MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO O Brasil superou a crise: Administrando o sucesso João Bernardo de Azevedo Bringel Brasília, junho de 2010 MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO Sumário • As crises de 1998 e 2008. • Medidas adotadas em 2008. • A rápida recuperação da economia brasileira. • Removendo estímulos monetários e fiscais. • Ajustes necessários para manter o crescimento sustentável. • Conjuntura Econômica Atual. • Agenda de Investimento MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO As crises de 1998 e 2008 • 1998 - crise originada em países emergentes com situação fiscal deteriorada e dependentes de financiamento externo: Ásia (outubro/1997), Rússia (agosto/1998) e Brasil (janeiro/1999); • 2008 - crise originada em países desenvolvidos, com a Bolha Imobiliária dos EUA (2007) e posterior quebra do banco Lehman Brothers (setembro de 2008), declinou fortemente a oferta de crédito e o crescimento da economia mundial, com reflexos ainda fortes sobre a Europa (maio de 2009), principalmente em países com alto endividamento e déficit público. 3 MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO Impactos da crise sobre a economia brasileira. Taxa de crescimento real do PIB, 1997 – 2009 (% aa) Média entre 2004 - 2008: 4,8% 7,0 6,1 6,0 5,7 5,1 Média entre 1997 - 2002: 2,0% 5,0 4,3 4,0 4,0 3,4 3,2 3,0 2,7 1,3 2,0 1,1 1,0 0,0 0,3 0,0 -0,2 -1,0 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 Fonte: IBGE 4 MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO Fundamentos mais sólidos em 2008 do que em 1998 ... • Maior nível de Reservas Internacionais em 2008 (US$ 206,8 bilhões ante US$ 44,6 bilhões em 1998) • País passou da posição de devedor à credor externo líquido (dívida externa líquida era US$50,8 bilhões em 1998 e -US$ 139,5 bilhões em 2008), tornando-se investment grade • Menor exposição a flutuações cambiais em 2008 (2,6% do total da dívida ante 20,8% em 1998) • Déficit em conta corrente ainda pequeno em 2008 (1,7% do PIB, ante 4,0% em 1998) • Enquanto em 1998 havia necessidade de financiamento externo para fazer frente ao déficit em conta corrente (US$ 4,6 bilhões) em 2008 esta necessidade ainda não existia (-US$ 16,9 bilhões) 5 MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO ... Permitiram políticas anti-crise diferentes, com recuperação mais rápida na crise recente. Crise de 1998 • Contração Fiscal: i) criação da meta de superávit primário; ii) redução do investimento público; e iii) elevação da carga tributária • Acordo com FMI • Elevação da taxa de juros (45% em março de 1999) • Desvalorização Cambial (câmbio deixou de ser fixo) • Implantação do Regime de Metas de Inflação Crise de 2008 • Impulso Fiscal: i) redução da meta de superávit primário; ii) aceleração do investimento público; iii) desoneração tributária; e iv) aumento do crédito público • Redução da taxa de juros e liberação de compulsórios • Medidas para garantir liquidez em moeda estrangeira 6 MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO A rápida recuperação da economia brasileira: crédito em expansão em 2008 e o dobro do volume de 1998 Crédito Total do SFN (R$ bilhões, deflator: IPCA) 1998 -2000 600 2008 -2010 600 1.450 590 590 1.400 1.400 580 580 1.350 1.350 570 570 1.300 1.300 560 560 1.250 1.250 550 550 1.200 1.200 540 540 530 530 1.150 1.150 520 520 1.100 1.100 510 510 1.050 1.050 500 mar/98 set/98 mar/99 set/99 500 mar/00 1.000 mar/08 set/08 mar/09 1.450 set/09 1.000 mar/10 Fonte: Banco Central do Brasil. 