O Mosteiro (O local) As divisões do mosteiro Planta dos mosteiros O plano correspondia ao harmonias universais: equilíbrio geométrico e correspondência matemática (a largura da nave central era a base de toda a composição); No coração da construção ficava o lugar de Deus (a igreja, com planta em cruz latina, como o corpo de Cristo); A Sul, o claustro (espaço fechado e descoberto); A ala nascente (cabeceira da igreja) estava destinada às funções espirituais (capítulo, escola, scriptorium); A ala a sul do claustro agrupava as dependências funcionais (refeitório, cozinha, despensas, adegas, latrinas, oficinas, pomares, hortas, vinhas, jardins); A oeste, perto da entrada, ficavam os que estavam a iniciar- se ou de passagem (noviços, hóspedes, doentes, velhos e mortos). As igrejas românicas Transepto Nártex Capela radiante Deambulatório Planta da Basílica Saint-Martin de Tours, França, séculos XI-XII Atividades no mosteiro 1. Serviço religioso; 2. Ensino - O clero era o grupo social mais instruído, sabia ler, escrever, contar; 3. Assistência a doentes, peregrinos e mendigos; 4. Monges copistas que escreviam à mão documentos e livros, feitos em pergaminho, que decoravam por vezes com ilustrações de cores vivas e ouro: iluminuras; 5. Foi também importante o seu papel no desbravamento e aproveitamento de terrenos incultos. O quotidiano nos mosteiros Os monges tinham uma rotina fixa de: 4 horas de serviços religiosos; 4 horas de meditação individual; 6 horas de trabalhos braçais nos campos ou nas oficinas; As horas de oração e de trabalho eram entremeadas com períodos de meditação; Os monges deitavam-se geralmente pelas 18.30 horas da tarde e acordavam às 2 horas da madrugada. Durante o Verão era-lhes servida apenas uma refeição diária, sem carne. No Inverno, havia uma segunda refeição para os ajudar a resistir ao frio. Sanções Em caso de incumprimento da Regra do mosteiro, os monges sofreriam as seguintes penalizações: Flagelamento; O isolamento (ou exclusão temporária da comunidade); O jejum; A abstinência; A meditação. cilício (corrente com pontas de arame que se cravam na pele) Instrumento usado pelos monges para flagelamento do corpo com o intuito de imitar o sofrimento de Cristo.