Comunicação e comportamento
Organizacional
Aula 2
Professor Douglas Pereira da Silva
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Organizações de Aprendizagem.
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• Peter Senge, dos autores mais recentes, foi quem melhor definiu o
conceito de organização de aprendizagem, ou, melhor dizendo, de
organizações que aprendem (learning organization), bem como
estabeleceu seus componentes.
• Uma organização de aprendizagem é composta por um grupo de
pessoas que procuram, em bases contínuas, aprimorar sua capacidade
de criar seu próprio futuro.
• Nessa definição, a palavra aprendizagem transcende, em muito, o
tradicional “incorporar” informações. De certa forma implica mudar
indivíduos para que eles se tornem capazes de realizar aquilo que eles
pensam realizar.
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Peter Senge propõe cinco componentes como integrantes da
organização de aprendizagem.
O primeiro é o que ele chama de domínio pessoal.
É através dele que aprendemos a explicitar e aprofundar nossos
objetivos pessoais, a concentrar nossas energias, a buscar o foco de
nossas ações e aprender a cultivar a paciência, tão necessária à
obtenção dos resultados desejados.
O segundo componente diz respeito aos modelos mentais.
A gerência deve estar muito atenta às formas de pensamento correntes
na organização. Elas tanto podem ser facilitadores da ação
organizacional, se forem compatíveis com valores positivos de
crescimento, desenvolvimento, de abertura de crédito no futuro, como
também podem ser bloqueadoras da caminhada organizacional.
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• O terceiro componente é a visão compartilhada, que pressupõe
clareza de visão dos membros individuais da organização. Esta visão
compartilhada só existe quando a tarefa que decorre da visão não é
mais é vista pelos membros do grupo como algo separado de sua
própria individualidade.
• O quarto componente é a aprendizagem em grupo, que envolve duas
práticas básicas: o diálogo e a discussão. A primeira delas tem um
propósito meramente exploratório, já a segunda procura estreitar os
elementos do diálogo, com a finalidade de buscar melhor alternativa
dentre os elementos identificados.
• O quinto e último componente de uma organização é o pensamento
sistêmico. Trata-se de compreender a organização como um sistema
aberto, formada de múltiplos subsistemas em interação com conexões
múltiplas, variadas e complexas.
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INTELIGÊNCIA EMOCIONAL
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• O Inteligência Emocional, de Daniel Goleman, possivelmente se
trata de um daqueles livros que deveria fazer parte de qualquer lista
“dez dos mais’, por sua importância para o equacionamento dos
problemas que hoje enfrentamos em nossa sociedade,
especialmente no que diz respeito ao comportamento humano e à
melhor forma de educar os jovens.
• De certa forma, ele comunga das idéias de Howard Gardner, o
propositor das “ inteligências múltiplas”, quando diz que o tipo de
inteligência medido pelo QI (quociente de inteligência) é algo muito
estreito e pobre, pois é considerado um “dado” genético que não
pode ser alterado pela experiência de vida e que nosso destino na
vida é, em grande parte, fixado pelos parâmetros estabelecidos pelo
QI.
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• Componentes da Organização de Aprendizagem
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. Domínio Pessoal
. Modelos Mentais
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. Visão Compartilhada
Componentes
da
Organização
de
Aprendizagem
. Aprendizagem em grupo
. Pensamento Sistêmico
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A finalidade da jornada empreendida por Goleman é trazer inteligência
para a emoção. Seu modelo do que significa ser inteligente coloca a
emoção no centro das atitudes necessárias para a aprendizagem do
bem-viver.
Alguns pontos principais:
a) Emoções fora de controle impedem o bom funcionamento do
intelecto. Entretanto, não se trata de suprimir as emoções, mas
sim de buscar um equilíbrio.
b) Quando estamos dominados por emoções extremas, a
aprendizagem se torna inviável, sem falar que o sabor do bemviver se esvai.
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• c) A conclusão, ou talvez mais um dos lembretes que nos traz
•
Goleman – e que é uma boa notícia -, é que nossas emoções
•
podem ser administradas, nossos humores podem ser
•
gerenciados. Não precisamos viver como se fôssemos
•
simplesmente marionetes, manobradas seja pela nossa bagagem
•
genética ou pela cultura em que estamos mergulhados.
• d) Entre as múltiplas possibilidades de como gerenciar as emoções
•
há uma abordagem proposta por Goleman, apoiada na teoria do
•
Professor Mihalyi, chamada flow ou fluxo, e que ele nos
•
apresenta como um novo modelo para a educação.
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•
Em que consiste o flow?
•
Trata-se “de um estado destituído da estática emocional, salvo de um
sentimento motivacional, extremamente forte, de um suave (moderado)
êxtase. Tal êxtase parece ser um subproduto do foco (ou
concentração) de atenção, que é um pré-requisito do flow.
