O essencial do livro A Prosperous Way Down Recomendações setor por setor Segunda parte do resumo do livro O Declínio Próspero (livro de H.T. e E.C. Odum) escrito pelo Antropólogo Tom Abel, professor da Universidade Tzu-Chi de Taiwan. Tradução: Enrique Ortega, José Maria Gusman Ferraz. Campinas, SP, 19 de maio de 2010. 1 (A) As fontes de energia sustentam a humanidade • As fontes de energia constituem a base, a partir da qual, ocorre a auto-organização na natureza, incluindo os sistemas socioculturais humanos • Existem fontes de energia que constituem fluxos renováveis quase contínuos (sol, vento, chuva, marés, soerguimento geológico); algumas consistem de fluxos renováveis de recomposição lenta (madeira de lei, solo agrícola, lençóis freáticos), e algumas podem ser consideradas como não renováveis dentro da escala de tempo humana (carvão, petróleo, gás do subsolo, minerais). • Todos os sistemas naturais pulsam ou oscilam ao usar ou armazenar energia. 2 (B) Atualmente, os combustíveis fósseis fornecem mais emergia do que as fontes renováveis • A energia é a base de sustentação dos sistemas naturais e dos subsistemas econômicos. Nos últimos 200 anos, os sistemas socioculturais humanos passaram a aproveitar energias não renováveis (carvão, petróleo, gás natural, energia nuclear). • Toda fonte de energia tem um saldo líquido de emergia (‘net emergy yield’) diferente e possui uma ‘qualidade’ característica (flexibilidade, facilidade de uso, utilidade). • O dinheiro não sustenta os sistemas econômicos humanos, apenas facilita o fluxo de bens e serviços. O dinheiro é uma tecnologia para aprimorar a eficiência econômica que, em geral, ocorre em detrimento da eficiência ecológica. 3 (C) Os gradientes de energia promovem a autoorganização • Como todos os sistemas, os sistemas socioculturais humanos se autoorganizam dentro de seu contexto natural para maximizar o ingresso de recursos emergéticos disponíveis por meio da construção de estruturas e procedimentos de controle. • O aumento da emergia líquida disponível permite sustentar sociedades que usam mais espaço, atraem muitas pessoas e geram estruturas complexas que incluem bens materiais e bens culturais, e conseguem combinar todos estes fatores para criar laços de retro-alimentação para aumentar a entrada de materiais, energia e informação para reforçar as estruturas geradas. 4 (D) Como resultado do uso de energia fóssil, durante os últimos dois séculos, houve um aumento enorme da presença humana no mundo. • O crescimento das sociedades industriais nos últimos dois séculos foi devido ao consumo de grandes volumes de combustível fóssil. • A flexibilidade (alta qualidade) e o saldo líquido de emergia da combinação carvão/petróleo provaram ser extremamente potentes, e nos dias atuais dão suporte a uma população humana de aproximadamente 7 bilhões. 5 (E) Nenhuma energia renovável pode competir com a quantidade, qualidade e saldo líquido dos combustíveis fósseis • As alternativas energéticas de tipo renovável não apresentam a qualidade nem o saldo emergético do petróleo, carvão ou gás natural. • O saldo emergético líquido das fontes não renováveis de energia muda com o tempo, rapidamente se torna grande e depois decresce gradualmente, pois quando os estoques se reduzem é necessário mais trabalho para extrair e processar a energia. • O saldo emergético líquido do petróleo mundial diminuiu nos últimos 50 anos, mais ainda é suficientemente grande para impulsionar o crescimento econômico. 6 (F) O Pico e a Diminuição do Saldo Líquido na extração do petróleo significam que depois de 200 anos de crescimento começa a transição para o declínio. • Hoje a taxa de extração de petróleo no mundo atingiu ou está atingindo seu valor máximo (“pico”) e o saldo líquido de emergia de petróleo continua a declinar. • Como não há fontes alternativas de energia com valores semelhantes em qualidade, quantidade e saldo líquido, poderia se concluir que a sociedade humana global não tem mais condições de crescer e começaria a contrair. • Mas existe ainda uma tendência nos países do centro econômico de ampliar seu domínio e ocupar o território dos países ricos em petróleo e recursos naturais. Assim se retarda a tendência global ao declínio unificado e se induz o caos. 7 (G) Os componentes da sociedade humana global vão atingir o pico máximo e depois disso contrair a diferentes taxas. • Quando a emergia líquida diminui para as sociedades humanas todos os componentes do sistema sociocultural também diminuem. • Os componentes do sistema sociocultural apresentam tempos de reposição diferentes, os bens materiais possuem valores menores e a informação cultural os maiores. • A função da informação (genética e cultural) é constituir a base do processo de auto-organização, estruturação e funcionamento dos sistemas. • A informação se mantém por meio de ciclos que incluem multiplicação, distribuição, reprodução e inovação, replicação, resgate e filtração para realimentar seu ciclo. 