DESENVOLVIMENTO
GERENCIAL E A BUSCA PELA
QUALIDADE
Residente: flávia r. cunha.
Tendências no gerenciamento

A área da saúde vem se desenvolvendo
gerencialmente para responder a alguns problemas:
Aumento dos custos, sem aumento da capacidade resolutiva
dos serviços;
 Restrições crescentes ao acesso, no caso dos serviços
privados;
 Queda da qualidade dos serviços públicos (aumento
constante dos custos).

Do lado dos pacientes...
Críticas em relação à burocratização dos
procedimentos e rotinas de acesso aos
serviços;
 Restrições quanto a liberdade de escolha dos
médicos e estabelecimentos de saúde;
 Condições pactuadas nos planos de saúde.

Do lado dos pacientes...
Do lado dos médicos...
Perda de autonomia para prescrever exames
e medicamentos para não diminuir a relação
custo x efetividade;
 Padronização de rotinas e serviços aumenta a
possibilidade de erros que não são
contemplados em estudos econômicos e
gerenciais.

Consequências

Resistência dos profissionais da saúde;

Resultados não são instantâneos;

Percepção negativa por parte dos pacientes, que
condicionam qualidade ao atendimento, e não à
efetividade do tratamento.
Programas de Gerenciamento

O desenvolvimento de novas técnicas de
gerenciamento vem aumentando por
causa dos resultados obtidos, como
maior capacidade de gerenciamento da
saúde, diminuição dos custos e
aumento da qualidade.
Problemas
da
Administração
Tradicional do Setor Saúde
Complexidade do sistema;
 Baixa
competitividade,
reduzindo
a
qualidade;
 Multi-emprego de médicos e profissionais de
saúde;
 Baixo grau de prevenção;
 Incorporação acrítica de tecnologias.

Problemas da Administração Tradicional
do Setor Saúde

Ausência de Qualidade:
 Está
associada: rapidez do atendimento, tratamento
atencioso e civilizado, limpeza das instalações,
capacidade de solucionar os problemas, conforto
oferecido;
 O serviço de saúde dirigido pela oferta não se
preocupa com a prevenção;
 Aumento da capacidade gerencial do setor tem
grande relação com a qualidade.
Inovações no Gerenciamento da Saúde


Alianças entre hospitais e médicos, formando
organizações destinadas a competir no mercado de
prestação de serviços;
Introdução de tecnologia computacional nos sistemas
de informação, registro, controle, prontuário e
focalização dos usuários.
Inovações no Gerenciamento da Saúde
Evolução da administração hospitalar:
hospital passa a ser administrado como
uma empresa de qualquer outro setor,
reconhecendo concorrência e
necessidades organizacionais.

Cenário da Saúde




Mercado extremamente focado em tecnologia: melhores
tecnologias a custos mais altos;
Legislação da Saúde pressionando os custos: exigência de
novos métodos, sem a contrapartida financeira;
Pressão do maior comprador dos serviços hospitalares, o SUS:
Limita o crescimento do hospital com base na capacidade de
compra do Gestor Público;
Subfinanciamento do SUS: Para cada R$ 100,00 de custo, o
SUS paga R$ 65,00;
Cenário da Saúde

Pressão das operadoras de planos de seguro e saúde
por preços menores;

Modelo de contratualização precisando de ajustes;

Responsabilidade social;

Envelhecimento populacional;

Necessidade de mais leitos de UTI, Semi-leitos de
retaguarda e leitos de curta permanência;
Cenário da Saúde


BRASIL: 181 escolas médicas (100 na última década) –
formando médicos despreparados.
Necessidade de capacitação de recursos humanos
contínua;

Especialização crescente dos médicos;

Maior especialização da enfermagem;