7 MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO As reservas internacionais superaram o nível pré-crise; Reservas Internacionais, 2000 – 2010 (US$ bilhões; saldo em fim de período) 260 2 4 7 ,3 240 220 2 0 6 ,5 1 9 3 ,8 200 180 160 140 120 100 80 60 5 2 ,1 3 4 ,4 40 2 3 ,9 3 1 ,5 20 0 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 se t/0 8 d e z/0 8 n o v/0 9 d e z/0 9 a b r/1 0 F o n te : B a n c o C e n tra l d o B ra s il e M in is té rio d a F a ze n d a . 1 . E x c lu i e m p ré s tim o s c o m o F M I a té d e ze m b ro d e 2 0 0 5 , q u a n d o o p a ís s a ld o u s u a d ívid a . 8 MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO Houve importante redução na dívida externa e o País se tornou credor externo líquido. Dívida Externa US$ bilhões Discriminação Dívida Externa Bruta 1 Médio e Longo Prazos Curto Prazo Reservas Internacionais (caixa) Dívida Externa Líquida Memo: Empréstimos Intercompanhias 1998 US$ bilhões 241,6 215,2 26,4 44,6 197,1 1999 US$ bilhões 225,6 214,1 27,4 36,3 189,3 2008 US$ bilhões 198,4 161,9 36,5 193,8 4,6 2009 US$ bilhões 198,2 167,2 31,0 238,5 -40,9 17,9 15,9 64,6 79,4 Fonte: Banco Central do Brasil. 1. Exclui empréstimos intercompanhias. 9 MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO A produção industrial recuperou o nível pré-crise. Produção Industrial (índice, 2002 = 100; com ajuste sazonal) 1997 -2000 1 0 0 ,0 2007 -2010 1 3 5 ,0 1 3 0 ,8 9 8 ,0 1 3 0 ,7 1 3 0 ,0 9 6 ,0 9 4 ,0 9 3 ,6 9 3 ,3 1 2 5 ,0 1 2 0 ,0 9 2 ,0 9 0 ,0 1 1 5 ,0 8 8 ,0 1 1 0 ,0 8 6 ,0 8 5 ,8 1 0 5 ,0 8 4 ,0 1 0 3 ,8 1 0 0 ,0 8 2 ,0 m a r/9 7 se t/9 7 m a r/9 8 se t/9 8 m a r/9 9 se t/9 9 m a r/0 0 m a r/0 7 se t/0 7 m a r/0 8 se t/0 8 m a r/0 9 se t/0 9 m a r/1 0 Fonte: IBGE. 10 MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO Já há ampliação do emprego formal. Criação líquida de empregos formais (milhares de empregos) Atividades 1999 Agricultura -119,1 Construção -113,1 Mineração1 SIUP2 -1,3 Variação 2009 Variação -15,4 Pequena Queda de Emprego 177,2 Queda do Emprego 2,0 -16,0 5,0 Comércio 14,6 297,2 Indústria 14,9 Serviços 14,9 Adm.Pública Resultado Líquido Pequeno Aumento de Emprego 9,2 -196,0 Aumento do Emprego 10,9 500,2 18,0 Queda do Emprego 995,0 Aumento do Emprego Fonte: MTE / CAGED. 1. Inclui extração de petróleo e gás. 2. Serviços industriais de utilidade pública: Água, esgoto e outros sistemas, geração e distribuição de energia. 11 MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO Taxa de desemprego voltou para patamares reduzidos. Taxa de Desemprego, 2005 - 2010 1 1 ,0 1 1 ,0 2 0 0 5 - 2 0 0 7 m é d ia 1 0 ,0 1 0 ,0 9 ,0 9 ,0 2009 8 ,0 8 ,0 2008 2010 7 ,0 7 ,0 6 ,0 6 ,0 Ja n Fev M ar Abr M ai Ju n Ju l A go Set O ut Nov Dez Fonte: IBGE. 12 MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO O rendimento real voltou a crescer. Rendimento real médio das pessoas ocupadas (R$; deflator:INPC) 1 .4 5 0 1 .4 5 0 1 .4 0 0 1 .4 0 0 1 .3 5 0 1 .3 5 0 1 .3 0 0 1 .3 0 0 1 .2 5 0 1 .2 5 0 1 .2 0 0 1 .2 0 0 1 .1 5 0 1 .1 5 0 