MEMÓRIA DE AULA 4 – CARL ROGERS O FACILITADOR AS BASES DA DINÂMICA DE GRUPO - CARL ROGERS – GRUPOS DE ENCONTRO MILITÃO, Albigenor e Rose, Jogos, dinâmicas & vivências grupais – Rio de Janeiro: Qualitymark, 2000. – Cap 3 Possibilita às pessoas um clima de liberdade de expressão, acentuam valores e criam intimidades. História dos Grupos: Gênesis: “...não é bom que o homem esteja só...” Jesus: recrutou discípulos. Filme Bem Hur: “Você tem excelentes cavalos, isoladamente... porém, eles não formam uma equipe.” Eclesiastes 4:9-12: “...o cordão de três cordas é mais difícil de se romper.” “Um é pouco, dois é bom e três... é excelente.” GRUPOS caminham juntos, mas não se afinam. EQUIPES compreendem seus objetivos e engajam-se em alcançá-los, de forma compartilhada. Exemplos de Grupos: Grupos familiares, escolares, do trabalho, religiosos, filantrópicos, de lazer. QUANDO FALAMOS DE GRUPOS, LEMBRAMOS DE ROGERS . “Por que uma criança aprende a andar? Ela tenta erguer-se, cai e machuca a cabeça. [...] Não existe grande recompensa enquanto ela não conseguir realmente realizar seu intento, e apesar de tudo, a criança está disposta a suportar a dor [...] Para mim, isso é uma indicação de que existe uma verdadeira força de atração para a possibilidade de crescimento continuar.” (Rogers, In: Frick, W. Psicologia Humanista, p. 118) O homem sempre se esforça para ter tensões, ao invés de procurar reduzi-las. Acho que há muitas evidências, agora, de que isso é verdade. A esse esforço, no homem, chamamos de curiosidade. (Rogers, In: Evans, R. Carl Rogers: o homem e suas ideias, p. 40) Ao contrário de outros estudiosos cuja atenção se concentrava na idéia de que todo ser humano possuía uma neurose básica, Rogers concluiu com suas pesquisas que essa visão não era exata, passando a defender que, na verdade, o núcleo básico da personalidade humana era tendente à saúde, ao bem-estar. Carl Rogers ficou famoso por desenvolver um método psicoterapêutico centrado no próprio paciente. O terapeuta tem que desenvolver uma relação de confiança com o paciente para poder fazer com que ele encontre sozinho sua própria cura. A partir da concepção primária de que o processo psicoterapêutico consiste em um trabalho de cooperação entre psicólogo e cliente, o objetivo do encontro entre terapeuta e cliente teve o objetivo da liberação do potencial de crescimento, tendo como resultado a pessoa aberta à experiência,vivendo de maneira existencial,tornando-se ela mesma, única e livre. Há três condições básicas e simultâneas defendidas por Rogers como facilitadoras,no relacionamento entre psicoterapeuta e cliente, para que ocorra a atualização desse núcleo essencialmente positivo existente em cada um de nós. São elas: a consideração positiva incondicional; a empatia e a congruência. CONSIDERAÇÃO POSITIVA INCONDICIONAL é receber a aceitar a pessoa como ela é e expressar uma consideração positiva por ela, simplesmente por que ela existe, não sendo necessário que faça ou seja isto ou aquilo,portanto,aceitá-la incondicionalmente; EMPATIA consiste na capacidade de se colocar no lugar do outro, ver o mundo através dos olhos dele e procurar sentir como ele sente; CONGRUÊNCIA é a coerência interna do próprio terapeuta. Durante o processo de terapia há um natural amadurecimento do próprio psicoterapeuta e não há um apego a determinada “técnica", pois valoriza-se o modo de agir natural e próprio do momento. A sinceridade da relação pode até gerar a afetividade. Não existe “técnica rogeriana”, mas postura terapêutica que se aproxima da perspectiva de Rogers. Há muitos nomes novos para a