Carboidratos Os carboidratos são as biomoléculas mais abundantes na face da Terra. Cada ano a fotossíntese realizada pelas plantas e pelas algas converte mais de 100 bilhões de toneladas de e em celulose e outros produtos vegetais. Certos carboidratos (açúcar comum e amido) são a base da nutrição humana e a oxidação dos carboidratos é a principal via metabólica liberadora de energia em muitas células não-fotossintéticas. Sua oxidação é principal via de produção de energia na maioria das células. Polímeros de carboidratos (glicanos) agem como elementos estruturais e protetores nas paredes celulares bacterianas e vegetais e também nos tecidos conjuntivos de animais. Outros polímeros de carboidratos lubrificam as articulações e auxiliam o reconhecimento e a adesão intercelular. Polímeros de carboidratos complexos e covalentemente ligados a proteínas ou lipídeos atuam como sinais que determinam a localização intracelular ou o destino metabólico destas moléculas, chamadas de glicoconjugados. Carboidratos são poliidroxialdeídos ou poliidroxicetonas. Fórmula (CH2O)n; alguns também contém nitrogênio, fósforo ou enxofre. • Existem, segundo o seu tamanho, três classes principais de carboidratos: monossacarídios, oligossacarídios e polissacarídios (a palavra “sacarídio” é derivada do grego sakkharon e significa “açúcar”). • Os monossacarídios, ou açúcares simples, consistem de uma única unidade de poliidroxialdeído ou cetona. O monossacarídio mais abundante da natureza é a D-glicose, o açúcar com seis átomos de carbono na molécula. • Os oligossacarídios consistem de cadeias curtas de unidades de monossacarídios unidas entre si por ligações glicosídicas características. Os mais abundantes são os dissacarídios, com cadeias formadas por duas unidades de monossacarídios. Típica desta classe é a sacarose, ou açúcar de cana, a qual consiste de dois açúcares, D-glicose e D-frutose, cada uma com seis átomos de carbono unidas covalentemente entre si. Todos os monossacarídios e dissacarídios comuns têm nomes que terminam com o sufixo “ose”. • Os polissacarídios consistem de longas cadeias contendo centenas ou milhares de unidades de monossacarídios. Alguns, como a celulose, ocorrem em cadeias lineares, enquanto outros, como o glicogênio, têm cadeias ramificadas. Os polissacarídios mais abundantes, amido e celulose, sintetizados pelos vegetais, consistem de unidades recorrentes de D-glicose, mas eles diferem entre si no tipo de ligação glicosídica. Monossacarídeos e dissacarídeos • Os monossacarídeos comuns possuem estruturas cíclicas • Os organismos contêm diversos derivados de hexose • Os dissacarídeos contêm uma ligação glicosídica • Alguns dissacarídeos comuns • Polissacarídeos A maioria dos carboidratos encontrados na natureza ocorre como polissacarídeos, polímeros de médio a alto peso molecular. • Alguns homopolissacarídeos são formas de estocagem de combustível • Alguns homopolissacarídeos possuem funções estruturais • As paredes celulares de bactérias e algas contêm heterpolissacarídeos estruturais • Os glicosaminoglicanos são heteropolissacarídeos da matriz extracelular • Glicoconjugados: proteoglicanos, glicoproteínas e glicolipídeos Os proteoglicanos são macromoléculas da superfície celular ou da matriz extracelular nas quais uma ou mais cadeias de glicosaminoglicanos sulfatados estão covalentemente unidas a uma proteína de membrana ou a uma proteína secretada. As glicoproteínas possuem um ou alguns oligossacarídeos de complexidades variadas covalentemente unidos a uma proteína. Elas costumam ser encontradas na superfície externa da membrana plasmática (como parte do glicocálice), na matriz extracelular e no sangue. Dentro das células, elas são encontradas em organelas específicas, como complexos de Golgi, grânulos de secreção e lisossomos. Os glicolipídeos são esfingolipídeos de membrana nos quais o grupo da cabeça é um oligossacarídeo. O cérebro e os neurônios são ricos em glicolipídeos, os quais auxiliam na condução nervosa e na formação de mielina. Os glicolipídeos também são importantes para a transdução de sinais celulares. • Carboidratos como moléculas informativas: o código dos açúcares