CRÍTICA E ALTERNATIVAS A palavra "Metodologia de Ensino" está voltada para a área de ensino e procura descrever os melhores métodos e técnicas para que o processo ensinoaprendizagem possam ser desenvolvidos com maior qualidade e motivação. Os principais métodos de ensino existentes atualmente no Brasil são o método Waldorf, baseado em Rudolf Steiner, o Construtivismo de Piaget, o Pragmatismo de Dewey, o método Montessoriano, com base nos ensinamentos de Maria Montessori e o método Tradicional ou Conteudista, pedagogia nos anos 60 e 70. que orientou nossa MÉTODO DE ENSINO X OBJETIVOS /CONTEÚDOS (JOHNSON, 1967; AUSUBEL, 1980 E NOVAK, 1981) OBJETIVOS + CONTEÚDOS + MÉTODOS RELACIONADOS INTIMAMENTE ( STENHOUSE, 1998) = O método de ensino que o professor emprega compõe a cultura da escola que está relacionada ao conceito de currículo e, como visto no capítulo 3, esse currículo inclui: organização dos tempos na escola, as atividades de ensino, os espaços de aula, os objetivos, as falas, os materiais didáticos, etc. Dessa forma, não nos parece clara essa relação necessária entre métodos, conteúdos e objetivos? Celante (2000) denuncia que, na Educação Física, os professores manifestam uma certa clareza a respeito dos conteúdos a serem ministrados, mas apresentam uma certa deficiência na justificativa dos objetivos a serem atingidos e nos métodos a serem utilizados. Isso implica na aparente valorização dos conteúdos de aprendizagem, mas justifica-se pela falta de clareza do currículo em todas as suas dimensões e necessariamente por se tratarem de CONTEUDISTAS. não É preciso que haja uma mediação metodológica que possibilite a aquisição dos conhecimentos, afinal, conteúdos e objetivos, sozinhos, não são capazes de assegurar a efetivação do processo educativo. De que maneira os diversos conhecimentos acerca da cultura corporal poderão ser trabalhados com os alunos de forma a proporcionar-lhes uma reflexão crítica e ampliação destes conhecimentos para a viabilização de uma vida pública com maior participação? De que forma os conteúdos da Educação Física escolar podem beneficiar os alunos, dando-lhes condições para decidir conscientemente em prol de uma sociedade mais justa? A partir das reflexões anteriores sobre os conceitos de cultura , cultura escolar, currículo e sobre as tendências críticas e pós-críticas da educação. As respostas baseiam-se nas pedagogias que valorizam o papel do professor como mediador entre o aluno e o mundo cultural, através de processos de reflexão sobre a vida cotidiana e transmissão e assimilação crítica dos conhecimentos no contexto da prática social coletiva que, por sua vez, implicam na transformação da natureza e da sociedade. O método dialético possui várias definições. Para alguns, ele consiste em um modo esquemático de explicação da realidade que se baseia em oposições e em choques entre situações diversas ou opostas. Diferentemente do método causal, no qual se estabelecem relações de causa e efeito entre os fatos. A radiação solar provoca a evaporação da água, esta contribui para a formação de nuvens, que, por sua vez, causa as chuvas. Já no modo dialético há a busca de elementos conflitantes entre dois ou mais fatos para explicar uma nova situação decorrente desse conflito. Libâneo (1996) apresenta o método dialético como um caminho possível para a compreensão dos vínculos entre a Educação e os processos concretos da sociedade. O autor cita Lefèbvre para ilustrar a relação existente entre teoria e prática a partir dessa lógica dialética apontada pelo filósofo francês. 1º MOMENTO: PRÁTICO 2º MOMENTO: SOCIAL 3º MOMENTO: HISTÓRICO A educação escolarizada deverá atuar dialeticamente com todos os aspectos do conhecimento, organizando o conhecimento histórico (patrimônio da humanidade), o conhecimento social (fruto da experiência de outros indivíduos ou grupos) e o prático ( fruto da experiência real do próprio grupo e da cultura escolar). Libâneo (1996, p. 140), “a didática, assim, deixa de ser apenas o domínio técnico-prático para constituir-se, também, num instrumento lógico-metodológico de leitura das situações pedagógicas concretas (isto é, enquanto prática histórico-social)”. O método sugerido para uma abordagem cultural da Educação Física não comporta, em sua rotina, os tradicionais elementos da pedagogia tecnicista: semanários ou cronogramas de aula. Motivo : Em questionamentos síntese, e a interesses proposta surgidos depende a partir dos da problematização dos temas por parte dos alunos, dos professores ou da comunidade escolar. Críticas à concepção de conhecimento aplicada na escola : alegoria dos “Jogos de Lego”, Dolz e Ollagnier (2004). Neira (2003,2004) explicita uma concepção de aprendizagem que se opõe ao princípio aditivo: deixa-se de ir do simples ao complexo, para colocar o aluno desde o primeiro momento diante de uma tarefa complexa, global e completa, em semelhança ao que acontece nas atividades autênticas da vida social. Ao contrário de um crescimento gradativo, o processo de ensino tem início com a aproximação intencional dos alunos da manifestação da cultura corporal no contexto da prática social. Joga-se a partir da prática social do jogo e dança-se a partir da prática social da dança, etc. Compreensão do patrimônio cultural pelos alunos = ofertar conhecimentos na sua formatação original = distribuição de unidades didáticas = aprofundamento do conhecimento sobre a prática corporal tematizada = ampliação da compreensão do fenômeno. PROBLEMATIZAÇÃO ( FREIRE, 1967) Ao invés de seguir um linha reta, que vai de um movimento a outro, de um esporte a outro, de um jogo a outro, propomos a progressão em curva, distanciando-nos gradualmente do tema para voltarmos a abordá-lo mais tarde, a partir de uma dimensão ou perspectiva distinta. Esta concepção metodológica independe do nível de ensino; a diversidade está nos recortes da cultura corporal, isto é, o jogo, o esporte, a dança, a ginástica e as lutas podem ser analisados a partir da cultura patrimonial, contemporânea ou científica, em diferentes esferas: familiar, local, regional, nacional ou internacional. Neste método, o aluno é visto como sujeito ativo, que usa sua experiência e seu conhecimento para resolver os problemas que surgem a todo instante. São esses problemas que determinam o conteúdo que deverá ser estudado/aprendido e, por meio deles, a sequenciação é vista em termos de níveis de abordagem e aprofundamento em relação às possibilidades de contato, ao uso e à análise dos educandos. Exemplo: “Jogo de Botão” para alunos da segunda série do ciclo inicial do Ensino Fundamental. Uma prática pedagógica a partir da experiência dos alunos traz mudanças significativas para o processo de ensinoaprendizagem, pois rompe com a educação transmissora de conceitos distantes e volta-se para uma construção de conhecimentos relacionados com o contexto em que são vivenciados. A teia de saberes necessários (conteúdos de aprendizagem) vai se constituindo à medida que os problemas são respondidos. Ou seja, na prática, duas turmas que partiram do mesmo ponto e do mesma tema poderão percorrer trajetórias de aprendizagem diferentes, conteúdos diversos. aprendendo portanto, É impossível homogeneizar os alunos, desconsiderar sua história de vida, seus modos de viver, suas experiências culturais e dar um caráter de neutralidade aos conteúdos, desvinculando-os do contexto sócio-histórico que os gerou. Nesta pedagogia, os alunos não entram em contato com os conteúdos da Educação Física a partir de conceitos abstratos e de modo teórico (frequência cardíaca, saúde, sistema 4-4-2), nem tampouco com movimentos ou exercícios descontextualizados (base quatro, sequências pedagógicas, jogar a bola e bater palmas enquanto ela cai, exercícios educativos, etc). Nesta mudança de perspectiva, os conteúdos deixam de ser um fim em si mesmos e passam a ser meios para ampliar a formação dos alunos e sua interação com a realidade de forma crítica e dinâmica. Rompe-se com a concepção de NEUTRALIDADE dos conteúdos, eles passam a ganhar significados diversos, a partir das experiências sociais dos alunos. Os