Seminário apresentado ao professor Ruy Palhano Disciplina de Psiquiatria Definição FOBIA: Medo persistente e irracional; Medo de um objeto ou situação; Provoca ansiedade antecipatória; Comportamento de esquiva do objeto ou situação. Classificação FOBIA SOCIAL: Medo excessivo de humilhação ou embaraço em vários contextos sociais; Generelizada: medo em quase todas as situações sociais; Circunscrita: medo em determinadas situações. FOBIA ESPECÍFICA: Medo acentuado e persistente de um objeto ou situação discernível . Classificação O Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais – IV (DSM-IV) descreve 5 fobias específicas: Animais; Aspectos naturais do ambiente (ex: trovões, tempestades, etc.); Sangue, injeções ou feridas; Situações pré-definidas (ex: alturas, andar de avião, andar de elevador, etc.); Outros tipos (ex: contrair uma doença, etc.). Epidemiologia 5-15% da população mundial apresenta sintomas fóbicos; Pode iniciar entre 5-35 anos, geralmente na adolescência; A fobia específica é mais comum que a social; Mulheres são mais acometidas pela fobia específica; Mulheres e homens são igualmente acometidos pela fobia social; Há interação de fatores genéticos. Quadro Clínico FOBIA SOCIAL: quando obrigada a passar pelas situações sociais que tem medo, o indíviduo tem sintomas de ansiedade e sintomas somáticos; Palpitações; Tremores; Calafrios; Calores súbitos; Sudorese; Náusea. Pode levar à desmoralização, isolamento e compromento interpessoal e laborativo; O início da doença é normalmente insidioso, porém, pode ser agudo em situações pós-traumáticas. Quadro Clínico FOBIA ESPECÍFICA: 3 comportamentos básicos: Medo; Esquiva; Ansiedade antecipada; Sintomas somáticos. Também pode haver: Reações de choro; Imbobilidade; Agitação. Características da Pessoa com Fobia MEDEIROS, GA (2006) “Geralmente são pessoa que tiveram educação rígida, estimuladora da ordem, da consequência e do compromisso. São excessivamente preocupadas com o julgamento alheio e tendem a ser perfeccionistas. Costumam ser responsáveis e ter bom desempenho profissional”. Diagnóstico Clínico para os dois tipos de fobia; Baseado nas características da doença e na história do paciente (importância da anamnese); Pesquisar história familiar (contribuição genética). Diagnóstico Critérios: Medo persistente (cronicidade); Há comprometimento da capacidade funcional; Esquiva ou antecipação interferem na rotina do indivíduo; Há esquiva da situação fóbica ou ela é enfretada com muito sofrimento. Diagnóstico Medo irracional pode ser descrito pelo próprio paciente; Diagnóstico diferencial com outros transtornos; Exemplo: Na Fobia: sintomas desencadeados pelo estímulo fóbico (objeto, situação ou contexto social); Na Síndrome do Pânico: ataques espontâneos, não havendo desencadadores específicos. Tratamento Comportamental: dessensibilização do indivíduo ao agente fóbico com técnicas de relaxamento e autocontrole; Cognitivo: reestruturação de pensamentos anômalos referentes ao estímulo fóbico; Psicodinâmico: entendimento e elaboração do significado da doença e dos sintomas; Farmacológico: utilização de drogas que controlem os sintomas e permitam que o indivíduo recupere a capacidade funcional. Tratamento FOBIA SOCIAL: Psicoterapia e terapia farmacológica são úteis; Fármacos de escolha: Inibidores Seletivos da Recaptação de Serotonina (ISRS) – A Paroxetina é a mais bem documentada; Benzodiazepínicos: controle sintomático; Beta-bloqueadores: controle sintomático; Antidepressivos: Venfalaxina, Buspirona; Tratamento FOBIA ESPECÍFICA: Os antidepressivos não são a primeira escolha; Papel importante da terapia comportamental (exposição do agente fóbico); Farmacoterapia: Benzodiazepínicos; Beta-bloqueadores – úteis principalmente em fobias associadas à síndrome do pânico. Conclusões Importância da terapia comportamental em determinados casos; Importância do controle sintomático; Necessidade de realizar diagnóstico diferencial ou encontrar comorbidades psiquiátricas. Referências MEDEIROS, GA. Sistema de realidade virtual para tratamento de fobias. Dissertação. Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ. 2006. MEDGRUPO. Volume de Psiquiatria. São Paulo, São Paulo. 2010. CASTILLO et al. Transtornos de Ansiedade. Rev. Bras. Psiquiatr. vol.22 s.2. São Paulo. Dezembro. 2000.