Avaliação da Esclerostina Sérica em Mulheres na Pós- Menopausa e DM2 PIMENTEL, L.B.; GRIZ, L.H.; SALGADO, C.; MACHADO, V.C.; BANDEIRA, F. UED/HAM - Divisão de Endocrinologia, Diabetes e Doenças Ósseas, Hospital Agamenon Magalhães, MS/SES/UPE, Recife Pernambuco, Brasil www.ued-ham.org.br INTRODUÇÃO A via de sinalização Wnt/β-catenina regula a transcrição gênica de proteínas importantes para o funcionamento do osteoblasto. O estudo dessa via levou à descoberta posterior de inibidores da sinalização Wnt secretados pelos osteócitos. Esses incluem esclerostina (SCL) e a proteína Dickkopf 1 (DKK1), que bloqueiam a ligação de Wnt à proteína 5 relacionada a receptor de lipoproteína (LDL-5), inibindo, portanto, a estimulação osteoblástica. Dados preliminares na literatura sugerem que pacientes com DM2 tem níveis mais altos de esclerostina comparado com grupo controle, com maior risco de fratura, apesar de maior densidade mineral óssea. MATERIAL E MÉTODOS O objetivo desse estudo foi avaliar em uma população de mulheres diabéticas e menopausadas a variação dos níveis séricos de esclerostina a fim de correlacionar com as variáveis numéricas: faixa etária, tempo de diabetes mellitus, HAS, dislipidemia, IMC e circunferência abdominal. RESULTADOS O estudo considerou níveis elevados de SCL acima de 29 pmol/L ou 660 pg/mL. Foram avaliadas 57 pacientes diabéticas e menopausadas no total, onde dos 22 com até 59 anos, 10 (45,5%) apresentavam elevação dos níveis séricos de esclerostina e das 35 pacientes com 60 anos ou mais, 17 (48,6%) mantinham essa elevação. 51 pacientes eram hipertensas, com 23 (45,5%) com elevação da SCL. 34 com dislipidemia, onde 16 (47,1%) mantinham SCL alta. Das 33 pacientes com menos de 10 anos de DM2, 14 (42,4%) e das 24 pacientes com mais de 10 anos de doença, 13 (54,2%) apresentaram elevação da SCL. Quanto ao IMC, as pacientes com sobrepeso foram as que apresentaram maiores valores de SCL (52,6%). Aquelas com circunferência abdominal acima de 80 cm, 45,5% estavam com níveis séricos altos. CONCLUSÃO Nossos dados demonstram elevação da esclerostina sérica na maioria das mulheres com DM2 mennopausadas. Esse achado pode ter aplicação no entendimento das complicações da doença óssea no DM2.