Esquizofrenia Eduardo Padrão nº11 Eduardo Carvalho nº10 Henrique Mellão nº19 Marcelo Fleury nº25 O que é ? Para a maioria dos médicos, a esquizofrenia é a perda do contato com a realidade por perturbações no pensamento ou nas emoções. Porém, mesmo com o grande avanço da ciência a definição exata de esquizofrenia, assim como suas causas não são bem definidas. Não se sabe se ela é uma única doença ou são várias distintas. Causas A definição da causa da doença esquizofrenia ainda não é precisa. No entanto, nos últimos anos, inúmeras pesquisas relataram que as principais áreas afetadas pela doença são: sistema límbico, o córtex frontal, o cerebelo e os gânglios basais (ver figura 1 e 2). Também relatam que caso haja alguma disfunção em uma delas, outras áreas também enfrentarão problemas. Sintomas e Efeitos • Sintomas Positivos • • • • Delírios Alucinações Excitação Discurso desorganizado • Sintomas Negativos • • • Falta de emoções Falta de comunicação Imobilidade Surgimento da doença O surgimento da doença e sua continuidade podem ser explicadas de basicamente duas formas: a área da neurobiologia e a área psicossocial. A forma mais aceita para a explicação do surgimento é a mistura de ambas as áreas. Também se sabe que a esquizofrenia surge principalmente na época de amadurecimento do cérebro e da pessoa, ou seja, na transição da fase de criança para a fase adulta, por isso se chamava Demência Precoce (ver figura 3). Portanto se conclui que a doença está totalmente relacionada com uma anormalidade no neurodesenvolvimento. Teoria Psicosocial É a teoria estudada por Sigmund Freud e por outros médicos. O estresse social interfere, piorando ou melhorando o estado do paciente. Freud dizia que a esquizofrenia era muito mais precoce do que as outras doenças mentais e que sua causa principal era a desintegração do ego, que se dava como resposta a frustrações ocorridas em relações com pessoas e objetos. A principal frustração é com a mãe. A criança não supera a separação da mãe na fase transitória de bebê a criança, isso só começa a causar problemas na adolescência, fase onde é preciso autonomia, autoconfiança, e um ego forte Outra explicação é que a criança, de forma irracional, adquiri do pai e da mãe os problemas emocionais, e que somado com outros problemas desenvolvidos pela criança, como de relacionamentos, gera a esquizofrenia. Sigmund Freud Sintomas Os adeptos da teoria psicosocial dizem que a esquizofrenia apresenta sintomas simbólicos para cada paciente, mas que os delírios e as alucinações seriam formas de criar um novo universo ou uma forma de expressar os medos. Hoje em dia, a teoria psicossocial ainda é usada para explicar as causas da esquizofrenia, porém nunca sozinha. As pesquisas atuais vem mostrando cada vez mais que as causas são neurobiológicas, mas que podem ser afetadas pelo psicossocial da pessoa. Teoria Genética Sem dúvida a teoria genética, para explicar o surgimento da esquizofrenia não pode ser ignorada, porém não pode ser a única em consideração. Isso pode ser provado por estudos que mostram que quanto mais próximo o parentesco com algum esquizofrênico, maior a chance da pessoa ter esquizofrenia. Um forte argumento contra essa teoria era que os parentes próximos tinham muita chance de ter esquizofrenia, pois o ambiente no qual estavam convivendo era favorável ao desenvolvimento da doença, pois as crianças eram criadas pela mesma família. Porém, os médicos perceberam que gêmeos idênticos com algum esquizofrênico na família, separados e criados por mães diferentes, em muitos casos desenvolviam a doença. Logo quebra com o argumento que os parentes próximos tem grandes chances de adquirir a doença por causa de um ambiente propício criado pela família e não por fatores genéticos. A teoria genética não pode ser levada em conta sozinha, pois a esquizofrenia também surge em pessoas que não têm nenhum parentesco com alguém que tenha desenvolvido a doença. Teoria Dopaminérgica A dopamina é um neurotransmissor estimulante, ou seja ela aumenta a atividade cerebral. Uma quantidade em excesso pode causar alucinações, euforia, prazer intenso, relaxamento e outros fatores. A droga LSD tem os mesmos efeitos, e isso não é à toa, tem o efeito sobre a dopamina. Dados de pesquisas mostram que os esquizofrênicos apresentam uma quantidade além do normal de receptores de dopamina D2 e D4, também produzem quantidades maiores de dopamina, e ainda são mais sensíveis ao neurotransmissor. Por isso vivem em delírios, alucinações ou em estados de euforia. Os neurônios dopaminérgicos estão ligados do mesencéfalo ao sistema límbico e o córtex cerebral. O estímulo elétrico do sistema límbico pode levar a uma atuação forte na amígdala e no hipotálamo, ambos levam a mudanças no comportamento do indíviduo. Já o córtex cerebral tem várias funções, entre elas lidar com a memória, atenção, consciência, linguagem, percepção e pensamento. Os gânglios basais também são afetados pela dopamina, sendo que esta parte do cérebro é responsável pelos movimentos. Graças a ligação à essas partes do cérebro, o excesso de dopamina causa a esquizofrenia. Outros Neurônios Outros neurônios também influem na esquizofrenia porém não tanto quanto a dopamina. Entre eles estão o GABA, noradrenalina, glutamato, serotonina e outros. Tratamento • O tratamento hoje em dia é principalmente ligado à medicamentos, cuja função é bloquear os receptores da dopamina. Quando o medicamento foi descoberto, era comum os médicos exagerarem na dose, pois acreditavam que tinham que inibir a maioria dos receptores D2 e D4. É interessante o fato que os médicos davam tanto remédio que os pacientes ficavam em estado similar ao do Mal de Parkson, que resulta da ausência de dopamina. Então, não era um tratamento efetivo, pois tratava de um problemas mas trazia outro. Hoje em dia, as doses do remédio são controladas para o paciente não ficar em estado similar ao de Mal de Parkson, mas para suficientemente bloquear os efeitos de parte da dopamina. Tratamento Tratamento • Além disso é preciso um acompanhamento psquiátrico e hospitalar, para que o paciente volte a ter suas habilidades sociais, autoconfiança, auto estima, habilidades práticas e principalmente as comunicações interpessoais. Ao sair do hospital e voltar para casa, a família do esquizofrênico deve ter cuidados especiais com o doente, como sempre dar atenção à ele, dar tarefas do cotidiano para ele realizar, ignorar as manifestações típicas da doença, pois quando isso não ocorre o paciente pode ter vergonha de si e a família também deve, principalmente, fazer isso agindo normalmente, como se o doente fosse alguém normal, ou seja, deve tratá-lo sem fortes emoções, sem mimá-lo demais. Vale a pena ressaltar que a família também tem que consultar um psiquiatra para conselhos, tirar dúvidas e se tranquilizar. Curiosidades Um exemplo de esquizofrenia famoso, é o retratado no filme "Uma mente brilhante" que é baseado em fatos reais, sobre a vida do matemático John Nash. Há relatos históricos que o Imperador romano Calígula tinha esquizofrenia. Diferentes diagnósticos de problemas psicológicos foram dados a Van Gogh, um deles era o de esquizofrenia. Cientistas do século XX utilizavam LSD para estudar a esquizofrenia devido a semelhança dos efeitos. Uma mente brilhante