O princípio da legalidade e a interpretação penal José Nabuco Filho 1 Introdução Função de garantia da liberdade humana Limite do poder punitivo Separação dos poderes Juiz não tem mandato 2 Legalidade Escrita (nullum crimen, nulla poena sine lege scripta) Estrita (nullum crimen, nulla poena sine lege stricta) Anterioridade (nullum crimen, nulla poena sine lege praevia) Taxatividade (nullum crimen, nulla poena sine lege certa) 3 Legalidade Escrita (nullum crimen, nulla poena sine lege scripta) Separação dos poderes Lei Sentido formal MP Vedado o uso dos costumes Jurisprudência não é fonte do DP 4 Legalidade Escrita Elementos normativos Valoração jurídica Alheia Funcionário público Documento público Valoração cultural Dignidade ou decoro Repouso noturno Ato obsceno 5 Legalidade Estrita (nullum crimen, nulla poena sine lege stricta) Dirigido ao intérprete Não veda a interpretação Limite Conteúdo semântico da norma Veda a analogia. 6 Anterioridade (nullum crimen, nulla poena sine lege praevia) Inútil a legalidade Tutela da liberdade Prevenção geral Segurança jurídica 7 Anterioridade e desdobramentos Irretroatividade da lei incriminadora Novatio legis incriminadora Irretroatividade da lei mais severa Novatio legis in pejus Retroatividade da lei mais benéfica Novatio legis in mellius Abolitio criminis 8 Taxatividade (nullum crimen, nulla poena sine lege certa) Precisa Limites seguros Violação ao fim do princípio 9 Taxatividade Nazismo “o são sentimento do povo” Stalinismo “ação socialmente danosa” Lei de Segurança Nacional “Incitar à subversão da ordem política ou social.” Alguns crimes ambientais ♦ 10 Código Penal Art. 1º - Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia cominação legal. Constituição da República, art. 5º XXXIX - não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal; XL - a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu; 11 Interpretação da lei penal 12 Interpretação da lei penal Processo Cognitivo Não volitivo Argumento por derivação 13 Métodos de interpretação Principais Gramatical ou literal Teleológico Subsidiários Sistemático Histórico 14 Método literal Imprescindível Legalidade estrita Limite da norma Conteúdo semântico Momento consumativo Verbo núcleo do tipo ♦ 15 Método teleológico Imprescindível Ratio legis Bem jurídico tutelado 16 Dupla identidade Claus Roxin Tipo e o fato Identidade literal (gramatical) Identidade teleológica 17 Método sistemático Sistema Coerência Ex: “constranger” Art. 146, 158, 197, 198, 199 e 213 Art. 216-A Arma Art. 146 – armas e 157 – arma 18 Método sistemático -2 Violência e grave ameaça Art. 157 – “mediante grave ameaça ou violência a pessoa” Art. 213 – “mediante violência ou grave ameaça” Art. 147 – “por palavra, escrito ou gesto, ou qualquer outro meio simbólico” 19 Método histórico Momento histórico da redação da lei O que motivou a criação da lei Secundário Não permite: Infiel ao texto Ex: art. 241 – ECA Internet 20 Resultado da interpretação Declarativa Restritiva Vários sentidos Menos amplo “coisa” – furto (art. 155) Valor patrimonial Extensiva “âmbito semântico da norma” Mais extenso dentre os possíveis sentidos 21 Analogia Fora do alcance semântico da norma Aplica-se a norma Caso não previsto Teleologia Lacuna Inexiste no DP Fragmentariedade 22 Diferença Interpretação Analogia extensiva Dentro do conteúdo semântico da lei 23 Fora do conteúdo da lei Casos – arma “com emprego de arma” (157, § 2º, I) Sentidos possíveis Própria Imprópria Química ou biológica Fora do alcance semântico Simulacro de arma: brinquedo/isqueiro 24 Casos – chave falsa “com emprego de chave falsa” (art. 155, § 4º, III) chave encontrada na rua 1. contrário à realidade ou à verdade; inexato, sem fundamento 2. em que há mentira, fingimento, dolo 3. que não é verdadeiro; fictício, enganoso 25 Análise de gráficos 26