Maior envolvimento dos outros profissionais da saúde ;
Cenário da Saúde



Integração das ações na equipe de saúde –
articulação de discussão de diretrizes;
Melhor remuneração associada a maior cobrança
de resultados;
Segurança
assistência:
 Diretrizes
do
paciente
assistenciais
 Protocolos institucionais
+
Qualidade
da
O HOSPITAL TERÁ QUE ADAPTAR-SE AO
AUMENTO DA EXPECTATIVA DE VIDA DA
POPULAÇÃO, MUDANÇA DO PADRÃO DAS
DOENÇAS, INTRODUÇÃO DE NOVAS
TECNOLOGIAS E MEDICAMENTOS (QUE
NÃO DEVEM SER TEMIDAS), AUMENTO DA
EXPECTATIVA PÚBLICA E POLÍTICA, ASSIM
COMO NOVAS MODALIDADES DE
FINANCIAMENTO.
Desenvolvimento Organizacional

Necessidade de adaptações para as exigências de
um mercado dinâmico e exigente;

Eficiência e eficácia;

Clientes bem informados sobre o mercado;
Desenvolvimento Organizacional

Alternativas para atender as necessidades do
mercado:
 Planejamento
Estratégico;
 Programas de Recursos Humanos;
 Programas de Gerenciamento;
 Aprimoramento da Informação;
 Programas de QUALIDADE.
O que é Qualidade?

A Joint Comission (JCAHO) define qualidade
como:
O grau de cuidado prestado ao paciente que
aumenta a probabilidade de obter o resultado
desejado e diminui a probabilidade de
resultados indesejados.
O que é Qualidade?
Conjunto de características de um bem
ou serviço que satisfazem as
necessidades e expectativas tanto do
usuário como da comunidade e
também do profissional de saúde
(OPAS).
Por que buscar a Qualidade?
Resultados;
 Organização;
 Qualidade
do trabalho
prestados;
 Custos;
 Redução de desperdícios;
 Diminuição de riscos.

e
dos
serviços
Por que buscar a Qualidade?
Qualidade não é simplesmente atendimento às
exigências do cliente no final, é também a
conformidade com as exigências de segurança e
organização do serviço.
CONFIABILIDADE
Por que buscar a Qualidade?


Mais de 90% dos problemas de uma organização
advêm de seus sistemas, processos e métodos de
trabalho, e não de seus trabalhadores;
Uma mudança no sistema mudará o que as pessoas
fazem. Mudar o que as pessoas fazem não mudará o
sistema.
Maiores desafios:
Adesão da Alta Direção;
 Comprometimento do Corpo Clínico: protocolos
e usuários;
 Comprometimento geral;
 Gerenciamento por processos;
 Gerenciamento de Risco;
 Absorção da cultura da Qualidade.

O que é gestão da qualidade?
“Qualidade significa uma nova postura comportamental, não somente
produzir mais, porém melhor, com menor custo, menor desperdício,
menos retrabalho.”
“Temos que ser mais efetivos, ou seja, fazer o que deve ser feito
(eficácia), e bem feito (eficiência). Não podemos desperdiçar tempo
e recursos no atendimento à saúde, ela é muito cara!”
“Qualidade é um processo do topo para a base, é de
responsabilidade, envolvimento e comprometimento do corpo diretor,
e esta liderança é indelegável.”
Davis Taublid
A Qualidade na Saúde
O impacto da Qualidade no serviço
de saúde vai além do cuidado ao
paciente, incluindo também a família e
a sociedade.
O Surgimento da Qualidade na Saúde


Colégio Americano de Cirurgiões – Programa de
Padronização Hospitalar (1924);
Garantiu um conjunto de padrões para melhorar a
qualidade da assistência:
Organização do corpo médico;
 Exercício da profissão;
 Conceito do corpo clínico;
 Preenchimento do prontuário;
 Recursos diagnósticos e terapêuticos, e a existência de um
laboratório clínico e departamento de radiologia.

