GOIÂNIA SOB
UM NOVO
OLHAR
ANTECEDENTES HISTÓRICOS
A nova capital do Estado de Goiás foi
construída em meio a grandes
transformações políticas e culturais
no
país.
O desenvolvimento do Estado de
Goiás durante as três primeiras
décadas do século XX não foi
significativo.
O extenso território do Estado era
pouco povoado e baseado em
economia pecuária e agrícola de
subsistência.
O principal fator que levou a
Revolução de 30 foi a crise da política
de
valorização
do
café.
ANTECEDENTES HISTÓRICOS
Getúlio
Vargas
foi
nomeado
interventor, subiu ao poder liderando
o movimento de renovação das
forças
políticas.
A "Marcha para o Oeste" foi uma
política de cunho nacionalista e
desenvolvimentista
que
visava
desenvolver e penetrar para o
interior do País, em direção à
Amazônia.
Goiânia seria um ponto geográfico,
político e ideológico desse projeto.
Seria o símbolo do "grande, novo,
progresso", que tiraria Goiás da
insignificância política econômica.
O PLANEJAMENTO PARA NOVA CAPITAL
O então governador Pedro Ludovico de
Teixeira determinou as condições para a
nova capital: “clima bom, boa situação
topográfica e mananciais de água fáceis de
serem aproveitados e que pudessem
abastecer uma cidade de população acima
dos 500 mil habitantes”.
 O
território
destinado
a
construção da nova capital foi
formado a partir de doações,
permutas e vendas de terras,
tornando
o
Estado
o
proprietário do território de 3
643 hectares e 14 ares.
 Os fazendeiros doadores de
terras tiveram o privilégio no
processo de construção e
povoamento da cidade, na
reserva de áreas do núcleo
urbano para sua habitação e a
super valorização previsíveis,
exploração
de
materiais
necessários à construção da
cidade, como madeiras, saibros
e areia.
FORMAÇÃO E EVOLUÇÃO DA CIDADE –
O URBANISTA
 Atílio Correia Lima
Atílio Corrêa Lima, nasceu em Roma em 1901,
filho de escultor brasileiro .
Na adolescência cursou a Escola de Belas Artes
como aluno livre, diplomando-se engenheiroarquiteto em 1925, pela mesma escola.
Em 1926, ganhou da Escola de Belas Artes o
"Prêmio de Viagem ao Exterior", que consistia
em estágio de aperfeiçoamento profissional em
Paris.
Realizou seus estudos entre 1927 e 1930;
seguindo modelos desenvolvidos por seus
professores
e venceu alguns concursos
internacionais, haja visto que o urbanismo
francês se destacava entre os mais avançados
do mundo.
FORMAÇÃO E EVOLUÇÃO DA CIDADE –
O URBANISTA

ATÍLIO E SUAS IDÉIAS
Atílio procurou criar, com poucos
recursos,
uma
arquitetura
que
representasse o poder não pela
ostentação e monumentalidade, mas
por um estilo próprio que não se
contrapusesse
ao
ideário
revolucionário
nacional
e
à
especificidade (alma) do lugar.
Assim, este conjunto de obras goianas
assumiu uma forma arquitetônica
diferenciada, se comparando a outras
obras em estilo Art Déco produzidas
em outros lugares.
ATÍLIO E O PLANO ORIGINAL DE GOIÂNIA.
• "Da topografia tiramos partido também para obter efeitos de
perspectiva, com o motivo principal da cidade que é o centro
administrativo. Domina este a região e é visto de todos os pontos da
cidade e principalmente por quem nela chega.
• As três avenidas mais importantes convergem para o centro
administrativo, acentuando assim a importância deste em relação à
cidade, que na realidade deve-lhe a sua existência".
ATÍLIO E O PLANO ORIGINAL DE GOIÂNIA.
No plano urbanístico original, previu-se a
divisão de Goiânia em zonas e subzonas
de atividades, parques com a finalidade
de preservar as matas ciliares, zonas de
esportes
e
divertimentos,
zona
universitária, espaços de lazer e
divertimento.
ATÍLIO E O PLANO ORIGINAL DE GOIÂNIA.