8 (H) Assim que o crescimento se converte em transição há alguns sinais positivos. • Quando a guerra desalmada do sistema baseado no crescimento esgotar o capital natural remanescente na Terra e a Civilização atingir seu Zenith o domínio exclusivo do capitalismo de grande escala poderá ser substituído por um sistema que dê ênfase a cooperação com o meio ambiente e entre as nações. O comercio internacional e os empréstimos externos poderão ocorrer em bases mais justas ou equilibradas por meio de avaliações emergéticas. • Para se conseguir uma melhor eficiência ecossistêmica haverá que diminuir os gastos supérfluos e colocar limites ao turismo internacional, ao desperdício e ao procedimento de depositar os resíduos em outros países, e aos extremos que ocorrem na distribuição da riqueza real. 9 .... sinais positivos (?). • Ocorrerá, aos poucos, uma mudança dos mecanismos para estabelecer a ordem internacional e um novo sistema global pode substituir o antigo baseado em defesas territoriais. • Tanto o compartilhamento global de informação quanto o incremento do comercio possuem um potencial para integrar (de forma natural, induzida ou a força) as pessoas dos diversos centros da civilização em empreendimentos comuns (que podem não ser monetariamente nem energeticamente justos). 10 .... sinais positivos. • O declínio dos recursos poderá no futuro diminuir a carreira armamentista e as inclinações de algumas nações de invadir outras. o Se os recursos petroleiros remanescentes fossem compartilhados (em mercados abertos), as grandes guerras entre nações para competir, crescer e conquistar territórios poderão ser coisas do passado o Os pequenos conflitos e disputas pela demarcação de fronteiras poderão ser resolvidos ou limitados pelas organizações internacionais. 11 .... sinais positivos. Para conseguir uma transição pacífica precisaremos: o Compartilhar informação de maneira internacional em vez de vendê-la o Estabelecer comércio e empréstimos com base na equidade de emergia o Substituir a exploração predatória de recursos naturais pelo mutualismo com o ambiente. 12 .... sinais positivos. • O compartilhamento de informação sobre conservação ambiental, diversidade cultural, justiça social, armamento e outras questões importantes podem ajudar a estabelecer redes de relacionamentos visando à construção de sistemas interconectados para o futuro com aspirações comuns e atitudes de paz. 13 (I) Há muito que fazer para dar suporte a nossas nações durante a transição • Para estender o período de ajustes para a transição é necessário manter as entradas de emergia e gastar menos • Os acordos comerciais podem moderar as desigualdades inerentes ao comércio • As despesas militares podem ser mais compartilhadas • O combustível fóssil deve ser acessível globalmente • A mudança de atitudes pode incrementar a cooperação – como um ecossistema maduro no clímax. 14 ... durante a transição As novas políticas devem enfatizar: • A inovação no conhecimento; • A eficiência sistêmica em vez da velocidade; • A cooperação em vez da competição; • A diversidade em vez da conformidade; • Manutenção em vez de mais crescimento; • A redução ou supressão dos empréstimos. • Um novo acordo nacional para oferecer maior segurança aos indivíduos somente pode ser conseguido com uma melhor distribuição da riqueza nacional e reduzindo o luxo e o desperdício. 15 (J) Há muitas coisas que podemos fazer para nos sustentarmos durante a transição. • Precisamos rever o conceito de eficiência e eliminar aquelas coisas que não são importantes. A eficiência ecossistêmica deve substituir a eficiência de processo • Colocar um limite na remuneração individual (teto no salário) • Pensar em programas para gerar trabalho para os desempregados realizando tarefas de interesse público e ambiental, com custos mínimos • Políticas para fomentar o pleno emprego (permanente), incrementar a produtividade ecossistêmica para reduzir de forma inteligente os custos unitários dos programas de bem-estar e de combate a criminalidade. 16 ... durante a transição • Fomentar o trabalho em tempo parcial para os idosos, repensar a aposentadoria excessivamente precoce, proteger os fundos de pensão de previdência social • Constituir um sistema universal de cuidados médicos e promoção da saúde • Criar a possibilidade de contar com auxílio médico de maior custo através do sistema de seguro privado • A tradição de consumo totalmente livre fere a economia desperdiçando emergia • O amor coletivo ao carro limita outras coisas, como empregos, saúde, educação e qualidade ambiental • Podemos sustentar durante um período de tempo curto aquilo que é mais prezado nas nações maduras. 