O Surgimento da Qualidade na Saúde

Primeira avaliação de hospitais após o PPH:




De 692 hospitais com mais de 100 leitos avaliados, somente
89 cumpriram os padrões.
Já em 1950, 3.290 hospitais aprovados.
Em 1951 foi criada a Comissão Conjunta de
Acreditação de Hospitais.
Em 1952 foi criado o programa de acreditação Joint
Comission on Accreditation of Hospitals.
O Surgimento da Qualidade na Saúde


Na década de 60 a maioria dos hospitais atingiu os
padrões mínimos de qualidade, então a Joint
aumentou o grau de exigência;
Na década de 70 foi publicado o Accreditation
Manual for Hospital, com padrões ótimos de
qualidade, considerando processos e resultados.
O Surgimento da Qualidade na Saúde


Recentemente, direcionou sua atuação para o
monitoramento de indicadores de desempenho,
assumindo papel de educação com
monitoramento.
Instituiu 4 níveis de acreditação: com distinção,
sem recomendação, com recomendação e
condicional.
Por que qualidade?






99,9% é um bom padrão?
0,1% de erro significa:
120 mil prescrições erradas de remédio/ano
15 mil quedas acidentais de RN em hospitais/ano
500 cirurgias incorretas/semana
2 mil correspondências perdidas/hora
Qualidade da Saúde no Brasil


Década de 30 – Censo hospitalar do estado de São
Paulo, primeira proposta de regionalização e
hierarquização;
1951 – 1° Congresso Nacional do Capítulo Brasileiro
do Colégio Internacional de Cirurgiões:
Padrões mínimos para Centro Cirúrgico
 Planta física e organização da unidade hospitalar
 Componentes do prontuário médico
 Normas gerais para funcionamento do hospital

Qualidade da Saúde no Brasil

Em 1960, o Instituto de Aposentadoria e
Pensões dos Previdenciários já possuía
padrões para acreditar hospitais:
 Planta
física;
 Equipamentos;
 Organização.
Qualidade da Saúde no Brasil



Na década de 90, surgiram iniciativas para a
qualidade em diversos estados;
Em 1994 o Ministério da Saúde lançou o Programa
de Qualidade e estabeleceu a Comissão Nacional de
Qualidade e Produtividade em Saúde;
O Programa Brasileiro de Qualidade e
Produtividade estabeleceu a qualidade como projeto
prioritário para o Ministério da Saúde para os anos
de 97/98;
Qualidade da Saúde no Brasil


Em 1997 o Ministério da Saúde anunciou
medidas para desenvolver a Acreditação;
Em 1998 foi lançado oficialmente o Programa
Brasileiro de Acreditação e foram elaboradas
propostas para o Sistema Nacional de
Acreditação;
Qualidade da Saúde no Brasil


No período entre 98 e 99, o Ministério da
Saúde iniciou o projeto “Acreditação no
Brasil”, para melhorar a compreensão sobre o
Sistema Brasileiro de Acreditação;
O projeto resultou na criação da ONA.
Organização Nacional de Acreditação ONA
Organização privada, sem fins lucrativos e de
interesse coletivo;
 Implantação e implementação nacional de um
processo de melhoria da qualidade da saúde;
 Credencia as Instituições Acreditadoras para
avaliar e certificar a qualidade nas instituições
de saúde.

O que é Acreditação?
Acreditação é o procedimento de
avaliação dos recursos institucionais,
voluntário, periódico, reservado e sigiloso,
que tende a garantir a qualidade da
assistência através de padrões
previamente aceitos.
O que é Acreditação?



