Os primeiros filósofos
Tales de Mileto – Anaximandro de Mileto –
Anaxímenes de Mileto
Empédocles de Agrigento– Anaxágoras de
Clazômenas – Demócrito de Abdera – Heráclito
de Éfeso – Parmênides de Eleia
Os primeiros filósofos.
Cosmólogos
Fisiólogos
Pré-socráticos
Filósofos da Natureza
Problemas
Investigavam dois problemas a respeito da
natureza:
• A constituição fundamental das coisas;
• Como a natureza havia surgido.
Perguntas
• Como surgiu o universo?
• Quais seus componentes?
• Qual a essência da realidade?
Escola Jônica
Tales de Mileto
Anaximandro de Mileto
Anaxímenes de Mileto
Anaxágoras de Clazômenas
Tales de Mileto (623 - 548 a.C.)
“Tudo é água”.
Tales de Mileto (623 - 548 a.C.)
• É considerado o primeiro cosmólogo pois
busca na natureza o arché (princípio gerador
de todas as coisas).
• Afirmou que este arché é a água, pois tudo o
que existe se origina nela e que desta
substância, teria havido evolução, por
processos naturais.
Tales de Mileto (623 - 548 a.C.)
• É considerado o precursor do pensamento
filosófico, pois diferentemente do que era
concebido, com inferências divinas, ele
acreditava
que
a
physis
sofria
transformações ao longo do tempo.
• Inaugura, portanto, os métodos de
observação e especulação distinto das
explicações religiosas de sua época.
Anaximandro de Mileto
( 610 - 546 a.C)
“Princípio dos seres é o
ilimitado. Pois donde a
geração é para todos os
seres, é para onde também a
corrupção se gera segundo
o necessário; pois concedem
eles mesmos justiça e
deferência uns aos outros
pela injustiça, segundo a
ordenação do tempo”
Anaximandro de Mileto
( 610 - 546 a.C)
• Afirmou que a origem de todas as coisas seria
o Ápeiron, o infinito. O apeíron é eterno e
indivisível, infinito e indestrutível. O princípio
é o fundamento da geração de todas as coisas,
a ordem do mundo evoluiu do caos em
virtude deste princípio.
Anaximandro de Mileto
( 610 - 546 a.C)
• O mundo se dissolveria no Ápeiron também.
É apenas um mundo dentre muitos. Ao
contrário de Tales não deu à gênese um
caráter material.
• Supôs a geração espontânea dos seres vivos e
a transformação dos peixes em homens.
Anaximandro imaginava a terra como um
disco suspenso no ar. Diz-se também, que
preveniu o povo de Esparta de um terremoto.
Anaxímenes de Mileto (585-524 a.C.)
Todas as coisas se
originam devido ao grau
de
condensação
ou
rarefação do ar, a mesma
causa também do frio e
do calor.
Anaxímenes de Mileto (585-524 a.C.)
• Propôs o ar como arché.
• Foi o primeiro a considerar que a lua recebe a
luz do sol. Era companheiro de Anaximandro.
Hegel diz que Anaxímenes ensina que nossa
alma é ar, e ele nos mantém unidos, assim um
espírito e o ar mantém unido o mundo inteiro.
Espírito e ar são a mesma coisa.
Anaxímenes de Mileto (585-524 a.C.)
• A substância da origem volta a ser uma coisa
determinada como em Tales. Anaxímenes
identificou o ar talvez porque tenha visto seu
movimento incessante, e que a vida e o ar
andam juntos, na maioria dos casos. A
respiração é um processo vivificante,
dependemos dela durante toda a nossa vida.
Ele via que no céu existem nuvens, e que a
matéria possui diferentes graus de solidez.
Secundários
Empédocles de Agrigento
Anaxágoras de Clazômenas
Empédocles de Agrigento
(490 - 430 a.C.)
“Quatro raízes de
todas as coisas:
fogo, ar, água e
terra.”
Empédocles de Agrigento
(490 - 430 a.C.)
• Primeiro filósofo nascido no Ocidente.
• Defendeu a teoria dos poros como passagens
respiratórias do corpo, e a da visão como o
encontro de um raio que emanava dos
próprios olhos sobre as efluências do objeto.
Empédocles de Agrigento
(490 - 430 a.C.)
• Substituiu, pois, a busca dos jônicos de um
único princípio das coisas para interpretação
do universo pelo de que "todos os fenômenos
da natureza são resultado da mistura de
quatro elementos: água, fogo, ar e terra".
• Para que isso ocorresse teorizou os seus dois
princípios: o amor como fator de união, e o
influxo do ódio para a divisão.
Anaxágoras de Clazômenas
(500 - 428 a.C.)
“O visível abre
nossos olhos ao
invisível.”
“Prefiro uma gota
de sabedoria a
toneladas de
riqueza.”
Anaxágoras de Clazômenas
(500 - 428 a.C.)
• Foi o primeiro filósofo a se transferir para
Atenas, de onde foi banido por considerar o
sol uma pedra incandescente e a lua uma
Terra, negando a divindade desses corpos
celestes.
• Atenas considerava a novidade, a Filosofia,
uma impiedade e ateísmo. Anaxágoras se
recusava a prestar culto aos grandes deuses
gregos.
Anaxágoras de Clazômenas
(500 - 428 a.C.)
• Disse que as coisas corpóreas eram infinitas, e
elas pareciam engendrar-se e destruir-se pela
combinação e dissolução. No início, todas as
coisas seriam infinitas em quantidade e
pequenez, pois o pequeno também era
infinito. Toda a matéria estava condensada.
Anaxágoras de Clazômenas
(500 - 428 a.C.)
