PSICANÁLISE
Profª Drª Teresa Cristina Barbo Siqueira
Conceitos Importantes:
Amnésia infantil e a repressão – é um
processo que mantém fora da
consciência, impulsos, ideias ou
sentimentos inaceitáveis, os quais não
podem ser conscientes por meio da
evocação voluntária.
Dra Teresa Cristina Barbo Siqueira
Estrutura da aparelho Psíquico
INCONSCIENTE – exprime o conjunto dos
conteúdos não presentes no campo atual da
consciência.
Material recalcado e desconhecido. Possui as
leis próprias de funcionamento, não existe
passado e presente, condensação,
deslocamento
PRÉ- CONSCIENTE – refere-se ao sistema onde
permanecem aqueles conteúdos acessíveis à
consciência. É aquilo que não está na
consciência, neste momento, mas que no
momento seguinte pode estar.
CONSCIENTE – é o sistema do aparelho
psíquico que recebe ao mesmo tempo as
informações do mundo externo e interno. Na
consciência destaca-se o fenômeno da
percepção... Dra Teresa Cristina Barbo Siqueira
Estrutura do aparelho Psíquico
Consciente
Pré-consciente
Inconsciente
Dra Teresa Cristina Barbo Siqueira
A PSICANÁLISE
Sigmund Freud (1856-1939) médico vienense que
alterou radicalmente, o modo de pensar da vida
psíquica.
Processos misteriosos do psiquismo, regiões obscuras:
as fantasias, os sonhos, os esquecimentos, a
interioridade do homem - problemas científicos.
Psicanálise se refere a uma teoria, a um método de
investigação e a uma prática profissional.
Teoria – caracteriza-se por um conjunto de
conhecimentos sistematizados sobre o funcionamento
da vida psíquica.
Método de investigação – caracteriza-se pelo método
interpretativo, que busca ações e palavras ou através
das produções imaginárias. Ex: os sonhos, os delírios,
as associações livres.
A prática profissional refere-se a uma forma de
tratamento psicológico que visa o auto conhecimento.
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ID
Constitui o reservatório da energia
psíquica, é onde se localizam as
pulsões: de vida e de morte. É regido
pelo princípio do prazer.
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EGO
É o sistema que estabelece o equilíbrio entre
as exigências do id, as exigências da
realidade e as “ordens” do superego. Procura
dar conta dos interesses da pessoa. É regido
pelo princípio da realidade, que, com o
princípio do prazer, rege o funcionamento
psíquico.É um regulador na medida que
altera o princípio de prazer para buscar a
satisfação considerando as condições
objetivas da realidade. As funções básicas do
ego são: percepção, memória, sentimento,
pensamento.
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Superego
Origina-se com o complexo de Édipo, a
partir da internalização das proibições,
dos limites e da autoridade. A moral, os
ideais são funções do superego.
O conteúdo do superego refere-se a
exigências sociais e culturais.
Os sistemas se combinam para produzir
um comportamento ou um pensamento.
O ego é central nesta relação estrutural,
todos o querem como aliado.
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DESCOBERTA DA
SEXUALIDADE INFANTIL
A grande maioria de pensamentos e desejos
reprimidos referiam-se a conflitos de ordem
sexual, localizados nos primeiros anos de vida dos
indivíduos.
Na vida infantil estavam as experiências de
caráter
traumático,
reprimidas,
que
se
configuravam como origem dos sintomas atuais, e
confirmava-se dessa forma, que as ocorrências
deste período da vida deixam marcas profundas
na estruturação da personalidade.
Sexualidade ► centro da vida psíquica
Existência da sexualidade infantil
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Existência da sexualidade infantil
Os principais aspectos destas descobertas são:
A função sexual existe desde o princípio da vida, logo
após o nascimento, e não só a partir da puberdade.
O período de desenvolvimento da sexualidade é
longo e complexo até chegar a sexualidade adulta,
onde as funções de reprodução e de prazer podem
estar associadas, tanto no homem como na mulher.
