Amostras Tratamento e análise dos dados População Amostra Estatística Inferência sobre a população Amostra: quantidade de valores observados pertencentes ou representativos de uma população. População: lote de produtos/serviços ou período de tempo que se quer analisar. Nomenclatura Parâmetros: são as medidas descritivas da população, geralmente desconhecidas. Estatísticas: são as medidas descritivas calculadas em função dos elementos da amostra. Parâmetros (população) Estatísticas (amostra) Média x Desvio padrão s Proporção p p̂ Curva normal e desvio padrão 68,27% 95,45% 99,73% 99,9937% 99,999943% 99,9999998% Tipos de cartas de controle – Variáveis As cartas de controle por variáveis são usadas para monitorar o processo quando a característica de interesse é mensurada em uma escala de intervalo ou de razão. Estes gráficos são geralmente utilizados em pares. Os gráficos R e S monitoram a variação de um processo, enquanto os gráficos X monitoram a média do processo. O gráfico que monitora a variabilidade deve ser examinado sempre em primeiro lugar, pois se ele indicar uma condição fora do controle a interpretação do gráfico para a média será enganosa. Carta -X / R Médias e amplitudes Carta ~ X/R Medianas e amplitudes - /S Carta X Médias e desvio padrão Carta I / MR Valores (indivíduos ) e amplitude móvel Variáveis Convenções n = tamanho da amostra k = número (quantidade) de amostras = x = média das médias das amostras (média global) _ s = desvio-padrão amostral médio _ R = amplitude amostral média A2, A3, D3, D4, etc. = fatores de correção Gráfico de controle X/R Médias e amplitudes – Construção Este gráfico é usado para acompanhar, controlar e analisar um processo com valores contínuos de qualidade do produto, como o comprimento, o peso ou a concentração. Tais valores fornecem grande quantidade de informações sobre o processo. O uso dos gráficos de controle X e R deve ocorrer sempre que uma característica da qualidade observada é expressa em unidades reais como peso em quilogramas, comprimento em centímetros, temperatura em graus celsius. Este gráfico é composto por dois gráficos que devem ser analisados em conjunto: X, que monitora as médias dos subgrupos R, que monitora a amplitude entre os subgrupos O tamanho de cada subgrupo (n) deve ser constante, sendo que sempre devemos ter 2 ou mais subgrupos. Gráfico de controle X/S Médias e desvio padrão – Características Estes gráficos são similares aos gráficos X-barra e R, embora o cálculo do desvio padrão da amostra (S) seja mais difícil do que o da amplitude (R). O uso dos gráficos de controle X e S deve ocorrer sempre que uma característica da qualidade observada é expressa em unidades reais como peso em quilogramas, comprimento em centímetros, temperatura em graus celsius. Este gráfico é composto por dois gráficos que devem ser analisados em conjunto: X, que monitora as médias dos subgrupos S, que monitora a variabilidade entre os subgrupos O tamanho de cada subgrupo (n) deve ser constante, sendo que sempre devemos ter 2 ou mais subgrupos. Quando são adotadas amostras maiores (n > 10), a amplitude já não é eficiente para avaliar a variabilidade do processo, e devemos usar S. Gráfico de controle I/Rm Valores (indivíduos ) e amplitude móvel Os gráficos de controle I/Rm monitoram dados contínuos quando somente uma unidade pode (ou faz sentido) ser obtida. Temos k subgrupos com tamanho de amostra igual a um (n = 1). No gráfico são plotadas as observações individuais x1, x2, ... ,xk. Analisamos dois gráficos: – I, que monitora valores individuais – Rm (amplitude móvel), que monitora a variabilidade LSCx = x + E2. Rm LMx = x LICx = x – E2. Rm LSCRm = D4. Rm LMRm = Rm LICRm = D4. Rm Tabelas de fatores do CEP __ __ Tamanho Amostra 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 __ Carta X A2 Cartas ( X e R ) Carta R d2 D3 __ D4 1,880 1,128 3,267 1,023 1,693 2,574 0,729 2,059 