O Brasil em perspectiva
A grande janela de
oportunidades
(O Brasil decola)
A grande janela de oportunidades
Linha do tempo das conquistas da sociedade brasileira
...
DÉCADA DE 80
DÉCADA DE 90
A consolidação
democrática e
institucional
A estabilização da
moeda e da
economia
ANOS 2000
...
Os programas sociais, o crescimento
econômico e redução da desigualdade.
Receita do Governo Federal cresce de
500 bi para 1,2 tri
O que deixou de ser feito
O Brasil não aproveitou a janela de oportunidades para construir os
pilares do desenvolvimento sustentado:
• A infraestrutura
• As reformas institucionais de 2ª geração
• A reforma educacional para formação de capital humano
• Manter os fundamentos da economia
O que deixou de ser feito: a infraestrutura
Apesar do crescimento da receita, o
Governo continua investindo apenas 1,4%
investe 1%. Total de 2,4% é muito baixo (Abdib).
A média mundial é de 3,8% (The Economist)
Fonte: Trata Brasil
do PIB em infraestrutura. O setor privado
• Déficit em saneamento:
313 bi (Instituto Trata Brasil/Cebds)
40 anos para universalização
Fonte: PNAD/IBGE
• Déficit em energia e logística:
1 tri e 800 bi (CNI)
O que deixou de ser feito: as reformas
Brasil não simplificou seu ambiente de negócios para torná-lo mais atrativo
ao investimento e aumentar a produtividade da economia
• O Brasil é o 120º entre 189 países
de melhores ambientes para negócios:
Fonte: Doing Business
(Doing Business 2015 -BIRD)
Colômbia
34º
Peru
35º
Chile
41º
Uruguai
82º
Paraguai
92º
Equador
115º
Brasil
120º
Argentina
124º
• Ranking do Brasil, segundo
levantamento realizado entre 144
países pelo World Economic Forum:
(Global Competitiveness Report)
BRASIL
Burocratização
137º
Regulamentação
143º
Transparência
128º
O que deixou de ser feito: Reforma Tributária
Brasil: evolução carga tributária bruta
35.0
32.2
29.8
30.0
25.0
9.8
29.0
9.6
29.0
9.4
32.9
34.4
31.9
31.5
32.2
34.2
34.5
34.5
10.1
10.5
10.3
10.5
33.4
33.3
33.5
10.3
10.4
35.3
35.9
36.0
+ 6,2
10.6
11.1
11.2
+ 1,4
24.7
24.8
24.8
+ 4,8
2011
2012
2013
29.8
9.7
10.2
22.5
22.8
10.8
9.8
10.0
10.0
22.1
21.5
22.2
23.3
23.8
24.2
24.0
23.0
23.2
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
9.3
20.0
15.0
10.0
20.0
19.4
19.7
20.4
23.6
5.0
Fonte: Centro de Estudos Tributários e Aduaneiros/Ministério da Fazenda
0.0
1995
1996
1997
1998
1999
2000
2001
União
2002
Estados e Municípios
Total
Fonte: Centro de Estudos Tributários e Aduaneiros/Ministério da Fazenda
40.0
O que deixou de ser feito: Reforma Tributária
Sistema Tributário injusto, complexo, burocrático e pouco transparente:
• Quem ganha até 2 salários mínimos, paga 48,8% da renda em tributos
• Quem ganha mais de 30 salários, paga 26,3%
• Estudo do IBPT mostra que depois da Constituição foram editada 4.960.610 normas tributárias,
federais, estaduais e municipais
37.3
35.9
35.5
28.7
26.3
26.0
25.8
22.2
20.8
20.2
19.6
19.4
18.1
17.6
13.7
7.3
Argentina
Basil
Média
OCDE
Rússia
Uruguai
Bolívia
África do Média
Sul
América
Latina
Chile
Equador Colômbia
China
Peru
Paraguai Venezuela
Índia
Fonte: Centro de Estudos Tributários e Aduaneiros
Ministério da Fazenda/OCDE/Heitage Foundation
Carga Tributária: Brasil, América Latina, BRICS e médias OCDE e América Latina
O que deixou de ser feito: Reforma Trabalhista
“Impor regras rígidas em situações voláteis e heterogêneas, conspira contra a
eficiência dos negócios e a qualidade de vida dos trabalhadores. Ao mesmo
tempo, inibe a inovação e encarece a produção.”
“Para vencer a concorrência externa, o Brasil terá que elevar muito o atual nível
de produtividade, que hoje é de 20% da produtividade americana. Admitir a
terceirização, praticar a produção em rede e abrir espaços para contratação
(legal) de novas formas de trabalhar exige a modernização da legislação
trabalhista.
José Pastore
O que deixou de ser feito: Reforma da Previdência
Déficit da Previdência Social
• Os adultos crescem a taxas decrescentes,
enquanto os idosos crescem a uma taxa quatro
vezes maior
• O INSS deverá aumentar sua despesa de 7,14 em
2014 para 8,67 em 2030 e 12,63 do PIB em 2050
• Com a extinção do fator previdenciário, a despesa
aumentará, pelo menos, 0,3% do PIB a cada ano
O Ajuste Inevitável (Folha de São Paulo, 19/07/15)
Mansueto Almeida, Marcos Lisboa e Samuel Pessoa
O que deixou de ser feito: Reforma Educacional
Percentual de alunos com aprendizado adequado
9º Ano (8ª série) do Ensino Fundamental
Percentual de alunos com aprendizado adequado
3º Ano do Ensino Médio
O que deixou de ser feito: Reforma Educacional
Percentual de alunos com conhecimento adequado
Prova Brasil 2013
Fonte: Todos Pela Educação
O que deixou de ser feito: Reforma Educacional
Jogamos fora nossa
grande janela de
oportunidades
(O Brasil estragou tudo?)
