UMA NOVA MUTAÇÃO EM SÍTIO DE SPLICE EM PACIENTE BRASILEIRO COM CORÉIA-ACANTOCITOSE Autores pricila bernardi Instituição 1 1 HU-UFSC - hospital universitário-Universidade Federal de Santa catarin (Rua Professora Maria Flora Pausewang, s/nº, Trindade Florianópolis – SC – Caixa ) Resumo OBJETIVOS relatar o caso do quarto caso brasileiro com coreía-acantocitose (ChAc) e discutir acerca da dificuldade da análise genética devido a variedade de alterações subjacentes no gene VPS13A. A Coreia-Acantocitose (ChAc) é uma doença rara do movimento com transmissão autossómica recessiva. Em alguns casos tem sido alegado um padrão de transmissão autossómico dominante, mas sem fundamento. MÉTODOS Relato de caso: Reportamos um quarto caso do Brasil, homem de 42 anos, filho de pais não consanguíneos e assintomáticos, que apresentou dificuldades em andar no início dos sintomas há 5 anos. Há um ano e meio atrás o doente começou a apresentar disfagia, perda de peso, movimentos involuntários da cabeça e membros, assim como depressão. A creatinofosfatoquinase (CPK) encontrava-se elevada e os eritrócitos apresentavam acantocitose (50%). A MRI mostrou a atrofia dos núcleos caudados, a dilatação dos ventrículos laterais e atrofia generalizada do córtex cerebral. A eletromiografia revelou axonopatia sensorial. A irmã do doente exibe uma desordem do movimento semelhante, porém com sintomas mais brandos. RESULTADOS A existência de mutações no gene VPS13A revelou uma variante pontual nova em heterozigose, a qual se presume ser patogénica. A investigação de uma delecção/duplicação grosseira encontra-se em curso. CONCLUSÃO Até a data atual, foram reportados apenas 3 doentes no Brasil com ChAc. A análise do gene VPS13A confirmou o diagnóstico em dois dos três casos, dos quais um apresentava uma grande delecção do gene. No terceiro caso apenas uma mutação pontual foi detectada em heterozigose. Enquanto todos os casos com apenas uma mutação detectada não forem devidamente analisados a transmissão autossómica dominante não deve ser alegada. Apontamos as semelhanças clínicas da ChAc com outras desordens do movimento (especificamente a doença de Huntington) de modo a diagnosticar futuros doentes com suspeita desta rara doença no Brasil. Palavras-chaves: coréia-acantocitose, huntington, mutação em sítio de splice, deleção Agência de Fomento: