ROMANTISMO
Expressão
artística da classe
burguesa do início
do século XIX
A Liberdade guiando o povo – Eugène Delacroix
Panorama histórico-social:
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Fins do século XVIII e início do XIX.
Revoluções liberais (industrial e francesa).
Decapitação de Luís XVI na França.
Expansão do império napoleônico.
Ascensão da burguesia e queda da nobreza.
Popularização da literatura.
Profissionalização dos autores.
Surgimento do gênero romance.
Início do romance histórico e do folhetim.
Versos escritos numa taça feita de crânio
(fragmento)
Lord Byron (1788 / 1824)
Não, não te assustes; não fugiu o meu espírito;
Vê em mim um crânio, o único que existe,
Do qual, muito ao contrário de uma fronte viva,
Tudo aquilo que flui jamais é triste.
Vivi, amei, bebi, tal como tu; morri;
Que renuncie a terra aos ossos meus;
Enche! Não podes injuriar-me; tem o verme
Lábios mais repugnantes do que os teus.
Antes de nutrir a geração dos vermes.
Melhor conter a uva espumejante;
Melhor é como taça distribuir o néctar
Dos deuses, que a ração da larva rastejante.
Onde outrora brilhou, talvez, minha razão.
Para ajudar os outros brilhe agora eu;
Substituto haverá mais nobre do que o vinho
Se o nosso cérebro já se perdeu?
Origens do movimento na
Europa:
• Na Alemanha: sturm und drung sofrimentos do jovem Werther – Goethe.
• Na Inglaterra: poemas pessimistas - Byron e
romance histórico - Sir Walter Scott.
• Em Portugal: poema Camões – Almeida Garret.
Os
Sardanapal – Eugène Delacroix
Características fundamentais da
escola romântica:
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Reação aos princípios da poesia clássica.
A subjetividade levada ao extremo.
Evasão da realidade: sonho e imaginação.
Idealização do amor e da mulher.
A procura da natureza.
Preocupação social - contestação.
Nacionalismo.
O ideal de originalidade.
A inspiração supera a preocupação com a forma.
Liberdade de expressão – rebeldia.
Divisão em três gerações:
PRIMEIRA FASE:
Romances históricos
Medievalismo / Indianismo
SEGUNDA FASE:
Romances de folhetim
Ultra-romantismo
Byronismo
TERCEIRA FASE:
Romance social
Poesia libertária
Condoreirismo /
Hugoanismo
Situação histórica em Portugal:
• Ano de 1825 – publicação do poema de Almeida
Garret: Camões, na França – Portugal é um país
decadente.
• Invasão das tropas napoleônicas.
• Disputa pelo poder entre liberais (D.Pedro I) e
conservadores (D. Miguel) – Guerra civil.
• Exílio de vários intelectuais liberais, entre os quais
Almeida Garret e Alexandre Herculano.
• 1820 – Revolução do Porto.
Almeida Garret
Além da poesia e do
teatro, Garret produziu
ainda o livro “Viagens
na Minha Terra”.
- misto de diário,
literatura de viagens,
reportagem e ficção narra a história de um
rapaz (Carlos), que se
apaixona de modo
sucessivo e intenso por
várias mulheres e se
sente
incapaz
de
estancar este constante
fluir de sua vida
amorosa.
Alexandre Herculano:
É o pai do romance histórico em Portugal, cujo principal romance é
Eurico, o presbítero. Neste romance, retrata as lutas do movimento da
Reconquista em plena Idade Média, também questionando o celibato
clerical. Sua visão de historiador é fundamental no processo de reinterpretação da história de Portugal.
Camilo Castelo Branco:
Grande mestre da novela passional portuguesa, escreveu mais de 200
romances e neles recriou toda a vida da época, com seus tipos humanos
e o cotidiano da cidade e do campo. Um de seus livros mais
importantes é Amor de Perdição, que conta a história do amor proibido
entre Simão Botelho e Teresa de Albuquerque, numa recriação da
história de Romeu e Julieta em terras de Portugal.
Júlio Dinis
Autor do terceiro tempo do Romantismo português, Julio Dinis
procurou retratar diretamente cenas da vida portuguesa. Essa nova
preocupação faz com que sua obra antecipe algumas práticas da
literatura realista. Sua obra principal é As Pupilas do Sr. Reitor, que
Tem como subtítulo “crônica da aldeia”.
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