A FORMAÇÃO DO ESPAÇO URBANO X MOBILIDADE DA POPULAÇÃO problemática do espaço urbano ENFOQUE PESQUISA precária mobilidade da população histórico de ocupação da cidade Traçado urbano distintos (St. Central, St. Sul, St. Marista) ÁREA PESQUISADA Diversos usos População variada Apropriações diferenciadas dos espaços ÁREA A área pesquisada é uma área urbana extensa com usos diversos e com população variada. O estudo envolve a Praça Cívica, com as quadras imediatamente próximas, formando o núcleo do Setor Central original; a parte do setor Sul mais atingido por intervenções entre a rua 84 e avenida 85; parte do setor Marista desde a divisa com o Setor Sul, a rua 90, a avenida 85 e a avenida 136. ABORDAGEM ANALÍTICA Análise e interpretações do plano original do Attílio Corrêa Lima e dos demais planos e projetos; Catalogação de mapas e desenhos Levantamentos físicos: (entrevistas moradores, comerciantes, ambulantes, prestadores de serviço, usuários, autoridades de órgão ligados às questões pertinentes de infra-estrutura e equipamentos urbanos, e autores de planos e projetos de intervenções urbanas realizadas e projetadas para a área de pesquisa). AV. 85 A FORMAÇÃO DO ESPAÇO URBANO X MOBILIDADE DA POPULAÇÃO OBJETIVO Investigar o crescimento urbano de Goiânia, que em certo momento tornou-se muito acelerado e até descontrolado, vindo a comprometer os sistemas urbanos de trânsito e transporte coletivo, interferindo profundamente com a mobilidade da população. PLANO PILOTO Attílio Corrêa Lima (plano original da cidade de 1933) NOVO PLANO DA CIDADE Armando de Godoy (1935) DESENVOLVIMENTO INTEGRADO Jorge Wilhem (1969) SISTEMA INTEGRADO DE TRANSPORTES Jaime Lerner PDTU Plano Diretor de Transportes Urbanos PDIG Plano de Desenvolvimento Integrado GOIÂNIA 21 REFORMULACIÓN URBANÍSTICA DEL NÚCLEO FUNDACIONAL DE GOIÂNIA CONCURSO DE REVITALIZAÇÃO PARA O CENTRO DE GOIÂNIA A FORMAÇÃO DO ESPAÇO URBANO X MOBILIDADE DA POPULAÇÃO PLANO PILOTO Attílio Corrêa Lima (plano original da cidade de 1933) URBANISTA 18 de maio 1933 como representante da firma P. Antunes Ribeiro e Cia. Engenheiro-Arquiteto formado Escola de Belas Artes do Rio de Janeiro e pós-graduado em urbanismo pelo Institut d'Urbanisme de L'Université de Paris. PROJETO Para justificar sua proposta urbanística, Attílio contextualizou a importância política e econômica de Goiânia para a região. O projeto de Goiânia se tornou inovador ao introduzir o zoneamento zonas central (administrativa), comercial, industrial, residencial e rural. A estrutura urbana convergindo para o Centro Administrativo, onde as vias radiais conformariam um grande asterisco, faria com que a cidade adquirisse feições barrocas ao menos sob os aspectos gráficos e de circulação. POPULAÇÃO 50 mil habitantes TOPOGRAFIA Avenidas e ruas adaptam a topografia do sítio O TRAÇADO um centro, composto da Praça Cívica e de 3 grandes avenidas que convergem para o centro administrativo RUAS arborizadas p/ melhor climatização da cidade AVENIDAS com jardins, enfatizando o caráter artístico e monumental PARKWAYS espaços livres distribuídos em parques, com mín. de 50 m ESPAÇOS LIVRES jardins, playgrounds, estacionamentos arborizados, praças ajardinadas, aeródromo, áreas p/ esportes e vias públicas PROJETOS projetos edifícios públicos e casas-tipo para funcionários públicos. A FORMAÇÃO DO ESPAÇO URBANO X MOBILIDADE DA POPULAÇÃO NOVO PLANO DA CIDADE Armando de Godoy (1935) CONTRATADO substituição a Attílio Correa Lima, pela firma Coimbra Bueno, encarregada da execução de todo e qualquer espaço físico da cidade, Armando