O Serviço de Saúde Atenção Primária Ms. Margarida Martins Atenção Básica ou APS Caracteriza-se por um conjunto de ações promoção e proteção da saúde, prevenção de agravos, diagnóstico, tratamento, reabilitação e manutenção da saúde, desenvolvida no individual e nos coletivos, por meio de práticas gerenciais e sanitárias democráticas e participativas. No SUS, se constitui-se como um nível hierárquico da atenção, que deve estar organizado em todos os municípios do país. Atenção Básica ou APS Deve: Ser baseada na realidade local Considerar os sujeitos em sua singularidade, complexidade, integridade e inserção sócio-cultural Orientar-se: Pelos princípios do SUS: universalidade, equidade, integralidade, controle social, hierarquização Pelos princípios próprios: acessibilidade, vínculo, coordenação, continuidade do cuidado, territorialização e adscrição de clientela, responsabilização, humanização. Elementos fundamentais dos Serviços de Atenção Básica • Capacidade para organizar os serviços e a rede de atenção • Prestação de serviços • Desempenho clínico • Resultados da atenção Atenção Primária à Saúde no mundo • Tendência dos sistemas de saúde no mundo – Europa, Canadá, América Latina • Consenso – sistemas de saúde orientados pelos princípios da APS alcançam melhores indicadores de saúde, tem menores custos e maior satisfação dos usuários • Dissenso – mecanismos operacionais para implantação dos princípios Evidências para gestão Um sistema de saúde com forte base em Atenção Primária é mais eficiente e mais eqüanime, mesmo em situações de grande iniqüidade social O número de médicos generalistas na atenção primária por habitante tem efeito positivo sobre indicadores vitais como mortalidade global, mortalidade por cardiopatia isquêmica, mortalidade por câncer, mortalidade neonatal, expectativa de vida ao nascer e baixo peso ao nascer. (Shi,1994). ABS organizada pela estratégia SAÚDE DA FAMÍLIA Saúde da Família Constitui uma estratégia para o fortalecimento e organização da APS no Brasil Possibilita a organização do Sistema Municipal de Saúde para contemplar os pontos essenciais de qualidade na APS mantendo o foco da atenção nas famílias da comunidade A estratégia Saúde da Família na APS Busca o fortalecimento da atenção por meio da ampliação do acesso, a qualificação e reorientação das práticas de saúde no modelo de Promoção da Saúde Pró-atividade - perante indivíduos, famílias e comunidade Foco na Família – produção social do processo saúde-doença Humanização, Acolhimento, Vínculo e Cuidado ao longo do tempo – Ações de prevenção, promoção, tratamento, recuperação e manutenção da saúde A estratégia Saúde da Família na APS Integralidade, planejamento e coordenação do cuidado Território e comunidade adstrita Trabalho em equipe Co-responsabilidade entre profissionais e famílias assistidas Estímulo à participação social Intersetorialidade das ações A estratégia Saúde da Família na APS Princípios gerais Caráter substitutivo Atuação no território – cadastramento, diagnóstico situacional, ações pactuadas comunidade, postura pró-ativa Planejamento e programação Integração com instituições e organizações sociais Construção de cidadania Princípios da estratégia de Saúde da Família TERRITORIALIZAÇÃO Territorialização em saúde é a metodologia capaz de operar mudanças no modelo assistencial e nas práticas sanitárias vigentes, desenhando novas configurações loco-regional, baseando-se no reconhecimento e esquadrinhamento do território segundo a lógica das relações entre ambiente, condições de vida, situação de saúde e acesso às ações e serviços de saúde (Teixeira et al., 1998). TERRITORIALIZAÇÃO É a base do trabalho das Equipes de Saúde da Família (ESF) para a prática da Vigilância em Saúde. Permitir eleger prioridades para o enfrentamento dos problemas identificados nos territórios de atuação, o que refletirá na definição das ações mais adequadas, contribuindo para o planejamento e programação local. Discutir ações a partir da realidade local; Aprender a olhar o território e identificar prioridades assumindo o compromisso efetivo com a saúde da população. Processo de planejamento e programação conjunto, definindo prioridades, competências e atribuições a partir de uma situação atual reconhecida como inadequada tanto pelos técnicos quanto pela população, sob a ótica da qualidade de vida. • Territorialização e cadastramento da clientela A USF trabalha com território de abrangência definido. Responsável pelo: - cadastramento - acompanhamento da população vinculada (adscrita) a esta área. Recomenda-se que uma equipe seja