a b r/0 5 o u t/0 5 a b r/0 6 o u t/0 6 a b r/0 7 o u t/0 7 a b r/0 8 o u t/0 8 a b r/0 9 o u t/0 9 a b r/1 0 Fonte: IBGE. 13 MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO A população ocupada está crescendo novamente. População Ocupada (milhões de pessoas; média móvel de 12 meses) 2 2 ,0 2 2 ,0 2 1 ,5 2 1 ,5 2 1 ,0 2 1 ,0 2 0 ,5 2 0 ,5 2 0 ,0 2 0 ,0 1 9 ,5 1 9 ,5 1 9 ,0 1 9 ,0 a b r/0 5 o u t/0 5 a b r/0 6 o u t/0 6 a b r/0 7 o u t/0 7 a b r/0 8 o u t/0 8 a b r/0 9 o u t/0 9 a b r/1 0 Fonte: IBGE. 14 MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO Vendas no varejo indicam forte consumo das famílias em 2010. Consumo das Famílias e Vendas do Comércio Varejista (Var. % da média móvel de 4 trimestres / mesmo trimestre do ano anterior) 11,0 9,0 10,3 Vendas no Comércio (escala à esquerda) 9,0 7,0 8,0 7,0 5,0 5,0 3,0 3,0 Consumo das Famílias (escala à direita) 1,0 1,0 -1,0 -1,0 I II III IV 2004 I II III IV 2005 I II III IV 2006 I II III IV 2007 I II III IV 2008 I II III IV 2009 I II III IV 2010 Fonte: IBGE. 15 MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO O PIB retomou a trajetória de crescimento ... Produto Interno Bruto (índice, 2000 = 100; com ajuste sazonal) 110 1996 - 1999 2006 - 2009 152 Carryover: 2.7% 150 Carryover: 1,5% 108 106 148 146 144 142 104 140 138 102 136 134 100 132 130 98 128 I II III 1996 IV I II III 1997 IV I II III 1998 IV I II III 1999 IV I II III 2006 IV I II III 2007 IV I II III 2008 IV I II III IV 2009 Fonte: IBGE. 16 MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO … e o investimento também. Formação Bruta de Capital Fixo (índice, 2000 = 100; com ajuste sazonal) 1996 - 1999 2006 - 2009 170 115 165 160 155 110 Carryover: 8.8% 150 145 105 140 135 Carryover: 0,2% 100 130 125 120 115 95 110 105 100 90 I II III 1996 IV I II III IV 1997 I II III 1998 IV I II III 1999 IV I II III 2006 IV I II III 2007 IV I II III 2008 IV I II III IV 2009 Fonte: IBGE. 17 MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO Com o fim da crise, cresceu fortemente o consumo. Demanda Consumo Participação no PIB 3º trim 08 Variação 3º trim 09 (antes da (após medidas) crise) 60,2 63,6 Resultado 3,4 Aumento do Consumo impediu queda maior do PIB mas agora deve voltar ao patamar anterior (abrindo espaço para investimento) e não pressionar contas externas. Investimento 21,2 17,0 -4,2 O investimento está se recuperando, mas precisa de poupança interna para não pressionar inflação e elevar o déficit em conta corrente. Governo 18,1 19,2 1,1 Participação do Governo, com o fim da crise, deve recuar e abrir espaço para Investimento e não pressionar inflação. Exportação líquida 0,5 0,0 -0,5 Deterioração das contas externas (quadro externo reduz exportações e consumo doméstico eleva importações) (- Importação) Medidas ampliação crédito bancos públicos redução de juros redução de tributos aumento seguro desemprego e outras. 