Augusto de Godoy. SETOR SUL CIDADE-JARDIM alteração mais conhecida e consolidada interior das quadras do Setor Sul receberia parques, “possibilitando ao pedestre circular pela cidade com grande independência do automóvel”. NOVO PLANO DA CIDADE Etapas de implantação DESENVOLVIMENTO Regulamentou o desenvolvimetno LEGISLAÇÃO URBANA CIDADES SATÉLITES Previsão Ao refazer o Setor Sul, Godoy estabeleceu a Praça do Cruzeiro que se contrapôs à Praça Cívica, com avenidas convergentes em asterisco e quadras orgânicas acomodadas à topografia, com amplos espaços livres para áreas de lazer, liberando-se as tradicionais ruas para o sistema viário, que ele antevia como intenso. A FORMAÇÃO DO ESPAÇO URBANO X MOBILIDADE DA POPULAÇÃO PLANO DE JORGE WILHEIM (1969) O Plano de Jorge Wilheim inicia fazendo uma análise a respeito da história de Goiânia, até trinta anos depois de sua criação, e levantando o principal problema vivenciado naquele momento: “a carência de habitação que levava a cidade a uma expansão desordenada e fugindo totalmente a qualquer controle administrativo”. Principais objetivos do projeto 1º a identificar os aspectos especulativos. racionalização do uso do solo; compatibilização da estrutura urbana com a população; hierarquização do sistema viário, garantindo a eficiência da circulação em todos os níveis; estabelecimento de diretrizes para a expansão urbana e adensamento da população na área urbanizada, de forma a garantir equipamentos urbanos necessários; estímulo ao desenvolvimento econômico, compatibilizando a capital do Estado e o pólo regional; ação integrada de todas as entidades agentes do município no desenvolvimento físico territorial, sócio cultural, econômico e administrativo; aperfeiçoamento da administração municipal, de forma a permitir o aumento dos investimentos públicos e a ampliação dos serviços urbanos. A FORMAÇÃO DO ESPAÇO URBANO X MOBILIDADE DA POPULAÇÃO SISTEMA INTEGRADO DE TRANSPORTES Jaime Lerner (1975) planejamento viário e transporte coletivo; sistema integrado de transporte; preenchimento dos vazios, com assentamento urbano associado a boa circulação conjuntos habitacionais e áreas verdes assumindo função social; procurou barrar a invasão dos fundos de vale. PLANO DIRETOR DE TRANSPORTE URBANO - PDTU (1985) Visando solucionar os problemas de transporte gerados pelo crescimento e desenvolvimento da cidade. O resultado deste Plano foi uma reestruturação do Sistema de Transporte Público por Ônibus. Para isso foram elaboradas as seguintes alternativas: Criação de linhas troncais nos principais corredores viários; Implantação de terminais de integração entre as linhas alimentadoras; Utilização de veículos do tipo PADRON que tem capacidade para 105 passageiros. O Plano Diretor de Transporte Urbano teve uma fundamental importância para a cidade; a implantação de suas alternativas resultou em uma grande melhoria no sistema de transportes. Hoje este Plano está ultrapassado, visto que já se passaram dezessete anos e ainda não foi revisto. Goiânia necessita de um Plano de Circulação e Transportes novo e atualizado. A FORMAÇÃO DO ESPAÇO URBANO X MOBILIDADE DA POPULAÇÃO PLANO DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO DE GOIÂNIA - PDIG (1992) Estabelece diretrizes que deveriam tratar de questões além do desenvolvimento econômico do município, como a questão ambiental, de trânsito, transporte coletivo, desenho urbano entre outros, constituindo a base do Plano Diretor. O município foi dividido em grandes áreas e estas foram subdivididas, de acordo com seu potencial econômico, por