VALORES e OBJETIVIDADE Profº Wagner Tadeu TCA Aula 11 VALORES • Ao falarmos dos valores que atribuímos às coisas, distinguimos dois aspectos de existência das coisas. • O primeiro modo de existência de um objeto é sua existência natural , com suas características que existem independentemente do homem. • Em outro aspecto, os objetos passam a existir para o homem, quando são manipulados e trabalhados pelo trabalho, e ao adquirem certas características que existem somente em relação ao homem. • Exemplo: Ouro (Metal/Natural) – Jóia (Ourives/Trabalho) VALOR ECONÔMICO • A mercadoria é objeto útil porque satisfaz a necessidade humana, assim possui valor de uso. Mas o objeto útil não poderia ser usado se não tivesse certas propriedades materiais, que servem de fundamento para o valor de uso. • Para que um objeto tenha valor de uso, basta que satisfaça uma necessidade humana. • Quando este objeto se destina também a ser trocado, transforma-se em mercadoria, tendo duplo valor: de uso e de troca. VALOR ECONÔMICO • Enquanto o valor de uso põe um objeto numa relação direta com o homem, o valor de troca aparece superficialmente como uma propriedade das coisas, sem relação alguma como ele. Mas o valor de troca, como o valor em si, é apenas uma propriedade do objeto como produto do trabalho humano. DEFINIÇÃO de VALOR • Traços essenciais: Não existem valores em si, mas objetos que possuem valor. Os valores somente existem na realidade natural e humana como propriedades valiosas dos objetos. Os valores exigem a existência de certas propriedades naturais ou físicas. As propriedades que sustentam o valor, são valiosas somente em potência. Para transformarem-se em propriedades valiosas efetivas, é indispensável que o objeto esteja em relação com o homem. OBJETIVISMO E SUBJETIVISMO • O subjetivismo afirma que é o desejo do homem que confere valor às coisas. • Não desejamos um objeto porque ele vale, e sim por que ele satisfaz nossa necessidade. • O subjetivismo transfere o valor do objeto para o sujeito e o faz depender do modo como a presença do objeto me afeta. OBJETIVISMO E SUBJETIVISMO • Já o objetivismo tem antecedentes tão longínquos como a doutrina das idéias de Platão, que afirmava a existência das idéias de Bom e Belo idealmente, absolutas, por si e em si, independentemente do homem. • Mesmo havendo algumas divergências de época e autor, podemos traçar algumas linhas básicas do objetivismo: OBJETIVISMO E SUBJETIVISMO Os valores constituem um reino próprio. São absolutos, imutáveis e incondicionados. Os valores estão numa relação especial com as coisas que chamamos de bens. Nos bens, encarna-se determinado valor: nas coisas úteis a utilidade, na belas a beleza etc. Os valores são independentes dos bens nos quais se encarnam. Os bens dependem do valor que encarnam. São valiosos na medida em que suportam um valor. Os valores são imutáveis. Os valores não tem uma existência material sua existência é ideal, à maneira das idéias platônicas. OBJETIVISMO E SUBJETIVISMO • Todos estes traços podem resumir-se no seguinte: "Separação radical entre valor e e realidade". • A segunda tese fundamental do objetivismo é a independência dos valores com respeito a todo sujeito, que se resume nos seguintes traços: OBJETIVISMO E SUBJETIVISMO Os valores existem independentemente de qualquer relação com o homem. São absolutos e não precisam ser postos em relação ao homem. O homem pode manter diversas relações com os valores, conhecendo-os, mas estes existem independentemente da relação que o homem tem com eles. Podem variar historicamente as formas de relação dos homens com os valores, mas os valores jamais variam. OBJETIVIDADE DOS VALORES • Nem o objetivismo nem o subjetivismo conseguem explicar a maneira de ser dos valores. Estes não se reduzem ás vivências do sujeito e nem existem independentemente do mundo real. Os valores existem para um sujeito, entendido não no sentido de mero indivíduo, mas de ser social; exigem também um suporte material, sensível, sem o qual não têm sentido. OBJETIVIDADE DOS VALORES • É o homem que cria os valores e os bens nos quais se encarnam. Os valores são criações humanas e só existem e se realizam no homem e pelo homem. • As coisas não criadas pelo homem só adquirem um valor quando entram em uma relação com ele. Suas propriedades naturais só se tornam valiosas ao satisfazer uma determinada necessidade humana. • Os valores, então, possuem uma objetividade especial que se distingue da objetividade meramente natural ou física dos objetos que existem ou podem existir independentemente do homem. OBJETIVIDADE DOS VALORES • A objetividade dos valores não é nem a das idéias nem a dos objetos físicos, mas uma objetividade especial, humana e social, que não se pode reduzir ao ato psíquico de um sujeito individual nem tampouco às propriedades naturais de um objeto. É uma objetividade que transcende o limite de um indivíduo ou de um grupo social determinado, mas que não ultrapassa o âmbito do homem como ser histórico e social.