Gonçalves, O. Psicoterapia Cognitiva Narrativa: Manual de 1 Terapia Breve. Campinas:Editorial Psy. 1998 Profª Lina Sue - [email protected] (11) 9866.01234 2 Profª Lina Sue - [email protected] (11) 9866.01234 3 Em torno deste conceito, organiza-se uma malha de quatro pressupostos: 1.1. Existência como conhecimento; 1.2. Conhecimento como hermenêutica; 1.3. Hermenêutica como discurso narrativo; 1.4. Discurso narrativo como cultura. Profª Lina Sue - [email protected] (11) 9866.01234 4 Psicólogos conhecimento = processo de construção ativa = indissociável da existência (conhecimento = experiência). Objeto da psicologia essencialista e intrapsíquica contexto da experiência do indivíduo (não no sentido das representações do mundo “lá fora” mas como um processo contínuo de construção do mundo através da própria vida) Todos os seres conhecem, reconhecem, transformam e transformam-se no decurso de sua existência. Visão visão existencial. Profª Lina Sue - [email protected] (11) 9866.01234 5 Todo conhecimento (e por implicação, toda existência) tem uma natureza inerentemente hermenêutica. Hermenêutica interpretação textos sagrados (leis). Subjetividade hermenêutica necessidade psicológica de dar ordem, sentido e coerência. Vivemos hoje, não no UNIVERSO mas num MULTIVERSO = MULTIRREALIDADE Assim, compreender o comportamento humano é compreender os sistemas interpretativos utilizados pelos sujeitos no sentido de expandir e dar significado às suas experiências. Profª Lina Sue - [email protected] (11) 9866.01234 6 O conhecimento é indissociável da existência. Existênciaconhecimento processo hermenêutico de construção de significados (LINGUAGEM). A multiplicidade de significados só é possível graças ao poder criativo e múltiplo da linguagem. Linguagem fenômeno psicológico de 1ª ordem = elemento fundacional da experiência. Narrativa = não escolhemos = algo que somos. Tal como a vida, a narrativa é inerentemente aberta e multipotencial, abrindo-nos para uma multirrealidade e multirracionalidade. Profª Lina Sue - [email protected] (11) 9866.01234 7 Discurso Narrativo narrativa não é um ato mental individual = produção discursiva de natureza interpessoal. Toda narrativa = todo conhecimento localizada = contexto. Significados = só fazem sentido quando localizados no espaço/tempo = contexto interpessoal que os enquadra. Narrativas = formas de significação = contexto dialógico, situando-se no espaço da interindividualidade. Dão sentido à existência, tornando a experiência comum = dar sentido é sobretudo tornar comum. Sou tanto mais autor quanto menos idêntico. Profª Lina Sue - [email protected] (11) 9866.01234 8 Profª Lina Sue - [email protected] (11) 9866.01234 9 Os pressupostos põe em questão: 1) A crença na existência de elementos de uma realidade interna essencial. 2) A existência de um ser humano completamente individualizado e autônomo. O indivíduo isolado transformar-se-á num espaço relacional de interlinguagem. Profª Lina Sue - [email protected] (11) 9866.01234 10 Decorrem implicações clínicas em 2 níveis: 1º) Uma nova concepção de psicopatologia, equacionando a fenomenologia da perturbação, não como o reflexo de uma disfunção interna, seja ela “mental” ou “neurobiológica”, mas como um disfuncionamento do próprio discurso narrativo. 2º) Uma psicoterapia que deixará de metaforizar o terapeuta como doutor da interioridade e da individualidade, e que procurará criar condições, no contexto da realidade conversacional que é a terapia, para um desenvolvimento da coerência, complexidade e multiplicidade do cliente. Profª Lina Sue - [email protected] (11) 9866.01234 11 A psicopatologia, como processo de significação, é o produto da interação entre sistemas de significação de paciente e especialista. Assim, aquilo que caracteriza a psicopatologia é a sua existência, e não a sua essência. A psicopatologia é uma produção discursiva de organização de significados, indissociável de uma contextualização conversacional e sociocultural. Por isso, as psicopatologias mudam, quando mudam os pacientes, os tempos, as culturas e os especialistas. Profª Lina Sue - [email protected] (11) 9866.01234 12 A psicoterapia ouvir as narrativas do cliente como uma forma de compreender os seus sistemas de significação = expandir estas formas de significação. Não há pois psicopatologia sem interlocutor, e outra