Uma espécie de ramificação do programa de
qualidade total, porém voltado a instituições da área
da saúde;
Racionalização dos serviços de maneira a garantir a
qualidade médico-hospitalar;
Garantir o cumprimento de normas de qualidade,
favorecendo cada indivíduo como paciente e
cidadão.
Preparação para Acreditação
Sensibilização da comunidade hospitalar;
 Criação
de um grupo coordenador do
processo;
 Capacitação:
desenvolvimento
de
multiplicadores internos;
 Elaboração
de Diagnóstico Institucional,
focalizando não conformidades e traçando
plano de melhoria;

Preparação para Acreditação





Definir prioridades de implantação;
Criar grupos de trabalho para os ajustes das não
conformidades;
Reuniões sistemáticas para o monitoramento da
execução dos planos de melhoria e avaliação
setorial e global da Organização;
Avaliação interna;
Visita de avaliação: CERTIFICAÇÃO.
Características da Acreditação




A participação é voluntária;
Há um conjunto de padrões contra os quais as
organizações são avaliadas;
A avaliação de conformidade com os padrões é
conduzida por avaliadores independentes das
organizações participantes;
Há um resultado de acreditação sob a forma de
aprovado ou não ou uma escala de pontos que
denota conformidade com os padrões – o “status”
da acreditação;
Características da Acreditação
Baseia-se no princípio do “tudo ou nada”;
 O padrão tem que ser totalmente cumprido
para que seja acreditado no nível avaliado;
 Todas
as áreas devem satisfazer um
determinado nível, agregando-se dessa forma
o conceito de homogeneidade;
 O que define o resultado final é o menor nível.

Programas pioneiros





EUA: 1951, Joint Commission Hospital Accreditation;
Canadá: 1958, Canadian Council on Health Services
Accreditation;
Austrália: 1959 e 1987: ACHS e QIC;
Reino Unido: 1986 e 1989, dois programas: Hospital
Accreditation Programme (HAP) King’s Fund (KFHQS);
Nova Zelândia: 1987, The New Zealand Council on
Healthcare Standards.
Programas de acreditação











1990: Reino Unido
1995: Finlândia
1996: Espanha (Catalunha)
1997: República Checa e Lituânia
1997: França
1998: Polônia e Suíça
1999: Letônia e Holanda
2000: Portugal
2001: Brasil
2001: Alemanha
2002: Dinamarca, Irlanda e Bósnia
Níveis de Acreditação
Certificação ONA – Nível 1




Princípio: Segurança (estrutura);
Padrão: Atende aos requisitos formais, técnicos e de estrutura
para a sua atividade conforme legislação correspondente;
Identifica riscos específicos e os gerencia com foco na
segurança;
Gerenciamento de riscos.
Certificação ONA – Nível 1

Itens de orientação:
Responsabilidade técnica conforme legislação;
 Corpo funcional habilitado ou capacitado para as
necessidades dos serviços;
 Condições operacionais que atendam aos requisitos de
segurança para o cliente;
 Identificação, gerenciamento e controle de riscos sanitários,
ambientais, ocupacionais e relacionados à responsabilidade
civil, infecções e biossegurança.

Gerenciamento de riscos
Gerenciamento de riscos

•
•
Risco e Fator de Risco
É a probabilidade de ocorrência de uma doença,
agravo, óbito ou condição relacionada à saúde
(incluindo cura, recuperação ou melhora), em uma
população ou grupo, durante um período determinado;
É estimado sob a forma de uma proporção (razão
entre duas grandezas, na qual o numerador se
encontra necessariamente contido no denominador).
Gerenciamento de riscos

O conceito de risco possui dois elementos:

A probabilidade de um evento perigoso; são condições de
uma variável com potencial necessário para causar danos.
Esses danos podem ser entendidos como lesões a pessoas,
danos a equipamentos e instalações, danos ao meio
ambiente, perda de material em processo, ou redução da
capacidade de produção;
Gerenciamento de riscos
Severidade da consequência do evento perigoso:
expressa uma probabilidade de possíveis danos dentro
de um período de tempo ou número de ciclos
operacionais. Pode indicar ainda incerteza quanto à
ocorrência de um determinado evento.
Gerenciamento de riscos



Foco da Acreditação
- As necessidades dos clientes estão mudando ao longo
do tempo devido educação, economia, tecnologia e
cultura;
- Estas mudanças requerem melhorias continuas da
qualidade.
•
Métodos Administrativos
•
Protocolos Assistenciais