A libido é a energia dos instintos sexuais.
Fases do desenvolvimento sexual: Fase oral,
anal, fálica, de latência e genital.
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Fase Oral
Este período do desenvolvimento da
personalidade é assim chamado porque
a maior parte das necessidades e
interesses da criança está concentrada
na porção superior do trato digestivo.
Quer dizer, seus impulsos são
satisfeitos principalmente na área da
boca, esôfago e estômago, ou melhor,
a libido está intimamente associada ao
processo de alimentação.
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FASE ORAL
É o período de aproximadamente um ano
que segue ao nascimento.
Desenvolvimento psicossocial:Confiança X
desconfiança (Erik Erikson).
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Fase Anal
A criança passa, aos poucos, de uma
posição predominantemente passiva e
receptiva para uma posição
predominantemente ativa.
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Fase Anal
Durante o segundo e terceiro ano de vida, a
região do ânus adquire uma importância
fundamental na formação da personalidade.
Neste período a energia libidinosa está centrada
na porção posterior do trato digestivo e a
satisfação anal ocupa uma posição de destaque.
A criança obtém prazer pela estimulação da
mucosa retal e das partes adjacentes.
Precursores do superego.
Desenvolvimento psicossocial:Autonomia X
vergonha e dúvida (Erik Erikson).
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Angústia
Segundo Freud, é o estado afetivo
(emocional) puro, correspondente à
ansiedade, ao medo e ao susto, mas
que pode prescindir do objetivo, ou
seja, pode existir como sentimento,
isoladamente, sem necessitar de causa,
motivo ou razão de ser.
Angústia objetiva é a antecipação da
desaprovação externa se a criança
comporta-se ou deseja comportar-se
em desacordo com as normas do meio.
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Fase Fálica
Corresponde ao período que vai dos três anos
aos cinco ou seis anos de idade.
O termo fálico, relativo ao pênis, usado para
esta fase, provém do fato da libido
concentrar-se nos órgãos genitais que
passam a ser a zona erógena predominante.
O complexo de Édipo
O complexo de castração
Desenvolvimento psicossocial: Iniciativa X
culpa (Erik Erikson).
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Fase de latência
Período que vai, aproximadamente, dos cinco aos
dez anos.
Este período caracteriza-se por uma aparente
interrupção do desenvolvimento sexual, em que
os impulsos eróticos exercem menor influência na
conduta e o ego encontra uma trégua para os
conflitos emocionais que vinham se desenrolando
nas fases anteriores.
Afastando-se temporariamente dos interesses
sexuais, acriança utiliza a energia psíquica para o
fortalecimento do ego.
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Fase Latência
Formação do superego
Desenvolvimento psicossocial:
Formação dos grupos
O papel dos pais e professores.
Produtividade X inferioridade
(Erik Erikson).
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Mecanismos de Defesa
Repressão
Compensação
Fantasia
Formação reativa
Projeção
Introjeção
Negação
Racionalização
Sublimação
Identificação
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Mecanismos de Defesa
DESLOCAMENTO – um impulso ou sentimento é
inconscientemente deslocado de um objeto original
para um objeto substitutivo.
COMPENSAÇÃO – é o mecanismo de defesa pelo qual
o indivíduo, inconscientemente, procura compensar
uma deficiência real ou imaginária.
Por meio dos processos de deslocamento e
condensação, os desejos encontram formas de
expressão (FREUD, 1988ª)
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FANTASIA - é um conjunto de ideias
ou imagens mentais que procuram
resolver os conflitos intrapsíquicos,
através da satisfação imaginária dos
impulsos.
FORMAÇÃO REATIVA – mecanismo
inconsciente pelo qual atitudes, desejos
e sentimentos, desenvolvidos pelo ego
são a antítese do que é realmente
almejado pelos impulsos.
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INTROJEÇÃO – um tipo de
identificação onde o sujeito,
inconscientemente, procura igualar-se
a outro, transferindo para si mesmo
vários elementos de sua
personalidade.
