecer os processos nos quais serão inseridas as tecnologias! Visão Macro x Visão Micro Políticas em Saúde Rotina Assistencial Descentralização “O centralismo burocrático acarreta a padronização das soluções. Provoca a axacerbação de uma ótica excessivamente central dos problemas nacionais que tende a aplicar soluções uniformes a um País imenso e heterogêneo, que exige, pelo contrário, decisões ajustadas a suas diversidades e peculiaridades.” Hélio Beltrão, em 1982. Agência Nacional de Vigilância Sanitária PARTE I www.anvisa.gov.br Estratégias Táticas Comitê de Planejamento Estratégico Política Estratégica Administrativa Assessorias e Comitês de Avaliação Capital Necessário Incorporação ou substituição, fluxo de caixa e financiamento Avaliação, seleção e preparação Gerenciamento de Tecnologia Agência Nacional de Vigilância Sanitária Sistematizado por ANTUNEZ, 2000 PARTE I www.anvisa.gov.br Gerenciamento de Tecnologia Médico-hospitalar 3 - Especificações Técnicas 4 - Estudos do Mercado 2- Planejamento 6 - Instalações 1- Solicitações Pré-compra 12 - Descarte 11 - Avaliações dos Equipamentos e Reparos Agência Nacional de Vigilância Sanitária 5 - Trabalhos de Pré-instalação 7 - Treinamentos GTMH 10 - Ciclo de Execução das Manutenções Programadas PARTE I 8 - Gerenciamento de Contratos 9 - Delineamento das Manutenções Programadas www.anvisa.gov.br Gerenciamento de Tecnologia Médico-hospitalar PROCESSO DE INCORPORAÇÃO DA TECNOLOGIA • Determinação da necessidade da aquisição; • Definição dos requisitos clínicos; • Definição dos requisitos técnicos; • Levantamento do mercado; • Análise do impacto financeiro; • Preparação de um conjunto de especificações técnicas; • Solicitação de propostas aos fornecedores; • Avaliação das propostas; • Solicitação de demonstrações; • Escolha; • Assinatura do contrato ou ordem de compra; • Recebimento; • Aceitação. Agência Nacional de Vigilância Sanitária PARTE I www.anvisa.gov.br Processos Hospitalares – para refletir sobre a Participação da Tecnologia! Receber o Paciente Medicar o Paciente Internar o Paciente Identificar o Paciente Realizar Procedimento Cirúrgico Resgatar o Prontuário do Paciente Manter o Paciente Estável Encaminhar o Paciente Examinar o Paciente Monitorar o Paciente Diagnosticar o Problema Agência Nacional de Vigilância Sanitária Sustentar a vida do Paciente Liberar o Paciente PARTE II www.anvisa.gov.br Um momento crítico: o diagnóstico Participação da Tecnologia Agência Nacional de Vigilância Sanitária PARTE II www.anvisa.gov.br O que é o diagnóstico médico? É a base fundamental da tarefa do médico ao cuidar de um enfermo, que implica na definição da localização, extensão, mecanismo e causa do infortúnio nos níveis biológico, psicológico e social. [Porto, 1997] É UM PROCESSO Esquema clássico Se há mais experiência identificação do paciente queixa principal queixa principal histórico da enfermidade atual experiências anteriores do médico antecedentes pessoais e familiares hipótese a respeito da natureza do problema história socioeconômica e cultural interrogatório sintomatológico (anamnese) exame físico e anamnese Hipótese principal exame físico Diagnóstico Agência Nacional de Vigilância Sanitária PARTE II Exames Complementares www.anvisa.gov.br Por mais entusiasmo que se tenha com os modernos equipamentos médicos, a pedra angular da medicina ainda é o método clínico. A experiência demonstra que os recursos tecnológicos disponíveis só são aplicáveis em sua plenitude e com o máximo proveito para o paciente quando parte-se de um exame clínico bem feito. PORÉM Na maioria dos casos, o exame clínico permite somente hipóteses diagnósticas e os exames complementares são necessários para um diagnóstico completo e definitivo. Agência Nacional de Vigilância Sanitária PARTE II www.anvisa.gov.br Termômetro Clínico Esfigmomanômetro Balança Relógio Informação Diagnóstico Liberação Hipótese principal Exames Complementares Hospital Tratamento