NECESSIDADES EM SAÚDE: A PERCEPÇÃO DE ADOLESCENTES EM UM DETERMINADO TERRITÓRIO DE CURITIBA/PR Ana Paula Rodrigues dos Santos Cnpq/Pibic Orientadora: Prof.ª Dr.ª Maria Marta Nolasco Chaves/Colaboradora: Melissa Mafra Introdução/Objetivos A adolescência é definida como a fase que vai dos 10 aos 19 anos, também chamada de segunda década de vida. Compreende-se que nessa fase as mudanças e as descobertas colocam o indivíduo sujeito à processos de vulnerabilidades e potencialidades. Neste sentido, se considerou importante evidenciar as necessidades em saúde percebidas pelos adolescentes de um território do município de Curitiba/PR. Método Trata-se de uma pesquisa exploratória de caráter qualitativo, ancorada na Teoria de Intervenção Práxica da Enfermagem em Saúde Coletiva (TIPESC) (EGRY,1996). O estudo foi desenvolvido em uma Unidade de Saúde da região norte do município de Curitiba/PR. Foram 13 participantes nas entrevistas semi-estruturadas, das quais 09 foram gravadas e 04 foram registradas manualmente. A análise dos dados foi baseada na análise de conteúdo (BARDIN, 2009). Referências EGRY, E.Y, 1996. Saúde Coletiva: Construindo um Novo Método em Enfermagem. São Paulo: Editora Ícone. BARDIN, L. Análise de Conteúdo. 21ªed. Lisboa: Edições 70; 2009. Resultados/Discussão O estudo levantou as necessidades em saúde percebidas pelos adolescentes do território e nesse sentido, se verificou que esses sujeitos têm como necessidades em saúde as alterações da fase da adolescência no próprio corpo; a expressão de adoecimento individual e o carecimento ou melhora para algo que o atendesse nesta fase da vida. As lacunas observadas nas ações de cuidado, seja na promoção da saúde e na prevenção de adoecimentos, oferecido aos adolescentes na unidade básica de saúde foram evidenciadas pelo descontentamento dos jovens nas suas relações com os profissionais de saúde, assim como na ausência de ações para este segmento populacional no serviço local. Da mesma forma, se observou o comprometimento do acesso a escola pelos adolescentes, sendo que, este é um direito, pois os entrevistados indicaram 2 aspectos com relação a não estar frequentando a escola. O primeiro se deve a violência na região, o segundo a ausência de escola com ensino a partir da 5ª série no território. Conclusões Conclui-se que, ao refletir que as ações de saúde tem como um dos princípios a intersetorialidade percebe-se que na realidade estudada, os carecimentos apontados pelos sujeitos indicam a ausência de setores essenciais para a articulação de ações de promoção da saúde, no caso, destacam-se educação, segurança, esporte e lazer.