Psicofarmacologia Distúrbios psiquiátricos maiores: Esquizofrenia – tratado com neuropléticos (antipsicóticas) Distúrbios afetivos (depressão, mania) – tratados com agentes antidepressivos e sais de Lítio Distúrbios psiquiátricos menores: Ansiedade – tratado com ansiolíticos 1910 - 1920 poucos tratamentos para esquizofrenia Apenas 20% dos pacientes apresentavam algum tipo de melhora Décadas 50-60: Primeira Geração (convencionais) 1930 1º tratamento biológico: ELETROCONVULSOTERAPIA 30% RESPOSTA TERAPÊUTICA 1957: Clorpromazina 1959: Haloperidol 60% de melhora 1990: 2ª Geração (atípico) nova perspectiva 1994: Risperidona 1996: Olanzapina CLOZAPINA 1997: Quetiapina 2000: Ziprasidona Esquizofrenia “As esquizofrenias são caracterizadas por fuga progressiva do meio, manifestada por alterações específicas da capacidade de pensar, sentir e relacionarse com o mundo externo.” CHUSID, J. G. – Neuranatomia Correlativa e Neurologia Funcional. 1982 Esquizofrenia Doença mental provocada por alguma disfunção cerebral intrínseca (psicose) Ilusões Alucinações (vozes) Distúrbios cognitivos e fala Ocorre em cerca de 0,5 a 1% da população mundial Doença crônica e incapacitante A esquizofrenia em números Calcula-se que, a nível mundial, cerca de 50 milhões de indivíduos (1% da população) sofram desta doença. Segundo a Organização Mundial de Saúde, a incidência oscila entre 7 e 14 em cada 100 mil habitantes, com idades compreendidas entre os 15 e os 54 anos. Nos homens manifesta-se pela primeira vez geralmente em idades entre os 15 e os 25 anos, enquanto que nas mulheres os primeiros sintomas surgem entre os 25 e os 35 anos. Custos: absorve cerca de 10% dos encargos com a saúde destinados à psiquiatria A Sociedade Italiana de Psiquiatria concluiu que as perturbações esquizofrênicas representam mais de 40% do aporte de trabalho dos serviços de assistência psiquiátrica A pessoa que tem esquizofrenia: acredita em coisas que não são verdadeiras tem dificuldades para manter pensamentos lógicos. As vezes, é impossível entender o que ela está dizendo; vê objetos ou pessoas que não existem; ouve vozes e sons que os outros não ouvem; demonstra emoções que não tem nenhuma relação com o que está dizendo. por exemplo, diz que está sendo perseguida por demônio e começa a rir; A pessoa que tem esquizofrenia: tem hábitos estranhos, como andar falando sozinha; descuida da sua higiene (não toma banho por exemplo); isola-se das outras pessoas; não tem iniciativa para fazer as tarefas do dia-a-dia. Esquizofrenia Esquizofrenia paranóide: Pacientes deconfiados, interpretam eventos e objetos indiferentes como ameaças a si próprios Esquizofrenia Catatônica Negativismo, peculiaridades de marcha Períodos de excitação (atividade impulsiva, insônia) Períodos acinéticos (resposta automática aos comandos, recusa para deglutir) CHUSID, J. G. – Neuranatomia Correlativa e Neurologia Funciona Esquizofrenia Esquizofrenia Hebefrênica Psicose aguda seguida por deterioração Sentimentos pronunciados de incapacidade mental e física, melancolia, estados de percepção mental fraca ou indefinida Esquizofrenia Simples Empobrecimento intelectual e afetivo Incapacidade de fazer julgamentos, trabalhar e cuidar de si próprios Pacientes mostram-se estúpidos e por fim dementes Lentamente progressiva Habitualmente é necessário cuidado institucional CHUSID, J. G. – Neuranatomia Correlativa e Neurologia Funciona Sintomas positivos: alucinações, delírios e agitação (respondem bem aos antipsicóticos) Sintomas negativos: afeto deprimido, perda do impulso, mais retraídos •Foram clonados diversos tipos de receptores de dopamina D1, D2, D3, D4, e D5 D1 e D5 : Ativam adenilil-ciclase A potência clínica da droga está ligada à afinidade pelos receptores D2 Obs.: Foi encontrado aumento do número de receptores D2 no cérebro de pacientes