18 MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO PIB - Projeções. Produto Interno Bruto (% aa) 2 0 1 0 E stim a tiva 2004 2005 2006 2007 2008 2009 BCB 5 ,7 3 ,2 4 ,0 6 ,1 5 ,1 -0 ,2 5 ,8 A g ro p e cu á ria 2 ,3 0 ,3 4 ,8 4 ,8 5 ,7 -5 ,2 3 ,7 In d ú stria 7 ,9 2 ,1 2 ,2 5 ,3 4 ,4 -5 ,5 7 ,6 S e rviço s 5 ,0 3 ,7 4 ,2 6 ,1 4 ,8 2 ,6 5 ,0 C o m su m o d a s F a m ília s 3 ,8 4 ,5 5 ,2 6 ,1 7 ,0 4 ,1 6 ,1 C o n su m o d o G o ve rn o 4 ,1 2 ,3 2 ,6 5 ,1 1 ,6 3 ,7 2 ,9 FBCF 9 ,1 3 ,6 9 ,8 1 3 ,9 1 3 ,4 -9 ,9 1 5 ,8 E xp o rta çõ e s 1 5 ,3 9 ,3 5 ,0 6 ,2 -0 ,6 -1 0 ,3 1 2 ,0 Im p o rta çõ e s 1 3 ,3 8 ,5 1 8 ,4 1 9 ,9 1 8 ,0 -1 1 ,4 2 0 ,5 P IB c re s c im e n to re a l (% ) Fonte:IBGE. 19 MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO Conjuntura Econômica Atual: Forte Crescimento do PIB... Produto Interno Bruto (índice, 2000 = 100; com ajuste sazonal) 160 155 155 C a rry150 150 o ve r: 6 ,0 % 145 140 143 135 130 125 120 115 I II III IV I II III IV I II III IV I II III IV I II III IV I II III IV I II III IV I II III IV I II III IV 110 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 Fonte: IBGE. 20 MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO Conjuntura Econômica Atual: impulsionado pelo Investimento, do lado da demanda... Formação Bruta de Capital Fixo (índice, 2000 = 100; com ajuste sazonal) 170 163 163 160 C a rryo ve r: 150 1 7 ,6 % 140 130 129 120 110 100 I II III IV I II III IV I II III IV I II III IV I II III IV I II III IV I II III IV I II III IV I II III IV 90 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 Fonte: IBGE. 21 MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO Conjuntura Econômica Atual: ... e pela Produção Industrial, do lado da oferta. Produção Industrial1 (índice, 2000 = 100; com ajuste sazonal) 145 139 138 140 C a rry135 o ve r: 9 ,5 % 130 125 120 122 115 110 105 I II III IV I II III IV I II III IV I II III IV I II III IV I II III IV I II III IV I II III IV I II III IV 100 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 Fonte: IBGE. 1. Indústria de Transformação, Extrativa Mineral, Construção Civil e Utilidade Pública 22 MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO Conjuntura Econômica Atual: Forte Aumento do PIB no 1º Trimestre de 2010. Produto Interno Bruto (% aa ante igual trimestre do ano anterior) 1 º tri P IB c re s c im e n to re a l (% ) 2009 2 º tri 3 º tri 4 º tri 2010 1 º tri -2 ,1 -1 ,6 -1 ,2 4 ,3 9 ,0 -2 ,8 -4 ,4 -9 ,0 -4 ,6 5 ,1 In d ú stria -1 0 ,4 -8 ,6 -6 ,9 4 ,0 1 4 ,6 S e rviço s 1 ,7 2 ,0 2 ,1 4 ,6 5 ,9 C o n su m o d a s F a m ília s 1 ,5 3 ,0 3 ,9 7 ,7 9 ,3 C o n su m o d o G o ve rn o 4 ,3 3 ,9 1 ,6 4 ,9 2 ,0 FBCF -1 4 ,2 -1 6 ,0 -1 2 ,5 3 ,6 2 6 ,0 E xp o rta çõ e s -1 5 ,4 -1 1 ,4 -1 0 ,1 -4 ,5 1 4 ,5 Im p o rta çõ e s -1 5 ,8 -1 6 ,5 -1 5 ,8 2 ,5 3 9 ,5 A g ro p e cu á ria Fonte: IBGE. 23 MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO Ajustes ainda necessários para manter o crescimento Superados os efeitos da crise internacional o País precisa manter a trajetória de crescimento econômico sem pressões inflacionárias. No quadro interno, significa reequilibrar a participação do consumo, reduzindo o ritmo de crescimento (aumento da poupança) e elevando o investimento. No quadro externo, significa estar preparado para menor crescimento das exportações e maior volatilidade no fluxo de capitais. Para minimizar o ciclo de alta de juros, o governo deve ter disciplina fiscal, de forma a sustentar o crescimento do investimento. 