Importante!!! • Amanhã – Quarta-feira – 14/06/2010 – 13:30 – Reposição da aula teórica 3 – Hemorragia Digestiva Alta em local a confirmar. Acute Kidney Injury M. Iurif M. Kobayashi N. Bonfitto Definição • Perda abrupta da função renal (≤48horas) provocando acúmulo de substâncias nitrogenadas, com ou sem diminuição da diurese. – ↑ Creatinina sérica ≥0,3mg/dL ou ≥50% do basal. – Oligúria: diurese <0,5ml/kg/h por mais de 6 horas. RIFLE RIFLE • Classificação para avaliar prognóstico: – Risco: 8,8% de mortalidade. – Lesão: 11,4% de mortalidade. – Falência: 26,3% de mortalidade. Creatinina x TFG • Creatinina não reflete com precisão a TFG em pacientes instáveis. No estágio inicial da IRA, a creatinina pode estar baixa mesmo com níveis reduzidos de TFG. • Creatinina é removida pela diálise. • Vários estudos utilizaram valores diferentes para definir IRA. Novos biomarcadores • Cistatina C: livremente filtrada, completamente reabsorvida e não secretada. • Lipocalina associada à gelatinase de neutrófilos: troponina-like. Fisiopatologia Etiologia • Pré-renal • Renal • Pós-renal Pré-renal • Lesão renal mais comum - 40 a 60% do total. • Baixa perfusão dos rins. • Volume urinário diminuído e urina altamente concentrada com quantidades mínimas de sódio. • Causas: hipovolemia, estados de choque, IC descompensada, cirrose hepática com ascite, nefropatia isquêmica, drogas (AINE, IECA, ARA2, contraste, noradrenalina). • Tratamento: reposição volêmica precoce. Renal • Lesão renal intrínseca. – Tubular – Intersticial – Glomerular – Vascular • Quadro clínico variado. • Causa mais comum de IRA em pacientes internados em CTI. Tubular Necrose Tubular Aguda – 70 a 90% – Causa mais comum de IRA renal. – Hipoperfusão grave ou prolongada, sendo uma evolução da IRA pré-renal e não responde à reposição volêmica. – Urina diluída e rica em sódio com presença de cilindros epiteliais/granulosos. • Rabdomiólise, hemólise intravascular, medicamentos (aminoglicosídeo, contraste iodado), venenos e síndrome da lise tumoral. Intersticial Nefrite Intersticial Aguda - 10 a 20% • Febre, rash cutâneo, oligúria, eosinofilia, eosinofilúria ocasional, cilíndros piocitários. • Causas: medicamentos (penicilina, cefalosporina), pielonefrite e neoplasias. • Tratamento: corticoterapia. Glomerular • Cilíndro hemático e/ou proteinúria. • Síndrome nefrítica: primária, infecciosa, reumatológica ou vasculite. • Síndrome nefrótica: primária, reumatológica, amiloidose ou diabete. • Biópsia é o padrão-ouro para o diagnóstico etiológico. Vascular • Principais causas: – Pós-cateterismo – Vasculites – PTT Pós-renal • • • • • • • Obstrução do trato urinário. 5 a10% das IRAs. Reversível. Intrínseco: cálculo ou tumor. Extrínseco: tumor ou fibrose retroperitoneal. US tem sensibilidade e especificidade de 95%. Tratamento cirúrgico. Como diferenciar? Medidas IRA pré-renal NTA FENa (%) <1 >1 Na urinário (mEq/l) <20 >40 Osmolaridade urinária (mOsm/l) >500 <350 Ur/Cr plasmáticas >20 <20 FEUréia (%) <35 >35 Na urinário x Cr plasmática • FENa = Na plasmático x Cr urinária Pós-renal - US de vias urinárias Casos Especiais Nefropatia induzida por contraste • 3ª causa de IRA hospitalar. • Creatinina ≥25% do valor basal dentro de 72 horas após contraste. • Fatores de risco: lesão renal prévia, diabetes, idoso, mieloma múltiplo e hipovolemia. • Prevenção: Hidratação com SF pré-exame. Uso de contraste isosmolar. Suspender temporariamente IECA, ARA2 e diuréticos. Uso de acetilcisteína é controverso. Casos Especiais Sepse • Risco de 19% em sepse moderada, 23% em grave e 51% em choque séptico com hemocultura +. • Mortalidade de 70%. • Tratamento precoce contra a sepse reduz a mortalidade dos pacientes com IRA. • Controle pressórico e hemodiálise são importantes no paciente hemodinamicamente instável. Casos Especiais Síndrome Hepatorrenal • Cirrose e ascite apresentam maior risco de lesão renal por vasoconstrição. • Diagnóstico: Aumento abrupto de creatinina (>1,5mg/dL), ausência de comorbidades (sepse, ICC), refratariedade a reposição volêmica com SF e discreta proteinúria. • Tipo 2: mais comum, menor gravidade e melhor prognóstico. Desencadeado por PBE ou sangramento agudo no TGI. • Tipo 1: disfunção renal rápida e progressiva (Cr >2,5mg/dL por 14 dias). Prognóstico sombrio. Casos Especiais HIV • Incidência crescente em HIV+. • Nefropatia associada à infecção viral pelo HIV ou ao uso de TARV. • A GESF causada pelo HIV é suspeitada pelo rápido aumento de creatinina, HAS, proteinúria nefrótica com CV detectável. O tratamento é feito com uso de TARV e IECA/ARA2. • Tenofovir: NTA e Síndrome de Fanconi. • Indinavir: Obstrução tubular por cristais. Casos Especiais Fibrose Sistêmica Nefrogênica • • • • • Exposição ao gadolíneo: escleromixedema. Pele: esclerodermia. Fibrose de diversos órgãos. Alta mortalidade se cometimento sistêmico. Acometimento: Estado terminal dos rins, hemodiálise. 10% dos casos há IRA ou IRC. • Evitar o uso se TFG <60mL/min/1,73m². Tratamento • Tratar causa ou doença de base. • Afastar IRA pré-renal e pós-renal. • Controlar volemia, equilíbrio eletrolítico e ácidobase e manifestações urêmicas. • Otimização hemodinâmica. • Ajustar dose de medicamentos de acordo com a depuração renal. • Tratamento é de suporte. • Importante: prevenção primária Indicações de Diálise • • • • Hipercalcemia refratária. Hipervolemia de difícil controle. Acidose metabólica de difícil controle. Uremia. Hipercalemia • Causa metabólica mais comum de óbito. • Tratamento: – Gluconato de cálcio(se alterar ECG). – Solução polarizante. – Resinas de troca iônica. – Diálise.