2,282 0,577 2,326 2,114 0,483 2,534 2,004 0,419 2,704 0,076 1,924 0,373 2,847 0,136 1,864 0,337 2,970 0,184 1,816 0,308 3,078 0,223 1,777 ~ de Medianas ( X e R 1,744 ) 0,285Cartas3,173 0,256 Tamanho Amostra ~ Carta X ~ A 2 2 3 4 5 6 7 8 9 10 1,880 1,187 0,796 0,691 0,548 0,508 0,433 0,412 0,362 d2 Carta R D3 1,128 1,693 2,059 2,326 2,534 2,704 2,847 2,970 3,078 0,076 0,136 0,184 0,223 Carta X A3 Cartas ( X e S ) Carta S B3 C4 B4 2,659 0,7979 3,267 1,954 0,8862 2,568 1,628 0,9213 2,266 1,427 0,9400 2,089 1,287 0,9515 0,030 1,970 1,182 0,9594 0,118 1,882 1,099 0,9650 0,185 1,815 1,032 0,9693 0,239 1,761 0,976 0,9727 0,284 1,716 Carta de0,9754 Individuais 0,321 ( Xind e Rmov ) 0,927 1,679 D4 Carta X E2 3,267 2,574 2,282 2,114 2,004 1,924 1,864 1,816 1,777 2,660 1,772 1,457 1,290 1,184 1,109 1,054 1,010 0,975 d2 Carta R D3 D4 1,128 1,693 2,059 2,326 2,534 2,704 2,847 2,970 3,078 0,076 0,136 0,184 0,223 3,267 2,574 2,282 2,114 2,004 1,924 1,864 1,816 1,777 Fórmulas para cartas de variáveis 1. Cartas da média e da amplitude LSC X X A 2 R LICX X A 2 R LSCR D4 R LICR D3 R σ̂ R d2 σ̂ S C4 σ̂ R d2 σ̂ R d2 2. Cartas da média e do desvio padrão LSC X X A3 S LICX X A3 S LSCS B4 S LICS B3 S 3. Cartas da mediana e da amplitude ~ ~ LSC X~ X A 2 R ~ ~ LIC X~ X A 2 R LSCR D4 R LICR D3 R 4. Carta de individuais e amplitude móvel LSC X X E 2 R LICX X E 2 R LSCR D4 R LICR D3 R Tipos de cartas de controle – Atributos Existem duas situações em que se utilizam atributos: 1) Quando as medidas não são possíveis, como características inspecionadas visualmente (cor, brilho, arranhões e danos). 2) Quando as medidas são possíveis mas não são tomadas por questões econômicas, de tempo, ou de necessidades. Em outras palavras: quando o diâmetro de um furo pode ser medido com um micrômetro interno mas utiliza-se um calibre passa/não-passa para determinar a sua conformidade com as especificações. Carta p Proporção de não-conforme Carta np Número de não-conforme Atributos Carta c Número de não- conformidades Carta u Média de não- conformidades Dados discretos Tipos de cartas de controle – Atributos Classificação X Contagem Pergunta: a amostra tem alguma defeito? SIM NÃO SIM SIM NÃO Atributos do tipo SIM/NÃO são analisados através de gráficos do tipo p ou np. Pergunta: quantos defeitos tem a amostra? 1 0 2 3 0 Atributos que consistem na contagem de defeitos são analisados através de gráficos do tipo c ou u. Convenções n = tamanho da amostra k = número (quantidade) de amostras d = número de defeituosos p = fração defeituosa _ p = fração defeituosa média c = número de defeitos _ c = número médio de defeitos u = número de defeitos por unidade _ u = número médio de defeitos por unidade Carta p – Proporção de não-conforme • • • • A carta p é utilizada quando se deseja monitorar a proporção de peças nãoconformes. As amostras coletadas deverão ser classificadas em conforme e não-conforme. Assim, antes de iniciar o processo de coleta inicial certifique-se que as pessoas envolvidas estão capacitadas no critério estabelecido e que o critério está claro. O tamanho das amostras pode ser variável. Quanto maior o tamanho da amostra, melhor – pois a probabilidade de peças não-conformes aparecer será maior. A fração defeituosa da amostra é a razão entre o número de defeituosos encontrado na amostra (d) e o tamanho da amostra (n) [p=d/n]. A distribuição da fração defeituosa é binomial, porém quando os tamanhos das amostras forem grandes o suficiente a distribuição pode ser aproximada para a curva normal. = > Jarra conforme Critérios: = > Jarra não-conforme, tem 2 não-conformidades Carta np – Número de itens não-conformes: Este gráfico é similar a carta p, com a diferença de que se deseja marcar o número de defeituosos na amostra. Carta c – Número de nãoconformidades/Defeitos na amostra Características: • Utiliza-se a carta c para monitorar a quantidade média de defeitos