17 (K) Há muitas coisas que podemos fazer para que o declínio seja ‘prospero’ 1. O declínio precisa de um novo modelo cultural, de redução do consumo (menores salários e re-localização da população) e de redução da população para atingir a capacidade de suporte sustentável; 2. Os governos e os bancos terão que financiar iniciativas para o decrescimento e re-organização da economia; 3. A economia terá que rever seu funcionamento para poder trabalhar com menores estoques de dinheiro e sem bônus, emprestar menos (do exterior), e propiciar taxas de juros menores; 4. Os tratados internacionais deverão controlar a economia global adotando um salário mínimo internacional que considere todos os custos ambientais e sociais. 18 ... para ter um declínio prospero 5. Com menos energia e estruturas hierárquicas reduzidas, alguns logros conseguidos no clímax da civilização passarão ao estado de hibernação 6. As paisagens urbanas e rurais terão que se re-organizar para funcionar com menos carros 7. A informação e a medicina terão prioridade na alocação da potência elétrica 8. Um plano mundial para evitar um colapso global catastrófico deve ter toda a atenção global possível 9. As pessoas terão que entender as mudanças necessárias e compartilhar a visão de um mundo menos intensivo no uso de recursos, com menor densidade demográfica, porém melhor. 19 Guia para um Declínio Ordenado 1. Fazer do declínio ordenado o objetivo coletivo deste 2. 3. 4. 5. 6. século A dramaturgia, a literatura, e a arte poderiam abordar o tema do declínio prospero para ajudar a mudar o inconsciente coletivo Aceitar pequenos declínios anuais no uso da potência emergética Procurar manter um consumo estável de emergia por pessoa e reduzir a população em forma humanitária e consciente Retirar todos os incentivos, dogmas e aprovação a reprodução em excesso Reduzir os salários e benefícios adicionais para manter o 20 pleno emprego. Guia para um Declínio Ordenado 7. Ajustar a quantidade de dinheiro em circulação para manter estável a relação entre emergia e moeda. 8. Reduzir os empréstimos e as expectativas de lucro no mercado. 9. Desenvolver incentivos econômicos para reduzir o consumo 10. Desencorajar o uso improdutivo de recursos mudando a opinião pública, as leis e os impostos. 11. Apoio político e econômico para (preservar e aumentar) o espaço dedicado a vegetação nativa de maneira tal que seja possível manter as funções ecossistêmicas que fornecem materiais e serviços valiosos para a humanidade 12. Consolidar o conhecimento sobre à preservação de longo prazo 13. Priorizar os conceitos de respeito e cooperação internacional para o compartilhamento global de bens, serviços e conhecimento. 21 (L) No declínio será necessário reorganizar as cidades para reintegrá-las a suas regiões de suporte • A reintegração das cidades com suas regiões de suporte e influência podem ajudar a resolver problemas urbanos graves e ao mesmo tempo preparar essas cidades para a descentralização que é necessária no declínio. • A reorganização para utilizar menos combustíveis está ocorrendo em muitas cidades desenvolvidas, isso não ocorre em algumas cidades que ainda crescem • A descentralização deve promover a transferência de pessoas dos grandes agrupamentos urbanos para centros menores e dispersos. 22 .. reorganizar as cidades • No declínio as pessoas devem morar perto de seus trabalhos e se deslocar usando bicicletas, desta forma se reduz o uso do automóvel, o espaço para estacionamentos e o consumo de combustível • Programas governamentais de geração de trabalhos para o bem da sociedade e do meio ambiente podem ajudar a realizar os câmbios necessários nas estruturas urbanas e rurais e, ao mesmo tempo, incluir na vida econômica os desempregados e os pobres. 23 .. reorganizar as cidades As cidades descentralizadas se caracterizarão por ter: (a) menor intensidade de consumo de combustível; (b) menos transporte de forma geral; (c) menos propaganda nas ruas; (d) percentuais menores da população regional; (e) reciclagem de materiais entre as cidades e o meio ambiente rural; (f) menores taxas de renovação e reconstrução de edificações; (g) padrões espaciais mais eficientes. 24 .. reorganizar as cidades • As áreas urbanas que percam moradores poderão ser convertidas em áreas verdes, como: brejos e várzeas, lagos, parques, bacias de retenção de água e campos esportivos. • As cidades, ainda que menores, deverão manter suas funções de centros de informação e conservação de conhecimentos específicos, servindo a suas regiões por meio de diversas tecnologias de comunicação. 