Métodos Anticoncepcionais e Infertilidade Juliana G Franco [email protected] Rio de janeiro, 17 de maio de 2011 Esterilização Feminina Laqueadura tubária Permanente!!! Lei nº 9.263 de 12 de janeiro de 1996: Planejamento Familiar +25 anos 2 filhos Esterilização Feminina 1996 Pesquisa Nacional sobre Demografia e Saúde (PNDS) 55% das mulheres com união estável utilizavam algum método contraceptivo Aproximadamente 40% laqueadura tubária 2006 Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde (PNDS) 81% das mulheres brasileiras com união estável utilizavam métodos contraceptivos 29% já passaram por algum processo de esterilização Esterilização Feminina Técnica de Pomeroy Esterilização Feminina Sylastic (anel) Filshie Clip Custo! Esterilização Feminina Reversibilidade Dependente do tamanho do segmento tubário acometido Esterilização Masculina PNDS 1996-2006 ↑uso de métodos masculinos O uso do preservativo masculino (camisinha) quase triplicou, passando de 4,4% para 12,2% em dez anos Já a vasectomia dobrou no período observado, passando de 2,6% para 5,1% Esterilização Masculina Vasectomia Esterilização Masculina Vasectomia Baixo custo simples segura Não compromete a libido Não compromete o volume do sêmen Reversibilidade Mais provável quando feita até 3 anos após a vasectomia Métodos Anticoncepcionais Métodos naturais Tabelinha; método do ritmo • Vantagens: Pode ser usado para evitar ou alcançar uma gravidez; não apresenta efeitos colaterais físicos; grátis; aumenta o conhecimento da mulher sobre o seu sistema reprodutivo; retorno imediato da fertilidade. • Desvantagens: Alta incidência de falha; difícil para algumas mulheres detectar o período fértil; não protege contra DST/AIDS Coito interrompido Pouco eficaz! Dificuldade momento SPTZ antes da ejaculação Métodos Anticoncepcionais Contraceptivos químicos ESPERMICIDAS Cremes, espumas, geléias que provocam morte ou paralização dos SPTZ Duração! Métodos Anticoncepcionais Métodos de barreira Preservativo Diafragma Capuz cervical Preservativo feminino Métodos Anticoncepcionais Métodos hormonais Contraceptivos orais ou Pílulas Estrogênios e Progesterona sintéticos Inibem GnRH e a secreção de gonadotrofinas Impedindo a maturação do folículo e a ovulação Menstruação: o endométrio responde aos esteróides exógenos e, após a retirada, ocorre descamação como ocorreria com a degeneração do corpo lúteo Métodos Anticoncepcionais Contraceptivos orais ou Pílulas Alteração do muco cervical Diminuição das contrações do trato reprodutor Estrogênio Etinilestradiol Mestranol 20 a 50µg Progesterona Norentidrona Norgestimato Desogestrel Gestodene Drospirenona Levonorgestrel Combinação estrogênio-progestina em doses fixas Combinação fásica de estrogênio-progestina Somente Progestina - contínua Métodos Anticoncepcionais Contraceptivos orais ou Pílulas Contra-indicações Absolutas Evento tromboembolítico ou AVE prévio Doença hepática ativa Gestação Hipertrigliceridemia Idade ≥ 35 anos que fumam mais de 15 cigarros por dia Relativas Hipertensão Efeitos colaterais Tromboembolismo Estrogênio ↓ teor de estrogênio nas pílulas de 2ª e 3ª geração diminuiu os efeitos colaterais Estimula fator pró-coagulação, inibe fatores anticoagulação (antitrombina III) e aumento da agregação e adesividade plaquetária Métodos Anticoncepcionais Contraceptivos orais ou Pílulas Métodos hormonais Gestodeno – Femiane -Diminut -Micropil -Tamisa 20 e 30 -Ginesse -Gynera Levonorgestrel - Microvlar - Ciclo 21 - Level Desogestrel: -Mercilon -Gracial -Femina -Primera 20 e 30 -Minian Acetato de ciproterona - Diane 35 - Selene - Diclin (anti-andrôgênica= SOP) Métodos Anticoncepcionais The noncontraceptive incidental benefits can be listed as follows: Effective Contraception. -less need for induced abortion. -less need for surgical sterilization. Less Endometrial Cancer. Less Ovarian Cancer. Fewer Ectopic Pregnancies. More Regular Menses. -less flow. -less dysmenorrhea. -less anemia. Less Salpingitis. Probably Less Endometriosis. Possibly Less Benign Breast Disease. Possibly Less Rheumatoid Arthritis. Possibly Protection against Atherosclerosis. Possibly Increased Bone Density. Possibly Fewer Fibroids. Possibly Fewer Ovarian Cysts. Métodos Anticoncepcionais Subcutâneos Adesivos mensais Anel vaginal mensal Métodos Anticoncepcionais DIU Bloqueio da implantação DIU de cobre: reação inflamatória induzida Impede a implantação ↓fertlidade, mobilização dos SPTZ DIU liberadores de hormônios esteróides Métodos Anticoncepcionais Pílulas do dia seguinte LEVONORGESTREL 0,75mg Contracepção de emergência Supressão da ovulação Causar degeneração prematura do corpo lúteo – impedindo a implantação Depois de implantação, não tem efeito Infertilidade Infertilidade É a incapacidade de concepção após 1 ano de vida sexual ativa, sem uso de qualquer método