Profa.: Luciene 8º P. Enfermagem Ao final do conteúdo o aluno será capaz de: Definir e compreender o que é gestão de qualidade em saúde. Conceituar, conhecer e identificar os 04 passos do ciclo PDCA. Conhecer e conceituar ONA. Compreender e identificar os níveis de acreditação hospitalar e os passos para alcança-los. Qualidade, palavra chave muito difundida nas empresas: fácil de falar e difícil de fazer. Forma de gerenciamento, que quando implantada, virá melhorar de modo contínuo o desempenho organizacional. CHIAVENATO - É o atendimento das necessidades do cliente. GIL – Eficácia no atendimento ao consumidor na satisfação de seus anseios e desejos de consumo. MAXIMIANO – Significa o melhor que se pode fazer, o padrão mais elevado de desempenho. Envolve toda a equipe de trabalho; Estabelece ações a longo prazo acompanhadas passo a passo e as mudanças são gradativas; Focaliza as pessoas como o mais importante; Demanda comprometimento, disciplina e um esforço crescente; A qualidade dos produtos é melhorada e os custos são reduzidos; Ausência de erros; Satisfação do cliente; Aumento na autonomia dos trabalhadores. É uma ferramenta de qualidade que facilita a tomada de decisões visando garantir o alcance das metas necessárias à sobrevivência dos estabelecimentos, e embora simples, representa um avanço sem limites para o planejamento eficaz. A sigla é formada pelas iniciais: P, de Plan: Planejar – Estabelecer os objetivos e processos necessários para fornecer resultados de acordo com os requisitos e políticas prédeterminados D, de DO: Fazer, executar - implantar as ações necessárias. C, de CheCk: Checar, verificar – Monotorar e medir os processos e produtos em relação às políticas, aos objetivos e aos requisitos estabelecidos e relatar os resultados. A, de ACT: Agir – Executar as ações para promover continuamente a melhoria dos processos. 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. O planejamento começa pela análise do processo; Levantamento dos dados; Elaboração do fluxo do processo; Identificação dos itens de controle; Elaboração de uma análise de causa e efeito; Colocação dos dados sobre os itens de controle; Análise dos dados; Estabelecimento dos objetivos. A partir daí, é possível iniciar a elaboração de procedimentos que garantirão a execução dos processos de forma eficiente e eficaz. Nesta fase, colocam-se em prática o que os procedimentos determinam, mas para alcançar sucesso, é preciso que as pessoas envolvidas sejam competentes. O treinamento vai habilitá-las a executar as atividades com eficácia. No contexto da melhoria da qualidade do atendimento, esses treinamentos podem acontecer em sessões grupais, ou no próprio posto de trabalho, ou seja, no local onde a atividade ou tarefa acontece. É nesta fase que se verifica se os procedimentos foram claramente entendidos, se estão sendo corretamente executados e se a demonstração foi claramente abstraída. Esta verificação deve ser contínua e pode ser efetuada, tanto a través de sua observação, quanto a través do monitoramento dos índices de qualidade e produtividade. As auditorias internas de qualidade também são uma excelente ferramenta de verificação. Se durante a checagem ou verificação for encontrada alguma anormalidade, este será o momento de agir corretamente, Atacando as causas que impediram que o procedimento fosse executado conforme planejado. Assim que elas forem localizadas, as contramedidas deverão ser adotadas, isto é, as ações que vão evitar que o erro ocorra novamente. Em alguns casos, essas medidas podem virar normas, novos procedimentos, padrões,etc. O Ministério da Saúde definiu Qualidade nos Serviços de Saúde, como: Alto nível de excelência profissional; Uso eficiente de recursos; Mínimo de riscos para o cliente; Alto grau de satisfação para o cliente; Impacto final na saúde. A organização nacional de acreditação – ONA é uma organização não governamental, vinculada ao Ministério da Saúde, caracterizada como pessoa jurídica de direito privado, sem fins econômicos, de direto coletivo, com abrangência de atuação nacional. Em Abril/Maio de 1999 foi constituída juridicamente, iniciando-se a partir daí a implantação das normas técnicas do Sistema Brasileiro de Acreditação. Sistema de acreditação: Pretende gerar uma consciência no setor saúde, sobre melhoria contínua da qualidade assistencial, de tal forma que os gestores das organizações de saúde sintam-se motivados a participarem de um processo que ofereça uma efetiva contribuição para a elevação da qualidade. - Acreditar: Conceder reputação a, tornar digno de confiança. Acreditado: Que merece ou inspira confiança. Acreditação: Procedimento que viabiliza alguém ou algo a ser acreditado; É um sistema de avaliação e certificação da qualidade dos serviços de saúde. É um sistema de