Abordagem Centrada na Pessoa (ACP), de Carl Rogers. Na área da educação, professores falam de uma aplicação denominada Orientação Não Diretiva ou Pedagogia Centrada no Aluno ou ainda outros nomes. O que fica de importante é a construção e o empenho no caminho da liberdade e da libertação das forças interiores do ser humano, na sua capacidade de enfrentar a si e o outro e sua tendência a uma atitude de respeito e ao crescimento. Alguém aberto ao desenvolvimento e aprendizagem positivos, modos de auto-atualização de suas potencialidades, de fazer, sentir, agir seu próprio florescimento. Para Roger, cada pessoa possui em si mesmo as respostas para as suas inquietações e a habilidade necessária para resolver os seus problemas. FIM. O Diretor de uma vivência, se com sua postura baseada em Rogers, levará o grupo a : Encontrar o seu próprio caminho de desenvolvimento; Tomar consciência de seus próprios limites; Tomar suas próprias decisões; CONGRUÊNCIA: significa que o que comunicam (o que se está expressando), a sua experiência (o que está ocorrendo no campo da experiência do momento) e a tomada de consciência (o que se está percebendo) são todas semelhantes Para ser uma EQUIPE, os Grupos precisam desenvolver uma comunicação aberta e transparente, criar oportunidades para aliviar tensões, bem como sincronizar esforços para atingir suas metas. Grupos de encontro, grupos de ajuda, Grupos de Formação de Equipes, grupos estratégicos etc. Cada pessoa traz consigo características pessoais e seu desempenho de PAPÉIS, que podem contribuir ou não para o fortalecimento do grupo: PAPÉIS CONSTRUTIVOS: qualidades e virtudes. CONCILIADOR: busca um denominador comum. MEDIADOR: resolve as divergências entre os membros, intercede com palavras de ânimo e encorajamento. ANIMADOR: demonstra afeto e solidariedade aos outros, concordando, recomendando e elogiando as contribuições. É ativo, proativo, entusiasta e festivo. OUVINTE INTERESSADO: acompanha as atividades do grupo e aceita as ideias, servindo de auditório e apoio nas discussões e decisões. Fala menos e faz intervenções inteligentes, procurando sempre agregar. PAPÉIS DESTRUTIVOS: DOMINADOR: autoridade e superioridade , interrupção do outro, manipulação do grupo. A verdade é sempre sua e não aceita argumentação do outro. DEPENDENTE: busca ajuda, sob forma de simpatia, mostrando insegurança, autodepreciação e carência de apoio. Postura de vítima. CRIADOR DE OBSTÁCULOS: discorda e opõe-se sem razão. Teimosia negativa, obstruindo o progresso do grupo. É sempre o “do contra”. AGRESSIVO: ataca o grupo ou o assunto, fazendo ironia ou brincadeiras agressivas, desaprova os valores, atos e sentimentos dos outros. Franqueza depreciativa. VAIDOSO: chama a atenção para si, age de forma diferente para mostrar vantagem frente aos outros. REIVINDICADOR: manifesta-se como porta-voz dos outros, revelando seus verdadeiros interesses pessoais, preconceitos ou dificuldades. Dá uma de “bonzinho”, porém está preocupado é consigo e em tirar vantagens pessoais. CONFESSANTE: usa o grupo para extravasar seus sentimentos, preocupações pessoais ou filosofia, que nada tem a ver com a orientação do grupo na situação-momento. “Aluga” o grupo para fazer longos relatos e desabafos. GOZADOR: aparentemente agradável, porém evidencia seu afastamento do grupo com atitudes cínicas, desagradáveis, indiferentes ao trabalho, divertindo-se com as dificuldades do outro. Tem sempre uma piada ou comentário “engraçado” ou pejorativo. Chama a atenção para si. Quem conduz um grupo sabe que poderá enfrentar pessoas com PAPÉIS CONSTRUTIVOS QUANTO DESTRUTIVOS.