responsável por, no máximo, 4.000 pessoas/ 1.000 família. Sistema loco-regional de Saúde Localização das unidades de saúde, Definição das áreas de abrangência e influência pertencentes a cada uma, Recursos humanos,materiais e financeiros, Histórico sobre: identificação, origem, fundação, serviços prestados,recursos destinados, manutenção e procedência de seus usuários. Área de abrangência Área delimitada onde a equipe de saúde da família atua e que está sob sua responsabilidade Apropriação do espaço local por parte da ESF e pela população Processo de planejamento que contempla medidas de atuação que estejam de acordo com as demandas/necessidades sentidas da população residente. Princípios da estratégia de Saúde da Família ADSCRIÇÃO DE CLIENTELA Definição precisa do território de atuação cada equipe se responsabiliza por cerca de 1.000 famílias dentro da sua área geográfica (de 2.400 a 4.000 habitantes); • ÁREA: É o conjunto de microáreas sob a responsabilidade de uma equipe de saúde. A composição da equipe de saúde e as coberturas assistenciais variam de acordo com o modelo de atenção adotado e a área pode assumir diversas configurações: • ÁREA NA ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA (ESF): É o conjunto de microáreas contíguas sob a responsabilidade de uma equipe de saúde da família, onde residem em torno de 2.400 a 4.000 pessoas. • MICROÁREA: É o espaço geográfico delimitado onde residem cerca de 400 a 750 pessoas e corresponde à área de atuação de um agente comunitário de saúde (ACS). • PERIDOMICÍLIO: É o espaço próximo à casa e que inclui os seus anexos. Princípios da estratégia de Saúde da Família TERRITORIALIZAÇÃO/ ÁREA GEOGRÁFICA Mapeamento da área, compreendendo segmento populacional determinado na área geográfica de abrangência da Unidade / Equipe de Saúde. De 2400 a 4000 pessoas. Funcionamento do PSF Territorialização – Vinculação da clientela Particularidades de cada micro-área DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO DE SAÚDE DA POPULAÇÃO Cadastramento das famílias e dos indivíduos, gerando dados que possibilitem a análise da situação de saúde do território. DIAGNÓSTICO DA COMUNIDADE • Perfil Demográfïco, • Perfil Epidemiológico • Perfíl Sócio-econômico • Perfil Meio Ambiental • Demandas / Necessidades sentidas pela população • Planejamento baseado na realidade local • Interdisciplinaridade • Vinculação • Competência cultural DIAGNOSTICO LOCAL DE SAÚDE Visa à detecção dos problemas existentes no local através da Estimativa Rápida. • Objetivo: Fazer um levantamento histórico/ epidemiológico dos Bairros, para conhecer os problemas de saúde da região e o desenvolvimento da área. DIAGNOSTICO LOCAL DE SAÚDE A territorialização O cadastramento das famílias O levantamento dos problemas das famílias A estratificação familiar por grau de riscos Gestão Financeira do SUS (Art 33 ao 35) “Os recursos financeiros do SUS serão depositados em conta especial, em cada esfera de sua atuação, e movimentados sob fiscalização dos respectivos Conselhos de Saúde. (Art. 33) Art. 35. Para o estabelecimento de valores a serem transferidos a Estados, Distrito Federal e Municípios, será utilizada a combinação dos seguintes critérios, segundo análise técnica de programas e projetos: I - perfil demográfico da região; II - perfil epidemiológico da população a ser coberta; III - características quantitativas e qualitativas da rede de saúde na área; IV - desempenho técnico, econômico e financeiro no período anterior; V - níveis de participação do setor saúde nos orçamentos estaduais e municipais; VI - previsão do plano qüinqüenal de investimentos da rede; VII - ressarcimento do atendimento a serviços prestados para outras esferas de governo. O que é a PPI ??? PPI = Programação Pactuada e Integrada Entre gestores Entre as instâncias de governo A PPI é um importante instrumento(de gestão) negociado que traduz para todos os níveis de gestão, as responsabilidades, objetivos, metas, referências de atendimento entre os municípios, recursos e tetos orçamentários e financeiros. A PPI traduz a garantia de acesso universal aos serviços de saúde, diretamente ou por referência a outros municípios sempre por intermédio da relação gestor-gestor. Programação Pactuada e Integrada PPI • O QUE É É um processo de planejamento instituído no âmbito do SUS, onde são definidas e quantificadas as ações de saúde de média e alta complexidade para a população residente em cada território. Bem como efetuados os pactos intergestores buscam garantir o acesso da população referenciada aos serviços de saúde. O QUE OBJETIVA: • buscar equidade no acesso aos serviços de saúde • definir os limites financeiros e orientar a alocação dos serviços de média e alta complexidade compostos por parcela destinada à população própria e referenciada, para todos os municípios do Estado. O QUE OBJETIVA • efetuar programações assistenciais, em que são definidos quantos e quais serviços de saúde a população terá acesso em seu município e quais serão referenciados às cidades vizinhas, tendo como base o Plano Diretor de Regionalização - PDR e as redes assistenciais. Objetivos • Possibilitar a visualização de parcela de recursos federais, estaduais e municipais alocados para custeio da assistência à saúde • Fornecer subsídios para os processos de regulação de acesso • Contribuir na organização de redes de serviço regionalizadas e hierarquizadas O que é pactuado • Procedimentos de média complexidade ambulatorial; • Formas de Organização de média complexidade hospitalar, alta complexidade ambulatorial e hospitalar. Como são efetivadas as pactuações • PPI Eletrônica - uma funcionalidade do SusFácil, um programa informatizado destinado ao planejamento e gestão da Programação Pactuada e Integrada – PPI Como são efetivadas as pactuações • Os remanejamentos de metas físicas e financeiras são realizados por meio eletrônico mas o processo eletrônico não elimina a negociação verbal entre os gestores, pelo contrário,ele fortalece e dá transparência aos pactos realizados. A Portaria nº. 1.097, de 22 de maio de 2006, define o processo da PPI da Assistência em Saúde, e, em seu art. 3º, aponta seus objetivos gerais: • Equidade no acesso às ações/serviços em todos os níveis de complexidade; • Alocação de recursos de custeio da assistência pela lógica de atendimento às necessidades de saúde da população; • Limites financeiros federais para assistência de média e alta complexidade, compostos por parcela destinada ao atendimento da população própria e pela parcela das referências recebidas de outros municípios; A Portaria nº. 1.097, de 22 de maio de 2006, define o processo da PPI da Assistência em Saúde, e, em seu art. 3º, aponta seus objetivos gerais: • Visualização dos recursos federais, estaduais e municipais, destinados ao custeio da assistência à saúde (transparência); • Subsídio para processos de regulação do acesso aos serviços (equidade); • Organização das redes de serviços de saúde (continuidade); • Transparência dos pactos intergestores resultantes do processo de PPI da Assistência e explicitados nos termos de compromisso para garantia de acesso. • Nas dimensões apresentadas acima, o novo SISPPI mostra-se como instrumento importante para a gestão e os gestores do SUS. Os fluxos estabelecidos devem ser pactuados entre os Municípios (com a participação das Secretarias de Estado da Saúde, e aprovados no colegiado bipartite – Comissão Intergestores Bipartite – CIB) de forma transparente, definindo-se, a partir de critérios e parâmetros populacionais e epidemiológicos, as ações/procedimentos e os recursos financeiros destinados à assistência da população própria e das referências recebidas de outros municípios. Áreas Estratégicas • Saúde da mulher • Saúde da criança • Saúde do Adolescente • Saúde do Adulto • Saúde do Idoso • Saúde Bucal • Alimentação e Nutrição • Saúde do trabalhador • Saúde Mental • Urgências • DST/AIDS • Hanseníase • Tuberculose • Meningite • Malária Alta Complexidade Ambulatorial • Terapia Renal Substitutiva • Oncologia • Saúde da Pessoa com Deficiência •Litotripsia •Queimados • Hemoterapia • Patologia clínica especializada • Radiodiagnóstico • Medicina Nuclear (sem Densitometria) • Densitometria óssea • Ressonância Magnética • Tomografia • Radiologia Intervencionista • Hemodinâmica Hospitalar - Média Complexidade Especialidades Cirúrgicas 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. Buco Maxilo Facial Cardiologia Cirurgia Geral Endocrinologia Gastroenterologia Ginecologia Nefrologia/Urologia 8. Neurocirurgia 9. Oftalmologia 10.Oncologia 11.Ortop/Traumatologia 12.Otorrinolaringologia 13.Plástica 14.Torácica 15.Transplante Hospitalar - Média Complexidade Obstétricos 1. Obstetrícia clínica 2. Obstetrícia cirúrgica Pediátricos 1. Pediatria clínica 2. Pediatria cirúrgica Hospitalar - Média Complexidade Especialidades Clínicas 1. 2. 3. 4. 5. 6. AIDS Cardiologia Clinica Geral Dermatologia Geriatria Hansenologia 7. 8. 9. 10. 11. 12. Hematologia Nefrologia/Urologia Neonatologia Neurologia Oncologia Pneumologia Hospitalar - Alta Complexidade Cardiologia Neurologia Oncologia Ortopedia / Traumatologia Leitos complementares UTI OBRIGADA!