A idéia de monumentalidade de Atílio C. Lima, no entanto,
acabou por se perder dentro de seus próprios princípios, já que
a abundante arborização obstruiu as perspectivas.
OS PRÉDIOS ORIGINAIS DE GOIÂNIA.
Foram projetados de acordo com a arquitetura Art Déco devendo possuir
fachadas limpas, retilíneas, funcionais e claras.
ARMANDO
DE
GODOY
–
AS
PRIMEIRAS
INTERVENÇÕES NO PLANO ORIGINAL
Tendo falecido prematuramente em
decorrência de acidente aéreo na Baía
de Guanabara em 27 de agosto de 1943,
Atílio C. Lima foi substituído pelo
engenheiro Armando Augusto de Godoy.
Godoy realizou um novo plano da cidade e
estabeleceu etapas de implantação;
primeiro os setores central e norte,
seis anos mais tarde o setor sul e só
posteriormente
o
setor
oeste;
regulamentou
o
desenvolvimento,
produziu legislação urbana e fez previsão
de cidades satélites.
ARMANDO DE GODOY – AS PRIMEIRAS
INTERVENÇÕES NO PLANO ORIGINAL
• Criação de 'park-way' (zona residencial
de luxo) em torno da represa do Jaó;
• Criação de novas zonas, diversões no
Setor Central, zona Universitária entre a
zona de diversões e Pq. Buritis; zona
Militar entre a Ferroviária e campo de
aviação;
• Redefinição dos limites intra-urbanos
(setores) e suburbanos;
• Redefinição das áreas livres;
• Criação do anel verde contornando o
núcleo urbano;
ARMANDO DE GODOY – SETOR SUL
• Godoy conferiu ao bairro traços tipicamente
residenciais,
concebendo-o
sob
forte
inspiração do movimento das cidades-jardim.
• Os lotes possuem duas frentes, abrindo-se
tanto para um cul-de-sac quanto para uma
área verde. As vias que cortam as áreas
verdes foram projetadas para servirem de
acesso principal às residências, enquanto que
os cul-de-sacs foram concebidos como ruas
de serviço. Vias arteriais ligam o Setor Sul ao
Centro e aos demais bairros da cidade.
• O projeto do bairro foi aprovado em 1938.
Esse sistema interno das quadras está
articulado com o planejamento das vias entre
as quadras, "possibilitando ao pedestre
circular
pela
cidade
com
grande
independência do automóvel".
AMPLIAÇÃO DO ESPAÇO CONSTRUIDO
 Parcelamento, apropriação do espaço urbano;
 Crescimento em direção à periferia (força
centrífuga);
 Alterações nos padrões.
GOIÂNIA DEPOIS DE BRASÍLIA - COMO POLO
REGIONAL – 1964/1975
Com a transferência do
Distrito Federal para
terras então pertencentes
ao Estado de Goiás, a
inauguração de Brasília
como capital federal e
distante apenas 180 km de
Goiânia, a explosão
urbana que até então
vinham ocorrendo foram
tão impulsionadas que se
tornaram vertiginosas.
Características:
-Horizontalização da cidade;
-Conjuntos habitacionais;
- Elaboração do PDIG –1971
(Jorge Wilheim);
- População = 380.000hab.;
-Frota de veículos = 39.000
-¼ da população tinha água
tratada;
-3,5 telefones por 100 habitantes;
-taxa de crescimento populacional
de 14% ao ano;
-- previsão 1.430.000 habitantes
para o ano 2000;
GOIÂNIA DEPOIS DE BRASÍLIA - COMO POLO
REGIONAL – 1964/1975
Em 1980, a população da cidade já era estimada em cerca de
700 mil pessoas. Desde então, no geral, tanto o crescimento
demográfico quanto a expansão da área urbana do município
de Goiânia se têm feito num ritmo mais lento que outrora.
Evolução demográfica da cidade de Goiânia.
EXPANSÃO DE GOIÂNIA 1975/2007
 PDIG – Lei 015/1972 e Lei Complementar 031/94
– Uso e Ocupação do Solo (ENGEVIX).
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GOIÂNIA SOB UM NOVO OLHAR (70 ANOS COMO CAPITAL)