Fórum Nacional de Prevenção e erradicação do Trabalho Infantil Trabalho Infantil: cenários e desafios I Seminário Cearense Trabalho Decente Contextualização Agenda de Trabalho Decente: prioridades • Geração de mais e melhores empregos com igualdade de oportunidades e tratamento • Erradicação do trabalho escravo e eliminação do Trabalho Infantil • Diálogo social Contextualização Agenda Nacional de Trabalho Decente para a Juventude: prioridades • Mais e melhor educação • Conciliação entre estudo, trabalho e vida familiar • Inserção digna e ativa no mundo do trabalho • Diálogo Social Objetivo de Desenvolvimento Sustentável Nações Unidas Objetivo 8 almeja “promover o crescimento econômico continuado, abrangente e sustentável, o emprego pleno e produtivo, e o trabalho digno para todos”. “Para a Organização Internacional do Trabalho (OIT), inclui as seguintes prioridades: o emprego pleno e produtivo e trabalho digno, as diferenças de salário entre homens e mulheres, o desemprego jovem, o fim de todas as formas de trabalho infantil, a normalização da economia paralela, o empreendedorismo e as micro, pequenas e médias empresas, a proteção dos direitos laborais e a promoção de ambientes de trabalho seguros, os trabalhadores migrantes”. Trabalho Decente é “trabalho adequadamente remunerado, exercido em condições de liberdade, equidade e segurança, capaz de garantir uma vida digna.” Trabalho Infantil Atividade econômica e/ou de sobrevivência, com ou sem finalidade de lucro, remunerada ou não, realizada por crianças e adolescentes com idade inferior a 16 anos. É permitida uma única exceção, a aprendizagem a partir de 14 anos. • Todo trabalho realizado por adolescentes com idade entre 16 e 18 anos será protegido. Constituição Federal de 1988- inciso XXXIII, art. 7º Convenção 138 – OIT PIORES FORMAS DE TRABALHO INFANTIL Atividades que pela natureza ou condições em que são executadas violam direitos de crianças e adolescentes à vida, à saúde, à educação, à aprendizagem, ao brincar, ao lazer e ainda, acarretam prejuízos que comprometem o seu pleno desenvolvimento físico, psicológico, cognitivo, social e moral. São VEDADAS para crianças e adolescentes, ou seja, para todas as pessoas com menos de 18 anos. Convenção 182 – OIT Decreto 6.481/ 12 de junho de 2008 TRABALHO INFANTIL É UMA VIOLAÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES Convenção sobre os Direitos da Criança - ONU Constituição Federal, art. 227 Estatuto da Criança e do Adolescente ECA- art. 4º Trabalho Infantil no Brasil Crianças e adolescentes ocupados entre 5 e 17 anos: 2011 2012 2013 Nº absoluto % Nº absoluto % Nº absoluto % 3.673.000 8,6 3.517.000 8,3 3.188.000 7,5 Trabalho Infantil por faixas etárias: • 61 mil – 5 a 9 anos • 446 mil – 10 a 13 anos • 807 mil – 14 ou 15 anos • 1.875 milhão – 16 ou 17 anos PNAD/ IBGE Trabalho Infantil nas Grandes Regiões Região Sul Norte Nordeste C. Oeste Sudeste PNAD/ IBGE 2011 10,6% 10,8% 9,7% 7,4% 6,7% 2012 10,4% 9,7% 9,0% 8,5% 6,6% 2013 9,6% 8,2% 8,1% 7,6% 6,2% Quem são as crianças que trabalham no Brasil? • São as crianças que vivem em famílias pobres, onde os adultos têm baixa ou nenhuma escolaridade • 64,7% são meninos • 62,5% são negros • 66,8% trabalham nas cidades • 33,2% trabalham no campo (64% têm menos de 14 anos) • 80% estão na escola PNAD 2013 - IBGE Consequências do trabalho precoce para as crianças e adolescentes • Baixo rendimento escolar e abandono da escola • Adoecimentos e acidentes de trabalho (o SINAN/MS registrou 19 mil acidentes entre 2007 e 2014) • Reprodução do ciclo da pobreza e da exclusão social • Comprometimento do direito ao brincar, ao lazer, à profissionalização • Comprometimento do pleno desenvolvimento físico, psicológico, cognitivo e moral Desafios para a erradicação do Trabalho Infantil Coordenação pelo Governo Federal de ações articuladas com Estados, Municípios e setores sociais para acelerar o ritmo de redução do trabalho infantil. • Educação e escola em tempo integral para as crianças e adolescentes da cidade e do campo. • Acesso dos adolescentes à aprendizagem e ao trabalho protegido. • Articulação e implementação das políticas públicas e estruturação de serviços de qualidade para crianças e adolescentes retirados do trabalho infantil. Desafios • Atendimento às famílias, articulando transferência de renda, qualificação profissional, trabalho decente, inclusão produtiva e incentivo à escolarização. • Promoção da participação de crianças e adolescentes, respeito e consideração de suas opiniões e propostas. • Orçamento e eficiência na execução dos recursos. • Fiscalização de todas as formas de trabalho infantil e monitoramento das cadeias produtivas. Desafios Cumprimento da legislação e adoção de mecanismo para garantir o não retrocesso social. • Rejeição das PECs que propõem a redução da idade mínima para o trabalho. • Não concessão de autorizações judiciais para o ingresso de adolescentes no mercado de trabalho antes da idade mínima permitida (16 anos). Desafios Estratégias de sensibilização com visitas a desconstruir e mudar os padrões simbólico-culturais que naturalizam o trabalho infantil. Controle social efetivo das políticas públicas e das ações de enfrentamento do trabalho infantil pela sociedade civil. Poesia Vende-se infância! Quem dera fosse brincadeira O que era para ser legal Tornou-se chato O que era para ser divertido Tornou-se triste "Quero balas" Tornou-se "vende-se balas" O que era para ser consumido Hoje em dia é vendido A troco de que? A troco de trocados! Lugar de criança é na escola! Mas que verdade ilusória... A escola de hoje é nas ruas Entre carros, faróis Sem direito a cultura. Se ao menos tudo isso Fosse obra da imaginação... Só que esse direito Eles também não tem não. Queria dizer: "Isso tudo não é verdade!" Mas infelizmente Sou refém da realidade Olho em todo canto Só vejo maldade O direito de ser feliz É a maior dificuldade. De mãos dadas Traremos a existência Aquilo que um dia existiu. Agora, trabalho infantil, Só se for dever de casa Dado pela professora Que tanto os amava. Toda criança tem direito: De ser criança, De ser feliz, De ser amada! Equipe Alfa do Colégio Estadual Collecchio – RJ www.fnpeti.org.br [email protected] www.facebook.com/fnpeti.forum (61) 3349-5660