serem pólos de comércio e/ou serviços, ou áreas com potencial de renda gerada às imobiliárias através de loteamentos desnecessários. O Plano Diretor deve ser atualizado de forma a resolver os problemas atuais, sempre pensando em soluções que possam ser eficientes para os próximos dez anos. Deve atender aos interesses de todos os cidadãos, buscando o melhor para a cidade e sempre se baseando no desenvolvimento sustentável, que garantirá que a cidade se desenvolverá sempre pensando no futuro, utilizando os recursos naturais sem esgotá-los, preservando o meio ambiente e tornando a cidade mais eficiente e agradável. A FORMAÇÃO DO ESPAÇO URBANO X MOBILIDADE DA POPULAÇÃO GOIÂNIA 21 Projeto de renovação e revitalização do centro; gestão compartilhada com bases no urbanismo de comunicação; processo participativo; ordenação urbana; memória urbana; ; arte; tráfego; paisagem; qualidade e segurança, entre outros. Segundo esse plano, o trânsito e o tráfego são entendidos hoje apenas do ponto de vista rodoviário, e deveriam ser tratados como canal interativo de respeitabilidade entre o pedestre e veículos motorizados. Seria fundamental reestudar a tecnologia do transporte público, que passa pelo centro, com linhas e integrações alternativas ao sistema atual. A FORMAÇÃO DO ESPAÇO URBANO X MOBILIDADE DA POPULAÇÃO REFORMULACIÓN URBANÍSTICA DEL NÚCLEO FUNDACIONAL DE GOIÂNIA Este projeto Goiânia 21 foi base para o relatório “Reformulación Urbanística del Núcleo Fundacional de Goiânia”, realizado por um grupo de arquitetos espanhóis da Universidade Politècnica de Catalunya, contratados por um convênio da ACIEG e Prefeitura de Goiânia. Trabalho de diagnóstico e formulação de conceitos para projetos específicos a serem realizados através de concursos públicos. Tomando por base o plano Goiânia 21, o grupo apresentou um diagnóstico claro da circulação viária da cidade, propôs anéis viários e park-ways. Propõe uma mudança radical do sistema viário e a transformação de alguns espaços públicos em equipamento privados CONCURSO DE REVITALIZAÇÃO PARA O CENTRO DE GOIÂNIA Conforme recomendação do relatório espanhol, realizou-se concurso para anteprojeto de áreas centrais do núcleo histórico. Observa-se em algumas propostas, a vencedora inclusive, o baixo aproveitamento dos conceitos estabelecidos nos planos Goiânia 21 e de Reformulación. A característica marcante do trabalho vencedor liderado pelo arquiteto mineiro Carlos Alberto Maciel é “recuperar o traçado original como elemento estruturador”, além de propor uso dinâmico para toda a zona central como ciclovias, espaços para eventos, shows e feiras, visando principalmente o pedestre. Para isso a equipe definiu um delicado desenho de piso, com ênfase no paralelepípedo e optou pela unidade e continuidade entre os três projetos, de forma a não fragmentar os espaços. A FORMAÇÃO DO ESPAÇO URBANO X MOBILIDADE DA POPULAÇÃO CONCLUSÃO Os problemas levantados através da pesquisa não deverão ser solucionados com abertura de novas vias de circulação ou criação de estacionamento, mas com planejamento urbano contínuo. A mobilidade peatonal também encontra-se com vários problemas, devido ao inúmeros obstáculos nas calçadas, principalmente para deficientes físicos, que muitas vezes dificultam ou até mesmo impossibilitam a mobilidade da população. Observou-se também o domínio dos automóveis sobre o espaço urbano privatizando as áreas públicas com o privilégio do mesmo. Ao fim da pesquisa pretende-se fornecer subsídios para futuras decisões a serem tomadas no município em planejamento e projeto.