LONGITUDE CORPORATIVA
NAVEGANDO PELA ECONOMIA
DO CONHECIMENTO
Adriana Fragata dos Santos
Adriela Lorenzet
Cristiele Fankhauser
LONGITUDE MARÍTIMA X LONGITUDE
CORPORATIVA
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Em 1675 o Rei da Inglaterra criou um
observatório a fim de resolver o problema da
longitude marítima;
Atualmente nas organizações nos deparamos com
o mesmo problema, ou seja, encontrar outras
maneiras de medir os ativos intangíveis;
CAPITAL INTELECTUAL
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Edvinsson menciona que em 1991, tornou-se o
primeiro diretor de capital intelectual do mundo,
durante 8 anos trabalhou na empresa buscando
uma forma coerente e prática de lidar com a
questão do capital intelectual. Já que este é tão
importante para os negócios tradicionais quanto
a criação de patentes e a propriedade;
CAPITAL INTELECTUAL
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Adam Smith afirmava que a riqueza de uma
nação não é medida pela quantidade de ouro que
possui, mas sim pelo o que era capaz de produzir.
Segundo Smith as empresas sempre buscaram e
continuarão a buscar as melhores formas de
aumentar sua produtividade minimizando os
seus custos.
ERA DO CONHECIMENTO
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Nesse contexto Smith percebe que o modelo
industrial tinha por objetivo estupidificar as
pessoas.
Já a Era do Conhecimento cria oportunidade
para espertá-las. Levando em consideração esses
fatos pode-se dizer que a vantagem competitiva
das empresas mudou, passando do físico para o
intangível.
ECONOMIA DO CONHECIMENTO
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Os trabalhadores do conhecimento são caros, mas
o produto de seu trabalho pode ser vendido
repetidas vezes, embora sua duração seja mais
limitada.
O valor de muitos bens e serviços baseia-se hoje
no intelecto neles embutido. Portanto, na
economia atual, as idéias e o aprendizado rápido,
são a nova moeda corrente em vigor.
ECONOMIA DO CONHECIMENTO
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Na economia em questão outro aspecto levantado
refere-se à liderança pelo pensamento. E o autor
questiona:
Quem possui os direitos sobre os materiais
usados nos cursos on-line, ministrados através da
internet?
ECONOMIA DO CONHECIMENTO
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Entende-se nesse sentido que as universidades
corporativas e as consultorias também são outras
fontes de disseminar o conhecimento. Ou seja, na
economia do conhecimento a liderança pelo
pensamento é a fonte de vantagens competitivas,
pois representa uma espécie de monopólio
genérico temporário de informações.
As invenções, na atual economia podem se tornar
o caminho mais atrativo e sustentável.
ECONOMIA DO CONHECIMENTO
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Segundo Adrian Shywotzky:
Na década de 80 as empresas precisavam
responder a seguinte questão, em que negócio
estou?
No inicio dos anos 90 a pergunta mudou
passando a ser, qual é o meu modelo de
negócio?
ECONOMIA DO CONHECIMENTO
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E agora talvez chegou o momento de se
perguntar:
Qual é o meu modelo de pensamento?
Como a empresa processa os pensamentos
inovadores?
EXEMPLO
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A Princeline foi primeira empresa ponto-com em
1998, sua campanha no rádio no valor de 15
milhões de dólares cativou o público americano.
Os anúncios convidavam os consumidores a se
conectar e oferecerem um preço pela passagem
aérea. Com o resultado dessa medida adotada
pela empresa, no primeiro ano a receita geral da
empresa foi de 35 milhões de dólares.
INOVAÇÃO COMO DIFERENCIAL
COMPETITIVO
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Esse exemplo da Princeline demonstra a
necessidade crescente em realizar negócios
através de novos modos de pensamentos.
Através do exemplo da Princeline, nota-se há
necessidade de inovar no que se refere à forma de
pensar e agir nos negócios.
ECONOMIA INTANGÍVEL
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Realizando uma análise da economia atual, pode
se perceber que migramos de uma economia
tangível a qual era constituída por bens e
produtos, para uma economia intangível, movida
por conceitos, idéias e elementos abstratos.
Exemplo disso é a Microsoft, onde 90% do seu
patrimônio reside nos intangíveis.
O conhecimento pode ser uma mercadoria cara. O
preço das ações de uma empresa pode subir ou
descer com base no conhecimento disponível.
EXEMPLO
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Um exemplo dessa situação é o caso da Antisoma,
empresa de biotecnologia britânica. Em meados
de 2000, em um minuto, a Antisoma estava
voando alto, graças à expectativa que estes
tinham
em
um
projeto
que
vinham
desenvolvendo para o tratamento de câncer de
ovário. Entretanto há milhares de quilômetros
dali, um médico dos EUA, em uma conferência
apresentou uma tese que punha em dúvida o
produto da Antisoma.
EXEMPLO
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Esse questionamento fez com que as ações da
Antisoma, reduzissem em 40% o seu valor de
mercado. Percebe-se nesse exemplo, que o
conhecimento de um homem possui um grande
impacto nas empresas do conhecimento.
Até recentemente, as grandes organizações
mantinham controle das suas informações
internas e externas. Hoje isso já não é mais
possível. Esse fenômeno ocorre em função da
internet.
MERCADO DE TALENTOS
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O mercado de talentos mostra-se como uma
conseqüência
advinda
da
economia
do
conhecimento.
Cria-se com isso uma nova tribo de nômades do
conhecimento.
MERCADO DE TALENTOS
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Em 2001 em um debate sobre a guerra pelos
talentos, os pesquisadores da McKinsey &
Company entrevistaram 6.900 gerentes em 56
empresas norte-americanas de grande e médio
porte. Descobriram que 89% dos entrevistados
achavam ser mais difícil atrair pessoas
talentosas do que há três anos e 90% consideram
ser ainda mais difícil mantê-las. Apenas 7% dos
entrevistados afirmaram que suas empresas
tinham gerentes talentosos em número suficiente
para
aproveitar
as
oportunidades
mais
promissoras de negócios.
MERCADO DE TALENTOS
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O talento tem um preço. É uma prática comum
entre as empresas menores pagar bônus para
atrair as pessoas certas.
O talento e o seu potencial são elementos
imprecisos, porém fundamentais, constituem
outro patamar na busca pela compreensão da
natureza emergente do valor intangível.
MERCADO DE TALENTOS
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Na atualidade são as pessoas que contratam as
organizações e não o contrário. As empresas são
disponíveis e não permanentes. As estrelas estão
no comando. Possuem alternativas a todo minuto
em qualquer dia.
No grande jogo global de atração, todos somos
jogadores, os indivíduos, as organizações e as
regiões.
Hoje as organizações têm de se moldar de forma a
acomodar melhor os talentos que possuem.
MERCADO DE TALENTOS
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No grande jogo global de atração, todos somos
jogadores, os indivíduos, as organizações e as
regiões.
Hoje as organizações têm de se moldar de forma a
acomodar melhor os talentos que possuem.
REDE DE RELACIONAMENTO
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O desempenho notável das ações de uma empresa
ponto-com no início de 2000, foram ótimos
indicadores de como os antigos critérios usados
pelos investidores para estimar o valor das
empresas fracassaram nos novos mercados de
conhecimento intensivo.
Quando se trata de uma empresa da internet ou
de uma empresa de biotecnologia, os ativos
tangíveis não são senão uma parte da história
insignificante.
REDE DE RELACIONAMENTO
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O valor de uma empresa de biotecnologia pode
depender em grande parte de seu relacionamento
com os cientistas de ponta e do prestígio que ele
possa proporcionar entre os demais cientistas.
Assim nossa próxima fonte de valor são os
relacionamentos.
CONTABILIDADE TRADICIONAL X ATIVO
INTANGÍVEL
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O mundo dos negócios procura entender e medir o
valor das organizações através da contabilidade,
a qual falha muito, quando se refere à aspectos
relacionados às pessoas.
Tal fato pode ser observado quando da demissão
de um funcionário, hoje nas organizações os
indivíduos podem ter em suas mãos um enorme
poder.
CONTABILIDADE TRADICIONAL X ATIVO
INTANGÍVEL
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Outro aspecto que a contabilidade não leva em
consideração é a rede de relacionamento no que
refere, por exemplo, a perda de um cliente-chave,
gerente ou até mesmo um vendedor com grande
influência junto aos clientes.
Esses aspectos são desconsiderados na prática da
C.T, tal fato acaba por gerar um demonstrativo
incompleto da situação da organização.
CONTABILIDADE TRADICIONAL X ATIVO
INTANGÍVEL
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Um estudo realizado apontou a seguinte reflexão
“o modelo de contabilidade tradicional não é o
adequado para a nova economia;
Por conseguinte ou o modelo terá de mudar ou as
empresas terão de providenciar revelações
suplementares em seus relatórios anuais.
Haja visto que a C.T preocupa-se com os custos
como uma questão de informação interna, sendo
que o valor se refere a informação externa, o
capital intelectual se refere ao potencial para
ganho futuro.
CONTABILIDADE TRADICIONAL X
ATIVO INTANGÍVEL
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A partir desse contexto, o qual torna explicito a
necessidade da mudança dos métodos da
Contabilidade Tradicional, podemos mencionar o
método criado no inicio dos anos 90, o Balanced
Scorecard, o qual tem por objetivo manter um
equilíbrio entre o valor financeiro e o não
financeiro.