autores apresentam uma perspectiva multicultural da educação física, a partir de alguns encaminhamentos sugeridos através de experiências vividas. Coleta de informações sobre o patrimônio da cultura corporal da comunidade = pesquisa de campo Diálogo com a comunidade, com colegas de trabalho que residam no bairro ou direto com os alunos. Quais as práticas e os artefatos relativos à cultura corporal existentes ou produzidos no bairro? Como e onde são realizadas? Quem participa dessas práticas? Como e em quais espaços? Outras questões sobre as manifestações que os alunos conhecem/praticam ou já praticaram, bem como seus familiares e pessoas próximas. Os autores apresentam alguns exemplos dos encaminhamentos metodológicos sugeridos, apresentando materiais específicos, são eles: - 1 modelo de instrumento utilizado para reconhecer o patrimônio cultural sobre as manifestações corporais disponíveis na comunidade escolar durante a pesquisa de campo; - 1 plano de ensino elaborado a partir da coleta de dados da comunidade, utilizado no trabalho de campo; - 1 exemplo de registro elaborado durante o trabalho de campo; - 1 exemplo de avaliação inicial utilizado no trabalho de campo; - 1 exemplo de instrumento para coleta de informações que comporão a Avaliação Reguladora utilizado durante o trabalho de campo; - 1 exemplo de instrumento para coleta de informações para a Avaliação Final utilizado durante o trabalho de campo. Com o mapeamento realizado, os professores da escola terão condições de organizar o currículo focalizando algumas temáticas da cultura corporal e assim, determinar o que será estudado na Educação Infantil, Fundamental, no no Ciclo Ciclo Inicial Final do do Ensino Ensino Fundamental, no Ensino Médio ou na Educação de Jovens e Adultos. Espaço escolar disponível (estruturais: sala de informática, biblioteca, sala de vídeo); Forma de organização e administração; Procedimentos organizacionais; Fatos que contribuem para descaracterizar o processo educativo (representações de recreação ao invés de atividades didáticas). Para atendê-los é necessário analisar determinados aspectos da manifestação que será problematizada como: o que é necessário para usufruir dessa manifestação da cultura corporal? É possível extrair “elementos educativos” e articulá-los com o Projeto Político Pedagógico? Quais modificações devem ser implementadas a fim de ressignificar as manifestações da cultura corporal? De que forma? Onde podemos vivenciar esta prática corporal? Como? Os aspectos que deverão permear as propostas de atividades de ensino após a reflexão anterior são: diálogo, interação coletiva, reorganização, discussão de outras possibilidades e interpretação de cada uma das ações. Valorizar as diversas formas de expressar determinada manifestação cultural e explorar tal diversidade com base no repertório coletivo da linguagem corporal. - Planejamento e replanejamento das diversas etapas de trabalho; - Pode (deve) ser realizado junto com os alunos, sempre que algo novo surgir ou caso haja a perda de foco, fazendo com que se tenha que retornar a temática inicial; - Importância de se eleger tópicos para pesquisas, vivência de práticas corporais, passeios, visitas, textos, músicas, pinturas, pessoas de fora que possam vir a colaborar e socialização do conhecimento com outros integrantes. O trabalho sugerido pelos autores apresenta uma imprevisibilidade temporal, isto é, não há como estabelecer previamente a sua duração (um bimestre, trimestre ou semestre); A duração do trabalho dependerá do Projeto Político- pedagógico da escola e dos encaminhamentos e problematizações durante as aulas A proposta de trabalho deve estar articulada diretamente com as intenções explícitas no Projeto Político-pedagógico da escola; Analisa-se os objetivos de ensino apresentados no documento e atrela-se a isso discussões com os demais professores responsáveis pelas demais áreas do currículo; Para ampliar e aprofundar os temas, pode-se programar trabalhos colaborativos com os colegas A vivência de cada prática da cultura corporal