24 MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO Removendo estímulos monetários e fiscais: O Banco Central aumentou o compulsório dos bancos retirando R$ 71,0 bilhões do mercado de crédito; Retorno dos US$ 9,7 bilhões das reservas utilizados para expandir o crédito; Parte das medidas de incentivo tributário (redução de IPI) já terminaram e não foram renovadas: - bens de consumo durável (janeiro de 2010); - veículos (março de 2010); - móveis (março de 2010); - caminhões (junho de 2010); - bens de capital (junho de 2010); - insumos da construção civil (dezembro de 2010). 25 MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO Governo precisa reforçar seu compromisso de austeridade fiscal. Resultado Primário do Setor Público (% do PIB) 4 ,5 % 4 ,2 % 4 ,2 % 4 ,0 % 3 ,5 % 3 ,0 % 2 ,5 % 2 ,2 % 2 ,0 % 1 ,5 % 1 ,0 % 1 ,0 % 0 ,5 % fe v/0 5 ju l/0 5 d e z/0 5 m a i/0 6 o u t/0 6 m a r/0 7 a g o /0 7 ja n /0 8 ju n /0 8 n o v/0 8 a b r/0 9 se t/0 9 fe v/1 0 Fonte: Banco Central do Brasil. 26 MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO Agenda de Investimento: PAC 2007 - 2010 • No âmbito do PAC já foram realizados investimentos em 4,9 mil km de rodovias, sete aeroportos, três terminais hidroviários e financiadas 218 embarcações e 2 estaleiros da Marinha Mercante. • Foram destinados recursos para geração de 5,9 mil MW, 78 usinas de combustíveis renováveis, 2,4 mil km de gasoduto, 7,4 mil km de linhas de transmissão, nove empreendimentos de refino, além de investimentos em campos de petróleo e gás natural. • Os projetos sociais e urbanos desdobraram-se em financiamento habitacional, Luz para Todos, construção de 7,9 mil cisternas, 64 obras de saneamento, metrô e 99 empreendimentos no setor habitacional. * Fonte: SOF (ref.:31/12/2009) (*) não inclui Prog. Minha Casa Minha Vida. 27 MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO Agenda de Investimento: PAC 2007 - 2010 Resultados do PAC 2007-2010 Fonte: Presidência da República 28 MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO Agenda de Investimento: PAC 2 2011 - 2014 Fonte: Presidência da República 29 MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO Agenda de Investimento: PAC 2 2011 - 2014 Fonte: Presidência da República 30 MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO Agenda de Investimento: Pré-Sal • Nos próximos anos, o Brasil produzirá apenas nas áreas já concedidas do Pré-Sal quase o mesmo volume produzido atualmente no País. • A exploração criará demanda significativa de longo prazo para os fornecedores de bens e serviços, que estão sendo atendidos com financiamentos do BNDES. E stim a tiva d e P ro d u çã o n o P ré -S a l co n ce d id o (m il b a rris p o r d ia ) B N D E S : P ro je to s n o S e to r d e P e tró le o e G á s (R $ b ilh õ e s ) 1 .8 1 5 6 ,8 1 .3 3 6 4 ,0 3 ,2 582 2 ,4 1 ,2 219 0 ,4 2013 2015 2017 2020 P la ta fo rm a s p e río d o F o n te : P e tro b ra s Navegação de A p o io M a rítim o c o n tra ta d a s /a p ro v a d a s E la b o ra çã o : A sse c/M P . F o n te : B N D E S P e tro le iro s 0 ,1 E s ta le iro s e m a n á lis e /e n q u a d ra d a s E la b o ra çã o : A sse c/ M P . 