Epidemiologia de
Medicamentos –
Mortalidade e Morbidade
Professor: MSc. Eduardo Arruda
Introdução

Analisar a situação de saúde tem sido
uma das competências da
epidemiologia, a fim de contribuir para
a definição de políticas públicas;
Introdução

Medir a saúde real da população é
bastante difícil, por isso a forma mais
utilizada está relacionada com dados de
morte ou de doença;
Indicadores de Saúde


Correspondem às formas de medir as
condições de saúde;
Os valores colhidos diretamente de
sistemas de informação ou gerados por
observações controladas são dados
absolutos, não trabalhados.
Valores absolutos
UF
Casos Notificados de Dengue (2012)
Norte
11.446
Nordeste
24.514
Sudeste
25.062
Sul
423
Centro- Oeste
8.984
TOTAL
70.489
Valores absolutos


Os dados exibidos não apresentam
possibilidade de comparação do mesmo
evento (DENGUE) ocorrido em duas
unidades distintas;
Os dados não permitem tomar decisões
quanto à prioridade epidemiológica;
Indicadores de mortalidade


Podem ser organizados de acordo com
diversos critérios, como sexo, idade ou
estado civil;
Os óbitos ocorridos podem ser
classificados segundo causa e lugar;
Coeficiente de mortalidade
geral (CMG)

Esse indicador mostra um parecer geral
das condições de vida da população,
todavia, não revela as causas que
levam à morte, portanto não serve para
planejar ações específicas capazes de
prevenir a mortalidade.
Coeficiente de mortalidade
geral (CMG)

CMG = ( Número de óbitos na
população residente em determinado
período e área considerada / População
residente na área no mesmo período ) x
1000.
Coeficiente de mortalidade
geral (CMG)



Exemplo: Na cidade de Santos ocorreram
1.200 mortes no ano 2000. A população da
época era de 300.000 habitantes;
CMG = (1.200 / 300.000 ) x 1000 = 0,004
x 1000 = 4/1000;
Significa que a cada 1000 pessoas,
morreram 4 em Santos no ano 2000.
Coeficiente de mortalidade por
causas (CMC)

A mortalidade por causa permite
identificar os fatores que mais levam à
morte, nas diferentes faixas etárias,
sexos e permite verificar se há
diferenças regionais no país;
Coeficiente de mortalidade por
causas (CMC)

Nas regiões mais desenvolvidas, a
mortalidade por doenças não
transmissíveis, como doenças cardíacas,
prevalece, enquanto nas regiões menos
desenvolvidas a mortalidade por
doenças infecciosas, como diarreias,
permanece mais elevada;
Coeficiente de mortalidade por
causas (CMC)

Ter essas informações é muito
importante para o planejamento das
ações em saúde que precisam ser
desenvolvidas;
Coeficiente de mortalidade por
causas (CMC)

CMC = ( Número de óbitos por
determinada causa ocorridos na
população residente numa área e ano
considerados / população residente
nessa área e ano ) x 100.000
Coeficiente de mortalidade
infantil (CMI)


O CMI mede o risco de morte para
crianças menores de 1 ano;
Ele depende da qualidade dos dados do
Sistema de Informação de Mortalidade
e do Sistema de Informação de
Nascidos Vivos (SINASC);
Coeficiente de mortalidade
infantil (CMI)

CMI = ( Número de óbitos em menores
de 1 ano residentes em determinado
período e área considerada / Total de
nascidos vivos de mães residentes
nessa área no ano considerado ) x
1.000
Coeficiente de mortalidade
infantil (CMI)
ANO
Brasil: Taxa de mortalidade infantil (por
mil nascidos vivos) – Ambos os sexos
1980
69,12
1991
45,14
2000
30,07
2009
22,47
1980 = 69,12/1000, ou seja, ocorreram 69,12 mortes de crianças menores de
01 ano a cada 1000 que nasceram vivas naquele ano.
Coeficiente de mortalidade
materna (CMM)

O coeficiente é calculado dividindo- se
óbitos ligados a gestação, parto e
puerpério numa certa área e num certo
período, pelo número de nascidos vivos
no mesmo local e período;
Coeficiente de mortalidade
materna (CMM)

CMM = ( Número de óbitos ligados a
gestação, parto e puerpério em área e
ano considerados / Nascidos vivos de
mães residentes nessa área e ano ) x
100.000
Coeficiente de mortalidade
materna (CMM)

