SEPROC NA LINHA No início da década de 60, surgem na ACL dois serviços de protegão ao comércio - um perene e que chegou a ser o mais eficiente do pais, o Seproc. Outro, de efêmera duração - o Seproem (Serviço de Proteção ao Empregador), face a "avalanche de reclamações trabalhistas" na recém-instalada Junta de Conciliação e Julgamento, em parte estimuladas pela "fúria de maus elementos, de falsos demagogos (sic) e de pretensos ifderes trabalhistas, enfim dos perigosos agitadores profissionais de massas. Estes na generalidade, ilaqueando a boa fé dos menos esclarecidos, procuram incompatibilitar o capital com o trabalho" - conforme nota do diretor Hernani Leite Mendes. ACIL - teno S e d ~ Foi na gestão de Francisco Pereira de Almeida J h i o r que Edilio ~ ' h v i l aapresentou, em lg de junho de 1960, o estatuto e o regimento interno do Serviço de Proteção ao Crédito - Seproc -,que viria dar maior segurança nas vendas a prazo, antes sujeitas a demoradas consultas sobre cadastros dos compradores. Em agosto, o serviço tinha os primeiros Miados: Sociedade Comércio de Café Paranaense (Socafé), Ernesto de Azevedo Souza Filho, Madison S.A. Importação e Comércio, Casas Blanc, Viotti & Fonseca Ltda., Móveis Baldan Ltda., Pegoraro & Cia., Manoel Castello Branco & Filhos, Lojas Líder - Comércio e Indústria Ltda., A.Puilieiro & Cia., Senp S.A. e Irmãos Nakatsukasa. Sucedendo a Aimeida Jtinior na presidência, Edílio continuou a organizar o Seproc, aprimorado constantemente pelos sucessores. A telefonia automática contribuiu para torng-10 ágil. Em 1968, a ACL já estava com três linhas e, sem Gnus, ia ser ligada mais uma. O secretário executivo, Benno Kniebel, havia comprado telefone para seu uso, mas sem local próprio para instalar deixaria na AGL por tempo indeterminado. Naquele mesmo ano, em julho, foi permitido a Hermes Macedo S.A. ter linha direta com o Seproc, exclusiva para suas consultas, face ao congestionamento da- quela desiinada a todos os usuários. Na gestão de Olavo Garcia Ferreira, em 1976, amplia-se a regulamenragão e o s m i ~ passa o a ser administradopor conselho deberativo não remunerado integmdo exclusivamente por crediaristas, cujo mandato coincide com o da diretoria da ACL. Evoluindo de acordo som a procura, em 1981 o Seproc londrinense fornece 958.078 informações, situando-se entre os 12 maiores do p& e obtendo o primeiro lugar em eficihcia. Em volume de informações, Ecou em 10Q lugar; e o criterio para eficiência levou em conta o número de funcionários - apenas 27. Segundo classificado, o de Fortaleza tinha 30 funcionários para 1 milbão 2 mil 754 informações; em sétimo lugar, o de Cuririba empregou i7 fiincionários para 2 milhões 44 mil 152. Oitavo em eficiência e maior do país naquele ano, o de São Paulo forneceu 7 muhoa 284 mil 783 informações empregando 342 funcionarios, maior número enwe todos. Operando ainda manualmente, em 1986 o Seproc da ACL passa de 1 rniihão 200 mil informqaes, com 32 funcionários, sendo o mais eficiente do país, só perdendo para os sistemas computadsriaados, segundo esta&&a do Cenrro de Atendimento aos Serviços de Protege ao Crédito. No ano seguinte, no balanço da sua gestiio, Igarassu Louzada relaciona a instalacão do Infocheque, o "telefone azul" ligado por computadar diretamente ao Banco Centrai para consultas sobre cheques emitidos. A eficiência com o avanço da informatização tem sido constante (ler mais em outros capítulos). O outro Serviço, o de Proteção ao Empregador Seproem -, n2o deixou "rastros" duradouros na Acil. A sua criação foi dada a conhecer em maio de 1963 por Hernani Leite Mendes, no Jornal do Comércio, com a ressalva de que também existiam os "maus empregadores obstinados exploradores do material humano", motivando justas reclamações na Junta de Conciliação e Julgamento. Aparentemente uma iniciativa antipática e prejudicial aos interesses dos empregados, o Seproem tinha a fuialidade de "colocar a salvo" das ações precipitadas pelo menos uma parcela da classe patronal e preservar o bom trabalhador mantendo a sua ficha cadastra1 "sempre pura", servindo de valiosa credencial a novo cargo que eventualmente pleiteasse em outra empresa. "O Seproem tarnbém não terá as suas portas cerradas ao bom empregado vítima da maldade do péssimo patrão." CENTRO I#)COMÉRCIO DE - Por sugestão de Francisco Sciarra e Saulo do Val Esteves de Almeida, o Centro do Comércio de Café do Norte do Paraná seria departamento da Associação Comercial de Londrina. Com o respaldo da ACL forma-se o fundo para o Centro. Reformulada a proposta, é criado autônomo e, em reunião na ACL, a 3 de julho de 1960, elege a diretoria provisória: Olympio Nogueira Monteiro - presidente; Hany Prochet - vice-presidente; Francisco Sciarra - 1" secretário; Ermelino Nonino - z9 secretário; Ernesto Paulo Aranha - lQ tesoureiro; Arlindo Codato - 2Q tesoureiro. Departamentos: de Armazéns Gerais - Olavo Ferreira do Amaral; Maquinistas - Sílvio Sanquares de Olliveira; Transportadoras - Cyro Toledo Fagundes; Bancos - Nelson Forattini; Comércio - Olavo Garcia Ferreira; Produtores HermínioVictorelli; Corretores - Antônio Carlos Monteiro Júnior. Da assembléia de fundação participou o presidente do Centro de Comércio de Paranaguá,José de Sant'hm Lobo Neto. JUNTA COMERQAI. - Inaugurado, na sede da ACL, o escritório da Junta Comercial do Paraná, com a presença do secretário do interior e Justiça, Affonso Alves de Camargo. O presidente da ACL, Lizandro de Almeida Ara- újo, afirma que o escritório era antiga aspiração da indústria e do comércio da região. Após agradecer ao governo estadual e à Junta Comercial, ressalvou que a ACL se sentia no direito de continuar a exigir democraticamente melhoramentos, sempre que necess&rios.~unho/63) - AG~NCIADO BANESPA Adiantados os entendimentos para Lcrridrllia ter uma agência do Banco do Fstado de S. Paulo (Banespa), informa o presidente da ACL, Lizandro de Almeida Araújo. O governador Adhemar de Barros m a n t h o compromisso de instalar a agência desde que a ACL consiga autorizaç50 do Ministerio da Fazenda. Lizandro justifica o Banespa pelo grande volume de transagôes entre a região e a capital paulista e por ser o banco um dos que mais financiam a produção. (Maio/G% - PORTO SECO O diretor do Departamento de Comércio Exterior da ACL, Arnadeo Marcucci, fará consultas na região e no sul do Estado de São Paulo para saber se 6 possível concentrar no Aeroporto de Londrina cargas condizentes com uma alfândega (porto seco), que favoreceria as exportaç6es. 'A disposição dos empresários, o Departamento mantém malote direto com o Ministério das Relações Exteriores 2s segundas e quartas feiras. (Maio/ 83) CUIDADO COM O JORNAI.- O Sr. presidente (Kentaro Takahara) sugere que se mantenha o Jornal do Comércio sempre sob estreita observância para se evitar eventuais e possíveis excessos por conta dos ideais individuais dos jornaiistas. (Dezembro/1979)