Condutas em nódulos de Tireoide Ana Paula Goes- R2 Cirurgia Geral Orientação: Saraiva Chefe do Serviço: Antonio Marcilio Quando avaliar o nódulo de tireóide? • História e exame clínico • Definir características do nódulo e presença de adenomegalia cervical • Nódulos > 1 cm devem ser avaliados • Nódulos < 1 cm devem ser avaliados se: – Forem suspeitos pela USG de malignidade – História familiar de Câncer de Tireóide – História de irradiação de cabeça e pescoço ou de corpo inteiro Risco aumentado de malignidade • • • • • • Crescimento rápido do nódulo Fixação a estruturas adjacentes Nódulo muito aderido Paralisia de corda vocal ipsilateral ao nódulo Adenomegalia regional ipsilateral História de irradiação de cabeça e/ou pescoço ou irradiação total para transplante de MOV • História familiar de câncer de tireóide ou NEM Exames laboratorias na avaliação da doença nodular • TSH sérico deve ser solicidado na avalição inicial; • Se TSH ↑, dosagem anti- TPO; • Se anti TPO ↑, USG + PAAF; Exames de imagem na avaliação da doença nodular • USG cervical: Avaliar: – Hipoecogenicidade – Microcalcificações – Margens irregulares – Aumento do diâmetro antero-posterior em relação ao transverso em nódulos não palpáveis – Adenomegalia cervical Exames de imagem na avaliação da doença nodular • Doppler • Indice de resistência • Fluxo sanguineo intranodular aumentado visualizado pelo Doppler – CHAMMAS I: Ausência de vascularização – CHAMMAS II: Apenas vascularizaçaõ periférica – CHAMMAS III: Vascularização periferica maior ou igual que a central – CHAMMAS IV: Vascularização central maior que a periférica – CHAMMAS V: Apenas vascularização cental Exames de imagem na avaliação da doença nodular • TC cervical: avaliar bócio mergulhante e compressão traqueal • Cintilografia: na suspeita de nódulo funcionante (TSH ↓) Qual o papel do PAAF? • Deve ser feito: – – – – – – – – – Nódulos > 1cm Caracteristicas USG suspeitas de malignidade Paciente submetida a radioterapia cervical prévia Nódulo suspeito em um bócio multinodular Repetição de PAAF inconclusiva ou aquele com material insuficiente Nódulo único e “frio” a cintilografia Nódulo com laudo citológico benigno que não regride, cresce ou modifica sua conscistência ( 20%) em 1 ano Nódulo em paciente com NEM Tumoração cervical pós tireoidectomia por câncer Qual o papel do PAAF? • Os resultados do PAAF são classificados em 4 categorias: – Benigno – Maligno – Suspeita de malignidade (CA folicular ou de Hürthle) – Não diagnóstica Como deve ser o seguimento dos nódulos com citologia benigna? • Seguimento clínico se nódulo palpável ou USG seriado 12-18 meses após PAAF. • Se o tamanho do nódulo permanecer estável, o intervalo pode aumentar. • Repetir o PAAF se o nódulo aumentar > 20 % Qual a conduta na avaliação de nódulos no Bócio Multinodular? • Se nenhum nódulo apresenta aspectos suspeitos na USG, o risco de malignidade é baixo • Apenas o nódulo dominante deve ser aspirado • Os nódulos >1 cm devem ser avaliados, de acordo com os critérios de malignidade Indicações de cirurgia para nódulos • Lobectomia: pode ser a opção nos nódulos solitários < 4 cm • Tireoidectomia total: nódulos > 4 cm , bilaterais ou com alto risco de malignidade; Estadiamento e avaliação de risco pré-cirurgia CA tireóide • Fatores prognósticos: – 20 a 45 anos – Sexo feminino – Sem história familiar de CA de tireóide ou irradiaçaõ cervical – Tumores papilíferos < 2cm de diâmetro, unifocais, longe da cápsula da glândula e sem infiltraçaõ finfonodal Qual o tipo de cirurgia indicada? Tireoidectomia total !!