esquizofrênicos (post-mortem) Hipótese da dopamina Hiperatividade das vias dopaminérgicas centrais (evidências farmacológicas indiretas) •Por que são necessárias várias semanas para os efeitos clínicos dos antipsicóticos? •Por que algumas drogas que afetam outros neurotransmissores exercem atividade antipsicótica? Alterações Anatômicas Aumento dos ventrículos cerebrais Atrofia cerebelar localizada Diferenças no fluxo sanguíneo cerebral Infecções precoces Exposição a elementos tóxicos Genética •Pesquisas com mapeamento genético Porém : "Os gêmeos possuem material genético essencialmente idêntico, mas a probabilidade de que ambos sofram da doença é de somente 46 %." Brian Dean, do Instituto de Pesquisas de Saúde Mental da Austrália Sabine Bahn, Babrahan Institute em Cambridge Anormalidades nas proteínas que compactam a mielina.” “ Bloqueio receptores Dopaminérgicos* Drogas lipossolúveis 1ª passagem pelo fígado Mais intenso: clorpromazina, flufenazina Metabolismo hepático Menos intenso: haloperidol, pimozide 20- 40 horas Uma única tomada diária 5 dias para atingir equilíbrio dinâmico Quantidade absorvida = Quantidade excretada Trato mesolímbico e mesocortical Trato nigroestrial importante papel no comportamento, reatividade, função cognitiva, comunicação e respostas psicológicas Quando bloqueado produz disfunção motora extrapiramidal Sistema hipotálâmico-adeno-hipofisário quando bloqueado produa distúrbios endócrinos Baixa incidência de efeitos extrapiramidais Efeitos extrapiramidais Efeitos Colaterais Distonia Aguda: Espasmos dos músculos da língua, face, do pescoço e do dorso, trismo, posturas anormais Tratamento: Antiparkinsonianos Acatisia Inquietação motora, tal como ficar andando, balançar o corpo para frente e para trás Existem vários tratamentos, o que indica que nenhum é ideal; anticolinérgicos, beta-bloqueadores (Propranolol®) Efeitos Colaterais Parkinsonismo tríade clássica de tremor, rigidez, bradicinesia ou acinesia os agentes anticolinérgicos e também os anti-histamínicos, em geral têm eficácia muito boa nos efeitos extrapiramidais Discinesia Tardia Movimentos repetitivos e involuntários típicos, os quais incluem mascar, movimento de protusão de língua, movimentos vermiculares de língua, movimentos de beijo, piscar repetido e rápido, movimentos de abrir e fechar os lábios. Piora com a retirada do antipsicótico Efeitos Colaterais Sídrome neuroléptica maligna Catatonia, febre, instabilidade da PA Tremor perioral “Síndrome do coelho” Antiparkinsonianos podem ajudar Autonômico secura da boca e da pele, constipação intestinal, dificuldade de acomodação visual, retenção urinária Cardiovascular Hipotensão (bloq receptores alfa) Endócrino prolactina (hiperprolactinemia) Gastrintestinal Constipação intestinal, anti- emético Dermatológico Rash cutâneo, fotossensibilização,aumento pigmentação Oftalmológico Depósito pigmentos no cristalino por Clorpromazina FLUFENAZINA CLORPROMAZINA AMISULPRIDA HALOPERIDOL LEVOMEPROMAZINA CLOZAPINA PENFLURIDOL SULPIRIDA OLANZAPINA PIMOZIDA TIORIDAZINA QUETIAPINA PIPOTIAZINA TRIFLUOPERAZINA RISPERIDONA ZUCLOPENTIXOL ZUCLOPENTIXOL ZIPRASIDONA Incluídos butirofenonas e substâncias a elas relacionadas Bloqueia receptores pós- sinápticos dopaminérgicos mesolímbicos (também bloqueia alfa- adrenérgico) Estados psicóticos, esquizofrenia e na fase maníaca da doença maníaco-depressiva. Dose máx: 20mg/dia Diminui efeito anfetamina Com antimuscarínicos: intensifica efeitos colaterais (delírio, confusão, pesadelos) FLUFENAN® Menos pronunciado Bloqueio seletivo receptores dopaminérgicos (mesolímbicos) GH, prolactina, reações motoras extrapiramidais 70% abs V.O; metabolismo hepático Esquizofrenia, estados maníacos, psicose induzida por fármacos Anfetamina efeito antipsicóticos, efeito antimuscarínico Atropina Derivado das