BALANCED SCORECARD
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Segundo Kaplan e Norton, Balanced Scorecard é
uma técnica que visa a integração e
balanceamento de todos os principais indicadores
de desempenho existentes em uma empresa,
desde os financeiros/administrativos até os
relativos aos processos internos, em setores, com
metas claramente definidas.
BALANCED SCORECARD
ECONOMIA DO CONHECIMENTO
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Na economia do conhecimento as empresas
precisam se recriar, como empresas inteligentes.
A Xerox decidiu incentivar que os seus
colaboradores compartilhassem o conhecimento
através de um sistema de internet. O qual
possibilitou que os 15 mil técnicos que fazem em
média 250 mil consertos ao ano trocassem
informações. Essa atitude rendeu a empresa uma
economia de 11 milhões de dólares.
ECONOMIA DO CONHECIMENTO
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Empresas
inteligentes
são
aquelas
que
compartilham conhecimento. Entretanto vale
ressaltar que a questão do repasse do
conhecimento reside sobre tudo no cérebro de
cada colaborador.
Um estudo feito em mais de 700 empresas norte
americanas aponta que 12% do conhecimento
corporativo podem ser encontradas em bases
eletrônicas, 20% em documentos eletrônicos, 26%
em documentos físicos e 42% nos cérebros dos
colaboradores.
QI X QE X QS
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Na atualidade as empresas e empreendedores
inteligentes, necessitam ter uma visão holística.
Neste sentido o quociente de sinapse ou
espiritual, tem se mostrado um forte aliado das
organizações que queiram se tornar inteligentes e
ter sucesso.
O QI mede a inteligência racional, as habilidades
que temos de resolver problemas lógicos ou
estratégicos. Por muito tempo esse foi tido como a
melhor medida do potencial das pessoas para o
sucesso.
QI X QE X QS
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No entanto no inicio dos anos 90 Daniel
Goldman, demonstrou que o sucesso também
depende do QE, que são os pensamentos que nos
dão empatia, compaixão e a habilidade de reagir
adequadamente a dor ou ao prazer.
Já o QS apresenta-se como a capacidade de
sermos criativos, mudar as regras, alterar as
situações e perguntar por que estamos aqui. É
isso que diferencia a empresa inteligente.
EMPRESAS INTELIGENTES
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Empresas
inteligentes
diferenciam-se
das
demais, através da forma que se relacionam com
seus colaboradores. Pois entendem que os
trabalhadores do conhecimento, necessitam de
espaços que lhes permitam serem criativos.
Nesse contexto percebe-se a necessidade das
empresas proporcionarem ambientes no qual as
pessoas sinta-se a vontade e seguras, para expor
suas idéias e até mesmo discordar de algumas
atitudes tomadas pela organização.
EMPRESAS INTELIGENTES
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Nas empresas tradicionais as pessoas são pagas
para fazer e não para pensar. A partir do
momento que as empresas perceber um quão
importante é estimular as pessoas para serem
criativas e inovarem, somente neste momento
elas passaram a se preocupar com o todo e darão
o melhor de si.
Algumas empresas já despertaram para essa
necessidade, um exemplo disso é a sede britânica
da Unilever, a mesma mais parece uma galeria
de arte, dada as tantas maravilhas artísticas
expostas.
ECONOMIA DO CONHECIMENTO
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Considerando-se
a
era
economia
do
conhecimento, a internet surgiu como uma
ferramenta indispensável para a difusão do
conhecimento. No entanto observa-se que é
também na era da internet que surge o desafio do
Novo Líder.
Cada vez torna-se mais difícil e estressante
comandar uma organização, uma vez que as
gerações de pessoas da era da informática
possuem perfis com valores muito diferentes das
gerações anteriores.
NOVO DESAFIO DOS LIDERES
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Os novos perfis exigem maior flexibilidade
referente aos horários de trabalho.
Em segundo lugar não querem empregos que os
esgote, resultado das vidas duplas de seus pais.
Pois eles sabem o quão pouco de tempo estes
tinham para os filhos e também vêem as
carreiras como destruidoras de casamentos.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
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Conclui se que na era do conhecimento, o grande
desafio das organizações e consequentemente de
seus líderes é descobrir novas formas de
mensurar seus ativos intangíveis.
Uma vez que é esse que detém o conhecimento, e
portanto tornam-se o diferencial das organizações
na atualidade.
REFERÊNCIA
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EDISSON, Leif. Longitude Corporativa:
navegando pela economia do conhecimento. São
Paulo: M. books do Brasil Editora Ltda, 2003.
LONGITUDE CORPORATIVA
NAVEGANDO PELA ECONOMIA
DO CONHECIMENTO
Obrigada!
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