Jogamos fora nossa grande janela de oportunidades
Os pilares da macroeconomia foram demolidos:
• Modelo baseado no aumento do consumo das famílias e do custeio do Estado: famílias
endividadas (46,3% da renda) e Estado com déficit primário pela primeira vez, desde 1994 (32,5 bi)
• Baixa poupança, baixa taxa de investimento e baixo crescimento (0,1% em 2014)
• Aumento do déficit em conta corrente
• Fraudes fiscais
• Aumento da dívida pública
• Aumento da inflação
• A desigualdade parou de cair depois de uma década (Pnad 2012)
• Populismo tarifário custa 100 bi a Petrobras e 105 bi ao setor elétrico
(Petrobras - 2010: US$ 228,2 bi / 2015: US$ 44,4 bi | Eletrobras - 2010: R$ 46 bi / 2014: R$ 11 bi)
• Agroindústria do álcool sofre os efeitos: 70 usinas fechadas e 67 em recuperação judicial
Jogamos fora nossa grande janela de oportunidades
Taxa de Investimento no Mundo (% PIB) - 2013
49
China
Índia
Coreia
Equador
Austrália
Peru
Colômbia
Canadá
Chile
Uruguai
Rússia
França
México
Japão
Costa Rica
Estados Unidos
África do Sul
Alemanha
Espanha
Bolívia
Itália
Argentina
Brasil
Portugual
Paraguai
Grécia
33
29
29
28
28
25
24
24
24
23
22
22
21
21
20
20
19
19
19
18
18
18
15
15
Fonte: Banco Mundial
12
0
10
20
30
40
50
60
Dívida Pública Bruta (% do PIB)
Brasil: Dívida Pública Bruta (% do PIB)
70.0
59.9
60.0
50.4
53.1
56.0
56.4
56.4
58.0
63.4
60.9
58.8
57.7
53.4
54.2
56.7
Países/Áreas
Dívida
Bruta/PIB
(%)
50.0
40.0
30.0
Brasil
65,8
Índia
60,5
África do Sul
47,9
China
40,7
Emergentes
40,1
Rússia
15,7
20.0
10.0
-
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Fonte: Banco Central do Brasil
Fonte: World Economic Outlook/IMF
Queda da Conta Corrente
Brasil: Saldo da Balança de Transações Correntes (US$ bilhões) – 2000 a 2014
-104,8
Fonte: Revista Veja, 01/07/2015
A Crise
A Crise
• Governo Federal insolvente corta todos os investimentos e reduz meta do
superávit primário de 66,3 para 8,7 bi
• Receita do primeiro semestre cai 3% e custeio aumenta 4%
• Inflação ultrapassa teto da meta
• Taxa de juros sobe: aumentam o endividamento das famílias e a dívida pública
• Desemprego aumenta. Renda cai
• Aumenta a reprovação do Governo
• A crise econômica instala a crise política
• Cai o nível de confiança na economia
Crise: Inflação
Brasil: IPCA acumulado (%) – Jan/2010 a Jun/2015
TETO DA META
CENTRO DA META
PISO DA META
Crise: Taxa de Juros
Brasil: Taxa Selic (% a.a) - 2000 a 2015
30,00
26,50
25,00
20,00
25,00
24,50
21,00
19,00
17,50
15,00
19,00
18,00
16,75
Taxa (%) SELIC
22,00
19,75
19,00
17,50
17,75
16,75
16,00
18,50
17,25
15,25
13,75
13,75
13,25
13,00
12,00
12,50
11,75 13,25
12,00
11,25
11,00
11,00
11,25
10,75
11,25
10,50
9,75
9,25
10,00
8,50
8,75
8,50
7,25
15,25
10,00
5,00
0,00
2000
2001
2002
2003
Fonte: BCB. Elaboração Ceplan
2004
2005
2006
2007
20082009 2010 2011
2012
2013
2014 2015
Crise: Desemprego Aumenta, Renda Cai
A crise econômica instala a crise
política
Cai o nível geral de confiança na
economia
Vendo-se enganada, e diante do maior
escândalo de corrupção da história, a
população reprova o Governo. Instala-se a
crise política. O Congresso Nacional passa
a votar sistematicamente contra os
interesses do país, aumentando o rombo
das contas públicas
Fonte: O Povo
A Crise: Aumenta a Reprovação do Governo
O que fazer?
“O Brasil já apresenta a maior carga tributária entre os países emergentes, mas a
trajetória de despesas previstas para os próximos anos requer expressivos
aumentos de tributos para evitar o aumento da dívida e a insolvência”.
“Os 12 anos de comportamento extraordinário da receita parecem ter entorpecido
a sociedade, os políticos e os formuladores da política econômica”.
“Somos um país que prometeu mais do que podia entregar. O custo do populismo
não deveria surpreender. A recessão será prolongada e o ajuste inevitável”.
O Ajuste Inevitável - Folha de São Paulo, 19/07/15 (Mansueto Almeida Júnior, Marcos Lisboa e Samuel Pessoa)
A Esperança
Apesar do desastre das políticas populistas, há um processo de
correção dos rumos.
O Brasil, entre os grandes países em desenvolvimento do mundo, é
o que tem as melhores e mais estáveis instituições.
O Brasil ainda é considerado pelos grandes agentes econômicos
internacionais como um país das oportunidades. Com o retorno da
confiança, os investimentos voltarão.
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A Crise Econômica Brasileira