• Conto: Uma história curta. É também chamado de curta narrativa. Como se fosse um romance em tamanho menor, o conto apresenta um tema central, poucos personagens, tempo e espaço restritos. É um flagrante da vida real, uma história curta que tem como núcleo um conflito, um drama, um flash da vida cotidiana! • Crônica: Pílulas de vida! Gênero vindo do meio jornalístico, podemos considerá-la como um texto curto, contendo simples relatos, sem enredo nem trama, em que o autor capta um instantâneo de seu cotidiano e o narra. “Recolhe da vida diária algo de seu disperso conteúdo humano, fruto da convivência, que a faz mais digna de ser vivida”. •NASCE Romance: Recriação da realidade. O ROMANCE! É a narração de um fato imaginário, mas verossímil, que representa quaisquer aspectos da vida social e familiar do homem. É também chamado de longa narrativa, uma vez que apresenta um corte mais amplo da vida com situações e personagens mais densos e complexos. •Ascensão da burguesia após as revoluções inglesa, francesa e a independência americana; • Chegada da Família Real portuguesa ao Brasil; • Implantação de escolas-régias (Ensino Médio) e a primeira instituição de Ensino Superior, a Escola Médica-Cirúrgica, na Bahia. • O Brasil recebe a Missão Artística Francesa. O Romantismo nasceu na Alemanha, no final do século XVIII com a publicação de um romance que causou uma onda de suicídios: Os Sofrimentos do Jovem Werter, do alemão Goethe. Os leitores não suportavam o sofrimento e se matavam... Nesse contexto a leitura começa a seAdesenvolver. Algumas mulheres assume palavra romance, popularmente, já setambém interessam pela cultura e são o sentido de “caso amoroso”. elas que irão ajudar na ploriferação Contudo um romance não precisa da leitura. tratar ter um tema necessariamente amoroso. O amor pode ou não participar de qualquer um deles. Outra confusão é pensar que todo romance é romântico. Embora tenha firmado no Romantismo, Para que hajaseuma Literatura nacional, o temque vida própria, fez parte de éromance necessário haja uma nação. É no movimentos literários e chegou romantismo que o anteriores Brasil se torna atédenossos dias! independente Portugal e, portanto, a literatura nacional começa no período romântico. • Representação dos costumes da elite brasileira; • Divulgação de valores morais – importância pedagógica –”as heroínas dos romances tornavam-se modelos para os papéis de mães ou esposas. • Consolidação da identidade nacional. • Urbano – retrata as praças, as ruas, a vida nas cidades grandes. As festas populares, os teatros, os saraus, a vida social, enfim. • Histórico - O escritor busca inspiração no passado histórico, remoto, lendário. O romance deveria proporcionar a ilusão do verdadeiro, real, acontecido. Há um compromisso com a verdade histórica. • Regionalista - Transfere dos índios para os sertanejos o “status” da símbolo de nacionalidade. Afinal, o Brasil puro seria o do interior, o do sertão, longe das influências externas. • Indianista - O elemento indígena constitui-se como um dos temas mais marcantes do nosso Romantismo. Os índios são personagens principais, ou seja, representam a própria nacionalidade brasileira. • Regionalista - Transfere dos índios para os sertanejos o “status” da símbolo de nacionalidade. Afinal, o Brasil puro seria o do interior, o do sertão, longe das influências externas. • Indianista - O elemento indígena constitui-se como um dos temas mais marcantes do nosso Romantismo. Os índios são personagens principais, ou seja, representam a própria nacionalidade brasileira. “A prosa de ficção no Brasil Tinha sempre um belo fim! Começou a ser publicada Em forma de folhetim...” O Folhetim era uma publicação em periódicos das histórias escritas pelos autores. Era um capítulo por jornal que parava no ponto culminante para que o leitor comprasse novamente no próximo número. Homem Mulher Se o romance não desse certo uma era a Sempre bonito, das saídas Meiga, prendada, fiel, apaixonado, delicada e, de morte, que dedicado e, de era representada preferência, não preferência rico... muito inteligente... como salvadora e redentora. Será que ainda existe? E as mulheres de hoje? Objetivo: Casamento e o final feliz! s2 (suspiro) E se não desse certo? Mata-se todo mundo! OO’ (Trágico) Considerado o maior escritor “Nessa terrado deromantismo. palmeiras de prosa Onde canta o sabiá O Escreveu pai da literatura romântica romances históricos (As FoiMinas o José Alencar! dede Prata) Indianistas ( O José de Alencar foi edestaque Guarani, Iracema Ubirajara) E de maneira altaneira Regionalistas ( O Gaúcho) e Urbanos Afirmou com toda voz: (Diva, Lucíola, Senhora) ‘Escrevo em língua brasileira!”’ Viveu em um ambiente familiar intelectualizado e favorável à formação cultural. L U C Í O L A Análise da obra • Primeiro livro da trilogia perfis de mulher, da qual fazem parte Senhora e Diva. • Tem características marcantes do Romantismo, como a exaltação do amor, o Sentimentalismo melancólico e o subjetivismo. • É considerado um romance urbano pois se passa na corte do Rio de Janeiro. •Foi publicado em forma de folhetim. Situa-se entre seus romances urbanos que representam um levantamento da nossa vida burguesa do século passado.Fixam o Rio de Janeiro da época, com a sua fisionomia burguesa e tradicional, com uma sociedade endinheirada que freqüentava o Teatro Lírico, passeava à tarde na Rua do Ouvidor e à noite no Passeio Público, morava no Flamengo, em Botafogo ou Santa Teresa e era protagonista de dramas de amor que iam do simples namoro à paixão desvairada. O AMOR DE LÚCIA E PAULO LUCÍOLA, publicado em 1862, é um romance de amor bem ao sabor do Romantismo, muito embora uma ou outra manifestação do estilo Realista aí se faça presente. Trata-se de um romance de "primeira pessoa", ou seja, o narrador da história é um personagem importante da mesma, Paulo Silva. E ele a narra em cartas dirigidas a uma senhora, G. M. (pseudônimo de Alencar), que as publica em livro com o título de LUCÍOLA. Em Lucíola, a temática central está exatamente nesta exaltação do amor como força purificadora, capaz de transformar uma prostituta numa amante sincera e fiel • Lúcia: personagem que representa o pilar central do livro. • Paulo: é o narrador da história, que relembra os fatos seis anos após a morte de Lúcia, como uma forma de reverenciar a imagem da amada. •Sr. G.M: Desempenha o papel de alter ego do autor (José de Alencar), é a destinatária das cartas de Paulo. Guardiã da ordem e dos valores morais da sociedade. É ao mesmo tempo organizadora/editora das cartas, assumindo, na nota inicial, a posição de advogada do rapaz, pois compactua com ele do mesmo juízo em relação a Lúcia. “Reuni as suas cartas e fiz um livro. Eis o destino que lhes dou; quanto ao título, não me foi difícil achar. O nome da moça, cujo perfil o senhor desenhou com tanto esmero, lembrou-me o nome de um inseto. Lucíola é o lampiro noturno que brilha de uma luz tão viva no seio da treva e à beira dos charcos. [...] Demais, se o livro cair nas mãos de alguma das poucas mulheres que lêem neste país, ela verá estátuas e quadros de mitologia, a que não falta nem o véu da graça, nem a folha de figueira, símbolos do pudor no Olimpo e no Paraíso terrestre’’. Novembro de 1861. G. M. • O autor explica a razão das cartas: "A senhora estranhou, na última vez que estivemos juntos, a minha excessiva indulgência pelas criaturas infelizes,que escandalizam a sociedade com a ostentação do seu luxo e extravagâncias”. a) há um autor real, José de Alencar; b) um autor fictício, a senhora G. M., destinatária das cartas de Paulo. c) Um narrador, Paulo, com a incumbência e o privilégio de ordenar os fatos, comentá-los e tirarlhes conclusões. À medida que transmite os fatos, vai fornecendo ao leitor elementos para a análise de Lúcia e dele mesmo. Leitura mítica Leitura sociológica • Lucíola como heroína trágica • A representação de uma sociedade Segundo Aristóteles (em Poética), o herói trágico tem trajetória descendente: vai da fortuna para o infortúnio; sai de uma situação privilegiada para uma situação de total desagrado. Em sua trajetória comete um erro e é punido por ele. Tal punição representa sempre um restabelecimento da ordem, no que diz respeito aos desígnios dos deuses, mas nem sempre a morte é a pior punição. Lúcia começa a narrativa numa situação de prestígio: a mulher mais cobiçada da corte, a mais bela cortesã, a mais desejada pelos homens e a mais invejada pelas mulheres. Comete um erro: age como dona de seu destino, escolhendo amantes em função de seus próprios interesses, tentando racionalizar todas as relações, simulando até mesmo a própria morte. Enfim, a representação da estrutura social se dá na medida em que Alencar revela a hipocrisia das relações sociais da época. Lúcia pode frequentar o teatro, as festas e os bailes da corte; pode vestir-se com luxo como se fosse uma dama; pode desfrutar da companhia dos homens em orgias e jantares, mas não pode querer ser igual a uma dama da corte, como são as leitoras de folhetim. A máscara de mulher pública, livre e “impudente” (despudorada, sem-vergonha) esconde sua verdadeira essência de mulher recatada e sonhadora, como ela mesma diz: “As aparências enganam tantas vezes!” A simbologia do nome – Lúcia ou Lúcifer? Diz Lúcia: “...Quem não sabe que eu sou anjo de luz, que desci do céu ao inferno?” Seria Lúcia uma vítima do sistema? E Paulo que mesmo a amando, não aceita a própria paixão, debatendo-se entre as solicitações do coração e as imposições morais da sociedade. O lhe seria mais valioso, amor ou a aceitação social?