ESTUDO SOBRE A CORRELAÇÃO DO POLIMORFISMO DO GENE DE REPARO XRCC7 EM MULHERES COM ENDOMETRIOSE E MULHERES NORMAIS Maria Nadiege Furtado¹; Ismael Dale Cotrim Guerreiro da Silva2; Cristina Valletta de Carvalho1,² 1- Centro Universitário Fundação Santo André - Faculdade de Filosofia Ciências e Letras; 2- Laboratório de Ginecologia Molecular do Departamento de Ginecologia da Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP/EPM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS –TRABALHO Nº 30 OBJETIVO INTRODUÇÃO A endometriose consiste no crescimento do tecido endometrial na parte externa da cavidade uterina, gerando inúmeros problemas de caráter ginecológicos, como cólicas menstruais, dores abdominais e infertilidade Atualmente, pesquisas têm sido feitas utilizando como base os polimorfismos gênicos, que são fenômenos decorrentes de processos de substituição de nucleotídeos, inserções e deleções de bases que ocorreram no processo evolutivo humano, quando presentes em genes de reparo do DNA, responsáveis por reparar erros celulares poderiam influenciar no desenvolvimento de doenças, como a endometriose. A presença de polimorfismo no gene XRCC7, ao que parece, estaria associada a um risco maior no surgimento desta doença. Com vistas para esta possível correlação foi realizado um estudo do gene de reparo XRCC7 em mulheres com endometriose e mulheres normais, a figura abaixo mostra a localização do gene em questão. (FIGURA 1). Analisar a relação existente entre o polimorfismo do gene de reparo e XRCC7G6721T, com a suscetibilidade de desenvolvimento da endometriose pélvica em mulheres com endometriose e em mulheres normais. CASUISTICA E MÉTODO O grupo de estudo foi composto por 69 pacientes com endometriose pélvica previamente atendidas no setor de Algia Pélvica do Departamento de Ginecologia da Universidade Federal de São Paulo – Escola Paulista de Medicina (UnifespEPM) e por 73 mulheres normais atendidas no Ambulatório do Setor de Climatério do Departamento de Ginecologia da Unifesp-EPM. Os DNAs foram extraídos segundo o protocolo do KIT Illustra® da GE Healthcare para células bucais. Os polimorfismos foram analisados pelo método de PCR-RFLP com primers de alelos específicos.Os produtos da PCR foram submetidos a tratamento com enzima de restrição Pvull e analisados em gel de agarose com Brometo de Etídio,como mostra a figura abaixo. (FIGURA.2) RESULTADOS PRELIMINARES Mulheres Mulheres Mulheres homozigota heterozigotas homozigotas Total s sem (mutação em com mutação mutação apenas um alelo) 15 (20,55%) 30 (41,10%) 28 (38,36%) Mulheres 13 (18,84%) com endometrios e 36 (52,17%) 16 (23,19%) Mulheres controle 73 69 80 70 60 50 40 30 20 10 M 1 2 3 4 5 6 7 0 controles endometriose Figura 1 - Padrão de Bandas do cromossomo 8 evidenciando a localização do gene XRCC7, também chamado de PRKDC. (http:w.ncbi.nlm.nih.gov/Omim/getmap.cgi?l600 899) Figura 2 - Gel de agarose 3% / brometo de etídio mostrando estudo do polimorfismo do XRCC7. Em M temos o marcador de peso molecular de 100pb. Nas linhas 4 e 6 observamos a presença de homozigose sem a mutação. Foi evidência a presença de heterozigose nas linhas 1 e 7. Nas linhas 2, 3 e 5 temos a presença da homozigose com a mutação. APOIO: