Aline Macedo La Ruina Beatriz Vasconcellos de Souza Carolina Linhares Caroline Dantas Carla Elias Lima Carla Pardini Carlos Nunes Daniela Vivacqua Mônica Pieri Declínio da taxa de filtração glomerular Retenção de produtos que são normalmente filtrados pelo rim • Níveis de creatinina sérica aumentados em mais de 50% ou 0,5mg/dL • Oligúria ou anúria • Início rápido Pré-renal Intrínseca Pós-renal Resposta adaptativa a uma grande depleção de volume/hipotensão Não há lesão parenquimatosa Reversível Lesão Isquêmica Causas: Choque Baixo Débito Hipovolemia e Desidratação Hopóxia/Isquemia Obstrução Vascular Auto-regulação: diminui aporte sanguíneo diminui TFG diminui NaCl na mácula densa aumenta liberação de RENINA aumenta liberação de ANGIOTENSINA há vasodilatação das arteríolas aferentes e vasoconstrição das arteríolas eferentes Afeta diretamente o parênquima renal • Causas: Necrose tubular isquêmica Glomerulonefrite Mioglobinúria (rabdomiólise) Hemoglobinúria (reação transfusional) Toxidade por drogas Venenos e toxínas Congênita Venenos Associa-se à obstrução do trato urinário Causas: Obstrução uretral por cálculos, coágulos, hiperplasia/neoplasia de prostata, trauma, tumores de uretra Obstrução ureteral bilateral ou em um rim único por litíase, hematoma, trauma, compressão ou invasão por tumores Alteração da homeostasia dos cations divalentes Síndrome urêmica Expansão do volume de líquido extracelular Hiperpotassemia Acidose metabólica Hiperfosfatemia Hipocalcemia Anemia Aumento do tempo de coagulação Infecções Rabdomiólise é uma síndrome caracterizada por lesão muscular extensa com liberação de inúmeras substâncias intracelulares na circulação, mais freqüentemente decorrente de esmagamento e traumas musculares. No entanto, a rabdomiólise pode ter também causas não traumáticas, como por exemplo, picadas de abelhas africanizadas. Nos casos de múltiplas picadas tem sido observada, além dos casos de anafilaxia, a capacidade de causar danos devido ao efeito tóxico direto do veneno, por exemplo insuficiência renal aguda, bem como a morte. Caso 1. FTS, sexo masculino, 54 anos, agricultor, foi admitido com história de acidente por múltiplas picadas de abelhas três dias antes do internamento, com lesões distribuídas na face, tronco e membros superiores. Evoluiu com mioglobinúria seguida de anúria. No exame físico, apresentava-se com estado geral comprometido, torporoso, desorientado, dispnéico, taquicárdico e em anasarca. Ausculta cardiovascular e respiratória normal. Sinais vitais: PA: 160x100mmHg; FC: 126bpm; FR: 24irm; StO2: 92%. Foi tentado estímulo com furosemida 100mg, porém o paciente continuou anúrico, sendo indicado hemodiálise de urgência por síndrome urêmica e hipervolemia. Durante o internamento, realizou várias sessões de hemodiálise, evoluindo com melhora do edema e dos níveis pressóricos, porém persistindo ainda em anúria. Recebeu alta hospitalar no 13º dia de internamento hospitalar (DIH) para acompanhamento ambulatorial realizando sessões de hemodiálise três vezes por semana. Após 40 dias da admissão, houve aumento progressivo do débito urinário e recuperação da função renal, sendo o tratamento dialítico suspenso. Caso 2. JFS, sexo masculino, 61 anos, agricultor, chegou ao serviço com quadro de edema generalizado e anúria há um dia. Relatava ter sido vítima de um ataque de abelhas oito dias antes, com múltiplas picadas na face, membros superiores e tronco. No exame físico, apresentava-se com estado geral regular, consciente, desorientado, dispnéico, afebril, hipocorado. Ausculta cardiovascular e respiratória normal. PA: 180x100mmHg. Exame do abdome sem alterações. No 3º DIH, evoluía dispnéico e oligúrico, apesar do uso de furosemida em altas doses. Indicado hemodiálise por uremia e hipervolemia. No 6º DIH, após três sessões de hemodiálise, ainda se encontrava oligúrico. Evoluiu com picos febris e surgiram pústulas especificamente nos locais das picadas das abelhas, sendo iniciado Vancomicina e Ceftazidima, empiricamente. Paciente evoluiu com queda do estado geral e hipotensão refratária a volume e droga vasoativa. Evoluiu para o óbito no 8º DIH. Os Casos Clínicos 1 e 2 são exemplos de Insuficiência Renal Aguda. POR QUE???? Ataque de Abelha Toxicidade Direta do Veneno ( Melitina, Hialuronidase, Fosfolipase A2) Ação Imediata Fadiga, Náuseas,vômitos, trombocitopenia, Hemólise, IRA, CIVD. hepática, CIVD. Ação Tardia Hemólise, coagulopatia, Rabdomiólise, Disfunção IRA Torporoso Sinais e Sintomas: Anasarca Taquicárdico Desorientado PA:160x110mmHg FC:126 bpm FR:24 irpm Hipervolemia Dispnéico Mioglobinúria anúria Sinais e Sintomas: Dispnéico Hipervolemia Afebril Desorientado Hipocorado Anasarca Uremia PA:180x100mmHg Anúria Uréia •TGP Creatinina Hematócrito Hemoglobina •CK Leucócitos totais •Cilindros granulosos Glicose TGO •DHL •Cristais urato amorfo •Bactérias Não é um bom indicativo de Função Renal; Elevada em situações como: -Hemorragias Digestivas; -Aumento da ingesta protéica; -Catabolismo de PTN aumentado. Tem grandes vantagens para ser utilizada como medida da função excretória renal: a) sua produção diária é relativamente constante, b) ao contrário do que ocorre com a uréia, não é reabsorvida pelo túbulo. TFG Creatinina TGO e TGP Disfunção Hepática Anúria Obstrução total do Trato Urinário Casos graves de IRA pré-renal ou intrínseca Cilindros Granulosos NTA (isquêmica ou nefrotóxica) Redução da reabsorção e do processamento das PTN filtradas Proteinúria Edema, hipervolemia e taquicardia Veneno da Abelha Hemólise Hematócrito Rabdomiólise DHL Mioglobina CK Por que não é Insuficiência Renal Crônica??? O diagnóstico de IRA normalmente é feito a partir das seguintes situações: -Redução do débito urinário; -Sinais e sintomas de síndrome urêmica; -Azotemia assintomática. A IRC é irreversível; Sintomas geralmente observados em IRC são: Nictúria Anemia leve Perda de energia Diminuição do apetite Anormalidades do estado nutricional Alterações do metabolismo de Na+ e K+ TGF 5 a 10% do normal Manifestações urêmicas Deficiência da função plaquetária capacidade de catabolismo de proteínas e polipeptídeos plasmáticos ( PTH, insulina, glucagon, horm. luteinizante, prolactina). Mortalidade próxima a 50% Monitoração da função cardiovascular e do volume intravascular dos pacientes de alto risco Rigorosa reposição do volume intravascular depois de cirurgias de grande porte, traumatismos, queimaduras ou cólera Ajuste do tratamento com fármacos nefrotóxicos com base no peso corporal e na TFG ou nos níveis circulantes dos fármacos Evitar o uso de drogas nefrotóxicas em pacientes com função renal já comprometida, mantendo o paciente adequadamente hidratado. IRA Pré-renal IRA Intrínseca IRA Pós-Renal Clínico Dialítico