BOLINA, C.C. (1); AMARAL, F. L. (2); MOREIRA, S.J. (2); AGAPITO, G (3); FREITAS, L.M. (3); ROCHA, B.S (3). (1) Professora da Pontifícia Universidade Católica de Goiás; (2) Engenheiro (a) Civil; (3) Acadêmicos e Bolsistas de Iniciação Científica de Engenharia Civil da Pontifícia Universidade Católica de Goiás. Apresentado por: Engª Samantha Junqueira Moreira Estrutura do Artigo Introdução Objetivo Metodologia Resultados e Discussão Conclusões Referências Bibliográficas 2 As marquises são estruturas em balanço formadas por vigas e lajes, ou por apenas uma laje. Em geral, são projetadas com a função arquitetônica de cobertura e proteção de “halls” de entrada das construções. Cargas de pessoas, de anúncios comerciais, ou outras formas de propaganda, e de impermeabilização podem agir sobre as marquises (BASTOS, 2006; CEPD, 2008; WITTKOWSKI, 2010; LORENZETTI, 2013). Segundo Medeiros e Grochoski (2008), o desabamento de marquises, infelizmente, está se tornando um evento nada incomum no Brasil nos últimos tempos. Em contrapartida, tem-se que as marquises servem de abrigo para os pedestres e não poderiam ser sinônimo de perigo. Em Goiânia, no dia 11 de Janeiro de 2014, aconteceu o acidente mais noticiado envolvendo uma marquise de uma padaria. A vítima de 48 anos foi atingida pela marquise da sua própria padaria, no Setor Parque Amazônia. Fonte: www.youtube.com.br Principais causas de problemas patológicos em estruturas 40% 28% 18% 10% Falha de projetos Falha de execução Qualidade dos materiais empregados Mau uso 4% Planejamento Fonte: Helene (2003) Mello (2011) afirma ainda que a inspeção periódica e a manutenção preventiva são conceitos novos na Engenharia Civil, decorrentes da necessidade de finalizar uma cultura deficiente relativa à necessidade de manutenção e o conceito errôneo, até em passado recente, de que as estruturas de concreto eram previstas para durar ilimitadamente, dispensando qualquer manutenção. O presente trabalho tem o objetivo de apresentar por meio de registro fotográfico a situação de algumas marquises de edificações na região metropolitana de Goiânia, bem como analisar as patologias existentes nessas estruturas. 1ª Etapa do Projeto: Na sequência, são apresentadas oito marquises na região metropolitana de Goiânia. Para melhor evidenciar o estado de manutenção e conservação das marquises a metodologia adotada foi através de visitas técnicas por meio de inspeções visuais e o registro fotográfico. 2ª Etapa do Projeto: a)Serão realizados check- lists para melhor identificação das marquises previamente eleitas; b)Uso do equipamento CANIN, para identificar o potencial de corrosão ativa nas armaduras; c)Uso de fenolftaleína, para identificar carbonatação no concreto. Figura 1- Marquise com armadura exposta na Avenida Universitária em uma Instituição de ensino superior na região metropolitana de Goiânia. Figura 2 - Marquise em um estabelecimento comercial com infiltração, no Centro da Cidade. Figura 3 - Marquise com fissura na face inferior, no centro da cidade. Figura 4 - Marquise com mofo e infiltração. Figura 5 - Marquise de uma sala comercial sem nenhuma manutenção e com infiltração. Figura 6 - Marquise de uma sala comercial com manifestações patológicas (infiltração) e bordas com manchas escuras (falta de pingadeira e tratamento em junta estrutural). Figura 7- Marquise com esfoliação na pintura, infiltração e fissuras transversais. Figura 8 - Marquise com infiltração e esfoliação da pintura. Figura 9 concreto. Marquise com destacamento do Jordy e Mendes (2006) ressaltam que é importante um sistema de impermeabilização bem executado e se ele for aliado ao sistema de drenagem, com manutenções preventivas, a integridade e durabilidade da marquise estarão garantidas. Carmo (2009) destaca que o valor limite de abertura de fissuras pela Norma ABNT 6118:2013 gira em torno de 0,20 mm a 0,40 mm, dependendo da agressividade do ambiente. Contudo, as marquises devem ter tratamento diferenciado (ABNT, 2013). Principais Manifestações Patológicas Encontradas em Goiânia 12,5% 12.5% 75% Infiltração Armaduras Expostas Trincas, fissuras, rachaduras As constatações visuais encontradas por meio do registro fotográfico das manifestações patológicas auxiliam e reforçam a importância da manutenção preventiva e no decorrer da vida útil desse tipo de estrutura. 100% das marquises analisadas não têm uma rotina de manutenção, o que vem corroborar com a necessidade de se adotar medidas visando à realização de vistorias que venham a determinar a execução de serviços de manutenção periódica, buscando, assim, reduzir a ocorrência de colapsos das estruturas. É necessário o aumento da fiscalização para esse tipo de estrutura na região metropolitana da Goiânia e, alertar para a responsabilidade dos proprietários das edificações, tornando obrigatória a manutenção periódica e o cumprimento da regulamentação do uso e de conservação das edificações. Os autores agradecem aos alunos da Disciplina de Estruturas de Concreto Armado II do ano de 2013 da PUC-GOIÁS pelo auxílio com o registro fotográfico das marquises. MEDEIROS, M.H.F.; GROCHOSKI, M. (2008). Marquises: Por que algumas caem? Revista Concreto. São Paulo. G1. Homem tem pernas amputadas após ser atingido por marquise. (2014). Disponível em: http://g1.globo.com/goias/noticia/2014/01/videomostramarquise-caindo-em-cima-de-comerciante-em-goiania.html. Acessado em: 11de Fevereiro de 2014. HELENE, P. R. L. (2003) . Introdução da Vida Útil no Projeto das Estruturas de Concreto. In: 2º WORKDUR, São José dos Campos. Anais do 2º WORKDUR, v.1.p.58-94. CARMO, M. A. (2009). Estudo da deterioração de marquises de concreto armado nas cidades de Uberlândia e Bambuí. Pós Graduação em Engenharia Civil. Dissertação de Mestrado. Universidade Federal de Uberlândia.139 p. JORDY, J. C.; MENDES, L. C. (2006). Análise e procedimentos construtivos de estruturas de marquises com propostas de recuperação estrutural. Tese de Doutorado. Pós-graduação em Engenharia civil da Universidade Federal Fluminense. UFF. Niterói, 2006. MELLO, A. C. A. (2011). Estudo das Manifestações Patológicas nas Marquises de Concreto Armado do Recife. Dissertação apresentada ao Curso de Pós-graduação em Engenharia Civil da Escola Politécnica de Pernambuco. Recife. Muito obrigada!