butirofenonas com efeitos similares ao das fenotiazinas Pertence às difenilbutilpiperidinas Bloqueia receptores dopaminérgicos D2 (sist límbico e corpo estriado) Promove também: bloqueio muscarínico, bloqueio alfa1 adrenérgico, bloqueio H1 50% dose oral é absorvida Rim: principal via eliminação (T1/2elim: 55hs) Contra-indicado junto c/ antiarrítmicos Taxa de ocupação relativa receptores: Haloperidol antipsicóticos Atípicos de e Melhora clínica Escolha preferida Efeitos colaterais Prevenir recaídas Sintomas negativos esquizofrênicos Sintomas Extrapiramidais Benzamida modificada, recentemente desenvolvida na Europa Em baixas doses (50-150mg/dia) sintomas negativos e afetivos esquizofrênicos crônicos Baixo risco efeitos motores extrapiramidais Biodisponibilidade: 36% Eliminada na urina principalmente na forma inalterada 50-100mg/dia ativador dopaminérgico (estados depressivo de transtornos mentais) 400-1200mg/dia sintomas psicóticos pos e neg POTENCIALIZA: hipotensores, depressores do SNC SOCIAN® Sintomas positivos e negativos Abs V.O rápida (90-95%) Bloqueia: DA,ADR,Ach,5-HT,Hist Esquizofrenia refratária a outros tratamentos & Desequilíbrios bipolares (maníaco-depressivos) Doses: 300- 400mg/dia Potencializa álcool, anti-histamínicos, antihipertensivos, IMAO, anticolinérgicos Amplo perfil farmacológico Menos efeitos sobre vias estriatais (função motora) Bem abs V.O (93% lig PTNs plasmáticas) PSICOSES c/ sintomas pos e neg predominantes Doses: 5- 20mg/dia Sonolência, ganho peso, hiperprolactinemia Carbamazepina seu metabolismo Pacientes hipersensíveis (suspende) Eficácia similar aos clássicos: difere efeitos adversos Bem abs mucosa intestinal; extenso metabolismo hepático Mudanças de comportamento ou transtorno afetivo pacientes c/ deficiência mental Esquizofrenia aguda ou crônica Doses: 4- 6mg/dia Álcool, fármacos SNC,hipotensores RISPERDAL® , RISPERDON® Alta afinidade pelos receptores de dopamina tipo 2 (D2) e afinidade ainda maior pelos receptores de serotonina tipo 2A (5HT2A) Dose 20mg (60% biodisponibilidade) V.O amplo metabolismo (20% urina; 66% fezes) Hipersensíveis e histórico convulsivo (contra-indicado) Potencializa: álcool e fármacos SNC Esquizofrenias aguda e crônica (alucinação, agitação, agressividade...) Derivados fenotiazínicos Amplictil® Bloqueia receptores dopaminérgicos mesolímbicos e alfa adrenérgicos (liberação hormônios hipotálamo e hipófise) Antiemético Bloqueio alfa adrenérgico Sedação Esquizofrenia, fase maníaca (doença maníaco-depressiva), náuseas e vômitos, trat coadjuvante tétano V.O e I.M dose máx 1g/dia Hipotensão,visão turva,constipação,Sonolência,boca seca... Pode provocar efeitos antimuscarínicos acentuados Isômero levógiro da metotrimeprazina Bloqueio receptores dopaminérgicos pós sinápticos mesolímbicos Menos potente que clorpromazina Neozine®, Levozine® Desenvolve efeitos sedativos (potencializa analgésicos) Quadros psicóticos e esquizofrênicos (excitação agitação) Psicopatias agudas ou crônicas, Esquizofrenias crônicas, Síndromes de excitação psicomotora, Psicoses, alucinações 6-12mg/dia (leves); 50-150mg/dia (graves) Resposta levodopa alterada, fármacos que atuam SNC Dogmatil®; Equilid® Bloqueador seletivo D2 das vias mesolímbica e mesocortical Sem ação sobre D1,D3,D4,D5 É menos tolerada e menos efeitos adversos cólon irritável, colite ulcerosa, doenças psicossomáticas V.O e I.M 100mg/dia (recomendada: 3mg/kg/dia) Tremor, ginecomastia, secura boca, erupção cutânea Não associar c/ IMAOs ou outros depressores do SNC Conta-indicado feocromocitoma, parkinson,hipersensib. Doses elevadas efeito similar a de outras fenotiazinas Efeitos extrapiramidais mínimos Absorção rápida e completa (95% PTNs plasmáticas) Metab hepático c/ metabólitos ativos Ansiedade,tensão,agitação,distúrbios emocionais e do sono,pacientes psicóticos