contraceptivo 10 a 15% dos casais Capacidade de fecundação: 20-25% em um ciclo menstrual Casal jovem sadio deve conceber em 13 meses Infertilidade Quando Investigar? Um ano de coito sem proteção Risco de fator masculino: criptorquidia bilateral, traumas, infecções testiculares, vasectomia Risco de fator feminino: Idade >35 anos, antecedentes clínicos de endometriose, anovulação crônica, cirurgias Infertilidade Idade: Impacto na fertilidade Envelhecimento do Sistema Reprodutor aborto espontâneo > risco de ter outras doenças DST Infertilidade Fatores femininos Idade ↑risco de aborto espontâneo 18% acima de 30 anos 34% acima de 40 anos Fuso meiótico alterado: migração de cromossomos prejudicada ↑doenças ginecológicas que diminuem a fertilidade, como infecções pélvicas e endometriose Infertilidade Causas femininas Anormalidades na função menstrual ou Fator ovulatório Principal causa feminina! Hipotalâmica ou Hipofisária (LH, FSH e estradiol ↓↓↓) Ovariana (↓estradiol e ↑FSH) SOPC Hiperprolactinemia Infertilidade SOPC: Síndrome de ovários policísticos Principal causa de hiperandrogenismo feminino Endocrinopatia mais comum nas mulheres em idade fértil, com prevalência de 6% a 10% disfunção menstrual com oligovulação ou anovulação hiperandrogenismo ou hiperandrogenemia presença ou não de ovários policísticos Infertilidade Fisiopatologia da SOPC Infertilidade RI e SOPC Infertilidade Causas Femininas Fatores tuboperitoneal Doença inflamatória pélvica Uso de DIU Apendicite supurada Clamidia trachomatis Sem antecendentes Infertilidade Causas Femininas Fatores uterinos Situações que alteram o muco cervical • Deficiência de estrogênios • Ação hormonal exógena: Progesterona Tamoxifeno • Lesões no colo uterino • Presença de Ac antiespermatozóides Infertilidade Fatores uterinos Endometriose Presença de glândulas endometriais ou estroma fora da cavidade endometrial e da musculatura uterina • Dispareunia • Dismenorréia Patogenia?? Motilidade tubária Captação do óvulo Citocinas, Prostaglandinas Dispareunia Infertilidade Fatores Psicossomáticos Infertilidade Investigação da infertilidade feminina Temperatura basal Hormônios Ecografia ginecológica Teste pós-coital Histeroscopia Biópsia endometrial Histerossalpingografia Laparoscopia Infertilidade Causas masculinas • Disfunção testicular primária • Distúrbio do transporte de espermatozóides • Hipogonadismo secundário Infertilidade Espermograma Contagens de espermatozóides com capacidade de fecundar Fertilidade normal ≥40 milhões/ml ≥63% com motilidade ≥12% morfologia normal Anormalidades na espermatogênese: Componente genético: deleções no cromossomo Y Infertilidade Causas masculinas Deficiência gonadal primária Testosterona ↓ LH e FSH ↑↑ Testosterona N: comprometimento da espermatogênese, porém preservação relativa das céls de Leydig Orquite viral (caxumba) Infecções: tuberculose, DST Quimioterapia Esteróides anabolizantes: suprimem a liberação de LH da glândula pituitária, com a correspondente redução da produção de testosterona intra-testicular Infertilidade Causas masculinas Investigação e tratamento Cirurgias, injúria testicular Elevação prolongada da temperatura testicular: febre aguda Consumo de maconha (inibe GnRH) e cocaína (inibe espermatogênese) Medicamentos: espironolactona, cimetidina, quimioterápicos podem deprimir a quantidade e qualidade de esperma Esteróides anabolizantes Infertilidade Hipogonadismo Secundário LH e FSH↓↓ Adenomas Causas genéticas Distúrbios no transporte de espermatozóides Anormalidades obstrutivas dos ductos e epidídimo Ausência congênita dos ductos Síndrome de Young Infertilidade Infertilidade Causas Femininas 58% Causas Masculinas 25% Hipogonadismo Primário 30-40% Disfunção ovulatória 46% Causas hipotalâmicashipofisárias 51% Hipogonadismo Secundário 2% Defeito tubário 38% SOP 30% Inexplicada 17% Distúrbio no transporte de SPTZ 10-20% Endometriose 9% Insuficiência ovariana prematura Distúrbios do útero ou trato de saída Desconhecida 40-50% Outras 7% Infertilidade Tratamento Após determinação doa fatores e correção: Citrato de clomifeno com ou sem inseminação intrauterina Gonadotropinas com ou sem inseminação intrauterina Fertilização in vitro Infertilidade Citrato de clomifeno: antagonista não-esteróide do estrogênio Liga-se ao receptor, inibindo o feed-back negativo e aumenta as gonadotropinas LH e FSH Indutor de ovulação! Disfunção ovulatória SOPC + agentes sensibilizantes à insulina Hipogonadismo hipogonadotrópico: FSH e LH Induz recrutamento folicular Risco de gestação múltipla Infertilidade FIV (Fertilização in vitro) Causas de infertilidade não tratadas pelos métodos convencionais Fator masculino importante Doença tubária Mulheres com idade reprodutiva avançada (possibilidade de óvulo de doadora) Dispendiosa Invasiva Risco de gestações múltiplas