Teorias do Jornalismo
As teorias
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Teoria do Espelho
Teoria Gnóstica
Teoria do Newsmaking
Teoria do Gatekeeper
Teoria do Agenda-Setting, Priming e Framing
Teoria dos Definidores Primários
Teoria da Espiral do Silêncio
Teoria do Espelho
• Primeira tentativa de explicar, por meio de
uma teoria, o funcionamento do jornalismo e
o comportamento dos jornalistas;
• Contexto: mudanças na imprensa dos EUA na
segunda metade do século XIX;
• Ideia central: “As notícias são como são
porque o jornalismo reflete a realidade.”
• Relacionada à ideia de objetividade,
imparcialidade;
• Concepção de proximidade com a ciência;
• Teoria reforçada durante muito tempo, porque
ela ajuda a dar credibilidade aos jornalistas.
Mas...
• A própria física lembra que “a reflexão” é apenas um
dos quatro fenômenos óticos possíveis (reflexão
regular – o espelho; reflexão difusa – uma parede;
refração – água da piscina; absorção – cartolina preta);
• Tipos de espelhos: côncavos, convexos e planos. Como
a “imagem” aparece em cada um deles?
• A incompletude da linguagem, a seleção do que é
notícia, a discussão promovida, os interesses
econômicos etc.
O sentido da “objetividade”
• Tucídides (469-396 a.C): “Essa investigação foi
difícil porque os depoimentos sobre os
diversos fatos não foram todos descritos do
mesmo modo, mas esmiuçados segundo seus
pontos de vista ou da maneira como os
lembraram” (História da Guerra do
Peloponeso).
Percurso do conceito de objetividade
• Transição dos séculos XIX para o século XX: psicanálise,
causando críticas à razão;
• Nascimento da profissão de Relações Públicas
• Influência da propaganda, crescente, principalmente no
período da 1ª Guerra Mundial;
• Cobertura da Revolução Russa: “no geral, as notícias se
convertiam num caso de ver as coisas não como eram,
mas como os homens queriam ver” (Walter Lippmann);
• Tentativa de separar “notícia” de “opinião”;
Qual o verdadeiro sentido da
“objetividade”?
• “A objetividade é definida em oposição à
subjetividade, o que é um grande erro, pois
ela surge não para negá-la, mas sim para
reconhecer a sua inevitabilidade.” (Felipe
Pena, 2010, p. 50).
• Walter Lipmann: “os métodos é que devem
ser objetivos, não o jornalista”.
Teoria Gnóstica
• Gnose: “tipo de conhecimento esotérico que se transmite
por tradição e mediante ritos de iniciação;
• Autores centrais: Richard Ericson, Janet Chan e Patrícia
Baranek.
• Isabel Travancas: “O Mundo dos Jornalistas”.
• “O profissional novato recebe o nome de foca e tem uma
espécie de batismo nas redações. Na televisão, os veteranos
pedem que ele pegue a lâmina de corte para a edição. (...)
Na interação com os jornalistas mais velhos, os neófitos
passam pelo processo de acumulação de saberes específicos
sobre a profissão” (Felipe Pena)
Os saberes que fazem parte da
“gnose”:
1) Saber de Reconhecimento: capacidade de
saber quais fatos merecem virar notícia (faro
jornalístico);
2) Saber de Procedimento: conhecimentos
necessários para obter informações e elaborar a
notícia;
3) Saber de Narração: capacidade de aglutinar as
informações mais pertinentes em uma narrativa
noticiosa de forma interessante para o público.
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Teoria do Espelho e Teoria Gnóstica