eventualmente seria a patologia, se outro fosse o interlocutor. As significações do cliente existem numa realidade conversacional com as significações discursivas do próprio terapeuta. Mas... Como as significações se organizam na matriz narrativa do indivíduo? Profª Lina Sue - [email protected] (11) 9866.01234 13 Há 3 dimensões centrais da matriz narrativa: (1) coerência, (2) complexidade e (3) multiplicidade. “Viver narrativamente é ser capaz de explorar múltiplas narrativas do passado, presente e futuro (multiplicidade narrativa), enriquecer estas narrativas por uma variedade de processos e atitudes que nos dêem conta da multipotencialidade de cada instante episódico da nossa existência (complexidade narrativa) e construir um sentido de conexão intra e inter-narrativas (coerência narrativa)” Profª Lina Sue - [email protected] (11) 9866.01234 14 Profª Lina Sue - [email protected] (11) 9866.01234 15 PCN Papel atribuído às narrativas como elemento central da construção do conhecimento. Objetivo levar o cliente a construir, no decurso com sua interação com o terapeuta e com a sua comunidade conversacional, uma realidade múltipla de experiências sensoriais, emocionais, cognitivas e de significação. Nesta perspectiva a perturbação psicológica é provocada pela incapacidade de dar conta da diversidade e potencialidade da experiência através da organização de um discurso narrativo que seja simultaneamente diversificado, complexo e coerente. Profª Lina Sue - [email protected] (11) 9866.01234 16 O cliente, em vez de ver a realidade como um processo de negociação interpessoal de possibilidades múltiplas, disponibilizadas pela variedade da matriz social, assume a responsabilidade de único construtor desta realidade. Processo terapêutico 5 fases (1) recordação: identificar elementos episódicos da experiência; (2) objetivação: explorar a multiplicidade do mundo sensorial; (3) subjetivação: identificar a variedade de experiências internas, emocionais e cognitivas; (4) metaforização: diferenciação de significações da experiência; (5) projeção: elaboração de possibilidades alternativas para narrativas de futuro. Profª Lina Sue - [email protected] (11) 9866.01234 17 (1) recordação Revisão episódica de vida = cada ano da vida. É a capacidade de singularizar episódios significativos da vida que faz de cada indivíduo um autor da sua própria narrativa. É uma atitude não só voltada ao passado, mas igualmente voltada para o futuro = narrativa prototípica. No final desta fase espera-se que o cliente esteja mais consciente do sentido de autoria que tem construído à medida que se vai abrindo à exploração dos episódios da sua vida diária, como condição de diferenciação da sua própria narrativa e, por conseguinte, do respectivo autor que a escreve. Profª Lina Sue - [email protected] (11) 9866.01234 18 (2) objetivação A objetivação = elemento essencial para uma atitude de construção narrativa. A realidade constitui um incomensurável menu de que o cliente em situação de perturbação raramente desfruta. O cliente é levado a experienciar a multiplicidade de realidades externas, através de toda a dinâmica = capacidades sensoriais. O objetivo é o de, a cada momento, fazer com que o cliente se aperceba da complexidade e versatilidade das experiências na sua riqueza sensorial – aquilo que vê, que ouve, os odores e sabores que ele é capaz de identificar, bem como a multitude de experiências táteis e cenestésicas que a experiência lhe proporciona. Profª Lina Sue - [email protected] (11) 9866.01234 19 (3) subjetivação Na subjetivação o trabalho de construção múltipla prossegue variedade de exp. emocionais e cognitivas. Exercícios de ativação emocional o cliente vai alargando o leque da sua experiência emocional = dar conta de emoções que antes não reconhecia. Só através de uma flexibilidade da sua experiência emocional e cognitiva, poderá o cliente estar capacitado para assegurar a viabilidade dos seus mecanismos de adaptação. Viver uma realidade múltipla é ser capaz de construir múltiplas versões dessa realidade. Profª Lina Sue - [email protected] (11) 9866.01234 20 (4) metaforização As metáforas = condensadores de significado = damos sentido a cada uma das recordações que vamos experimentando sensorial, emocional e cognitivamente. Na metaforização = produzir múltiplos significados para cada memória episódica, que