dar-se-á com o devido cuidado na distribuição equilibrada ao longo do ano letivo conforme a característica cultural da manifestação: jogos de meninos ou de meninas, atividades rítmicas, cantigas de roda, modalidades esportivas populares ou não, danças de diversos grupos sociais, materiais didáticos de origens diversas, etc., desde que sejam estudados e vivenciados de maneira problematizada. Desde o momento em que se pesquisa os conhecimentos do grupo de alunos a respeito da manifestação escolhida até o ponto em que este grupo experimenta, vivencia e reflete sobre as atividades, o DIÁLOGO é o elemento que rege esse processo do começo ao fim. OBSERVAÇÃO e DIÁLOGO caminham lado a lado nesse tipo de trabalho sugerido pelos autores (as “perguntas sugestivas” aparecem a todo momento no livro) As intervenções estimulam o grupo a se posicionar, a expor suas ideias e seus pontos de vista e rever suas atitudes; A mediação que o professor faz colabora com a construção da autonomia para a participação coletiva, ou seja, com o passar do tempo, o questionamento do professor quase não será necessário. RESULTADO: RESSIGNIFICAÇÃO A criação de um espaço democrático para os alunos exporem suas opiniões contraditórias; A criação de um espaço onde se permite a diversidade de ideias; Desconstrução da opressão e da resistência no espaço escolar; Luta contra a inadequação de algumas formas e conhecimentos das práticas da cultura corporal inseridas na escola O professor deverá se manter ainda “mais” informado, já que as inúmeras possibilidades de manifestações da cultura corporal que serão trazidas pelos alunos, exigirão mais dele. SUGESTÕES: Internet, revistas, livros, relatos pessoais por meio de entrevistas, programas de televisão, documentários, pessoas e/ou profissionais diretamente relacionados ao tema, etc. Exemplo da “Ciranda” numa escola publica municipal; Exemplo da “Funcionária da Cozinha” e suas músicas para pular corda numa escola privada; Exemplo do “Jogo de Malha” IMPORTÂNCIA: atividades como essa (pesquisa e entrevista com os membros da comunidade) são muito importantes, pois representa o currículo multicultural, dando voz aos representantes do conhecimento naquela comunidade. A prática pedagógica adotada não se vincula a um conhecimento prévio do professor, inversamente, a dinâmica permite a ampliação dos conhecimentos do professor e dos alunos. Exemplo do Futebol Americano apresentado ao sexto ano do Ensino Fundamental; É muito importante que os alunos tenham acesso a produtos culturais específicos sobre os temas abordados (o universo de conhecimentos transpõe o muro da escola, os limites do bairro ou da região); Importante fazem com que passem pela etapa de AMPLIAÇÃO; Elaboração de um produto final (apresentação, exposição, livro, etc.) Mesmo que a temática utilizada faça apologia a atividades não recomendadas pela escola ou apresentem caráter distorcidos de outras realidades, ainda assim, o professor deve achar um meio de trabalhar com o tema. Esse elemento poderá ser gerador de debate ou até mesmo uma forma de se rever valores da cultura escolar ou dos alunos. Não há, na abordagem cultural, uma questão fechada sobre qualquer assunto. 1) Avaliação diagnóstica (materiais didáticos 3 e 4); 2) Avaliação reguladora (material didático 5); 3) Avaliação final (material didático 6) Nesta concepção de avaliação, o professor recolhe elementos para refletir sobre sua prática pedagógica. IMPORTANTE: para que esse processo se realize com sucesso, é necessário que o professor adquira e mantenha o hábito de manter registros constantes das suas observações durante as aulas. DIÁRIO DE CAMPO PEDAGOGIA DA CULTURA CORPORAL = CONCEITOS DE CULTURA, CURRÍCULO E MÉTODO MAIS RIGOROSOS DO QUE AQUELES TRADICIONALMENTE CONTEMPLADOS PELO SENSO COMUM. Para compreender a Educação Física sob esse aspecto (prática escolar como espaço de luta e meio de atualização histórico-cultural), os autores abordaram alguns conceitos essenciais que fortaleceram e embasaram a proposta apresentada. Tais conceitos foram: - CULTURA - EDUCAÇÃO - CURRÍCULO Cultura: tudo aquilo que o homem produz em termos de valores, conhecimentos, objetos, crenças, tecnologias, costumes, arte, ciência, práticas corporais, ou seja, tudo que o homem cria para produzir-se historicamente e da luta para validar suas produções. Educação: mediação pela qual se processa a formação integral do homem em sua dimensão histórica, tendo ainda presentes as dimensões individual e social para considerar a prática escolar da Educação Física atrelada a essa visão educacional. Refere-se à própria formação da subjetividade e identidade do educando pela reflexão sobre sua cultura e a cultura dos outros disponibilizada na escola, de modo a propiciar-lhe a realização de seu bem-estar pelo usufruto dos bens sociais e culturais que devem ser ofertados aos cidadãos de uma sociedade democrática. Refere-se à produção do supérfluo, ou seja, aquilo que transcende a necessidade natural e se apresenta como desejável pelo homem em sua postura ética de não indiferença com relação ao mundo em que se encontra. Essa produção do supérfluo imprime sua dimensão histórica, possibilitando a criação e acumulação da cultura e a transformação e enriquecimento constantes do mundo em que vive. Deriva da condição de pluralidade do homem como ser histórico. Não se trata apenas de educar para o bem viver individual, mas para que o indivíduo possa contribuir para o bem viver de todos. A dimensão social da educação deve referir-se obrigatoriamente à formação para a democracia. Não basta introduzir determinadas práticas ou agregar conteúdos ( introduzir jogos, brincadeiras, lutas, esportes, etc.); É necessária uma releitura da própria visão de Educação; É preciso extinguir o caráter monocultural presente nas propostas curriculares da Educação Física. QUESTIONAR DESNATURALIZAR DESESTABILIZAR RESULTADO: REINVENÇÃO DA EDUCAÇÃO FÍSICA CULTURA DA Ao reconhecer o conhecimento que a criança, o jovem e o adulto trazem quando entram na escola, o professor os legitima como sujeitos de conhecimento, sujeitos capazes, capacidade revelada e reconhecida, mas também capacidade potencial para se apropriar e socializar novos conhecimentos que a escola pode oferecer. A articulação da cultura corporal da família, da rua, da televisão, da igreja, do parque, da academia com a cultura dos educadores e agentes escolares, viabiliza a importância de que todos se apropriem da cultura de forma geral como um meio de obter uma participação social mais justa e plena. O professor comprometido mostrará como os homens e mulheres construíram historicamente sua cultura corporal, que, por ser resultados de sua ação, o acesso a ela é direito de todos e à escola cabe a função de socializá-la. CONHECIMENTO = parte da luta pelo poder e, portanto, é preciso lutar pela garantia de acesso e apropriação como parte da luta pela democratização da sociedade e pela sua própria emancipação. Incorporar os conhecimentos da cultura corporal que os alunos já dominam; Incorporar a cultura corporal de origem do aluno, buscando novas fontes de informação, em sua comunidade e na literatura referente ao tema. IMPORTÂNCIA : Essa é a via para a construção de sua personalidade e reconstrução de sua identidade cultural. Ao incorporar o universo vivencial dos alunos à pedagogia da Educação Física, o professor também aprenderá atualizando seus próprios conhecimentos. Exemplo: o conceito de desenvolvimento humano, por exemplo, quase sempre se mostra descolado das condições históricas e sociais. Crianças da periferia de Osasco X crianças de classe média, suíças e estadunidenses (Garcia, 1995) A obra em questão adotou uma concepção de prática escolar como espaço de luta, como meio de atualização histórico-cultural, ou seja, como local de apropriação da cultura com vistas à formação do homem histórico. Absurdo seria que, após todas as reflexões apresentadas no texto, professores e futuros professores ainda compartilhassem da “pobre ideia” de que a Educação Física nada mais é do que um componente curricular que formata e modifica os corpos dos alunos.