NOVA REPÚBLICA O COLAPSO DO PLANO REAL E SISTEMA DE METAS DE INFLAÇÃO NOVA REPÚBLICA Em 01/01/1995 FHC assumiu a Presidência da República; PLANO REAL APRESENTA OS PRIMEIROS PROBLEMAS: Déficit na Balança Comercial, após 14 anos; Em dezembro e primeiro trimestre de 1995, foram “embora” US$ 8,2 bilhões; NOVA REPÚBLICA O impacto da crise mexicana na economia brasileira; O colapso mexicano só afetou os paises que estavam com suas contas externas fragilizadas; O quadro era agravado pelo fim da proteção externa provocada pela derrubada das tarifas de importação; NOVA REPÚBLICA AS PRIMEIRAS CORREÇÕES DO REAL O governo adotou medidas que incentivavam os exportadores a anteciparem seus contratos de exportação (ACCs); Elevação das taxas de juros (segurar a fuga de capital); Elevou as tarifas de importação de cerca de 100 produtos; NOVA REPÚBLICA AS PRIMEIRAS CORREÇÕES DO REAL Realizou a primeira desvalorização do REAL , de 5,16% em março, e outra em junho/95; Saiu os economistas da PUC “mentores do real” André Lara-Resende; Edmar Bacha; Percio Arida. NOVA REPÚBLICA Entraram os economistas: Gustavo Franco; Antonio Kandir. NOVA REPÚBLICA O governo prometeu aos grandes grupos estrangeiros que alteraria a Constituição e as leis a fim de abrir espaços em áreas reservadas ao domínio público. Petróleo; Os minérios; As telecomunicações; A energia; A navegação de cabotagem. NOVA REPÚBLICA Seria deflagrado um processo de aumento do passivo externo do país (soma de todo capital estrangeiro existente em determinado país); O déficit total das contas externas, que fora de US$ 10,4 bilhões em 1993, subiu para US$ 28,6 bilhões em 1995; NOVA REPÚBLICA Para cobrir o déficit, o governo e as empresas passariam a recorrer sistematicamente a três mecanismos: Venda de patrimônio nacional (público e privado) ao capital estrangeiro; Tomada de novos empréstimos; Incentivo a aplicação em carteira do capital estrangeiro; NOVA REPÚBLICA O Banco Central emitia títulos da dívida públicos para enxugar os reais emitidos para trocar dólares especulativos que entravam para cobrir o déficit externo e formar as reservas; Os juros altos praticados para atrair esses capitais incidiam sobre a dívida pública, fazendo-a crescer. NOVA REPÚBLICA A dívida mobiliária em poder do público (dívida em títulos), já era de R$ 61,78 bilhões quando FHC assumiu o governo, e passou para R$ 108,49 bilhões no fim do primeiro ano de governo; O conjunto da dívida do setor público, aumentou de R$ 153,2 bilhões ao final de 1994 para R$ 208,5 bilhões no fim de 1995. NOVA REPÚBLICA A crise financeira chegou a patamares tão elevados que começou a quebrar até grandes Bancos Econômico; Bamerindus; Nacional. Os juros eram tão elevados (400% a 450% aa) que inviabilizaram a capacidade de pagamento dos tomadores, gerando a inadimplência generalizada. NOVA REPÚBLICA Com o objetivo de sanear esses Bancos e entregá-los “enxutos” a Bancos estrangeiros, o governo criou o Programa de Estímulo à Reestruturação e ao Fortalecimento do Sistema Financeiro Nacional - PROER O BC assumiu que, com esse programa entregou aos Bancos R$ 20,3 bilhões; Cálculos feitos pelos economista da CEPAL indicaram a cifra de R$ 43,4 bilhões, além de assumir a “parte podre”. NOVA REPÚBLICA A agricultura, apesar de haver colhido uma supersafra naquele ano, também amargou uma profunda crise. A renda agrícola caiu 32,5%, perda equivalente a R$ 5,6 bilhões. NOVA REPÚBLICA A deteriorazação da economia prosseguiu em 1996; Taxa de crescimento do PIB e INFLAÇÃO PIB 1993 1994 1995 1996 1997 1998 4,9 5,9 4,2 2,7 3,3 0,2 22,0 9,1 4,3 2,5 INPC 2.489,0 929,0 NOVA REPÚBLICA AMEAÇA DE EXPLOSÃO DAS CONTAS EXTERNAS O DÉFICIT COMERCIAL Subiu de US$ 3,47 bilhões em 1995 para US$ 5,6 bilhões em 1996; NOVA REPÚBLICA MODELO EXPORTADOR Modelo de desenvolvimento baseado na Exportação, que viria ocupar o lugar do modelo de substituição de importações; Importação de bens de capital para ampliar e modernizar nossa indústria, o que levaria ao aumento da produtividade, e por conseguinte, da competitividade externa. NOVA REPÚBLICA Em julho de 1997 o segundo “choque externo” no rastro da crise dos tigres asiáticos deflagrada pela implosão financeira e cambial da Tailândia. Fuga de capitais do Brasil: de agosto a dezembro, perdemos US$ 10,9 bilhões das nossas reservas. NOVA REPÚBLICA REAÇÃO DO GOVERNO Á CRISE ASIÁTICA Dobrou a taxa básica de juros (22% para 43%); Aumentou os impostos dos assalariados de classe média; Cortou os incentivos fiscais do Nordeste; Cortou os investimentos públicos e os gastos sociais. NOVA REPÚBLICA SISTEMA DE METAS DE INFLAÇÃO CMN estabelece uma determinada meta inflacionária; Cabe ao BANCO CENTRAL adotar política monetária para garantir o cumprimento da meta fixada; Decisão sobre a taxa de juros é tomada pelo COPOM – Comitê de Política Monetária.