PLANEJAMENTO EM SAÚDE Enfª Esp. Adriana de Moraes Barbosa Ascoli -Pode dizer-me que caminho devo tomar? (Alice) -Isto depende do lugar para onde você quer ir! (Respondeu com muito propósito o gato) -Não tenho destino certo (Alice) -Neste caso qualquer caminho serve (Gato) Esse pequeno diálogo, que faz parte do Livro Alice no País das Maravilhas, ocorre entre Alice e o Gato, quando ela se encontra em uma encruzilhada, sem saber ao certo por onde ir. O QUE É PLANEJAR? • A noção mais simples de planejamento é a de não improvisação. • Uma ação planejada é uma ação não improvisada, e nesse sentido, fazer planos é coisa conhecida do homem desde que ele se descobriu com capacidade de pensar antes de agir. PLANEJAR “Significa pensar antes de agir , pensar sistematicamente, com método, explicar cada uma das possibilidades e analisar suas respectivas vantagens e desvantagens; propor objetivos.” Carlos Matus • Optar pelo planejamento significa assumir uma alternativa à não improvisação. • É decidir aonde se quer chegar, é acreditar que o futuro pode ser construído. • Isto porque planejar implica transformar ideias em ações. TIPOS DE PLANEJAMENTO • Normativo • Estratégico • Estratégico situacional PLANEJAMENTO NORMATIVO • Apresenta um sistema conceitual, fechado, regido por normas e o autor que planejava as ações, permanecia fora do contexto planejado. PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO • Representa um sistema aberto, com poder compartilhado, onde o autor está inserido na ação, coexistindo com os demais autores sociais. e depois passando a existir o planejamento estratégico situacional, que é considerado PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO SITUACIONAL • Consiste em um método baseado em evidências; • Neste caso o problema suscita a ação e a metodologia baseia-se na análise da realidade local, que busca como uma das possibilidades a ampliação da governabilidade, por meio de adesões e busca por ações intersetoriais. PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO SITUACIONAL • Permite a participação democrática ( poder compartilhado) e o diálogo; • Favorece a abordagem das singularidades de cada território; • Foi centrado na necessidade de ampliar a capacidade de governar; • Integrou a lógica de análise da realidade e intervém nos determinantes sociais de saúde e nos mecanismos formais de gestão do SUS. • Para sabermos o que pode ou não fazer sentido em uma comunidade e avaliar sua capacidade de entendimento diante dos conteúdos da ação social, devemos aguçar nossa sensibilidade para escutá-la e auscutá-la. • Escutar é ouvir sons, decifrar o seu significado; e • Auscutar é uma maneira mais cuidadosa e sensível de ouvir, pois até o silêncio é portador de significados. SISTEMAS DE INFORMAÇÕES • Os sistemas de informações em saúde são importantes, para obter o levantamento de informações sobre a população, identificando seus principais problemas de saúde; • Fornecem, também, dados que nos permitem analisar os problemas, por meio da avaliação das séries históricas e da situação de saúde da população; permitindo assim, o planejamento das ações e as projeções de tendência. SISTEMAS DE INFORMAÇÕES FIDEDIGNOS • Deve ser alimentado com precisão; • No tempo definido; • Os instrumentos de coleta têm que ser preenchidos adequadamente; proporcionando relatórios e resultados viáveis e reais para utilização no planejamento de atividades locais, apoiando o desenvolvimento de ações e na transformação da realidade encontrada. Regulamenta a Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990, para dispor sobre • a organização do Sistema Único de Saúde – SUS • o planejamento da saúde, • a assistência à saúde e • a articulação interfederativa e dá outras providências. • O Decreto 7.508/11 preenche uma lacuna no arcabouço jurídico do SUS, ao regulamentar a Lei 8.080, dispondo sobre a organização do SUS, o planejamento da saúde, a assistência à saúde e a articulação interfederativa, possibilitando o aprimoramento do Pacto pela Saúde e contribuindo na garantia do direito à saúde a todos os cidadãos brasileiros. Operacionalização do Decreto 7.508/2011 • Diretrizes para a organização das regiões de saúde; • Normas e fluxos do COAP; • Diretrizes para a elaboração da RENASES; • Diretrizes para a elaboração da RENAME; • Diretrizes para o planejamento do SUS. Regiões de Saúde • Integram os componentes estratégicos de governança: a CIT no âmbito nacional, a CIB, no âmbito estadual, e as CIR, no âmbito das Regiões de Saúde. • As CIRs substituirão os atuais Colegiados de Gestão Regional (CGR). SITUAÇÃO ATUAL INOVAÇÃO: COAP PLANEJASUS • É um sistema de atuação, contínua articulada, integrada e solidária das áreas de planejamento das três esferas de gestão do sus. PLANO DE SAÚDE • É definido como um instrumento que, a partir de uma análise institucional, apresenta as intenções e resultados a serem buscados no período de quatro anos, que devem ser a expressão das políticas, dos compromissos e das prioridades de saúde numa determinada gestão, sendo a base para a execução, acompanhamento, avaliação e a gestão do sistema. PLANO DE SAÚDE Onde estamos Para onde queremos ir Como iremos DIAGNÓSTICO SITUACIONAL NOSSOS OBJETIVOS NOSSAS AÇÕES PLANO DE SAÚDE PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE - CONTEMPLA: Formulação dos Eixos Objetivos Ações estratégicas e Metas PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE Eixos - indicam as linhas de ação a serem seguidas, expressas de forma a delimitar a estratégia geral e as prioridades do Plano de Saúde; Sub-eixo - delimitam objetivos de uma mesma sub-dimensão de um Eixo, criados para facilitar o entendimento do documento PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE • Objetivos - expressam o que se pretende fazer a fim de superar, reduzir, eliminar ou controlar os problemas identificados • É importante considerar a viabilidade política, econômica, técnico-organizacional, bem como a coerência com as políticas de governo. INDICA PARA ONDE QUEREMOS IR PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE • Ações Estratégicas - a forma que se pretende adotar ou operacionalizar determinada diretriz e objetivo; as medidas que serão privilegiadas ou que terão caráter essencial INDICA COMO IREMOS PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE • Metas - as expressões quantitativas de um objetivo (o que, para quem, quando). ONDE QUEREMOS CHEGAR As metas deverão ser desenvolvidas de forma que possam ser apuradas adequadamente.