vive ou intencionaliza = enriquecer intencionalmente a experiência. METÁFORA RAIZ forma prototípica idiossincrática de organização dos significados de sua vida, realizada clinicamente através do processo de metaforização da própria narrativa-protótipo. Profª Lina Sue - [email protected] (11) 9866.01234 21 (5) projeção Projeção indivíduo em constante movimento espaço /tempo = intencionalizar as experiências do futuro. Cliente = crie suas próprias memórias do futuro = novas metáforas de si próprio = atualizar novos significados, novas emoções, novas cognições e novas sensações. METÁFORA ALTERNATIVA (no lugar da METÁFORA RAIZ) nova revisão da HV, de modo a encontrar e fundamentar, no seu passado histórico, episódios caracterizadores desta nova forma de significação. O cliente aprende também a reconhecer que o passado é um espaço aberto a múltiplas significações e que, dependendo do ponto metafórico de partida, nós podemos construir não só diversos futuros, mas também múltiplos passados. Profª Lina Sue - [email protected] (11) 9866.01234 22 Profª Lina Sue - [email protected] (11) 9866.01234 23 1) Permitir uma comparação mais objetiva de diferentes psicoterapias, 2) Permitir analisar em que medida um dado terapeuta está seguindo o que é proposto por uma dada psicoterapia. 3) Facilitar o processo de formação de terapeutas. 1) Descrevem com bastante detalhe os objetivos de cada sessão. 2) Apresentam técnicas utilizadas em cada sessão com o grau suficiente de operacionalização de modo a atingir os objetivos enunciados. 3) Operam habitualmente em tempo-limite, definindo o nº de sessões para a realização de cada objetivo terapêutico. Profª Lina Sue - [email protected] (11) 9866.01234 24 Características específicas do cliente, do terapeuta e do processo. 1) Uma intervenção terapêutica desta natureza é limitada no espectro da sua aplicação clínica (+ flexivel - estruturada) 2) O terapeuta treinado na aplicação desses manuais poderá perder grande parte da flexibilidade que é exigida de um terapeuta no contexto ecologicamente inserido na prática clínica. 3) Limitação frente à excessiva estandardização e diretividade do processo manualizado (riqueza do processo = “aqui e agora”). “...nós podemos nos beneficiar do uso de técnicas específicas, mas devemos permanecer cautelosos em não dar poder excessivo a qualquer instrumento a ponto de subjugar em lugar de servir o seu utilizador” Mahoney (1991) Profª Lina Sue - [email protected] (11) 9866.01234 25 Qual? Origem? Evolução? Vida pessoal, relacional, profissional, lazer... História escolar, relacional, conjugal, médica... Qual é o atual? Outros no passado? Complementar o tratamento médico-psicofarmacológico, Ajudar a ver outras possibilidades de funcionamento e da vida, Aprender a viver de um modo mais saudável e adaptativo. Nº e periodicidade das sessões, importância regularidade e tarefas. Profª Lina Sue - [email protected] (11) 9866.01234 26 Desenvolvimento de uma atitude de recordação episódica (através da vida) 1) Explicar a estrutura e os objetivos da sessão. 2) Modelar o trabalho de recordação. 3) Exercício de imaginação guiada através da vida. 4) Início do trabalho de recordação através da vida, 5) Síntese do trabalho realizado e prescrição do trabalho de casa. Profª Lina Sue - [email protected] (11) 9866.01234 27 Exercício de imaginação guiada através da vida. a) Indução de uma atitude de relaxamento; “Vou lhe pedir que encontre uma posição confortável e relaxante... Vou lhe pedir que deixe tranquilamente cair as suas pálpebras até que os seus olhos estejam completamente fechados... Respire profundamente duas vezes para libertar a tensão e repare como as suas pálpebras ficam mais pesadas cada vez que expira... Respire normalmente, deixando que passe por entre os lábios... Inspire... Expire... Inspire... Expire... Deixe agora que todo o seu corpo relaxe profundamente... As suas mãos... Os seus braços... A sua cabeça... O seu pescoço... Os seus ombros e a parte superior das costas... O seu abdomen... As suas pernas... E os seus pés... Deixe que o seu corpo relaxe completamente...” Profª Lina Sue - [email protected] (11) 9866.01234 28 Exercício de imaginação guiada através da vida. b) Regressão temporal com identificação de episódios no presente e no aqui e agora; “Centre agora a sua atenção nas imagens e pensamentos que lhe