•
Maiêutica
•
Trata-se do último dos seis autores em análise, mas nem por isso o
menos importante. Entre os anos 500 e 300 a.C., nós nos deparamos
com o período áureo do pensamento grego. Para os fins que nos
propomos neste trabalho, existe um único tópico que desejamos
analisar, a saber, o conceito de Maiêutica, e que é explorado no diálogo
Teeteto (ou Do Conhecimento). Nesse diálogo com Teeteto, um de
seus discípulos, Sócrates compara a arte da parteira com sua própria
arte como educador. É importante ouvi-lo:
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•
Sócrates:...reconheço a suma importância das parteiras. Contudo, o
trabalho delas é menos importante do que o meu...
Tudo que é verdadeiro acerca da arte do parto delas também o é em
relação a mim.
A diferença entre uma e outra está em que a minha é praticada em homens,
não em mulheres, e no cuidado de suas almas em dores do parto, e não de
seus corpos.
Mas o que há de mais expressivo na minha arte é sua capacidade de testar,
de todas as maneiras possíveis, se o intelecto do jovem está gerando uma
mera imagem, uma falsidade, ou uma genuína verdade.
Com efeito, partilho do seguinte com as parteiras: sou estéril em matéria de
sabedoria.
A censura que tem sido dirigida amiúde a mim, isto é, de que interrogo às
outras pessoas, mas que eu mesmo não dou resposta alguma a nada
porque não possuo nenhuma sabedoria em mim, é uma censura
procedente.
E a razão para isso é a seguinte: o deus compele-me a atuar como parteiro,
mas sempre proibiu-me que desse à luz.
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• Por com, seguinte, não sou um em absoluto uma sábio e não disponho,
tampouco, de nenhuma sábia descoberta que fosse o rebento nascido
de minha própria alma.
• Todavia, com aqueles que a mim se associam é diferente.
• Inicialmente, alguns deles parecem muito ignorantes.
• Mas à medida que o tempo passa e nosso relacionamento progride,
todos aqueles que recebem a graça de Deus realizam um magnífico
progresso, não só em sua própria avaliação, como também na alheia.
• E patenteia-se que o realizam não porque tenham algum dia aprendido
algo de mim, mas porque descobriram em si mesmos muitas belas
coisas às quais deram à luz.
• Entretanto, o parto desses rebentos deve-se ao deus e a mim.
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• Ao refletirmos sobre esse diálogo, podemos perceber a
importância do papel do mestre; não meramente um
fornecedor de informações, mas de alguém que
contribui para que seus discípulos sejam capazes, por si
mesmos, de gerar e construir seu próprio conhecimento.
E os instrumentos, para tal, são o questionamento
sistemático e o diálogo mestre-discípulo. E tal atitude do
mestre, acompanhada da compreensão ativa dos
alunos, fará que desse inter-relacionamento pessoal
venha derivar a aprendizagem desejada.
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Conceito, Natureza e Abordagens à
Aprendizagem: A visão dos Autores
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•
•
•
a) A aprendizagem como um processo.
A aprendizagem não pode ser considerada como um produto final,um
resultado, uma solução enlatada ou pré-fabricada para um problema
específico.
A aprendizagem é um processo, um movimento contínuo e dinâmico no
qual o aprendiz enfrenta a realidade de maneira crítica. Assim sendo, a
aprendizagem é o próprio movimento em direção a um objetivo
específico – seja ele pessoal, organizacional, ou social – durante o qual
são geradas novas formas de se perceber a realidade e lidar com ela.
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• b) A aquisição do conhecimento prática e experiência crítica. O
conhecimento se dá a partir da evolução conjunta da prática e da
teoria.
• c) O uso do conhecimento. A educação só tem sentido quando
serve para atingir o objetivo de vida do indivíduo, qualquer que seja
ele.
• d) O efeito da aprendizagem – uma modificação relativamente
permanente no comportamento
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• Abordagens à Aprendizagem
• a) o sistema tradicional, ou de não-aprendizagem, no qual o
•
indivíduo é o objeto da aprendizagem;
• b) o sistema de aprendizagem propriamente dito, no qual o
•
indivíduo é o sujeito da aprendizagem.
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O que vem a ser Comportamento
Organizacional
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• Muito do comportamento que hoje nós vemos em uma típica
organização industrial não é uma conseqüência da natureza
humana; é uma conseqüência da forma como nós organizamos, da
forma como nós gerenciamos as pessoas.
•
Douglas McGregor, in The Profissional Manager
• Em geral, nós podemos dizer que a teoria administrativa pode
basicamente salientar dois produtos, duas conseqüências: uma é a
produtividade econômica, a qualidade dos produtos, o lucro, etc.; a
outra, é o produto humano, isto é, a saúde psicológica dos
trabalhadores, seu movimento em direção à auto-atualização, seu
crescimento em segurança, pertencimento, lealdade, habilidade
para amar, auto-respeito, etc.
•
Abraham Mslow, in Maslow on Management
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Aula 01 Comportamento Organizacional.