A Evolução das Tarifas de Energia Elétrica I Situação Atual II Tarifa no ACR III Formação de Preços no ACL IV Causas – Conjunturais e Estruturais IV Conclusões I Situação Atual II Tarifa no ACR III Formação de Preços no ACL IV Causas – Conjunturais e Estruturais IV Conclusões Situação Atual A situação atual do setor apresenta algumas características singulares ao momento: O nível dos reservatórios está mais baixo em 2015 se comparado com 2014 Existem mais térmicas em 2015, mas a carga aumentou - A demanda líquida para as hidrelétricas é ainda maior do que em 2001 As térmicas continuam operando no seu máximo A carga do sistema não apresenta o crescimento previsto no início do ano CONCLUSÃO – As variáveis indicavam um cenário de crise, que foi amenizado pela redução do crescimento da carga I Situação Atual II Tarifa no ACR III Formação de Preços no ACL IV Causas – Conjunturais e Estruturais IV Conclusões Evolução nas Tarifas no Mercado Regulado até 2015 2012 - 2015: CRISE ENERGÉTICA Após a redução de 20% nas tarifas do ACR, houve uma série de aumentos Valor da Crise Energética já ultrapassou os R$ 100 bilhões Em 2015 até Maio, tarifa do mercado regulado aumentou cerca de 49% para clientes de média tensão frente a 2014 De 2013 até 2015, Tarifa Regulada aumentou cerca de 80%! 100% 80.8% 80% 60% 49.5% 31.5% 40% 20.9% 20% 4.8% 0% -20% -19.7% -40% Lei 12.783/2013 Renovação das Concessões - Geração 2013 / 2013 Lei 12.783 2014/2013 2015/2014 2015 + Bandeira/2014 2015/2013 Consequências Diretas ao Mercado Custo de produção de energia superior a 1.200 R$/MWh Curto Prazo Impacto direto e severo nas tarifas Despacho térmico no limite Médio e Longo Prazo Expectativa da situação de se estender por mais de 1 ano Afeta estruturalmente o setor aumento do CME para o longo prazo Mercado Regulado Aumento realizado na tarifa não inclui custos adicionais de maio de 2015 em diante Forte retração na economia e possível folga no balanço de oferta e demanda GSF Novos empréstimos Novas cotas Despacho térmico prolongado Elevação do CME Insuficiência das bandeiras tarifárias Indenizações ... Os reajustes nas tarifas do ACR devem continuar altos..! Tarifa Média de Energia 2015 Consumidores 600 R$/MWh 500 400 300 200 100 488 459 481 112 75 55 82 55 77 76 55 78 55 78 55 226 243 251 236 BRASIL CEMIG CPFL PA CEMAT 454 478 98 98 423 422 401 401 151 123 33 55 39 55 89 30 55 108 33 55 220 183 205 228 204 ENERSUL COELBA CELPE COELCE COSERN 135 0 Tarifa de Energia - T.E. Encargos Setoriais Bandeira Tarifária Vermelha TUSD - Fio TARIFA MÉDIA DE ENERGIA DAS PRINCIPAIS DISTRIBUIDORAS Reajustadas NO 1º. SEMESTRE DE 2015: Tarifa sem PIS/COFINS E ICMS ( Pis/Cofins = até 9,25% e ICMS de = 18% a 30% ) Perfil A4 Azul Consumidores do Nordeste não sofrem impacto da tarifa de Itaipu Consumidores do Nordeste pagam por apenas cerca de 23% do custo total da CDE, sendo o restante custeado pelas tarifas do Sudeste ! I Situação Atual II Tarifa no ACR III Formação de Preços no ACL IV Causas – Conjunturais e Estruturais IV Conclusões Estimativa de Preço Futuro no ACL ESTIMATIVAS DEPENDEM DO PONTO DE PARTIDA DEFINITIVAMENTE NÃO É UM MERCADO PARA SE POSICIONAR AS VÉSPERAS DO VENCIMENTO DE CONTATOS Curto Prazo Armazenamento SIN 100% 80% 60% 40% 20% 0% janeiro 2014 fevereiro março 2015 abril maio Previsão ONS 2015 junho julho agosto Máx 2003 a 2013 setembro outubro Mín 2003 a 2013 novembro dezembro Racionamento 2001 Fonte: ONS Curto Prazo PLD Projeção PLD – jun/15 R$/MWh Thymos 400 350 Oficial Forte impacto da redução da carga. No entanto, PLD continua em patamares altos 300 250 200 150 100 50 Dec-19 Sep-19 Jun-19 Mar-19 Dec-18 Sep-18 Jun-18 Mar-18 Dec-17 Sep-17 Jun-17 Mar-17 Dec-16 Sep-16 Jun-16 Mar-16 Dec-15 Sep-15 Jun-15 0 Fonte: CCEE Médio Prazo Evolução do ACL MW médio 16,000 15,000 14,213 14,844 15,442 16,051 10,000 15,342 6,000 14,000 13,000 12,000 11,000 1,403 8,000 1,646 2,285 2,579 2,756 4,000 2,000 10,000 Dec-10 Dec-11 Dec-12 Dec-13 Dec-14 Em 2014: Aumento de 6,9% no número de consumidores Queda de -4,4% no consumo (MW médios) Retração do consumo é reflexo da queda da atividade industrial em 2014 e 2015 No. de Consumidores 17,000 Médio Prazo Contratos no ACL EM JANEIRO DE 2015 foram negociados 6.670 CONTRATOS no ACL: 58% do volume de contratos está NO LONGO PRAZO ( acima de 4 anos) 19% do volume de contratos está NO MÉDIO PRAZO ( de 2 anos até 4 anos) 23% do volume de contratos está NO CURTO PRAZO (até 1 ano) 0% 1% 1 mês 15% 2 a 5 meses 7% 58% 19% 6 meses a 1 ano Brasil: Contratos transacionados de 2 a 3 vezes antes de fechar Mercados Maduros: Contrato gira de 7 a 10 vezes acima de 1 até 2 anos acima de 2 até 4 anos acima de 4 anos Ampliação do mercado é crucial! Longo Prazo Custo