por amostra coletada. • As amostras devem ter tamanho constante e geralmente abaixo de dez. • Aplicamos geralmente onde, em função do histórico do processo, há a possibilidade de ocorrer vários tipos de defeitos de várias origens em um processo contínuo, ou então quando em uma única amostra podem haver várias ocorrências. Exemplo – carta c Amostras = 10 Nº de defeituosos na amostra = 4 2 1 4 3 Carta u – Número de nãoconformidades/Defeitos na unidade de inspeção Características: • Utiliza-se a carta u para monitorar a quantidade de defeitos por unidade de inspeção. • As amostras podem ter tamanho variado e geralmente ficam em no mínimo dez. Carta u Nº total de defeitos encontrados = 4 Unidade de inspeção = 10 Nº de defeitos/Unidade de inspeção = 4 / 10 = 0,4 2 1 4 3 Fórmulas para cartas de atributos 1. Carta p - Proporção de peças não- conformes p (1 p) LSC p p 3 n LICp p 3 p (1 p) n 2. Carta np - Número de itens não-conformes d d LSC np d 3 d . (1 ) LICnp d 3 d . (1 ) n n 3. Carta c - Número de não-conformidades na amostra LSCc c 3 c LICc c 3 c 4. Carta u – Nº de não-conformidades na unidade de inspeção u LSC u u 3 n u LICu u 3 n Capacidade do processo Os limites μ ± 3σ são conhecidos como limites naturais de tolerância: LNST = μ + 3σ (limite natural superior de tolerância) LNIT = μ - 3σ (limite natural inferior de tolerância) O limite de 6σ sobre a distribuição de uma característica de qualidade do produto vem a ser a capacidade do produto, onde σ é o desvio padrão do processo otimizado e estável (sob controle): Capacidade do produto = 6σ Como o valor de σ é, em geral, desconhecido, para obter a capacidade do processo usa-se um estimador: σ = R / d2 (onde R é a média das amplitudes das amostras e d2 é um valor que depende do tamanho da amostra (n ≤ 10)) Se n > 10 e foi feito o gráfico de controle x − s , o estimador de σ é: σ = √ Σ (x - x)² / n – 1 (onde n é o tamanho da amostra e x é a média das amostras) d2 - fator para cálculo de capacidade de processo n 2 3 4 5 6 7 8 9 10 D3 0,076 0,136 0,184 0,223 D4 3,267 2,574 2,282 2,114 2,004 1,924 1,864 1,816 1,777 D 0,709 0,524 0,446 0,403 0,375 0,353 0,338 0,325 0,314 c4 0,798 0,886 0,921 0,940 0,952 0,959 0,965 0,969 0,973 d2 1,128 1,693 2,059 2,326 2,534 2,704 2,847 2,970 3,078 FONTE: MONTGOMERY, D.C. Introduction to statistical quality control. 2 ed. New York, John Wiley, 1991. Índice de Capacidade Potencial do Processo (Cp) Não existe uma relação matemática ou estatística entre limite de controle e limite de especificação. Os limites de controle são definidos em função da variabilidade do processo e medido pelo desvio padrão. Os limites de especificação são estabelecidos no projeto pelos engenheiros, pela administração ou pelo cliente. A melhor forma de se verificar a adequação de um processo às necessidade da engenharia de produto é através do estudo de capacidade do processo ou da relação entre a capacidade do processo e a diferença entre os limites de especificação. Esta relação é conhecida como índice de capacidade potencial do processo - Cp. Cp: índice de capacidade potencial do processo, leva em consideração a dispersão do processo (curto prazo) em relação aos limites de especificação. Cp LSE LIE ˆ R/ d 6 2 Sendo: LSE = limite superior de especificação; LIS = limite inferior de especificação; 6σ = capacidade do processo. Índice de Capacidade Nominal do Processo (Cpk) Na prática, nem sempre o processo esta centrado na média, ou seja, pode-se chegar a conclusões erradas quanto a capacidade do processo. Se o processo não se encontrar centrado na média, Kane (1986) propôs a utilização do Índice de Performance (Cpk): Cpk: índice de capacidade nominal do processo, leva em consideração a dispersão do processo (curto prazo) e centragem do processo em relação aos limites de especificação. Cps LSE X 3ˆ R / d 2 X LIE Cpi 3ˆ R / d LSE X X LIE Cpk min , ˆ ˆ 3 R / d 3 R / d 2 2 2