Comunicação e Comportamento
Organizacional
Aula 6
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Personalidade e Comportamento.
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• Um músico deve fazer música, um pintor deve pintar seus quadros,
um poeta deve escrever seus poemas, caso queiram estar em paz
consigo mesmos. Aquilo que um homem pode ser, ele deve ser. A
isto chamamos de auto-realização... Isto se refere ao desejo do
homem de auto-realizar, especialmente a tornar real aquilo que ele
é em potencial; tornar-se tudo aquilo que ele é capaz de vir a ser.
A. H. Maslow, Maslow on Management
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Personalidade e Comportamento
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O que faz com que um indivíduo se comporte de uma forma
consistente em situações que variam enormemente?
Pense em um de seus professores que você conhece há anos e que
onde quer que você o encontre, em outras situações sociais, que não a
da Universidade, você consegue reconhecê-lo como sendo a mesma
pessoa, por apresentar características básicas ou de caráter que
perduraram no correr do tempo.
A este conjunto relativamente estável de características que
influenciam o comportamento individual chamamos de personalidade.
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• Fatores determinantes da personalidade.
• De uma forma simplificada e esquemática, a formação da
personalidade poderia ser assim representada:
Aspectos
Hereditários
Aspectos
Ambientais
Personalidade
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Teorias da Personalidade
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• Existem quatro teorias da personalidade que são as mais correntes
e aceitas para explicá-la. São elas:
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a) a teoria dos traços da personalidade;
b) a teoria psicodinâmica;
c) a teoria humanística;
d) a chamada abordagem integrativa.
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A teoria dos Traços
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• A teoria dos traços: ela parte do princípio de que para entender os
indivíduos é preciso que literalmente “segmentemos” os padrões de
comportamento em uma série de traços observáveis.
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Teoria Humanista
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• Todos os homens possuem um impulso interno (drive) voltado para
sua atualização, “em tornar-se tudo aquilo que eles têm condições
de vir a ser”.
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Abordagem Integrativa
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Esta passou a ser vista como o resultado da associação de emoções,
cognições, atitudes, expectativas e fantasias.
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Assim, no momento em que a personalidade passou a ser entendida
como o produto resultante da interação de um conjunto de fatores ou
variáveis, o grau de complexidade aumentou significativamente.
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Melhor Compreendendo as Teorias da
Personalidade e sua Aplicação na Organização
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• Jung sugeriu que as
similitudes e as diferenças
humanas podiam ser
entendidas ao combinarmos
as preferências.
• Afinal, nós sempre preferimos
e escolhemos uma forma de
fazer as coisas em detrimento
de outra.
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Extroversão / Introversão:
tal preferência significa de onde você obtém sua energia.
O extrovertido (E) é energizado pela interação que ele tem com outras pessoas,
pela sua relação interpessoal.
Já o introvertido (I) é somente energizado pelo aspecto tempo.
Sentir (sensing) / Intuir.
Esta preferência representa a percepção ou como nós normalmente juntamos
ou amealhamos as informações. Ou ainda, ao que nós prestamos atenção.
O sensor (S) presta atenção à informação coletada através dos cinco sentidos e
ao que concretamente existe.
Já o intuidor (N) confia no que poderia ser chamado de sexto sentido, não à
realidade usual, mas ao que poderia existir.
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Pensadores / Orientados pelo sentimento (feeling).
Tal preferência representa a maneira como preferimos tomar decisões.
Os pensadores (T, de thinkers) tomam suas decisões de uma forma lógica,
objetiva.
Enquanto os orientados pelos sentimentos (F) tendem a tomar suas decisões
apoiados em sua visão pessoal, em valores que cultivam internamente.
Julgadores / Perceptores. Tal preferência reflete nossa orientação para o
mundo externo.
O julgador (J) prefere levar uma vida planejada, organizada e gosta de tomar
decisões.
O perceptor (P) prefere uma vida mais flexível, mais solta e com imprevistos.
Gosta de ter sempre opções em aberto.
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É em grande parte nossa percepção da realidade, e não a realidade em si, que
influencia e determina nosso comportamento.
Douglas McGregor.
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Um dia, sonhei que eu era uma borboleta. Acordei, e era uma homem. Será
que eu sou um homem que sonhou que era uma borboleta ou seria uma
borboleta sonhando que sou um homem?
Chuang Tzu, Escritos Básicos.
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Percepção / Concepção e
Comportamento Individual
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O óbvio invisível é um fator de máxima importância para explicar por que a
predição de eventos futuros é especialmente difícil.