Gerenciamento de Risco
Gerenciamento de riscos

•
•
Gestão do Risco
Processo através do qual as organizações lidam
com o risco associado à sua atividade;
Medidas de prevenção ou controle que devem ser
adotadas, para eliminar, prevenir ou minimizar um
ou vários pontos críticos ou de risco.
Gerenciamento de riscos

Redução da probabilidade da ocorrência de
Eventos Adversos
Gerenciamento de riscos


Riscos Ambientais
- Probabilidade de ocorrer um evento bem definido, que pode
causar algum dano relacionado a(s):
•
Saúde;
•
Unidades operacionais;
•
Econômico;
•
Social.
Gerenciamento de riscos


Riscos Ambientais
A ocorrência de lesões causadas por dispositivos
médicos pode estar relacionada ao equipamento, ao
operador, ao paciente, ou estar relacionada a outros
fatores, como por exemplo, o transporte externo e
interno, armazenamento ou instalação do produto.
Gerenciamento de riscos

•
•
•
•
Riscos Ambientais
Não contêm sinalizações ou avisos adequados;
Não foram
pretendido;
projetados
adequadamente
para
o
uso
São divulgados como passível de esterilização, mas não o
são;
Falha ou deterioração por qualquer razão.
Gerenciamento de riscos


Gerenciamento do Ambiente Hospitalar
O gerenciamento do ambiente hospitalar pode ser
definido como um conjunto de processos utilizados
para planejar, construir, equipar e manter a
confiabilidade de espaços e tecnologias.
Gerenciamento de riscos

Gerenciamento do Ambiente Hospitalar
Gerenciamento de riscos


A identificação de riscos
Para o Gerenciamento do ambiente hospitalar, vamos
necessitar além das informações do campo da manutenção, as
informações relativas aos riscos existentes. Com relação aos
riscos no prédio e infra-estrutura, o mapa de riscos dos
diversos espaços tem seu conceito ampliado.
Gerenciamento de riscos
Mapa de Risco
O Mapa de Risco foi criado através da portaria nº 05 de
18/08/1992 do DNSST (Departamento Nacional de
Segurança e Saúde do Trabalhador) do Ministério do
Trabalho, e as informações sobre sua construção foram
transferidas para a NR-5 que trata da CIPA.



O mapa de Risco é uma representação gráfica dos fatores de
riscos existentes nos diversos locais de trabalho.

(TEIXEIRA, P, p. 111,1996)
Gerenciamento de riscos
Mapa de Risco
Tem como objetivos reunir as informações necessárias para
estabelecer o diagnóstico da situação de segurança e saúde
no trabalho na empresa. Possibilita, durante sua elaboração a
troca e divulgação de informações entre trabalhadores, bem
como estimular sua participação nas atividades de prevenção.

•
•
Tais fatores têm origem nos diversos elementos do processo
de trabalho.
Gerenciamento de riscos

•
•
Identificação do Risco no Ambiente Hospitalar
Quando se fala em riscos em ambientes hospitalares,
pensamos imediatamente em infecção hospitalar.
A preocupação em se definir os riscos existentes no
ambiente hospitalar e inventariá-los de forma objetiva
e racional são fundamentais para definição de
parâmetros e procedimentos de biossegurança.
Gerenciamento de riscos


Desafio da Gestão do Risco
• Mudança de Cultura. De uma cultura de relato para uma de
aprendizagem;

• Análise dos Micro-sistemas;

• Análise dos Processos;

• Análise da estrutura;

• Educação e treinamento, Colaboração, Relatórios de Pesquisa e
Projetos Especiais.
Tecnologia da Informação

O termo "Tecnologia da Informação" serve para
designar o conjunto de recursos tecnológicos e
computacionais para a geração e uso da
informação.
Tecnologia da Informação
Predominância:
Velha economia -> fluxo de informação físico