31 MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO Agenda de Investimento: Copa do Mundo - 2014 e Olimpíadas - 2016 • Investimentos previstos de R$ 38 bilhões para a Copa do Mundo (e Copa das Confederações) e de R$ 26 bilhões para as Olimpíadas, com recursos públicos e privados. • O CMN aprovou R$ 5 bilhões de financiamento do BNDES aos Estados para financiamento da construção de estádios de futebol e R$ 8 bilhões de financiamentos com recursos do FGTS e do BNDES para projetos de mobilidade urbana diretamente associados à Copa de 2014. • Para as Olimpíadas, o PAC prevê a ampliação do aeroporto do Galeão e melhorias no sistema de transporte público carioca. No total, são quase R$ 11 bilhões só em infra-estrutura de transporte até 2016. 32 MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO Agenda de Investimento: Copa do Mundo - 2014 e Olimpíadas - 2016 C opa do M undo 2014 In ve s tim e n to s (R $ m ilh õ e s ) F o n te G o ve rn o F e d e ra l G o ve rn o F e d e ra l G o ve rn o G o ve rn o (C A IX A ) (B N D E S ) E s ta d u a l M u n ic ip a l T o ta l 6 .4 3 6 4 .9 2 7 4 .0 1 1 P a rtic ip a ç ã o 37% 29% 23% F o n te : C G U O u tro s T o ta l 1 .4 6 5 333 1 7 .1 7 2 9% 2% 100% E la b o ra çã o : A sse c/M P . O lim p ía d a s 2 0 1 6 In ve s tim e n to s (R $ m ilh õ e s ) F o n te S e to r P ú b lic o T o ta l T o ta l 1 1 .8 8 2 637 1 2 .5 1 8 95% 5% 100% P a rtic ip a ç ã o F o n te : C G U C o m itê O rg a n iza d o r E la b o ra çã o : A sse c/M P . 33 MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO Agenda de Investimento: Habitação e Saneamento A estabilidade econômica, o aumento da massa salarial e do financiamento levaram a um forte crescimento do mercado imobiliário. Nesse cenário, o Programa Minha Casa, Minha Vida contempla prioritariamente as faixas de renda e regiões que concentram o déficit habitacional. Com isto, o Programa reduzirá em 14% o déficit habitacional do País. • Acesso a 1 milhão de moradias às famílias com renda até 10 SM; • Subsídio integral com isenção do seguro para famílias até 3 SM; • Aumento do subsídio parcial em financiamentos com redução dos custos do seguro e acesso ao Fundo Garantidor para famílias entre 3 e 6 SM; • Estímulo à compra com redução dos custos do seguro e acesso ao fundo garantidor para famílias entre 6 e 10 SM. Recursos: R$ 34 bilhões Orçamento Geral da União: R$ 25,5 bilhões; FGTS: R$ 7,5 bilhões; BNDES: R$ 1,0 bilhão. 34 MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO Agenda de Investimento: Habitação O número de unidades financiadas pelo FGTS no 1º trimestre deste ano cresceu 120% em relação ao mesmo período de 2008. U n id a d e s F in a n c ia d a s p e lo F G T S 1 1 8 .8 0 7 8 4 .8 4 9 5 3 .9 4 2 1 º trim 0 8 F o n te : C E F 1 º trim 0 9 1 º trim 1 0 E la b o ra ç ã o : M P /A s s e c . 35 MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO Agenda de Investimento: Habitação O número de unidades financiadas pelo SBPE nos dois primeiros meses deste ano cresceu 32% em relação ao mesmo período de 2008. U n id a d e s F in a n c ia d a s p e lo S B P E 4 7 .6 2 7 F o n te : C E F 3 5 .9 6 8 3 4 .1 8 3 J a n -F e v 0 8 J a n -F e v 0 9 J a n -F e v 1 0 E la b o ra ç ã o : A s s e c /M P . 