CULTURA CORPORAL: DIÁLOGOS ENTRE A EDUCAÇÃO FÍSICA E O LAZER Autores: Marcos Garcia Neira Ricardo Ricci Uvinha INFORMAÇÕES SOBRE A OBRA Referencial teórico utilizado num projeto realizado entre 2005 e 2006 ( parceria USP e Secretaria Municipal de Educação de SP). Objetivos: Refletir sobre a cultura corporal da comunidade escolar quanto a esfera do lazer na atuação dos educadores; Levantamentos sobres as práticas e equipamentos de lazer existentes; Investigar e possivelmente agregar práticas recreativas, festivais e corporais que caracterizavam os alunos e alunas para o currículo da escola; INFORMAÇÕES SOBRE A OBRA Pressupostos teóricos: alicerçados no campo das Ciências Humanas nas teoria crítica e pós-crítica da Educação Concepção de Educação Física e lazer que ofereça a oportunidade do diálogo por meio do encontro de diversas culturas, proporcionando aproximação, experimentação, análise crítica e valorização das variadas formas de produção e expressão corporal presentes na sociedade. Em suma, a obra provoca o confronto de dois olhares sobre a cultura corporal: A educação Física e o lazer. DISCUSSÃO SOBRE O TERMO “CULTURA” Expressão “cultura corporal” “Eu trabalho com a cultura corporal” “Esse aluno tem uma boa cultura corporal” “Meu objetivo é ampliar a cultura corporal” O movimento é entendido como uma forma de comunicação com o mundo constituinte e construtora de cultura, mas também possibilitada por ela. (BRACHT,1997). MOVIMENTO CULTURA SIMBOLISMO EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO TERMO “CULTURA” Na França (final do século XVIII e Início do século XIX). Distinção intelectual de grupos humanos Estado intelectual avançado Na Alemanha: Distinção de nações. Na Inglaterra: Modo de produção que distingue as classes sociais. Século XX: processo de desenvolvimento intelectual, espiritual e estético, entendida como um modo de vida. EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO ESPORTE (NEIRA E NUNES,2007) Início: Mítico, sagrado; Idade Média: Unificação entre o social, a realidade e a fuga das mazelas cotidianas; Modernidade: Construção social da burguesia Industrial; Ressignificado pelas elites inglesas (estabelecimentos de códigos e regras); Ocupação para o tempo ocioso dos filhos da elite; Ao longo do século XIX e início do XX: Apropriado pelas as camadas populares e difundido por outros países pelos empreendedores capitalistas; Expressão Hegemônica da cultura Ocidental; Cultura em massa; CONCEPÇÃO DE CULTURA Cultura como um campo de luta em torno da significação social; Definição da Identidade Cultural Formação social, luta, poder, dominação, regulação e resistência; Jogo de poder; Construção social e histórica Toda ação social é cultural. Desconstrução cultural através de questionamentos; EX AÇÃO PEDAGÓGICA PAUTADA NO DEBATE CULTURAL Atuação da escola em busca de melhorias sociais; Consolidação de um processo de resistência à produção cultural e social; Luta para fazer valer representações de todas as classes e diminuir as injustiças sociais; Responsabilidade com a diversidade cultural; Evolução da função social da escola AÇÃO PEDAGÓGICA PAUTADA NO DEBATE CULTURAL Assumir uma ação política; Discussões de termos como cultura dominante e popular, hegemonia, classe e ideologia; Local apropriado de conhecimento, aproximação e valorização dos diferentes; Questionamento das relações de gêneros, idades, classes, habilidades motoras, etnias, orientações sexuais, relação família x escola; Denuncia a prática de “currículo de turistas”; A maior vítima: festa junina. Critica a hegemonia do “quarteto fantástico” Discussão sobres os valores embutidos nas práticas corporais; Valorização das diversas produções culturais no tempo e no espaço; CURRÍCULO Segundo Silva (1995, p. 196) “O currículo é a construção de nós mesmo como sujeitos” Impregnado pela ideologia e poder; Os professores de EF devem refletir sobre a sua prática e analisar as identidades que os currículos propostos constitui, atuando contra dominação hegemônica no jogo do poder cultural; Denuncia a prática escolar da EF como instrumento ideológico para a “educação do corpo”; Caráter funcionalista da EF; SOBRE QUAL CULTURA CORPORAL ESTAMOS FALANDO? Os autores defendem um uma prática em que as diferentes manifestações da cultura corporal como o jogo, esporte, danças, lutas, jogos, ginásticas entres outras, compreendendo os significados e sentidos aferido pelo contexto sócio-históricocultural. Portando o currículo da EF deve debater, analisar, discutir, estudar e tematizar as manifestações da cultura corporal sem discriminação; Leitura crítica da realidade; Interlocução democrática dos significados; Estabelecimento de relação dialética entre a produção e conhecimento cultural SOBRE QUAL CULTURA CORPORAL ESTAMOS FALANDO? É possível identificar em todas as manifestações corporais os gestos que expressam significados peculiares a determinada cultura e à sua época de criação, é importante ressaltar que todos os signos, sem exceção, são válidos, não existindo oposição binária entre o certo e errado em válido e o inválido. Será que isso é possível? Estamos nós preparados e dispostos para assumir tal compromisso? OBRIGADA! [email protected]