• Em cada minúscula partícula, ou semente, há
uma parte de todas as coisas, pois todas as
coisas são formadas por estes compostos e
sementes.
• As homeorias (sementes) se organizam devido
ao Nous (espírito inteligente e puro),
formando tudo o que existe.
• O Nous e homeorias são o arché.
Escola Atomista
Demócrito de Abdera
(460 - 370 a.C)
“Tudo que existe
no universo é
fruto do acaso e
da necessidade”.
Demócrito de Abdera
(460 - 370 a.C)
• Desenvolveu a teoria dos indivisíveis proposta
por Leucipo de Mileto.
• Livra-se de influências misticistas e
antropomórficas, desenvolvendo um
materialismo puramente mecanicista.
• Somente há o pleno e o vazio, movimentandose os átomos no espaço constituído pelo
vazio.
Demócrito de Abdera
(460 - 370 a.C)
• Diógenes Laércio diz em seu informe sobre o
atomismo de Demócrito: "Opinou o seguinte:
o princípio de todas as coisas são os átomos e
o vazio; tudo o mais é opinião”.
Demócrito de Abdera
(460 - 370 a.C)
• Os cosmos [ou mundos] são ilimitados;
surgem e se decompõem. Nada pode vir à
existência a partir do não existente; nada do
que é, passa ao que não existe. E os átomos
são ilimitados em tamanho e multidão.
Movem-se em vórtice em todo o universo, e
geram todas as coisas compostas - fogo, água,
ar, terra; pois todas estas coisas são
conglomerados de átomos, sendo estas pela
sua solidez impassíveis e inalteráveis.
Escola Mobilista
Heráclito de Éfeso
Heráclito de Éfeso (535 – 475 a.C.)
“Não podemos
nos banhar
duas vezes no
mesmo rio”.
Heráclito de Éfeso (535 – 475 a.C.)
• Tanto o bem como o mal são necessários ao
todo. Deus se manifesta na natureza, abrange
o todo e é crivado de opostos.
• O logos é o princípio cósmico, elemento
primordial, e a razão do real, a inteligência. A
verdade se encontra no devir , não no ser.
Heráclito de Éfeso (535 – 475 a.C.)
• Afirmava que todas as coisas estão em
movimento como um fluxo perpétuo. A lei
fundamental do Universo é o devir, que
significa contínuas transformações.
• Tudo flui e nada fica como é. Coisa alguma é
estável.
• O arché é o fogo.
Heráclito de Éfeso (535 – 475 a.C.)
• Grande representante do pensamento
dialético.
• Concebia a realidade do mundo como algo
dinâmico, em permanente transformação.
• Para ele, a vida era um fluxo constante,
impulsionado pela luta de forças contrárias.
• Afirmava que “a luta é a mãe, rainha e
princípio de todas as coisas”.
Heráclito de Éfeso (535 – 475 a.C.)
• É pela luta das forças opostas que o mundo se
modifica e evolui. Heráclito imaginava a
realidade dinâmica do mundo sob a forma de
fogo, com chamas vivas e eternas, governando
o constante movimento dos seres.
Escola dos Eleatas
Parmênides de Eleia
Zenão de Eleia
Parmênides de Eleia
(530 - 460 a.C.)
“O ser é. O não-ser
não é”.
Parmênides de Eleia
(530 - 460 a.C.)
• Parmênides é um dos grandes nomes da
filosofia pré-socrática e mais do que isto, um
dos grandes filósofos de todos os tempos.
Parmênides de Eleia
DOUTRINA DO SER
(Frag. 2) (Proclo, Comentário ao Timeu I, 345, l8; também
Simplício, Física 1l6, 25), doutrina do ser
(2, 1) "Pois bem, eu te quero instruir (guarda as palavras que
ouves) sobre quais os únicos caminhos da investigação que são
pensáveis: O primeiro, o que é, é. E o não-ser, não é [Frag. 2,3].
Esta é a verdade da convicção (pois segue à verdade);
(frag. 2,5) o outro, o não-ser é e o ser necessariamente não é;
esta vereda, eu te digo, é totalmente impraticável; pois não
conhecerias o não-ente (porque isto é impraticável), nem o
expressarias".
(Frag. 3) (Clemente de Alexandria, Strômata VI, 23; também
Plotino, Enéada V, 1, 8)
(3,1) "...pois o mesmo é pensar e ser".
Parmênides de Eleia
(530 - 460 a.C.)
• Ontologia - Na base de todas as coisas está o
ser. Tudo é ser. Nada há, que não seja ser. O
não-ser, simplesmente não existe. Estas e
outras afirmativas do gênero começaram a ser
veiculadas em filosofia a partir de Parmênides.
• Não há mudança. Toda mudança é ilusória. O
ser não deixa de ser a si mesmo.
Parmênides de Eleia
(530 - 460 a.C.)
O paralelismo entre o ser e sua pensabilidade não deve
ser entendida ao modo idealista kantiano, como se bastaria
poder pensar, para que as coisas passem a existir.
Inversamente, só se pensa o ser, que de algum modo já
existe, de tal sorte que o não-ser não é pensável e nem existe.
Além do atributo da intrínseca inteligibilidade do ser, ocorrem
ainda no ser de Parmênides atributos tais como:
• a unicidade, negando a diversificação numérica;
• a homogeneidade, negando a diversificação qualitativa;
• a indivisibilidade, negando a composição;
• a eternidade, negando o devir de toda a sorte, sendo pois
ingênito e imperecível;
• plenitude, negando portanto o crescimento e a mobilidade.
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Os primeiros filósofos (1)