PDF GRATUITO! DISPONIBILIZADO PELO SITE: www.nossasigrejas.com © Todos os direitos reservados. Basílica e Mosteiro de São Bento Localização: Rua de São Bento, s/n - Varadouro. Século da construção: XVIII. Tombamento: Lei Federal - Processo nº 50 – T/38 (17.07.1938). Histórico Este convento foi adquirido pelos monges em 1598 nas terras do Sítio Olaria no Varadouro da Galeota e teve sua construção iniciada em 1599. O Sítio pertencia ao casal Gaspar e Maria Pinto, comprado pelos frades sob a condição de celebrar uma missa por semana na intenção do casal e de levantar uma sepultura para depositar seus restos mortais. O incêndio de 1631 em Olinda danificou bastante toda a estrutura do mosteiro, que permaneceu de pé abrigando 12 religiosos que só foram retirados dali em 1639. As obras de restauração do convento vieram a ocorrer em 1662 e durou toda a segunda metade do século XVII e primeira metade do século XVIII. Sua originalidade permaneceu até meados do século XVIII, já que este foi demolido para dar lugar à edificação atual, não sendo conhecida à data desse episódio. A decoração é semelhante ao mosteiro de Tibãs (Portugal) e foi de lá que vieram os desenhos das talhas, altares e mobiliários. A igreja do mosteiro foi construída por partes e em épocas diferentes. No ano de 1860, o mosteiro passou por uma restauração total, tendo como destaque à capela-mor e o seu douramento. Neste mesmo ano o mosteiro começou a cair em decadência devido à falta de padres e quase abandono, sofrendo perdas principalmente em sua biblioteca. Com 412 anos de fundação, a igreja do mosteiro de São Bento recebeu o título de Basílica pelo papa João Paulo II, sendo o primeiro templo de Olinda e o terceiro do Estado a ter este reconhecimento. Descrição Arquitetônica O convento é dividido em dois pavimentos. As janelas e portas são em vergas retas e possuem vidro, porém aos do claustro, de vergas em arco abatido, do pavimento superior contém gradil de ferro, assim com as da fachada externa. Claustro com avarandado em arcada encimada por janelas. O telhado possui beiral para frente e platibanda. A fachada da igreja de autoria do arquiteto Francisco Nunes Soares, data de 1761. O frontispício é vazado por portada simples e apresenta um óculo localizado entre as janelas do coro. O frontão, em volutas, tem como destaque um brasão do século XVIII no tímpano, além de cruz e pináculos. A igreja possui uma única torre sineira, datada do século XVIII, com porta de vergas retas, sineira em arco, está coroada por cúpula com nervuras sobre base prismática, pináculo e cruz. Igreja de nave única, cujas portas que levam ao coro e as janelas laterais da nave são formadas por ornatos trabalhados e balaústres torneados. Os púlpitos são ricamente trabalhados em talha dourada e encimados por baldaquino com dossel. O arco cruzeiro, em cantaria, possui colunas ladeadas por altares. A capela-mor é em talha dourada em estilo barroco, porém tem influência neoclássica, devido às reformas. O teto é decorado por uma pintura representando passagens da vida do santo que fundou a Ordem Beneditina e seus monges. O altar-mor possui retábulo com influências barroca, neoclássica e rococó. A capela lateral apresenta retábulo e altar entalhado em estilo barroco. A capela abacial é composta por porta de duas folhas com adornos, teto pintado, altar e retábulo com nichos dourados e porta lateral em arco. A sacristia é a mais rica de todas as igrejas de Olinda. Seu forro é pintado em painéis, o mobiliário é em cedro, os espelhos são de cristais, o lavatório é de pedra e há vários quadros a óleo, tendo no teto painéis que mostram a vida de São Bento. Curiosidades No século XVII foi instalado no mosteiro um curso literário e científico inerente a sacerdócio, depois vieram os cursos jurídicos, ou seja, Academia Jurídica, além do noviciado da ordem para todo o Brasil, e Escola de Agronomia e Veterinária. A primeira manifestação de abolição da escravatura do País surgiu em Olinda, quando em 1831, foram libertados todos os escravos pelos dirigentes do Mosteiro de São Bento. O altar-mor é de estilo rococó, construído no século XVIII em madeira dourada e policromada, medindo 13,76m de altura, 7,85m de largura e 8,50m de profundidade. Ele foi a principal atração barroca na exposição Brazil: Body and Soul, realizado no museu de Guggenheim, em Nova York, de 18 de outubro de 2001 a 31 de maio de 2002. Na capela-mor encontra-se uma pintura de São Sebastião, do século XV doado pelos monges de Portugal, merece destaque por ser mais antigo do que o descobrimento do Brasil. Merece destaque entre todas as imagens do mosteiro a do menino Jesus de Olinda, moldado em barro cozido pelo frei Agostinho da Piedade entre os anos de 1635 e 1639, com 40 cm de altura. O coro superior ostenta uma monumental imagem, de tamanho natural, de Cristo crucificado e contornado de anjos e de um bonito esplendor. “A característica desse cristo é que ele está morrendo e irradiando raios de luz. Isso significa que sua morte é sua entrada na glória e a glorificação de Deus”, segundo Jornal do Commercio de 21 de março de 1999. Visitação: diariamente das 8h as 11:30 e das 14 às 16h. Missas diariamente as 6:30; dom às 10h canto gregoriano. Telefone: (81) 3429-3288.