Naturalmente, tais predições devem se basear no conhecimento das condições
presentes. Mas as condições presentes são em grande parte invisíveis, mesmo
para aqueles que passam suas vidas olhando para elas.
Richard Farson, Management of the Absurd, p.26
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Percepções.
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As percepções nada mais são do que as imagens, as descrições
interiores, a nossa maneira de “fotografar” e interpretar o mundo que
nos cerca.
1º) não obtemos as nossas percepções a partir das “coisas” que
nos cercam. As nossas percepções provêm de nós.
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2º) o que nós percebemos é, em grande parte, uma função de
nossas experiências prévias, de nossos pressupostos e de
nossos fins (isto é, necessidade).
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3º) É improvável que alteremos as nossas percepções enquanto
não formos frustrados em nossas tentativas para fazer algo
baseado nelas.
Se parecer que nossas ações nos permitirão satisfazer nossas
finalidades, não mudaremos nossas percepções, por mais
freqüentemente que nos digam que elas estão “erradas”. De fato, o
significado de “errado”, neste contexto, é uma percepção que não
funciona para o perceptor.
Isso não significa, porém, que mudemos automaticamente nossas
percepções se formos frustrados em nossas tentativas para atuar
baseados nelas.
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4º) Cada indivíduo perceberá o que está ali fora de um modo único.
Não temos um mundo comum e a comunicação só é possível na
medida em que dois perceptores têm finalidades, pressupostos e
experiências semelhantes.
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5º) A percepção é, num grau muito mais elevado do que previamente
se imaginava, uma função das categorias lingüísticas à disposição do
perceptor.
Em suma, o significado de uma percepção é como esta nos leva a
Atuar.
Se chove, algumas pessoas buscarão abrigo, outras sentirão prazer
em caminhar na chuva.
A suas percepções do que está acontecendo são diferentes, como se
reflete no fato de fazerem coisas diferentes. O fato de que ambos os
grupos concordarão com a frase “Está chovendo” não significa que
percebam o acontecimento da mesma maneira.
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• O homem é o criador de valores, mas esquece sua própria criação,
e vê neles algo de transcendente, de “eterno” e “verdadeiro”,
quando os valores não são mais do que algo humano, demasiado
humano.
• Como Administradores, gestores de pessoas no mundo
organizacional.
• Eis um alerta do qual não podemos nos esquecer, que os valores
humanos são os grandes condicionadores do comportamento dos
indivíduos no seio das organizações.
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Comportamento humano
Há algumas inferências que merecem destaque, a partir do que foi
visto sobre o comportamento humano:
Quando desejamos obter uma modificação comportamental,
possivelmente pouco adiantará trabalhar sobre o comportamento
manifesto, pois este é apenas conseqüência, e não causa. Isso
significa que deveremos atuar sobre as concepções e percepções do
indivíduo se quisermos que o comportamento venha a se alterar.
Douglas McGregor, considerado um dos mais influentes cientistas do
comportamento, destacou o fato de que a maioria das tentativas para
influenciar outras pessoas são baseadas em pressupostos que
raramente são testados ou mesmo reconhecidos como tal.
Isto é, a maioria das pessoas dentre estas os Administradores, nosso
foco de análise agem como se suas concepções básicas sobre a
natureza humana estivessem corretas e não requeressem nenhuma
revisão em particular, ou reconsideração.
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Motivação
Parta do princípio de que todas as pessoas preferem se sentir
importantes, necessárias, úteis, bem-sucedidas, orgulhosas,
respeitadas e não pouco importantes, intercambiáveis, anônimas,
dispensáveis, inúteis e desrespeitadas.
Maslow on Management, p. 28
Um trabalho significativo é uma parte importante de uma vida
satisfatória e à medida que ele oferece oportunidade para
recompensas internas, tal fato se torna vital para a sobrevivência da
organização.
The Profissional Manager, Douglas Mcgregor
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• Todo administrador de empresas, pública ou privada, responsável, em
última análise, pela consecução dos objetivos organizacionais, deve
constantemente se perguntar:
• O que é que faz com que os indivíduos trabalhem para a empresa e
que produzam os resultados esperados?
• Se eles não se envolvem com os objetivos organizacionais, o que eu,
como dirigente, posso fazer?
• Esse tipo de indagação é crucial, e do maior ou menor grau de acerto
no seu equacionamento irá depender a própria sobrevivência e
continuidade da organização.
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As respostas são as mais variadas, algumas vezes desconcertantes,
fundamentadas em um grande número de teorias, onde o dissenso é a tônica.
