Apresentação de Artigo Científico Andréia Reis Pereira Eliones Dantas Pinto Orientador: Dr. Paulo Margotto Escola Superior de Ciências da Saúde (ESCS)/SES/DF www.paulomargotto.com.br Efeito do omeprazol no refluxo gastroesofágico ácido e acidez gástrica em recém-nascidos prematuros com refluxo ácido patológico (Effect of Omeprazole on Acid Gastroesophageal Reflux and Gastric Acidity in Preterm Infants With Pathological Acid Reflux) Taher I. Omari, Ross R. Haslam, Per Lundborg, and Geoffrey P. Davidson . J Pediatr Gastroenterol Nutr. 2007 Jan;44(1):41-4 Introdução A Doença do Refluxo Gastroesofágico (DRGE) é comum em recém nascidos; Quadro clínico: irritabilidade,vômitos, apnéia, pneumonia aspirativa,; Principal mecanismo: relaxamento transitório do esfíncter esofágico inferior; Refluxo Gastroesofágico (RGE) + Relaxamento esfíncter é mais freqüente em recém-nascidos com DRGE em comparação com os controles; Introdução O uso de inibidores de bomba de prótons (IBP) para tratar a DRGE em recém nascidos prétermos vêm aumentando; Ainda não se sabe a eficácia dos IBPs na produção ácida nessa população; Objetivo do trabalho: determinar o efeito de 0,7mg/Kg/d de omeprazol na acidez gástrica e RGE em recém nascidos prematuros com sintomas de refluxo e refluxo ácido patológico em pHmetria de 24h; Metodologia Incluídos: recém nascidos pré-termo+ sintomas DRGE+ sem resposta ao TTO conservador (fracionamento da dieta, postura, anti-ácidos)+ pH 24h: pH menor 4 em mais de 5% do tempo, ao todo foram 10 crianças; Excluídos: prematuros menos de 32 sem, em ventilação com pressão positiva, com doença aguda, neurológica ou disfunção renal ou hepática importante; Metodologia Estudo randomizado, duplo-cego, controlado com placebo, Os pacientes foram medicados durante 1 semana com omeprazol ou placebo, ao final dela realizada pHmetria 24h, hemograma, bioquímica e medida do omeprazol plasmático para avaliar possíveis efeitos colaterais e então dado o tratamento alternativo na semana seguinte, ao final realizou-se nova pHmetria, hemograma, bioquímica e dosagem do omeprazol; Metodologia O enfermeiro staff responsável pelo cuidado da criança anotava no protocolo quando sintomas de RGE ocorriam; Parâmetros de pH gástrico e esofágico foram determinados usando o Esophagogram analysis program; Resultados Omeprazol reduziu a acidez gástrica, a exposição ácida esofágica e o número e duração dos episódios de refluxo ácido comparado ao placebo; No entanto,apesar dessa normalização do refluxo ácido na maioria dos pacientes, o número de eventos sintomáticos não teve mudança estatisticamente significativa com o uso do omeprazol; Resultados Houve uma correlação significante entre o maior nível plasmático de omeprazol e a menor porcentagem de tempo de pH gástrico menor que 4. Resultados Não houve alterações significantes no hemograma, na bioquímica e na ocorrência de efeitos adversos sérios com o uso do omeprazol; Discussão A segurança e a eficácia do uso de IBP em prematuros não foi adequadamente estabelecida; A terapia com omeprazol reduziu a acidez gástrica e foi correlacionado com seu pico plasmático; O omeprazol reduziu os episódios de refluxo ácido; Discussão A dose utilizada parece segura baseado no rastreamento utilizado; Não houve reação adversa aguda, no entanto deve-se considerar o curto período da terapia; Discussão Não houve mudanças na frequência dos sintomas o que pode ser atribuído a: 1.os pacientes podem não ter DRGE, esse é um diagnóstico clínico difícil em recém-nascidos e o diagnóstico por pHmetria é controverso; 2.o período do TTO pode ter sido muito curto para produzir mudanças clínicas; 3.a acurácia da classificação dos sintomas pode ter sido prejudicada pelo fato dos sintomas serem considerados quando e se foram observados pelo enfermeiro staff; 4.os sintomas do refluxo se deveram mais ao volume ingerido que ao refluxo ácido e não forma modificados com a redução da exposição esofágica ao ácido; Conclusão O uso de 0,7mg/Kg/d de omeprazol é seguro e mais efetivo na normalização do RGE ácido patológico; No entanto, avaliação de alterações a longo prazo, mais complexas e a eficácia clínica do tratamento de supressão ácida necessita de um estudo mais sistemático e em um grupo maior utilizando ferramentas de avaliação mais eficazes com pessoas treinadas; Referências do Artigo: Novak D. Gastroesophageal reflux in the preterm infant. Clin Perinatol 1996;23:304 – 20. Omari TI, Miki K, Davidson G, et al. Characterisation of lower oesophageal sphincter relaxation in healthy preterm infants. Gut 1997;40:370 – 5. Omari TI, Benninga MA, Barnett CP, et al. Characterisation of esophageal body and lower esophageal sphincter motor function in the very premature neonate. J Pediatr 1999;135:517 – 21. Omari TI, Barnett C, Snel A, et al. Mechanisms of gastroesophageal reflux in healthy premature infants. J Pediatr 1998;133:650 – 4. Omari TI, Barnett CP, Benninga MA, et al. Mechanisms of gastrooesophageal reflux in preterm and term infants with reflux disease. Gut 2002;51 (4):475 – 9. Alliet P, Raes M, Bruneel E, et al. Omeprazole in infants with cimetidine-resistant peptic esophagitis. J Pediatr 1998;132:352 – 4. Kato S, Ebina K, Fujii K, et al. Effect of omeprazole in the treatment of refractory acid-related diseases in childhood: endoscopic healing and twenty four hour intragastric acidity. J Pediatr 1996;128: 415 – 21. Gunasekaran TS, Hassall EG. Efficacy and safety of omeprazole for severe gastroesophageal reflux in children. J Pediatr 1993;123: 148 – 54. Omari TI, Davidson GP. Multi-point measurement of intragastric pH in healthy preterm infants. Arch Dis Child Fetal Neonatal Ed 2003;88 (6):F517 – 20. Kearns G, Andersson T, James L, et al. Omeprazole disposition in children following single-dose administration. J Clin Pharmacol 2003;43:840 – 8. Snel A, Barnett CP, Cresp TL, et al. Behavior and gastroesophageal reflux in the premature neonate. J Pediatr Gastroenterol Nutr 2000;30:18 – 21. Tamhankar AP, Peters JH, Portale G, et al. Omeprazole does not reduce gastroesophageal reflux: new insights using multichannel intraluminal impedance technology. J Gastrointest Surg 2004;8: 890 – 7. Vela MF, Camacho-Lobato L, Srinivasan R, et al. Simultaneous intraesophageal impedance and pH measurement of acid and nonacidgastroesophageal reflux: effect of omeprazole. Gastroenterology 2001;120:1599 – 6 Consultem também: Controvérsias no manuseio do refluxo gastroesofageano no prétermo Autor: Cleide Suguihara (EUA). Realizado por Paulo R. Margotto Dda Eliones Dda Andréia Obrigada!