avaliação externa, que verifica a concordância com um conjunto de padrões previamente estabelecidos. A acreditação hospitalar surge como uma possibilidade de assegurar aos usuários, profissionais e público em geral, a segurança indispensável aos serviços de saúde, ou seja, que a realização dos procedimentos assistenciais de saúde sejam prestados com a máxima presteza, habilidade e excelência, segundo as possibilidades sócio-econômicoculturais da comunidade. Busca proteger a sociedade de uma assistência inadequada; Define patamares mínimos de estrutura e funcionamento; Tem caráter iminentemente educativo voltado para a melhoria contínua; O princípio fundamental relacionado a acreditação hospitalar é a adesão voluntária, ou seja, nenhuma OPSS é obrigada a fazer a avaliação ou obter certificação. Introduzir uma metodologia, seus conceitos e princípios, através de um manual de padrões, que contempla um conjunto de processos capazes de dotar a instituição de saúde, de ferramentas e instrumentos que possibilitam promover a melhoria de desempenho dos seus serviços. São critérios de acreditação estabelecidos, em função da adequação do hospital ao Manual das Organizações Prestadoras de Serviços de Hospitalares. Podem ser classificados como: - Nível 1: Acreditado: Atende aos requisitos básicos; _ Nível 2: Acreditado pleno: Requisitos básicos e procedimentos padronizados; _ Nível 3: Acreditado com excelência: Atendimentos aos requisitos anteriores e possui indicadores de gestão. Atende aos requisitos formais, técnicos e de estrutura para as suas atividades conforme legislação correspondente: identifica riscos e os gerencia com foco na segurança; Responsabilidade técnica conforme legislação; Corpo funcional, habilitado ou capacitado, dimensionamento adequado às necessidades dos serviço. Condições operacionais que atendam aos requisitos de segurança para o cliente (interno e externo); Identificação, gerenciamento e controle de riscos sanitários, ambientais, ocupacionais e relacionados à responsabilidade civil, controle de infecções, biossegurança e ambiente. Identifica, define, padroniza e gerencia os processos e suas interações sistematicamente; Estabelece medição e avaliação dos processos; Possui programa de educação e treinamento continuado, voltado para a melhoria de processos; Medição e avaliação dos resultados; Grupos de trabalho voltados para a interação institucional. Utiliza perspectivas de medição organizacional, alinhadas às estratégias e correlacionadas aos indicadores de desempenho dos processos; Dispões de sistemática de comparações com referenciais externos pertinentes, bem como evidências de tendência favorável para os indicadores; Apresenta inovações e melhorias implantadas, decorrentes do processo de análise crítica. Define as perspectivas básicas de sustentação da organização ( inovação e desenvolvimento, pessoas, clientes, processos, responsabilidade social ); Sistema de indicadores de desempenho focalizando as perspectivas básicas, com informações integras e atualizadas; Estabelecimento de uma relação de causa e efeito entre os indicadores, onde os resultados de um influenciam os demais, bem como permitem uma análise crítica do desempenho e a tomada de decisão. Formação de uma equipe multidisciplinar de trabalho; Elaboração do planejamento/definição da instituição acreditadora ( IACs); Apresentação do processo de acreditação hospitalar pela alta administração; Conhecimento do manual de acreditação hospitalar por todas as gerências envolvidas no processo. Treinamento básico para a equipe sobre o manual de acreditação; Curso de formação de auditores da qualidade, visando melhor entendimento do modelo de gestão e maior envolvimento dos auditores; Consolidação dos indicadores de qualidade e produtividade; Padronização de rotinas nas áreas de assistência de enfermagem e administrativa; Otimização do trabalho em equipe e cooperativo. A comissão avaliadora do processo de acreditação hospitalar é composta por uma equipe multidisciplinar composta por médicos, enfermeiros, psicólogos, administradores hospitalares, entre outros, o que permite uma avaliação global. Todos os setores são avaliados, inclusive os terceirizados. No período de validade do certificado, a organização prestadora de serviços de saúde está subordinada a dois mecanismos de controle para a verificação do desempenho obtido no processo de avaliação: Visita de avaliação de manutenção da condição do certificado; Detecção de eventos sentinela, conforme estabelecido na NOE ( norma orientadora específica ). CHIAVENATO, I. Introdução à teoria geral da administração. SP. 2000. GIL, A. L. Gestão da qualidade empresarial.SP. Atlas,2007. MAXIMIANO, A.C.A.Teoria geral da administração. SP. Atlas, 1997. WWW.ONA. Org. br. Manual brasileiro de acreditação- ONA.