vêm à cabeça e deixe-os correr livremente... Vou lhe pedir que use o som da minha voz para recordar episódios da sua vida... Vou começar pelo dia de hoje e vou tentar ir tanto para trás quanto possível, procure trazer os episódios para o presente e relatá-los como se os tivesse vivendo no aqui e agora... Procure agora recordar qualquer episódio que se passou hoje...ontem...na semana passada...no ano passado...há três anos...no início da sua vida adulta...na sua adolescência...na sua meninice...na sua infância...o primeiro episódio de que se recorda...” Profª Lina Sue - [email protected] (11) 9866.01234 29 Exercício de recordação através da vida, a) Numerar papéis para cada ano de vida: É solicitado ao cliente que enumere pequenos papéis para cada ano da sua vida (de 0 até a idade atual) b) Gerar episódios para cada ano de vida num período máximo de 10 minutos: É solicitado ao cliente que anote um episódio para cada ano de vida, na ordem que for mais conveniente, por um período de 10’ (não é a localização temporal exata, mas a sequência que constitui o elemento mais importante). c) Discussão do exercício de recordação através da vida: No final, o terapeuta começa por solicitar ao cliente as suas reações ao exercício e em seguida, que apresente suas recordações anotadas. Profª Lina Sue - [email protected] (11) 9866.01234 30 Avaliação do trabalho de recordação. Identificação da narrativa-protótipo (NP). 1) Explicar a estrutura e os objetivos da sessão, 2) Avaliar trabalho de recordação diária, 3) Avaliação do trabalho de recordação através da vida, 4) Identificação de uma NP, 5) Síntese do trabalho realizado e prescrição do trabalho de casa. Profª Lina Sue - [email protected] (11) 9866.01234 31 Avaliação do trabalho de recordação. Início do trabalho de objetivação. 1) Explicar a estrutura e os objetivos da sessão, 2) Avaliar trabalho de recordação diária, 3) Modelar o trabalho de objetivação, 4) Exercício de objetivação de narrativas diárias (ND), 5) Síntese do trabalho realizado e prescrição do trabalho de casa. Profª Lina Sue - [email protected] (11) 9866.01234 32 Exercício de objetivação de narrativas diárias a) Indução de uma atitude de relaxamento; b) Seleção de uma narrativa da semana; c) Exploração das dimensões visuais, auditivas, olfativas, gustativas, táteis/cenestésicas da experiência: “O que é que está vendo? Que outras coisas vê? O que é que está ouvindo? Que outros sons ouve? Que cheiros está sentindo? Que outros cheiros sente? Que sabores tem? Que outros sabores consegue identificar? O que é que sente fisicamente? Que outras sensações físicas ou táteis consegue identificar?” d) Discussão do exercício de objetivação; e) Repetição do exercício para outras narrativas. Profª Lina Sue - [email protected] (11) 9866.01234 33 Avaliação do trabalho de objetivação. Objetivação da narrativa-protótipo. 1) Explicar a estrutura e os objetivos da sessão, 2) Avaliar trabalho de objetivação das ND, 3) Objetivação da NP. 4) Síntese do trabalho realizado e prescrição do trabalho de casa. Profª Lina Sue - [email protected] (11) 9866.01234 34 Avaliação do trabalho de objetivação das ND. Início do trabalho de subjetivação emocional. 1) Explicar a estrutura e os objetivos da sessão, 2) Avaliar trabalho de objetivação das ND. 3) Objetivação da NP. 4) Modelar o trabalho de Subjetivação Emocional. 5) Exercício de subjetivação emocional de ND. 6) Síntese do trabalho realizado e prescrição do trabalho de casa. Profª Lina Sue - [email protected] (11) 9866.01234 35 Avaliação do trabalho de subjetivação emocional. Subjetivação emocional da narrativa-protótipo. 1) Explicar a estrutura e os objetivos da sessão, 2) Avaliar trabalho de subjetivação das ND, 3) Subjetivação emocional da NP: a) Ativação Emocional b) Focalização c) Simbolização 4) Síntese do trabalho realizado e prescrição do trabalho de casa. Profª Lina Sue - [email protected] (11) 9866.01234 36 Subjetivação emocional da Narrativa-Protótipo. a) Foco na NP, exploração em termos de subjetivação emocional; b) Na exploração da subjetivação emocional = 3 fases: 1-Ativação Emocional: “Voltemos agora à narrativa que vc escolheu e procure evocar as várias dimensões sensoriais da experiência - O que é que está vendo? ...ouvindo? ...odores? “ 2-Focalização: “Agora procure apreciar as sensações físicas, sintonizando, desenvolvendo ou mesmo exagerando essas sensações, movimentos ou expressões...” 