Isso deixa o Administrador de certa forma atônito:
Deverá ele basear-se na posição hierárquica, no princípio do alcance do
controle, por exemplo, para obter cooperação de seus subordinados ou deverá
lançar mão da gerência democrática, onde a participação e o autocontrole
predominam?
A resposta a esse tipo de preocupação não é fácil; é bem possível que nem
exista.
Entretanto, é necessário que formemos o nosso próprio quadro de referência.
Afinal, na visão de Maslow, quando nós analisamos as motivações mais
profundas do homem, quando nós perguntamos o que o homem deseja da
vida, estamos lidando com sua própria essência.
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De certa forma, todas as teorias de motivação que serão discutidas
procuram responder a duas questões críticas:
•
O que é que faz com que as pessoas ingressem numa organização e nela
permaneçam?
Em que condições os ocupantes de um determinado cargo se sentem
propensos a produzir (investindo energia e esforço) no ritmo exigido pela
organização?
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Abordagem clássica
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Taylor percebeu que o trabalhador médio produzia muito menos do que
seria potencialmente capaz com o equipamento disponível na época.
Seu raciocínio era extremamente claro:
Se o trabalhador diligente, mais predisposto à maior produtividade,
verifica que no final acabará ganhando exatamente a mesma coisa que
o seu colega, menos interessado e menos produtivo, acabará se
acomodando, perdendo o interesse, e não produzindo segundo sua
capacidade.
Portanto, a solução era criar condições de pagar mais àquele que
produzisse mais.
A crítica que pode ser feita não é a de que o salário não seja um
elemento motivador, mas sim que, se o adotamos como único
motivador, possivelmente estaremos em maus lençóis.
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Abraham Maslow e a teoria das necessidades
humanas
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Tal teoria foi desenvolvida por Abraham H. Maslow.
Segundo ele, o homem é motivado por necessidades organizadas numa hierarquia
de relativa prepotência. Isso quer dizer que uma necessidade de ordem superior
surge somente quando a de ordem inferior foi relativamente satisfeita.
McGregor resumiu de maneira excelente a teoria de Maslow, estruturada em cinco
níveis, merecendo a transição:
Necessidades fisiológicas
O homem é um animal dotado de necessidades; assim que uma de suas
necessidades é satisfeita, surge outra em seu lugar.
Esse processo não tem fim: é contínuo, desde o nascimento até a morte.
A necessidade satisfeita não motiva comportamento. Esse é um fato de profunda
significação comumente ignorado pelo conceito tradicional de administração.
Consideremos a necessidade de ar.
O ar não causa efeitos importantes de motivação sobre nosso comportamento a não
ser quando ficamos privados dele.
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Necessidades de segurança
São necessidades de proteção contra o perigo, ameaça, a privação.
Algumas pessoas erroneamente se referem a elas como necessidade de proteção.
Entretanto, a menos que a pessoa esteja numa relação de dependência em que há
uma privação arbitrária, ela não procura proteção.
•
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Necessidades sociais
Quando suas necessidades sociais tornam-se importante fator de motivação de
seu comportamento; necessidades de participação, de associação, de aceitação
por parte dos companheiros, de troca de amizade e afeto vêm à tona.
A administração sabe da existência dessas necessidades, mas, erroneamente,
acha que elas representam certa ameaça à organização.
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Necessidades do Ego
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As necessidades do ego, as quais pertencem às duas classes:
1. Necessidades relacionadas com o amor-próprio: autoconfiança,
realização, conhecimento, independência.
2. Necessidades relacionadas com a própria reputação: ‘status’,
reconhecimento, aprovação, respeito.
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Diversamente do que ocorre com as de nível mais baixo, essas necessidades são
raramente satisfeitas:
o homem procura Indefinidamente mais satisfação dessas necessidades, assim que
se tornam importantes para ele.
Mas elas não surgem de maneira significativa até que as necessidades fisiológicas,
sociais e de segurança estejam razoavelmente satisfeitas.
A organização industrial típica oferece poucas oportunidades de satisfação dessas
necessidades egoístas para as pessoas colocadas nos níveis mais baixos da
hierarquia.
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Necessidades de auto-realização
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• Finalmente na hierarquia das necessidades humanas há o que
podemos chamar de necessidades de auto-realização.
• Essas são as necessidades de cada um realizar o seu próprio
potencial, de estar em contínuo autodesenvolvimento, de ser criador
no sentido mais alto do termo.
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Pirâmide de Maslow
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A teoria de Maslow
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• A teoria de Maslow é simultaneamente bem estruturada e
suficientemente flexível para que cada um de nós possa utilizá-la
como um instrumento balizador de sua ação.
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