Medidas como o coeficiente de
mortalidade infantil e mortalidade
materna são fundamentais para o
acompanhamento das metas nacionais
e internacionais;
Coeficiente de letalidade


Tem a capacidade de medir o risco de
uma doença levar à morte, ou seja, a
proporção esperada de pessoas que
morrem ao contrair determinada
doença;
O cálculo da letalidade é em
PERCENTUAL (%);
Coeficiente de letalidade

CL = ( Número de óbitos de
determinada doença em área e ano
considerados / Número de casos dessa
doença nessa área e ano ) x 100
Coeficiente de letalidade

Para analisar a letalidade é importante
associar o sexo, a idade, as condições
de vida e as condições de atendimento;
Indicadores de saúde morbidade


A morbidade identifica as causas que
determinam o adoecer;
Os gestores utilizam esses indicadores
para analisar a situação de saúde e
tomar as respectivas decisões;
Coeficiente de incidência (CI)


A incidência corresponde ao número de
casos novos de determinado agravo ou
doença;
A frequência absoluta de novos casos
corresponde à incidência simples, ou
seja, o número de casos novos;
Coeficiente de incidência (CI)

CI = ( Número de casos novos na
população residente em determinado
período e área considerada / População
residente na área no mesmo período ) x
100.000;
Coeficiente de incidência (CI)


Em doenças como a gripo, a incidência
aponta a velocidade com que os casos
progridem;
Quando o coeficiente de incidência
aumenta muito, pode apontar para uma
epidemia;
ATENÇÃO

Os indicadores de morbidade e mortalidade
podem ser multiplicados por 1000, 10.000 ou
100.000, com exceção da letalidade, que é
percentual. A escolha deve levar em conta o
total da população, ou seja, o valor escolhido
não pode ser maior que o total da população;
Coeficiente de prevalência
(CP)

CP = ( Número de casos existentes
(novos + antigos) na população
residente em determinado período e
área / População residente na área no
mesmo período ) x 100.000
Coeficiente de prevalência
(CP)



Exemplo: A cidade de Andorinha possui uma
população de 255.000 habitantes e no ano de
2013 apresentava 20.300 hipertensos;
CP = (20.300/255.000) x 100.000 = 0,079 x
100.000 = 7,960/100.000
A cada 100.000 habitantes, 7.960 são
hipertensos;
Coeficiente de prevalência
(CP)


O CP pode variar de acordo com o
tratamento: aumenta sobrevida /
aumenta CP; Cura / diminui CP;
A partir desse coeficiente, o gestor
pode planejar o quantitativo de
consultas, medicamentos, leitos etc.;
Expectativa de vida

A expectativa de vida ou esperança de
vida, se refere ao número médio de
anos que um indivíduo viverá a partir
do seu nascimento;
Expectativa de vida


Varia de acordo com a influência do
meio, da tecnologia desenvolvida para
os cuidados com a saúde e da melhora
das condições de vida;
Mede o grau de desenvolvimento
humano;
Expectativa de vida
ANO
Expectativa de vida (Brasil)
1980
62,6
2000
70,5
2005
71,9
Taxa de fecundidade



Corresponde ao número médio de filhos
por mulher em idade fértil, que, por
convenção (15 – 49 anos);
Fenômeno presente no Brasil
(urbanização / novo papel da mulher);
Menos dependentes = melhores
condições de vida;
Taxa de fecundidade

CF = ( Número de filhos nascidos vivos
de mães de determinada faixa etária
residentes em um área e ano /
População de mulheres de referida faixa
etária residentes nessa área e ano ) x
1000;
Taxa de fecundidade
UF
Taxa de fecundidade (filhos por mulher)
2010
Acre
2,95
Pará
2,50
Santa Catarina
1,71
São Paulo
1,66
Taxa de reposição populacional = 2,1 (9 estados acima e 18 abaixo)
Taxa de natalidade


Quantidade de crianças que nasceram
no país a cada 1000 habitantes em um
ano;
Maior no N e NE > menor acesso aos
serviços de saúde e educação;
Taxa de natalidade
UF
Taxa de natalidade - 2009
Roraima
28,7
Pará
18,8
Santa Catarina
12,5
Rio Grande do Sul
11,6
Taxa de natalidade do Brasil = 15,77/1000
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