PROJEÇÃO – é o processo mental pelo
qual atributos da própria pessoa, não
aceitos conscientemente, são
imputados a outrem, sem levar em
conta os dados da realidade.
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NEGAÇÃO - consiste no bloqueio de
certas percepções do mundo externo,
ou seja, o indivíduo frente a
determinadas situações intoleráveis da
realidade externa, inconscientemente
nega sua existência para proteger-se
do sofrimento.
RACIONALIZAÇÃO – é a tentativa de
explicação consciente visando justificar
manifestações de impulsos ou afetos
inconscientes e não aceitos pelo ego.
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REPRESSÃO- é o processo automático
que mantém fora da consciência,
impulsos, ideias ou sentimentos
inaceitáveis, os quais não podem
tornar-se conscientes através da
evocação voluntária.
SUBLIMAÇÃO – é o processo pelo qual
um impulso é modificado de forma a
ser expresso de conformidade com
demandas do meio
Dra Teresa Cristina Barbo Siqueira
Referência Bibliográficas:
Freud, Sigmund (1980). Três Ensaios sobre a sexualidade infantil. Em:
Obras Psicológicas completas de Sigmund Freud, Ed. Standard
Brasileira. Rio de Janeiro: Imago Ed. (Vol. VI).
____________ (1900). A interpretação dos sonhos. . Em: Obras
Psicológicas completas de Sigmund Freud, Ed. Standard Brasileira. Rio
de Janeiro: Imago,1988a Ed. (Vol. VII).
Palácios, J., Cubiero R., Luque A., Mora J. (2004). Desenvolvimento
Físico e Psicomotor depois dos dois anos. Em Coll, César, Palácios, J. &
Marchesi, A. (Orgs). Desenvolvimento psicológico e educação:
Psicologia evolutiva. (pp.127-141).(Vol.1). Porto Alegre: ArtMed.
Siqueira, T.,C; Trabuco, P., M. (2013). Educação Sexual no
Desenvolvimento Infantil. Educativa: Goiânia, v. 16, n. 2, p. 297-318,
jul./dez.
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APRENDIZAGEM SEGUNDO
FREUD
Gênese das preocupações da criança.
A criança descobre diferenças que a
angustiam. É essa angústia que faz
querer saber.
Porque nascemos e por que morremos?
De onde viemos e para onde vamos?
Descoberta daquilo que ele chama de
diferença sexual anatômica.
Dra Teresa Cristina Barbo Siqueira
A criança descobre diferenças que a
angustiam. É essa angústia que faz
querer saber.
Exemplo: um menino de mais ou menos 5 anos pergunta a mãe
se Deus existe, ao que ela diz “não”. Depois pergunta ao pai, que
afirma que acredita em Deus.
Mas tarde sua irmã diz que vai perguntar a uma pessoa, quantas
horas são. Então o menino diz: Vai perguntar à um homem ou à
uma mulher. Ela responde que tanto faz. Ele lhe diz que se
perguntar a uma mulher a resposta será diferente da resposta
de um homem,(o homem pensa diferente, provavelmente por
que tem pênis).
O que se busca, quando se quer aprender algo?
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O que se espera da Criança
O que se espera é que na entrada da criança
à escola, ela “sublime” em “pulsão de saber”,
associada a “pulsão de domínio” e a “pulsão
de ver”.
O desejo de saber associa-se com o de
dominar, o ver e o sublimar.
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Psicanálise e a Educação
Os educadores investidos da relação
afetiva, primitivamente dirigida ao pai,
se beneficiarão da influencia que esse
ultimo (o pai) exercia sobre a criança.
Cabe ao professor o esforço imenso de
organizar, articular, tornar lógico seu
campo de conhecimento e transmiti-lo a
seus alunos (guiado pelo seu desejo).
Dra Teresa Cristina Barbo Siqueira
Referência Bibliográfica:
Kupfer, Maria Cristina M. 2001. Freud e
a Educação: o mestre do impossível.
Editora Scipione São Paulo. (p. 77100).
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