agressivos Dose: depende paciente 800mg/dia (máx) Vertigem, erupção cutânea,arritmias,retinopatia pigmentária Bloqueia receptores dopaminérgicos mesolímbicos liberação prolactina, antiemético Metabolismo hepático; excreção renal e biliar Forte efeito extrapiramidal Esquizofrenia, fase maníaca (maníaco-depressivo),controle de náuseas e vômitos Dose: até 40mg/dia Efeitos parkinsonianos, extrapiramidais distônicos,congestão nasal antipsicóticos mais comuns e doses usuais TRADICIONAIS ALTA POTÊNCIA TRADICIONAIS MÉDIA POTÊNCIA TRADICIONAIS BAIXA POTÊNCIA ATÍPICOS Haloperidol 220mg/dia Tiotixeno 530mg/dia Clorpromazina 200800mg/dia Tioridazina 150600mg/dia Flufenazina 220mg/dia Trifluoperazina 530mg/dia Levomepromazina 200-800mg/dia Sulpirida 2001000mg/dia Pimozide 2-6mg/dia Molindona 50225mg/dia Periciazina 1530mg/dia Clozapina 200-500 mg/dia Perfenazina 864mg/dia Mesoridazina 75300mg/dia Risperidona 28mg/dia Pipotiazina 1020mg/dia Olanzapina 520mg/dia Loxapina 25100mg/dia Sertindol 1024mg/dia Quetiapina 100750mg/dia Relação dos antipsicóticos em uso no Brasil. Dosagem (mg/dia) Nome comercial Clorpromazina 300-1000 Amplictil, Clorpromazina Levomepromazina 100-600 Levozine, Neozine Tioridazina 150-600 Melleril Flufenazina 2-20 Anatensol, Flufenam Propericiazina 5-20 Stelazine Pipotiazina 10-20 Piportil Trifluoperazina 2-30 Nome Químico FENOTIAZINAS Relação dos antipsicóticos em uso no Brasil. Nome Químico Dosagem (mg/dia) Nome comercial DIBENZODIAZEPINAS Clozapina 300-450 TIOXANTENOS Tiotixeno 5-30 Navane Zuclopentixol 10-75 Clopixol 2-30 Haldol Haloperidol Pimozide 2-6 Orap Penfluridol 20-40 Semap BUTIROFENONAS Haloperidol Difenilbutilpiperidina Relação dos antipsicóticos em uso no Brasil. Dosagem (mg/dia) Nome comercial 2-30 Haldol Haloperidol Pimozide 2-6 Orap Penfluridol 20-40 Semap 2-8 Risperdal Risperidom Zargus Sulpiride 400-1000 Dogmatil Equilid Amilsulpride 100-800 Sociam 5-20 Zyprexa Nome Químico BUTIROFENONAS Haloperidol Difenilbutilpiperidina BENZIZOXALÓLICOS Risperidona BENZOMIDAS TIENOBENZODIAZEPINAS Olanzapina Farmacologia do SNC Fármacos Antiepiléticos • Distúrbio relativamente comum • Caracterizada por “ataques”, resultado de descargas neuronais episódicas • Afeta até 1% da população • Não há causa reconhecida, contudo ela pode se desenvolver após lesão cerebral • Tratamento farmacológico (eficaz em cerca de 70 %) e cirúrgico “o que se inicia como uma descarga anormal local, pode a seguir se espalhar para outras áreas do cérebro...” Os sintomas dependem da região cerebral afetada: Córtex Motor: convulsão Hipotálamo: descarga autônoma periférica Formação reticular na parte superior do tronco: perda de consciência. Ataques Parciais Ataques Generalizados Simples (sem perda de consciência) e Complexo (com perda de consciência) tônico-clônico (grande mal) Ataque de ausência (pequeno mal) Abordagem Farmacológica Potencialização da ação do GABA Inibição da função do canal de sódio Inibição da função do canal de cálcio Hidantal® Estruturalmente relacionado aos Barbitúricos Atua principalmente bloqueando canais de sódio Amplamente usada Efeitos indesejáveis: Confusão Teratogênese Anemia Indução enzimática Hiperplasia gengival Tegretol® Quimicamente derivada dos Antidepressivos tricíclicos Perfil semelhante à fenitoína, mas com menos efeitos colaterais Eficaz na maioria das formas de epilepsia (exceto ataques de ausência) Usada também no tratamento de vários tipos de dor neuropática Efeitos indesejáveis: sonolência, ataxia, retenção de água e indução enzimática (contudo, a incidência e a severidade desses efeitos são relativamente baixas) Gardenal® Barbitúrico (ação em GABA) algum efeito sobre canais de sódio Ação semelhante à fenitoína, contudo produz acentuada sedação Depakote® Quimicamente não relacionado a outros fármacos antiepiléticos Mecanismo