25 (M) Políticas adequadas para as cidades em declínio. Reorganização urbana e regional 1. Ajudar a realizar uma descentralização ordenada das cidades adaptando planos de desenvolvimento regional, estabelecendo zoneamentos e incentivos para desenvolver povoamentos menores nas redondezas (centros secundários). Contar com transporte público para conectar as cidades centrais e os povoados 2. Incluir à cidade central, seus povoamentos suburbanos, povoados menores e a circulação de pessoas no mesmo governo regional (responsável pela cobrança de taxas e impostos e prestação de serviços públicos). 26 ... Políticas para as cidades em declínio. Reorganização urbana e regional 3. Adotar hoje padrões que serão necessários quando o custo crescente dos combustíveis elimine a maior parte dos carros (transporte privado) 4. Limitar a especulação da terra que inflaciona os preços e causa colapso bancários quando o crescimento esperado não acontece 5. Ajustar os valores dos bens imóveis e dos impostos sobre a propriedade à quantidade de dinheiro em circulação; se houver deflação considerar taxas decrescentes. 27 ... Políticas para as cidades em declínio. Cidades centrais 1. Manter os centros de informação na cidade central (bibliotecas, escolas, finanças, universidades, escritórios de governo e centros de computação). 2. Usar os diversos meios de comunicação para conectar os centros de informação à população da região (televisão, Internet, redes telefônicas) 2. Remodelar e usar as construções que ficarem vazias com a descentralização 3. Restringir os carros apenas aos centros de informação (potência emergética de alta densidade). 28 ... Políticas para as cidades em declínio. Povoados nas redondezas da cidade central 1. Reestruturar a distribuição espacial de moradias, empreendimentos e transporte de tal forma que as moradias e os recursos ambientais fiquem perto do trabalho 2. Providenciar incentivos e iniciativas públicas para reorganizar os locais de moradia e o transporte em torno de novos povoamentos descentralizados 3. Promover empreendimentos diversificados nos centros menores para reduzir o custo de transporte 4. Transferir desempregados e sem teto aos trabalhos públicos de suporte a formação de povoamentos menores. 29 ... Políticas para as cidades em declínio. Meio ambiente 1. Incentivar a reutilização de produtos, a reciclagem de materiais dos consumidores para a indústria; dispersar no ambiente somente os resíduos diluídos de muito baixa transformidade, em volumes controlados; 2. Incluir as terras úmidas como um rim da cidade para reciclar as águas pluviais e os esgotos urbanos de volta ao meio ambiente 3. Modificar as calçadas, as estradas e os estacionamentos para que a água de chuva consiga infiltrar (as árvores poderão crescer mais e lençóis freáticos ser recarregados). 30 ... Políticas para as cidades em declínio. Avaliações de Emergia 1. Utilizar a metodologia emergética para avaliar e escolher o 2. 3. 4. melhor uso da terra para conseguir o benefício público máximo (em vez do lucro individual máximo) Utilizar os conceitos de densidade de potência emergética e a transformidade (considerando as frações renováveis e não renováveis de ambas) para acoplar atividades de intensidade compatível (uma forma de zoneamento) Localizar atividades agrícolas, industriais, comerciais e de moradia de acordo com o mapa regional e urbano de transformidade e taxa de investimento emergético Utilizar os centros regionais para atividades concentradas e as regiões periféricas para funções de menor intensidade energética e dispersão de materiais. 31 (N) A paisagem terrestre e os assentamentos humanos devem se reorganizar em função do ciclo hidrológico • Para ter um declínio prospero, a economia deve se auto modificar através de projetos que lhe permitam se ajustar melhor ao ciclo hidrológico global • A sociedade pode conseguir potência emergética adaptando-se ao uso das diversas fontes disponíveis: rios, estuários e praias • Os assentamentos humanos e os ecossistemas próximos de rios devem se reorganizar para ajustar a economia ao sistema hídrico. 32 ... reorganizar em função do ciclo hidrológico • Os processos da Natureza aproveitados de maneira correta, desenvolvem trabalho útil e poupam os custos de tecnologias caras que desempenham as mesmas funções o Usar planícies de inundação para manter a qualidade da água o Restaurar a circulação estuarina o Parar de bombear água de aquíferos costeiros o Desenvolver viveiros de aquicultura de menor intensidade o Recuperar os recifes o Retirar os diques e as barreiras costeiras das praias 33 ... reorganizar em função do ciclo hidrológico • A pesca costeira pode se recuperar se as pressões por captura diminuem e se repõem as entradas de nutrientes • A água das montanhas será utilizada para produzir energia elétrica necessária para o funcionamento dos sistemas de informação da sociedade 34 (O) No declínio deverá recuperar-se a cobertura biótica, a produtividade natural, a diversidade e os assentamentos humanos para compor uma nova paisagem • Durante o descenso, no caso se assumir a redução da população, a sociedade poderá organizar simbioticamente a paisagem rural com cidades descentralizadas • O capital natural pode e deve ser restaurado • As contribuições ambientais decorrentes da existência de estoques de recursos renováveis poderão aumentar por meio do preservação de florestas de alta complexidade e biodiversidade, reflorestamento de terras degradadas e da rotação de terras, • A agricultura e a silvicultura menos intensivas vão exigir mais terra e mais trabalho humano, • A reciclagem pode substituir em parte a mineração. 