3-Simbolização: “Procure agora identificar a palavra ou símbolo que reflete apropriadamente aquilo que está experienciando neste momento...” c) Discussão do exercício de subjetivação emocional; d) Repetição do exercício para outras narrativas. Profª Lina Sue - [email protected] (11) 9866.01234 37 Avaliação do trabalho de subjetivação emocional. Início do trabalho de subjetivação cognitiva. 1) Explicar a estrutura e os objetivos da sessão, 2) Avaliar trabalho de subjetivação emocional das ND e NP. 3) Modelar o trabalho de subjetivação cognitiva. 4) Exercício de subjetivação cognitiva das ND: a) Listagem de pensamentos b) Descasque da cebola 5) Síntese do trabalho realizado e prescrição do trabalho de casa. Profª Lina Sue - [email protected] (11) 9866.01234 38 Subjetivação cognitiva das Narrativas Diárias. a) Cliente escolhe uma das narrativas da semana; tendo em vista a sua exploração em termos de subjetivação cognitiva; b) Na exploração da subjetivação emocional = 2 fases: 1-Listagem de Pensamentos: “Voltemos de novo à narrativa da semana que vc escolheu e descreva-a nas suas componentes sensoriais e emocionais... Procure agora identificar o primeiro pensamento que lhe aparece associado a essas imagens e emoções...“ 2-Descasque da cebola: “Que pensamento lhe aparece associado a esse... E agora, que pensamento surge associado a esse último...” c) Discussão do exercício de subjetivação emocional; d) Repetição do exercício para outras narrativas. Profª Lina Sue - [email protected] (11) 9866.01234 39 Avaliação do trabalho de subjetivação cognitiva. Subjetivação cognitiva da narrativa-protótipo. 1) Explicar a estrutura e os objetivos da sessão, 2) Avaliar trabalho de subjetivação cognitiva das ND. 3) Subjetivação cognitiva da NP: a) Listagem de pensamentos b) Descasque da cebola 4) Síntese do trabalho realizado e prescrição do trabalho de casa. Profª Lina Sue - [email protected] (11) 9866.01234 40 Avaliação do trabalho de subjetivação cognitiva. Início do trabalho de metaforização. 1) Explicar a estrutura e os objetivos da sessão, 2) Avaliar trabalho de subjetivação cognitiva das ND e NP. 3) Modelar o trabalho de metaforização. 4) Exercício de metaforização de ND. 5) Síntese do trabalho realizado e prescrição do trabalho de casa. Profª Lina Sue - [email protected] (11) 9866.01234 41 Metaforização das Narrativas Diárias. a) Cliente escolhe uma das narrativas da semana; b) Cliente retoma a objetivação e a subjetivação emocional e cognitiva dessa narrativa: “Procure evocar as várias dimenaões sensoriais da experiência... Agora procure apreciar as sensações físicas, sintonizando, desenvolvendo ou exagerando essas sensações, movimentos ou expressões... Procure agora identificar a palavra ou símbolo que reflete aquilo que está experienciando neste momento... Procure agora identificar o primeiro pensamento que lhe aparece associado a essas imagens e emoções... Que pensamento lhe aparece associado a esse... E agora, que pensamento surge associado a esse último... Etc...” Profª Lina Sue - [email protected] (11) 9866.01234 42 Metaforização das Narrativas Diárias. c) Terapeuta procura levar o cliente a explorar os múltiplos significados através das diversas metáforas que a experiência proporciona: “Procure agora encontrar uma metáfora (um conceito, uma coisa, um animal...) que constitua uma espécie de título que simbolize os significados básicos dessa experiência para vc... Que outras metáforas você poderia construir dessa experiência?... Procure agora escolher uma metáfora que constitua uma síntese das diversas metáforas produzidas ( metáfora de síntese) d) Discussão do exercício de metaforização das ND; e) Repetição do exercício para outras narrativas. Profª Lina Sue - [email protected] (11) 9866.01234 43 Avaliação do trabalho de metaforização. Construção da metáfora da raiz (MR). 