de ação ainda desconhecido (inibição de GABA transaminase; algum efeito sobre canais de sódio) Eficaz em muitos tipos de epilepsia, principalmente infantil Baixa toxicidade e ausência de ação sedativa Efeitos indesejáveis: principalmente hepatotoxicidade (raro) Benzodiazepínicos Diazepam I.V. no tratamento do status epilepticus Clonazepam (Rivotril®) e Clobazam relativamente seletivos como fármacos antiepiléticos Sedação é o principal efeito desses fármacos e um problema adicional pode ser a síndrome de abstinência, que resulta na exacerbação dos ataques Lamictal® Embora não quimicamente relacionada, lembra os efeitos da fenitoína e da carbamazepina Age sobre os canais de sódio e inibindo a liberação de aminoácidos excitatórios Perfil terapêutico mais amplo (eficaz nos ataques de ausência) Efeitos indesejáveis: náusea e reações de hipersensibilidade (erupções cutâneas) Neurotrin® Mecanismo de ação desconhecido (inibição de canais de cálcio) Absorção saturável (segurança em doses excessivas) Relativamente livre de efeitos colaterais Geralmente associada a outros fármacos Topamax® Várias ações farmacológicas Bloqueio canal de sódio Ação GABA É usado em conjunto com outros fármacos antiepiléticos Ultimamente é mais utilizado na migrânea Farmacologia do SNC Fármacos Antiparkinsonianos Distúrbio progressivo do movimento que ocorre principalmente na velhice • tremor em repouso • rigidez muscular • supressão de movimentos voluntários (hipocinesia) Hornykiewicz (1960): “o conteúdo de dopamina da substância nigra e do corpo estriado em cérebros post mortem era extremamente baixo (cerca de 10% do normal), associado com a perda de neurônios dopaminérgicos na substancia nigra e degeneração das terminações nervosas no estriado” Sintomas aparecem somente quando o conteúdo de dopamina do estriado cai para 20 a 40% do normal Tratamento Farmacológico Precursores de dopamina Agonistas da dopamina Estimulação da liberação de dopamina Inibidor da MAO-B Inibidor da COMT Anticolinérgicos COOH FENILALANINA CH2 CH NH2 COOH HO HO HO CH2 CH NH2 COOH fenilalanina-hidroxilase (citoplasma) L-TIROSINA tirosina-hidroxilase (citoplasma) CH2 CH NH2 LEVODOPA dopa-descarboxilase (citoplasma) HO HO CH2 CH2 NH2 DOPAMINA Levodopa Tratamento de primeira escolha Quase sempre combinada com inibidores da dopa descarboxilase (Carbidopa ou Benserazida, que não penetram na barreira HE) para evitar os efeitos periféricos da dopamina Algumas vezes, é também utilizado um inibidor da COMT (entacapone e tolcapone) para retardar o metabolismo da dopamnina cerca de 80% dos pacientes têm uma melhora inicial, contudo com o tempo a eficácia diminui Levodopa – Efeitos indesejáveis Efeitos agudos: Discinesia Náusea e anorexia Hipotensão Efeitos psicológicos Efeitos involuntários de se contorcer Efeitos desaparecem com a diminuição da dose da levodopa Efeito on-off Hipocinesia e rigidez podem piorar repentinamente diminuição da capacidade dos neurônios em armazenar dopamina Provavelmente devido a flutuações na [ ] de levodopa Selegilina Niar, Deprilan, Eldepril Inibidor seletivo da MAO-B (predomina na região dopaminergica do SNC) Usada juntamente com a levodopa Bromocreptina Parlodel, Bagren Agonista de receptor D2 SNC Duração de ação maior que a levodopa Uso em pacientes refratários à levodopa pela perda de neurônios dopaminergicos é discutível Amantadina MANTIDAN Mecanismo de ação ainda não bem compreendido (potencializa a liberação de dopamina) Menos eficaz que a levodopa Antagonistas de Acetilcolina Atropina e Benzatropina Muito utilizados até surgir a levodopa Os receptores muscarínicos no estriado exercem efeitos exitatórios, opostos ao da dopamina Efeito inibitório pré-sináptico sobre as terminações nervosas dopaminérgicas Diminuem mais o tremor do que a rigidez e a hipocinesia Efeitos colaterais