X



Nova economia -> fluxo de informação digital (redes)
Benefícios
da
TI:
maior
produtividade
consequentemente, maiores lucros dentro
organização.
e,
da
Logo, a segurança deve ser tratada não apenas como
um mecanismo de proteção, mas sim como um elemento
habilitador para que os negócios de uma empresa
sejam executados.
Informação



Uma das ferramentas mais poderosas no gerenciamento de
riscos é o conhecimento;
Conhecimento está intimamente relacionado à informação;
Importância da informação: utilidade, valor, validade,
classificação.
Informação

Segurança requer investimentos;
RISCOS

X
CUSTOS
O objetivo da segurança da informação é protegêla contra riscos.
Informação


No domínio da gestão da informação e dos documentos de
arquivo: relativamente recente (Legislação: NP 4438);
Algumas questões analisadas nesse âmbito:
 Acessibilidade dos documentos;
 Pertinência dos dados;
 Credibilidade da informação;
 Integralidade dos documentos de arquivo e da informação.
Informação

A prioridade da gestão da segurança da informação é certificar-se
de que a segurança seja uma responsabilidade que permeie toda a
corporação.
“Neste mundo globalizado, onde as informações
atravessam fronteiras com velocidade espantosa, a
proteção do conhecimento é de vital importância para a
sobrevivência das organizações. Uma falha, uma
comunicação com informações falsas ou um roubo ou
fraude de informações podem trazer graves consequências
para organização, como perda de mercado, de negócios e,
consequentemente, perdas financeiras.”
 (NAKAMURA,2002, pág. 28).
Certificação ONA – Nível 2




Princípio: Organização (processos);
Identifica, define, padroniza e gerencia os processos
e suas interações sistemicamente;
Estabelece sistemática de medicação e avaliação dos
processos;
Possui programa de educação e treinamento
continuado, voltado para a melhoria de processos.
Certificação ONA – Nível 2

Itens de verificação:
Identificação, definição, padronização e documentação dos
processos;
 Documentação (procedimentos e registros) atualizada,
disponível e aplicada;
 Definição de indicadores para os processos identificados;
 Medição e avaliação dos resultados dos processos;
 Grupos de trabalho para a melhoria de processos e
interação.

Certificação ONA – Nível 3




Princípio: Excelência na Gestão (Resultados)
Utiliza perspectivas de medição organizacional, alinhadas às
estratégias e correlacionadas aos indicadores de desempenho
dos processos;
Dispõe de sistemática de comparações com referenciais
externos pertinentes, bem como evidências de tendência
favorável para os indicadores;
Apresenta inovações e melhorias implementadas, decorrentes
do processo de análise crítica.
Certificação ONA – Nível 3

Itens de verificação:
 Sistema
de indicadores de desempenho
focalizando as perspectivas básicas com
informações íntegras e atualizadas, incluindo
informações de referenciais externos pertinentes;
 Estabelecimento de uma relação de causa e efeito
entre os indicadores e os resultados;
Lógica para a definição dos níveis


Não se avalia setor ou departamento isoladamente,
o hospital somente é acreditado se todos os serviços
atingirem o mesmo nível de qualidade;
O funcionamento de um componente interfere em
todo o conjunto e no resultado final;
Lógica para a definição dos níveis


Padrões de complexidade crescente e
correlacionados;
Para se alcançar um nível de qualidade
superior, os níveis anteriores devem ter sido
atingidos.
Níveis de certificação

De acordo com a adequação aos critérios
estabelecidos no Manual:
 Nível 1: Acreditado (atende aos requisitos básicos);
 Nível 2: Acreditado Pleno (requisitos básicos mais
procedimentos padronizados);
 Nível 3: Acreditado com excelência (requisitos
básicos,
procedimentos
padronizados
mais
indicadores)
Vantagens da Acreditação