1) Explicar a estrutura e os objetivos da sessão, 2) Avaliar trabalho de metaforização das ND. 3) Construção da metáfora de raiz. 4) Síntese do trabalho realizado e prescrição do trabalho de casa. 44 Construção da Metáfora de Raiz. a) Cliente reexperiencia a sua narrativa-protótipo: “Voltemos de novo à NP e descreva-a nas suas componentes sensoriais e emocionais... Procure agora identificar o primeiro pensamento que lhe aparece associado a essas imagens e emoções... Que pensamento lhe aparece associado à esse... E agora, que pensamento surge associado à esse último, etc...” b) Terapeuta procura levar o cliente a explorar os múltiplos significados que a experiência proporciona; c) Construção da metáfora de raiz: “Há alguma metáfora que poderia constituir uma síntese das diversas metáforas produzidas, ou que surja como um elemento central de significação da narrativa?” d) Discussão do exercício de metaforização da NP. Profª Lina Sue - [email protected] (11) 9866.01234 45 Avaliação do trabalho de enraizamento histórico da metáfora de raiz. Construção da metáfora alternativa (MA). 1) Explicar a estrutura e os objetivos da sessão, 2) Avaliar o trabalho de enraizamento histórico da MR. 3) Construção da metáfora alternativa. 4) Síntese do trabalho realizado e prescrição do trabalho de casa. Profª Lina Sue - [email protected] (11) 9866.01234 46 Construção da Metáfora Alternativa. a) Cliente é encorajado a selecionar episódios em que funcionou de modo alternativo à metafora de raiz: “Procure agora selecionar um episódio da sua vida corrente e passada, em que vc funcionou de um modo alternativo à metafora de raiz... Que outros episódios vc é capaz de selecionar?” b) Cliente é instruído a metaforizar esses episódios alternativos: “Procure agora encontrar uma metáfora que constitua uma espécie de título que simbolize os significados básicos dessa experiência para vc? Que outras metáforas vc poderia construir dessa experiência?” c) Cliente seleciona uma metáfora que gostaria de implementar como uma metáfora alternativa de seu funcionamento: “Procure agora selecionar uma metáfora que possa ser a síntese entre essas que vc mencionou, ou a que melhor simbolize aquilo que vc gostaria de implementar como metáfora alternativa em sua vida” d) Discussão da implementação da metáfora alternativa. Profª Lina Sue - [email protected] (11) 9866.01234 47 Aval. do trabalho de identificação de narrativas exemplificativas da MA. Avaliação do enraizamento histórico da MA. Projeção de narrativas alternativas (NA). 1) Explicar a estrutura e os objetivos da sessão, 2) Avaliar o trabalho de identificação de narrativas exemplificativas da MA. 3) Avaliar o trabalho de enraizamento histórico da MA. 4) Projeção de narrativas alternativas. 5) Síntese do trabalho realizado e prescrição do trabalho de casa. Profª Lina Sue - [email protected] (11) 9866.01234 48 Aval. do trabalho de identificação de narrativas exemplificativas da MA. Avaliação da implementação da narrativa alternativa. Projeção de narrativas alternativas (NA). 1) Explicar a estrutura e os objetivos da sessão, 2) Avaliar o trabalho de identificação de narrativas exemplificativas da MA. 3) Avaliar o trabalho de projeção da MA. 4) Projeção de narrativas alternativas. 5) Síntese do trabalho realizado e prescrição do trabalho de casa. Profª Lina Sue - [email protected] (11) 9866.01234 49 Aval. do trabalho de identificação de narrativas exemplificativas da MA. Avaliação da implementação da narrativa alternativa. Finalização do processo. 1) Explicar a estrutura e os objetivos da sessão, 2) Avaliar o trabalho de identificação de narrativas exemplificativas da MA. 3) Avaliar o trabalho de projeção da MA. 4) Finalização do processo. Profª Lina Sue - [email protected] (11) 9866.01234 50 “As histórias vividas são sempre muito mais ricas que qualquer possibilidade de relato sobre elas... As experiências vividas, quando excluídas das narrativas pessoais, permanecendo não-historiadas, não só deixam de ser notadas e, portanto, de fazer diferença para a vida da pessoa, como também permanece fora das possibilidades de compreensão” (Monk, 1997) Profª Lina Sue - [email protected] (11) 9866.01234 51 GONÇALVES, O. Psicoterapia Cognitiva Narrativa: Manual de Terapia Breve. Campinas:Editorial Psy. 1998 As razões que a razão desconhece: Penso, logo engano-me? http://www.scielo.oces.mctes.pt/pdf/aps/v15n1/v15n1a09.pdf Terapia Cognitiva Narrativa em grupos terapêuticos de mulheres de 3ª idade: uma perspectiva sócio-clínica http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?pid=S180856872005000100005&script=sci_arttext&tlng=en Narrativas protótipo e organização do conhecimento na depressão http://repositorium.sdum.uminho.pt/bitstream/1822/586/14/resumo.pdf E-mail : [email protected] Contato: (11) 9866.01234