35 (P) Durante o declínio teremos que preservar para permitir que a população se reorganize para aproveitar os pulsos de crescimento que ocorreram no futuro. • Parte da informação global está no conhecimento intelectual e parte na informação biótica contida nos genes humanos e na biodiversidade que dá suporte a vida • O sustento da informação biótica vai exigir a manutenção de grandes áreas de diversos ecossistemas durante os tempos críticos da transição quando as exigências das populações humanas excederão os recursos disponíveis • Devido ao grande trabalho (emergia) necessário para desenvolver e manter informação (transformidade alta) existem limites nos recursos para a quantidade de informação genética e conhecimento que podem ser sustentados. 36 .. se reorganizar • Somente uma parte da nossa informação será utilizada pela civilização no declínio • Para fins de adaptabilidade e progresso ao longo prazo, será necessário preservar conhecimentos, entre eles das comunidades tradicionais • A ciência e tecnologia exigem atualmente e no futuro também (durante um tempo) grandes quantidades de energia elétrica • O processamento de informação pela televisão desenvolve uma cultura e uma ética compartilhadas globalmente, mas para ser eficiente, a sociedade terá que estabelecer suas prioridades: debate de temas importantes e diversão valiosa. 37 .. se reorganizar • A educação pode ser definida como a transmissão de conhecimento vinculada a um processo crítico de utilidade para o bem comum. • Com a diminuição de escala, o trabalho pode ser enxugado e serem enfatizadas as funções intelectuais da universidade • A universidade, ainda que menor, poderá liderar o declínio e preservar o conhecimento da era do crescimento. 38 Sugestões para uma maior eficiência na Educação 1. Reorganizar jurisdições, leis, taxas e orçamentos para fornecer uma educação com padrões universais e visões regionais (aprovados pelos estados em acordos democráticos), a todas as crianças e exigir o atendimento desses padrões de ensino nas escolas privadas. 2. Providenciar nas escolas os cuidados diários básicos as crianças pequenas, em horários que poderão exceder as horas normais de atendimento. 3. Providenciar orientação e ajuda escolar aos estudantes de língua materna diferente com o objetivo de colocá-los em condições de receber ensino na língua oficial do país, em pé de igualdade. 39 .... sugestões para Educação 4. Providenciar atividades noturnas nas escolas as pessoas de todas as idades para fomentar atividades comunitárias e complementação escolar. 5. Substituir as atividades desportivas de alta intensidade – campeonatos regionais com grandes estrelas do esporte – por jogos dentro das escolas que incluam a todos os estudantes. 4. Providenciar uma disciplina de ecologia de sistemas que trate em forma unificada os temas de energia, economia e meio ambiente; com professores capacitados que tenham condições de correlacionar estes campos com as mudanças globais e regionais. 40 .... sugestões para Educação 7. Metade do ensino pode ser mantida para atender os padrões federais, estaduais e locais e para cumprir o objetivo de compartilhar conhecimento comum e conseguir habilidades básicas, porém a outra metade deve ser deixada em mãos de professores interessados em gerar inovações, criatividade e mudanças de cunho social e ecológicas sustentáveis. 8.Promover o uso de novas tecnologias como computadores e a rede Internet, experimentar com várias formas de uso destes recursos. 41 .... sugestões para Educação 9. Organizar os programas escolares para que os estudantes apreendam durante o dia inteiro e o ano todo. A aprendizagem pode incluir projetos para desenvolver fora da classe, estágios e experiências vocacionais com o apoio da comunidade. 10.Permitir que as escolas ofereçam cuidados médicos, alimento e trabalho remunerado aos estudantes que precisem disso. Promover as atividades conjuntas entre professores, pais e mães para conseguir maior apoio da comunidade às crianças. 11.Organizar programas distritais para possibilitar uma maior variedade racial e étnica nas escolas. 42 Fim do resumo do livro de H.T. e E.C. Odum “A Prosperous Way Down”