36 MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO • INFRAESTRUTURA ENERGÉTICA Os investimentos do PAC-1 em infraestrutura energética no Estado do Espírito – PAC 1 Santo seguem a seguinte estratégia: •Garantir a segurança energética e modicidade tarifária para o Espírito Santo e Região Sudeste; •Ampliar da malha de gasodutos garantindo suprimento de gás natural; •Desenvolver e ampliar a produção de petróleo no Estado. Empreendimentos Concluídos: 8 de Geração de Energia Elétrica 1 de Transmissão de Energia Elétrica 7 de Petróleo e Gás Natural Empreendimentos em execução ou em ações preparatórias: 8 de Geração de Energia Elétrica 2 de Transmissão de Energia Elétrica 9 de Petróleo e Gás Natural 7 de Geologia e Mineração • INFRAESTRUTURA ENERGÉTICA MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO Os empreendimentos de infraestrutura energética – PAC 1 Santo são: no Estado do Espírito MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO • INFRAESTRUTURA ENERGÉTICA – PAC 1 Destaque: PLATAFORMA P-57 – CAMPO JUBARTE FASE 2 DESCRIÇÃO: Compreende a perfuração, complementação e interligação submarina de 15 poços produtores e 7 injetores, com a construção e instalação de um FPSO, com capacidade de processamento de 180 mil bpd e compressão de 2 milhões m³/dia de gás, além da instalação do gasoduto necessário para exportação UF: ES Meta: 180 mil bpd de óleo Data de início da operação: 31/12/2010 Data de conclusão: 31/07/2013 Investimento previsto 2007-2010: R$ 3,1 bilhões Investimento previsto após 2010: R$ 2 bilhões Empreendedor: Petrobras 100% MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO • INFRAESTRUTURA ENERGÉTICA – PAC 2 No PAC 2 o Estado do Espírito Santo contará com empreendimentos em todas as áreas de infraestrutura energética: Geração de Energia Elétrica Transmissão de Energia Elétrica Petróleo e Gás Natural Geologia e Mineração MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO • INFRAESTRUTURA ENERGÉTICA – Destaque: PAC 2 Exploração e Produção na Bacia de Campos INFRAESTRUTURA ENERGÉTICA – PAC 2 MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO Destaque: Exploração e Produção no Pré-Sal EXPLORAÇÃO E PRODUÇÃO – PRÉSAL Investimento – R$ 125,7 bilhões 2011-2014 – R$ 64,5 bilhões Pós 2014 – R$ 61,2 bilhões MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO Rodovias – Região Sudeste PAC: Ação Preparatória Aeroporto de Vitória: Terminal de Carga e de Passageiros Licitação da Obra: Porto de Vitória: Ampliação do Cais Comercial e Dragagem e Derrocagem Porto de Barra do Riach: Dragagem BR-262/ES Adequação BR-101/ES Contorno de Vitória BR-101/ES Adequação BR-282/ES Contono de Cachoeiro do Itapemirim Obras que finalizam em 2010 Obras que continuam após 2010 PAC II Espírito Santo MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO Saneamento (PAC - Espírito Santo) Abastecimento de Água Desenvolvimento Institucional Esgotamento Sanitário Estudos e Projetos Manejo de Águas Pluviais FIN Saneamento Integrado 16 2 16 13 5 5 Custo Total das Obras (incl. contrapartida) 125.706.847 16.145.025 262.469.711 2.264.325 111.543.489 157.443.853 FIN Total 57 675.573.251 131.022.400 2 1 1 1 50.533.715 400.481 55.890.207 56.038.721 24.377.272 8.139.870 5 62 162.863.123 838.436.374 32.517.142 163.539.542 Fonte Modalidade Esgotamento Sanitário Estudos e Projetos Manejo de Águas Pluviais OGU Saneamento Integrado OGU Total Total Global Quantidade de Obras Valor já transferido pela Caixa 35.953.140 12.715.292 45.621.679 767.815 3.395.408 32.569.066 MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO Habitação (PAC - Espírito