Martin Heidegger (1889 a 1976) Para uma teoria da angústia Qual o foco da investigação de Heidegger? Por que estudar Heidegger? Um pensamento que proporciona compreender algumas das facetas mais fundamentais da existência humana no séc. XX – XXI. Um pensamento profundo sobre a existência humana em sua dimensão mais essencial, ontológica, que possibilita um desvelamento do que somos nós, seres humanos. Uma crítica ferrenha a sociedade moderna e a explicitação de um desejo de ultrapassar esse modo de ser: ultrapassamento da subjetividade moderna. Retomada da pergunta pelo sentido do ser, esquecida pela história do pensamento ocidental. Que ente somos nós? Animais: entes fechados – circulo-em-torno Embotamento Cede as cadeias causais dadas ----------------------Ser humano: abertura – Ser-no-mundo Transparência É íntimo das possibilidades e do nada Ser e tempo Radiografia ontológica do ser-humano (Dasein) Possibilita captar da existência humana aquilo que é ôntico existenciário e ontológico existencial Indica as estruturas existenciais a partir de uma analítica do ser-humano O que é afinal, o ser humano? Não é subjetividade de uma objetividade: é lugar onde tudo é! É clareira --------------------É um ente privilegiado, pois pergunta pelo sentido do ser Modos de ser do ser humano Compreender Projetar: ainda-não “Poder-ser” sempre Poder-ser próprio Inacabado Ser-no-mundo, com-os-outros Ser-para-a-morte Vida inautêntica Decadência (fuga de si mesmo) Impessoalidade Alienação (obstrução/fechamento) Publicidade – extravio do público/impotência do privado Fixação do tempo Sujeitos de objetos (controle) Equação natal: presença roubada Eu sou um homem sob medida. Eu caminho no interior de uma moldura. Eu não aconteço, eu me assisto. Eu não fluo e o desconhecido não cerze caminhos através de mim. Cada gesto que vou “executar” já está narrado, pensado. Vivo num mundo sem irrigação, sem veia e sem fluência, antimundo onde nada é livre, onde nada ficou encoberto. Apagou-se o bruxuleio da última chama. Tudo agora está liso e eu funciono, eu transito. Não é espantoso! ? Sou um homem deduzido, não um homem inaugural. Penso então que minha vida desconheceu a intensidade e o arrebatamento, e que, então, talvez a criança que fui inexistiu. Ou ela jamais teve gesto ou, de algum modo, esse gesto foi roubado. Juliano Pessanha Animalidade – sociedade moderna --------------------------------------------------------------Objetificação dos indivíduos --------------------------------------------------------------Decadência e degradação (Ensaio sobre a cegueira) É possível escapar? Angústia é uma disposição fundamental... Privilegiada do Dasein É a possibilidade de nos singularizarmos É a nossa chance de ultrapassamento da subjetividade moderna É o momento em que o ser-humano se vê diante de si e diante do mundo É uma abertura para acolher... O que é a angústia? Não tem causa intramundana TRISTEZA ANSIEDADE DEPRESSÃO MEDO (forma imprópria da angústia) INSEGURANÇA DESESPERO § 40 de Ser e tempo – angustia... Descortina o horizonte da existência Não tem causa do mundo, é sua! A angústia não vê um “aqui” e um “ali” determinado, o ameaçador não se encontra em lugar algum. Aquilo com que a angústia se angustia é o nada e isso retira do homem a possibilidade de decair A angustia revela o poder-ser-mais-próprio, o ser livre para a para assumir... Na angústia se está estranho; estranheza é o “não se sentir em casa” Angústia Por ser ausência acolhe Por ser abertura é vida experimentada Por ser vazio oferece possibilidades infinitas de significação SERENIDADE Fenomenologia, ontologia e hermenêutica Fenomenologia - Baseia-se na intencionalidade, isto é, no princípio que defende que não há separação entre sujeitos e objetos, somos uma relação entre ambos (pólos de uma mesma coisa) Ontologia: busca a construção de uma ontologia fundamental, isto é, conhecer a essência do ser humano em sua existência atual Hermenêutica: cria categorias de interpretação do mundo contemporâneo.