Critérios e objetivos concretos, adaptados à
realidade brasileira
Estimula a melhoria contínua da qualidade
Segurança para pacientes e funcionários
Reforça a lealdade dos trabalhadores
Economiza recursos e diminui retrabalho
Agrega valor a imagem da Instituição
Estabelece estrategicamente um diferencial em
relação a concorrência
Maiores desafios






Adesão da alta Direção
Comprometimento do Corpo Clínico: protocolos e
prontuários
Trabalho em equipe
Gerenciamento por processos
Gerenciamento de Riscos
Envolvimento dos “terceiros”
Organizações
Prestadoras
Serviços de Saúde - OPPS

•
•
•
•
•
•
de
São definidas como entidades jurídicas e legalmente
constituídas, nas quais se prestam serviços de:
assistência médica, de tipo hospitalar,
hemoterápico,
laboratório e patologia clínica,
ambulatorial e pronto-atendimento,
diagnóstico e terapia,
atenção primária à saúde e assistência domiciliar, de
caráter estatal ou privado, com ou sem fins lucrativos,
sob a responsabilidade de uma diretoria.
Instituições acreditadoras
São entidades de direito privado
credenciadas pela ONA para
desenvolverem o processo de avaliação
na OPPS.

Instituições acreditadoras
Atribuições e competências das IAC’S
•
•
•
•
•
Avaliar a qualidade dos serviços de saúde;
Certificar as Organizações Prestadoras de Serviços
de Saúde Acreditadas;
Capacitar os avaliadores para o processo de
avaliação;
Realizar diagnóstico organizacional;
Palestras de sensibilização.
Atribuições vedadas às IAC’S

Consultoria /assessoria: participação ativa e
criativa no desenvolvimento do sistema de
assistência e qualidade da OPPS.
HOSPITAIS ACREDITADOS
Brasil
Hospitais Acreditados por Nível
Certificação
N°
Acreditado
49
Acreditado Pleno
51
Acreditado com Excelência
63
Total
163
Fonte: www.ona.org.br (12/09/12)
Minas Gerais
Hospitais Acreditados por Nível
Certificação
N°
Acreditado
3
Acreditado Pleno
8
Acreditado com Excelência
17
Total
28
Fonte: www.ona.org.br (12/09/12)
Realidade da Qualidade no Brasil



Boa parte dos serviços de saúde existentes no Brasil
não são seguros nem eficientes;
A maioria dos hospitais brasileiros sequer atende a
legislação vigente;
Qualidade percebida x Qualidade real.
Dados Preocupantes



Em cada 100 admissões de pacientes há 6,5% de
eventos adversos relacionados à medicação;
40 a 70% dos eventos adversos são evitáveis;
Eventos adversos relacionados à medicação são o
tipo mais comum de evento adverso não cirúrgico;
Dados Preocupantes
Estudo de Harvard concluiu que 4% dos
pacientes sofrem algum tipo de dano no
hospital; 70% dos eventos adversos provocam
uma incapacidade temporária e 14% dos
incidentes são mortais.