Marginal de Expansão (CME) Definição: O CME representa o custo de expansão do sistema de geração de modo que a demanda seja atendida sem que haja diferença entre construir novo empreendimento ou operar o sistema Tendência de aumento do CME no longo prazo Dólar • Depreciação do real eleva custos de importação de equipamentos de geração • Elevação do preço de equilíbrio Térmicas • Necessidade de inserção de mais térmicas no sistema por segurança do sistema • Energia térmica é mais cara Financiamento • BNDES reduziu financiamento • Taxas fora do BNDES são muito mais altas Projeção de Preços Energia Convencional 2016 máx R$/MWh 350 310 310 270 Jan-15 Feb-15 330 290 Mar-15 2018 máx R$/MWh 2016 mín 300 300 260 260 Apr-15 2017 máx R$/MWh May-15 2017 mín 215 230 235 230 235 175 190 195 190 195 Jan-15 Feb-15 Mar-15 Apr-15 May-15 2018 mín 195 197 200 200 205 155 157 160 160 165 Jan-15 Feb-15 Mar-15 Apr-15 May-15 Preços no mercado livre continuam em um patamar elevado, mas podem representar oportunidade para a indústria Oportunidades Preços altamente influenciados pelo risco de mercado e escassez de contratos 2015 2016 Maior estabilidade no mercado 2017 Oportunidades Preços altos no mercado cativo sustentarão viabilidade no ACL no longo prazo Potencial expansão do ACL Crescimento e padronização do mercado Desafios Necessidade de ampliação do mercado Regras favorecem ACR (ex: cotas) Financiamento I Situação Atual II Tarifa no ACR III Formação de Preços no ACL IV Causas – Conjunturais e Estruturais IV Conclusões Por que Chegamos nesta Situação ? A situação de crise atual sugere que a origem sejam causas conjunturais – condição hidrológica muito desfavorável ! Analisando a hidrologia desde 2012 esta conclusão não é tão óbvia ENA 2014 2013 2012 SE 6 ª pior 45 ª pior 29 ª pior Observação - 84 anos do histórico de afluências SIN 10 ª pior 42 ª pior 23 ª pior Por que Chegamos nesta Situação ? Uso exagerado do estoque armazenado e aposta na chuva da próxima estação Reservatório (%) - SIN 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% Reservatórios baixando mesmo com térmicas no máximo Parece que não é só conjuntural Desbalanço Estrutural Atraso de obras de geração e transmissão prejudicaram a oferta bruta O processo de revisão das garantias físicas previsto para 2014 foi adiado para o final de 2015 A operação dos reservatórios nos modelos computacionais e na vida real tem apresentado grandes divergências Falta de aderência entre o planejado (EPE) e o realizado (leilões) Fragilidade do sistema pela redução da capacidade de armazenamento nos reservatórios – segurança da matriz deve ser revisitada A expansão dedicada para o mercado livre (27% do total) ainda não é uma realidade Atrasos Recorrentes Atrasos na oferta são significativos em volume e prazo Em Construção Atraso Atraso médio (meses) Geração 36.076 MW 64% 8,5 Transmissão 27.388 km 71% 13,5 40.360 MWA 74% 8 Empreendimentos Transformação Dificuldades no licenciamento ambiental agravam os atrasos ‐ 35% da oferta de geração até 2020 (41 GW) possuem restrições ambientais ‐ 9 GW com restrições (amarela) ‐ 5 GW sem previsão (vermelha) Fonte: Conjunto das Associações - FASE – Tabela elaborada com informações da ata da 137ª Reunião do CMSE Desacoplamento da Operação Programada e Real O uso dos reservatórios na operação real tem sido maior do que é previsto na programação do ONS ‐ Possíveis causas dados não atualizados dos conjunto turbina-gerador, capacidade real de armazenamento dos reservatórios, e usos múltiplos da águas, principalmente irrigação Desempenho da operação do sistema fica cada vez mais frágil 90% 70% 50% RESERVATÓRIO SIN 2012 30% 10% 1ºJAN JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ Desacoplamento do Planejado e a Realidade A expansão do sistema é dominada pelos leilões públicos e não é aderente com a necessidade planejada A concorrência privilegia apenas a modicidade tarifária e não leva em conta a segurança do sistema ‐ Nos últimos A-5 finalmente entraram térmicas de base (carvão e gás natural ciclo combinado) com o aumento do preço teto acima de R$ 200/MWh O planejado pela EPE para 2013 nos PDEs e o que foi efetivamente realizado Fonte: Conjunto das Associações - FASE I Situação Atual II Tarifa no ACR III Formação de Preços no ACL IV Causas – Conjunturais e Estruturais IV Conclusões Conclusões ACR: As tarifas no mercado cativo vem apresentando considerável aumento recentemente Tarifa das distribuidoras do nordeste não sofreram impacto de Itaipu, que aumentou por conta da variação cambial e GSF ACL: No período de 2 anos o mercado livre ainda sente impacto direto da crise atual ACL: A migração para o ACL no longo prazo pode ser interessante por conta da elevação do CME