Paciente Melhorado? Eventos Adversos? Agência Nacional de Vigilância Sanitária Demais Tecnologias e Sistemas PARTE II www.anvisa.gov.br Segurança Sanitária Uma “ferramenta disponível” Agência Nacional de Vigilância Sanitária PARTE III www.anvisa.gov.br A Lei no 6.360 (1976) e o Decreto no 79.094 (1977) instituíram a Política para garantir a qualidade de produtos para a saúde. Os produtos para saúde só podem ser entregues aos consumidores se obedecerem aos padrões de qualidade oficialmente reconhecidos, para tanto tais produtos devem atender aos requisitos essenciais de segurança e eficácia desde a sua fabricação Agência Nacional de Vigilância Sanitária PARTE III www.anvisa.gov.br Tecnovigilância Pós-comercialização Unidade de Tecnovigilância Eng. Wayne Beskow Dra. Evelinda Trindade Chefia da UTVIG/ANVISA Consultora Técnica Enga. Valéria Barbosa Adm. Carlos Fornazier Materiais para Implantes Responsável Sistema de Notificação e Alerta Bioq. Heloisa Helena Gabriela Moreira Consultora Colaboradora - Kits Secretária Executiva Zora Santos Consultores Pontuais Secretária Segundo a demanda [email protected] Agência Nacional de Vigilância Sanitária PARTE III www.anvisa.gov.br Agência Nacional de Vigilância Sanitária PARTE III www.anvisa.gov.br Enfoque do Projeto de Hospitais Sentinelas PRODUTOS OU ! SERVIÇOS ? Agência Nacional de Vigilância Sanitária PARTE III www.anvisa.gov.br Macro-Interfaces Sistema Nacional de Vigilância Sanitária ANVISA SES EAS GR CCIH Agência Nacional de Vigilância Sanitária Farmacovigilância ... 27 HS ... 100 ... 100 Hemovigilância PARTE III VISA Tecnovigilância www.anvisa.gov.br Engenharia Clínica UMA INTERFACE TÉCNICO-GERENCIAL DIMENSÃO ACADÊMICA DIMENSÃO PROFISSIONAL Prevalecendo: • • • • • funcionalidade segurança operacionalidade confiabilidade mantenabilidade Agência Nacional de Vigilância Sanitária • • • • PARTE III organização otimização gestão de materiais gestão de pessoal www.anvisa.gov.br Engenharia Clínica Responsabilidade Estados Unidos da América Canadá França Alemanha 30 anos Holanda Suécia 1 2 3 4 5 Tempo de Experiência Agência Nacional de Vigilância Sanitária PARTE III www.anvisa.gov.br Engenharia Clínica • • • • • • • • • • • • • Certificação e Normalização Orçamentos e Finanças Gerenciamento de Departamentos Sistemas de Informação Interação Departamentos Clínicos Gerenciamento da Manutenção Organização e Métodos Equipes e Treinamentos Medições de Produtividade Resultados de Atuações Profissionais Melhoria da Qualidade Desempenho de Dispositivos Gerenciamento de Tecnologia Agência Nacional de Vigilância Sanitária PARTE III www.anvisa.gov.br Gerenciamento de Tecnologia Médico-hospitalar DIFERENÇAS MARCANTES Engenharia Clínica • • • • • • Agência Nacional de Vigilância Sanitária Abordagens Etapas de desenvolvimento Vínculos Organizacionais Foco na manutenção Amplitude dos trabalhos Treinamento PARTE III www.anvisa.gov.br QUALIDADE Indicadores Quantitativos Engenharia Clínica Agência Nacional de Vigilância Sanitária PARTE III www.anvisa.gov.br Segurança e Efetividade Agência Nacional de Vigilância Sanitária PARTE III www.anvisa.gov.br Valores da ANVISA ... Maiores Desafios Conhecimento como fonte da ação – – – – – – Estudos Clínicos Estudos Técnicos Normas Técnicas Troca de informações em REDE Notificações de Eventos Adversos Alertas de Tecnovigilância Transparência Cooperação Agência Nacional de Vigilância Sanitária PARTE IV www.anvisa.gov.br Próximos passos ... Incorporação de Tecnologias em Saúde cada vez mais amparada em critérios de Avaliação Tecnológica e em informações sistematizadas pela Vigilância Sanitária. Atuação da Engenharia Clínica através de procedimentos definidos e que envolvam a possibilidade de desenvolver-se um perfil mais epidemiológico onde as soluções de problemas encontradas em uma instituição sejam estendias a outras de forma pró-ativa . Agência Nacional de Vigilância Sanitária PARTE IV www.anvisa.gov.br