Dados preocupantes

Baseado nos números de Harvard:
 Internações hospitalares do SUS no Brasil em 2001:
11.756.354
 4% = 470.254 eventos adversos
 70% = 329.178 incapacidades temporárias
 14% = 65.836 mortes
Casos reais
Guillermo L, um paciente diabético de 51
anos, aos despertar da anestesia depois de
submeter-se a uma cirurgia para a retirada de
carcinoma no pé direito descobriu espantado
que lhe haviam amputado o pé esquerdo. O
chocante da situação é que depois tiveram de
amputar-lhe o pé direito.
A Assustadora História da Medicina
Ediouro, 2002
Casos Reais
Juan R. R, submeteu-se a um autotransplante de
medula óssea para resolver um problema de
mileloma múltiplo em um hospital de
Santander. Horas após a intervenção, sofreu
transfusão de plaquetas contaminadas por HIV
em virtude de erro na identificação do sangue.
Um ano e meio depois veio a falecer.
A Assustadora História da Medicina
Ediouro, 2002
Casos Reais
Bebê tem parte do dedo cortado em hospital de São Paulo
Uma menina de 1 ano de idade teve parte do dedo mínimo cortado por
uma auxiliar de enfermagem no Hospital Geral do Mandaqui, na zona
norte da capital paulista. O incidente aconteceu enquanto a profissional
retirava uma bandagem colocada para imobilizar a mão da criança
enquanto ela recebia medicação intravenosa. De acordo com a Secretaria
Estadual de Saúde, a menina foi encaminhada ao centro cirúrgico assim
que foi constatado o ferimento, mas não houve a possibilidade de
reimplante do tecido cortado. O Conjunto Hospitalar do Mandaqui
determinou o afastamento por tempo indeterminado da auxiliar de
enfermagem. Uma sindicância deverá ser aberta nesta segunda-feira para
apurar o ocorrido e o caso será encaminhado ao COREN que definirá as
sanções profissionais cabíveis. A SES ainda informou que a auxiliar de
enfermagem trabalha há cerca de 10 anos no hospital e pode ser
exonerada caso seja constatada falta grave. Os familiares da criança
registraram boletim de ocorrência e foram à delegacia acompanhados por
uma enfermeira do hospital.
Site Uol, jan/11
REFLETIR

Porque o fato aconteceu?

Como este caso poderia ter sido evitado?
De 1995 a 2005, nos EUA:
464 mortes de pacientes internados;
 455 cirurgias em lado errado;
 444 mortes ou injúrias por complicações pósoperatórias;
 358 mortes ou injúrias relacionadas com erros
de medicação;
 269 mortes ou injúrias relacionadas ao atraso
no atendimento;

De 1995 a 2005, nos EUA:
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138 mortes ou injúrias relacionadas com queda;
121 assaltos, estupros ou homicídios;
94 mortes ou injúrias relacionadas com transfusão
sanguínea;
67 eventos relacionados à infecção;
58 eventos relacionados à anestesia.
Fonte: Joint Comission on Acreditation of Healthcare Organizations
Ainda nos EUA:

“Estima-se que cerca de 100 mil pessoas morram
nos Estados Unidos vítimas de Eventos Adversos.
Essa alta incidência resulta em uma taxa de
mortalidade maior que as atribuídas à AIDS,
câncer de mama ou atropelamentos.”
Situação da rede SUS
“Apenas 1.253 hospitais, 18,3% do total, apresentam
possibilidade de trabalhar com eficiência, a
grande maioria tende a operar com deseconomias
de escala.”
Fonte: Ministério da Saúde 2003
CONASS - Sus: Avanços e Desafios
Situação da rede SUS

Os serviços são ruins porque faltam recursos, estes
são escassos porque os serviços não são bons ou os
recursos existem, porém não são utilizados
corretamente?
Carga Tributária e Gasto Público em
Saúde
O Sistema de Gestão da Qualidade
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Rede Privada (imagem institucional) x Serviço
Público (metas qualitativas);
Dada a organização sistêmica do hospital, não
basta que haja ilha de excelência, todo o
sistema precisa funcionar em conjunto;
Conclusão

Gestão da Qualidade:
 Satisfação
e segurança do paciente;
 Segurança para os profissionais;
 Responsabilidade sócio-ambiental;
 Racionalização do uso dos recursos materiais;
 Melhoria da imagem institucional.
Conclusão

O sistema de gestão da qualidade nos serviços de
saúde não vem para burocratizar a assistência, mas
sim para torná-la mais segura e eficiente, através
da busca por melhores resultados.
Outras ferramentas da Qualidade
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Brain-storming;
Histograma;
Gráficos e Cartas de Controle;
Diagrama de Causa-Efeito;
Folhas de Verificação;
5S.
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Desenvolvimento Gerencial e a busca pela Qualidade por Flávia