Santo) Modalidade Projetos Multissetoriais Integrados Urbanização de Assentamentos Precários Urbanização - FNHIS Provisão Habitacional - FNHIS Planos Locais de Habitação - FNHIS Total Custo Total Valor já Quantidade das Obras transferido pela de Obras (incl. Caixa contrapartida) 2 2 7 7 25 16 55 57 53.249.842 53.249.842 139.295.232 54.113.963 17.393.770 925.186 211.728.151 264.977.993 9.931.955 9.931.955 17.826.478 766.848 2.886.616 0 21.479.942 31.411.898 MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO Obrigado! MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO Principais medidas adotadas em 2008: Crédito • Redução do recolhimento do compulsório (R$ 99,8 bilhões); • Linha adicional do BNDES para capital de giro (R$ 10,0 bilhões); • Reforço no capital do BNDES (R$ 100 bilhões); • Linhas Adicionais dos Bancos públicos (CEF, BB e Nossa Caixa) para: - financiamento de bens de consumo duráveis (R$ 2 bilhões); - construção civil (R$ 3 bilhões); - veículos (R$ 8,0 bilhões); - micro e pequenas empresas (R$ 5,0 bilhões) - agricultura (R$ 5,0 bilhões) • Autorização para o BB e CEF comprarem outros bancos (MP 443); • Seguro de até R$ 20 milhões do fundo garantidor de crédito para depósitos a prazo em bancos pequenos; • Autorização para o Banco Central comprar carteiras de crédito de bancos em dificuldades. 49 MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO Principais medidas adotadas em 2008: Câmbio • BCB vendeu divisas no mercado à vista (US$ 14,5 bilhões) ; e criou linhas com compromisso de recompra (US$ 9,7 bilhões); • BCB realizou leilões de swap cambial no mercado futuro (US$ 32,4 bilhões); • Acordo com o Banco Central dos EUA, estabelecendo linha de troca (swap) de dólares americanos por reais (US$ 30 bilhões); • BCB criou linha de crédito para os exportadores, com dinheiro das reservas internacionais (US$ 10,6 bilhões); • BNDES aumentou o volume da linha de crédito para financiamento de pré-embarque de exportações (R$ 5,0 bilhões). 50 MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO Principais medidas adotadas em 2008: Atividade • postergar recolhimento de tributos federais: - IR na fonte e Previdência (do dia 10 para dia 20), IPI (do dia 15 para dia 25), e PIS/Cofins (do dia 20 para dia 25); • redução da carga tributária: - criação de novas alíquotas (7,5% e 22,5%) do IR Pessoa Física, - redução do IOF para operações de crédito e - redução de IPI para: - automóveis, caminhões e motos, materiais de construção, eletrodomésticos (linha branca), bens de capital - redução a zero do PIS/Cofins sobre trigo, farinha de trigo e pão francês 51 MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO Principais medidas adotadas em 2008: Habitação • Programa Minha Casa, Minha Vida: sustentar investimento da Construção Civil e reduzir o déficit habitacional: - Meta: construir 1 milhão de novas moradias; - Distribuição das novas moradias conforme a renda: - 0 to 3 salários mínimos: 400 mil unidades (subsídio total); - 3 to 6 salários mínimos: 400 unidades; - 6 to 10 salários mínimos: 200.000 unidades. - Custo total do Programa R$ 34,0 bilhões, dividido em : - R$ 20,5 bilhões para o Governo Federal; - R$ 7,5 bilhões do FGTS; - R$ 1,0 bilhão do BNDES; - R$ 5,0 bilhões (para financiar a Infraestrutura. 52